Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

14/08/2015

O ANEL I
A comissão pró Anel de Contorno de Gaspar, depois de tanto insistir, foi finalmente ?atendida? na terça-feira, em Florianópolis, pelo presidente do Deinfra, Wanderley Teodoro Agostini. Ficou claro, que o governo de Raimundo Colombo e o PSD, inclusive o daqui, não querem o Contorno. E que a verba de R$ 110 milhões (vai precisar no mínimo três vezes mais) que está no Orçamento para a obra, o secretário Cássio Quadros, do cabide de empregos de políticos sem votos, da Secretaria de Desenvolvimento Regional, quer para construir uma ponte no Sesi, em Blumenau, fazer com ela a via Expressa Sul, de pista dupla, ligando a Rua Itajaí de lá à BR-470, via rua Silvano Cândido da Silva, no Capim Volta.

ANEL II
Os leitores e leitoras daqui já sabiam disso em detalhes e há muito. Mas, desta vez foi escancarado. À vista de todos, inclusive de gente da imprensa que não acreditava nessas afirmações. Não houve disfarces. O presidente do Deinfra deu a entender que não sabia do assunto, da importância do Anel, de onde ficava Gaspar. Ele queria, na verdade, terminar a reunião rapidamente. Uma vergonha. Quando ouviu da vereadora Andreia Symone Zimermmann Nagel, DEM, a sugestão de que pelo menos fatiasse a obra para ela ter um início com a verba que ?está? no Orçamento, o doutor Wanderley imediatamente concordou. Mas no fundo não sabia o que falava, ou encenava para enrolar, terminar a reunião e mandar embora todos de uma cidadezinha sem padrinhos carimbados, poderosos e do jogo.

ANEL III
O PSD de Gaspar se escondeu. O presidente e vereador Marcelo de Souza Brick e Giovano Borges providencialmente não foram. Os deputados Jean Jackson Kuhlmann e Ismael dos Santos ? que pedem votos aqui e juram defender Gaspar e estavam aqui para aplaudir Gelson Merísio -  não foram. O assessor de Kuhlmann, Miro (Altamiro Osmar Koerich) estava afinado com Cassio Quadros: quer a ponte em Blumenau, nem o Contorno, muito menos a ponte no Bela Vista como está projetada. Quando o vereador Hamilton Graff, PT, na sessão de terça ? um dos integrantes da comissão que esteve na reunião ? sugeriu que esses R$ 110 milhões fossem gastos na pavimentação de ruas e vielas daqui, Brick resmungou. Deu aval à ideia, ou seja, como gasparense que se veste candidato a prefeito, também não quer o Contorno, a ponte.... Defende Colombo, Kuhlmann, Ismael, Cassio, Paulo França, Merisio...

ANEL IV
O deputado Aldo Schneider, PMDB, chegou tarde. A reunião já tinha terminado. E então ele fez o seu papo particular com a comitiva. E esse não vale. Não há comprometimento. Sem deputados e representação, o negócio não irá adiante. E Blumenau está unidinha, neste e em outros casos, de verbas gordas e rara liberação, contra Gaspar. Todos estão apostando na SC 108, o prolongamento da Via Expressa Norte. Além disso, lá tem mais votos, tem mais mídia, tem mais fiscais... E o ano que vem é de eleição. E Kuhlmann quer se testar de novo. E já está prestando contas aos de lá. E o governo do Estado, Cássio quer garantir o seu emprego na SDR e apostar em Kuhlmann contra Gaspar. Então, Gaspar está dividida e fraca. Os políticos sabem disso. Blumenau também.

ANEL V
Estiveram ainda em Florianópolis sentindo o drama, o descaso e o bafo, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, o assessor do deputado Serafim Venzon, PSDB, o representante da ACIG, José Roberto Deschamps . Faltou alguém representando o PMDB de Gaspar. Nenhum vereador, nem o presidente do diretório local, Kleber Edson Wan Dall, funcionário de Cássio Quadros, do PSD do Colombo, cabo eleitoral de Ismael, dos que não querem o Contorno de Gaspar. Então, tudo no mesmo balaio.

ANEL VI
E para encerrar e ver como tudo se encaixa. Quem fez o projeto? A Iguatemi. Caro. Governo de Raimundo Colombo, pagou com os nossos pesados impostos para jogá-lo no lixo, e dizer que é inexequível. Quem contratou e acompanhou isso? Paulo França, PMDB, o que mais pegou votos aqui, quando na SDR ou no Deinfra. Paulo é hoje secretário de Obras de Blumenau. Gelson Merísio, presidente da Assembleia, veio aqui na quarta-feira fazer política e abonar Brick. Nem um pio sobre o Contorno, apesar de dizer que o governo do Estado nada em dinheiro, que a crise vai passar longe daqui... Parecia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, desdenhando a crise econômica de 2008 que atingiu os Estados Unidos e a Europa. É a irresponsável ?marolinha? daqueles discursos que nos afoga hoje como um tsunami anunciado. Acorda, Gaspar!

Mostrando a musculatura. Rogério Luz, do Santa Terezinha, anunciou a sua pré-candidatura a vereador pelo PMDB. Na foto com João Clair da Silva, o presidente do partido Kleber Edson Wan Dall, Zenildo e Dedê Reinert.. herculanoGG.jpg

TRAPICHE

Não tem jeito. Depois das fracassadas reuniões de prestações de contas pelos bairros, o governo do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, fez um impresso. Não menciona quem o fez e a tiragem. Se o Tribunal de Contas e o Ministério Público se interessarem poderá encontrar uma tipificação criminal.

Nesse domingo todos os cidadãos sem medo de serem felizes na praça Getúlio Vargas, a partir das 14 horas pedirão o fim da roubalheira dos nossos pesados impostos para poucos, da corrupção, da alta inflação, da falta de dinheiro para a saúde, educação, segurança, obras para o desenvolvimento. A favor das investigações isentas pela Polícia Federal, de um Ministério Público forte, de uma Justiça desaparelhada, justa, técnica e com mais Sérgios Moros, uma imprensa isenta, livre, investigativa, profissional, bem como políticos limpos que possam nos representar e principalmente lutar por um país justo, viável e de oportunidades pelo trabalho para todos.

?Quem é extorquido procura a polícia, não o mundo das sombras?. Juiz Sérgio Moro.

O PT de Blumenau, que manda no de Gaspar, mandou publicar por lá que ainda não escolheu os candidatos daqui. Mas ele sairá do colegiado. Então o presidente do PT de Gaspar, líder da bancada e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, está fora dessa possível escolha.

O Sintraspug - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar ? está pedindo à Câmara que o debate e votação da Reforma Administrativa ocorram só depois das 17h30min para a participação dos servidores. A mesma coisa para o vergonhoso PLC 4/2015 que permite ao prefeito a redistribuição dos cargos diferente da nominação ao originalmente contratado por concurso. Os vereadores se reúnem nas terças-feiras das 15h às 18h, se houver trabalho para tal.

Edição: 1711

Comentários

Pedro
17/08/2015 22:31
Boa noite Sr. Herculano !!

Existe algum motivo para a imprensa não divulgar fatos policiais envolvendo agentes de Trânsito em Gaspar ??
Herculano
17/08/2015 22:03
COMPLICOU. DE SANTO E PALADINO VIROU CORRUPTO. MORO DIZ AO SUPREMO QUE LOBISTA OMITIU EM DELAÇÃO PREMIADA PROPINA DESTINADA AO DEPUTADO EDUARDO CUNHA, PMDB

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. Em manifestação enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o juiz federal Sérgio Moro afirmou nesta segunda-feira (17) que o lobista Júlio Camargo omitiu durante seu acordo de delação premiada, a acusação de pagamento de propina de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no esquema de corrupção da Petrobras.

A afirmação de Moro foi uma resposta ao pedido da defesa de Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no escândalo de corrupção, para anular o acordo de delação de Camargo. Os advogados de Fernando Baiano, como ele é conhecido, argumentam que a colaboração ficou nula depois que Camargo mudou depoimentos anteriores e disse que parte dos recursos desviados foram para o presidente da Câmara.

"Não se pode, ainda, afirmar que o acordo de colaboração celebrado por Júlio Camargo não poderia ter sido homologado por este juízo em outubro de 2014, porque, em 16/07/2015, revelou fato que havia então omitido, de que parte da propina nos contratos dos Navios-sondas havia sido destinada ao referido deputado federal", escreveu Moro.

O juiz disse que o tempo rege o ato, não tendo "qualquer conhecimento a respeito do fato admitido por Júlio Camargo somente em julho de 2015".

A informação de Camargo sobre Cunha também foi feita ao Ministério Público em março e junho deste ano. O presidente da Câmara já é alvo de inquérito no STF por suposta participação nos desvios da estatal. A expectativa é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janto, ofereça denuncia contra Cunha até o fim do mês. Se a denúncia for aceita pelo STF, Cunha passa a ser réu, respondendo a uma ação penal.

Investigadores que acompanham o caso avaliam que a mudança na fala de Camargo não devem provocar a anulação da colaboração, mas podem trazer sanções ao lobista, como perder eventuais benefícios acertados durante a delação.

No despacho, Moro ainda informou ao STF que condenou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares e o empresário Julio Camargo à prisão em um processo da Operação Lava Jato relacionado à contratação de navios-sonda pela Petrobras.

Cabe recurso à decisão. Dos três condenados, só Camargo não está na cadeia.

O doleiro Alberto Youssef, que está preso e também era réu no caso, foi absolvido. Sergio Moro entendeu que faltaram provas sobre as operações de lavagem denunciadas pelo Ministério Público Federal.

A defesa de Cunha chegou a pedir ao STF que suspendesse a tramitação dessa ação no Paraná e levasse o caso para o Supremo diante da citação do deputado. O peemedebista alegou que Moro feriu a prerrogativa do Supremo ao investigar um parlamentar, que tem foro privilegiado e só pode ser alvo de apuração com autorização do STF. O caso ainda não foi analisado.
Herculano
17/08/2015 19:24
O PSDB AMEAÇA SAIR DO MURO. PRIMEIRO FOI FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. AGORA É O SENADOR ALOÍSIO NUNES FERREIRA. SE HOUVER IMPEACHMENT, O PARTIDO VOTARÁ A FAVOR

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Um dia depois das manifestações que pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que o PSDB apoiará o processo, caso seja aberto pela Câmara dos Deputados. Ele afirmou, porém, que as condições políticas para o afastamento da petista ainda não estão reunidas e que só estarão no momento em que o PMDB decidir deixar o governo. "O fato é que nós, hoje, vivemos uma situação de impasse. O governo não consegue governar, e não há alternativa política para ele ainda configurada", disse.

Em discurso na tribuna do Senado, o tucano defendeu que já existem elementos jurídicos para pedir a abertura do processo de impeachment da presidente, e que a "sorte" de Dilma era que os grandes empresários começaram a exprimir, nas últimas semanas, um "temor de que os custos de um impeachment sejam mais graves, sejam mais pesados do que o custo da manutenção da presidente Dilma".

O tucano, no entanto, afirmou que a atual avaliação poderá mudar, especialmente se a crise econômica piorar e as investigações da Operação Lava Jato chegarem mais perto do Palácio do Planalto. "Se o empresariado, especialmente o empresariado do setor das comunicações, entender que o custo da permanência da presidente é maior do que o custo da sua saída, o PMDB desembarca (do governo)", disse.

O tucano defendeu ainda a legitimidade do impeachment, dizendo que o instrumento estava previsto na Constituição e já havia sido usado para tirar o atual senador Fernando Collor (PTB-AL) da Presidência.

"Cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dar prosseguimento a um dos inúmeros pedidos de impeachment que estão sobre a sua mesa. Se isso acontecer, não tenho dúvida nenhuma de que o PSDB votará a favor. O Congresso estará pronto para sancionar a vontade constatada em pesquisas de opinião que mostram que 70% dos brasileiros querem ver a presidente Dilma pelas costas", afirmou.

Apesar de declarar seu apoio ao impeachment, Aloysio afirmou que o PSDB não fará nada para "agravar a crise" e que o "caminho ideal" era que Dilma recuperasse a capacidade de governar e concluísse o seu mandato.
Herculano
17/08/2015 19:15
COLUNA

Nesta terça-feira é dia de coluna no portal do Cruzeiro do Vale
João Antonio Pedrosa
17/08/2015 18:45
Herculano

O ex-prefeito Luiz Fernando Poli será peça chave na campanha do PSD em Gaspar no ano que vem, já que Poli desfiliou-se do PDT e voltará ao seu antigo ninho, PFL, não, ops, P S D.
Herculano
17/08/2015 17:22
SUBIU A TEMPERATURA. O EX-PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO VÊ GOVERNO DILMA COMO "ILEGÍTIMO" E RENÚNCIA SERIA GRANDEZA, DIZ ELE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Lima. Um dia após as manifestações contra o governo tomarem conta de ruas em todos os Estados do país, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deu nesta segunda-feira (17) seu mais duro recado ao governo Dilma Rousseff e seu partido, o PT.

Para FHC, o "mais significativo das demonstrações, como a de ontem" [domingo, 16] é a persistência do sentimento popular de que o governo, "embora legal, é ilegítimo".

O tucano vai além e diz que Dilma precisa ter "um gesto de grandeza" e cita a renúncia como um dos caminho disponíveis à petista.

"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo", prevê o tucano.

FHC diz que falta ao atual governo a "base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo".

"Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governar."

O ex-presidente falou sobre o assunto em texto publicado em sua página em uma rede social nesta segunda-feira (17). Ao final, diz que sem um mea-culpa ou a renúncia, a situação se agravará "a golpes de Lava Jato", e arremata: "Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães a Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais."

PROTESTOS

Os atos de domingo ocorreram em todos os Estados do país, além do Distrito Federal.

Em São Paulo, cerca de 135 mil pessoas foram à avenida Paulista, de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, desde as 14h. Nas manifestações de abril, a estimativa do instituto foi de 100 mil pessoas.

A Polícia Militar estimou o público presente neste domingo em 350 mil. Nas manifestações de abril, a estimativa da PM era de 275 mil pessoas e, nas de março, de 1 milhão.

Dentre manifestantes que compareceram ao ato na av. Paulista, 85% acreditam que a presidente da República deveria renunciar ao cargo, de acordo com pesquisa do Datafolha.

Com reprovação de 71% -a maior desde o início da série histórica do Datafolha, em 1992, sob o governo Fernando Collor-, Dilma é ainda mais rejeitada pelos que compareceram ao ato paulistano. Ao todo, 95% acham que o governo da petista é ruim ou péssimo, 4% o consideram regular e 1%, bom ou ótimo.
Cidadão Gasparence
17/08/2015 16:59
Ao curioso,

Inveja? Será mesmo que você acredita que tem muita gente morrendo de inveja das propostas do PSD? Claro, é natural confundir criticas com inveja. Isso mostra o despreparo, a imaturidade do partido e dos seus correligionários. Não assinei os acordos do seu partido com o governo, portanto não posso ser co responsável e nem concordar com sua conclusão descabida.
E mais, eu sou o POVO. Não sou candidato e portanto vocês também dependem de mim para ser eleito.


Diferentemente
17/08/2015 15:57
Realmente o PSD de Gaspar tem tudo para fazer diferente. Igual ao que faz em Ilhota. O professor será o senhor Fernando. As lições da gráfica ele levou para as cidades das calcinhas. Quase ficou nú e voltou meio sem graça prá Gaspar, depois de pedir as contas para disfarçar por aqui.
Curioso de Gaspar
17/08/2015 14:41
Ao Cidadão.

Essa turma do PSD vem incomodando muita gente, muitos que se intitulam como a unica esperança da cidade, a turma do PT enlouquece e do PMDB muito mais.

Esse foco em querer desconstruir é natural, pois a grama do vizinho é mais verde, logico que a turma do PSD não é mais nova, já esta á 4 anos trabalhando, são figuras carimbadas, se pararmos para ver o cenário que se constrói nenhum é um líder novo, praticamente o que o novo é o nome do Marcelo surgir como candidato


O PSD não o lançou ainda, pelo retrospecto dele vem alçando ares diferentes, muito falam em candidato, se for desejo do povo assim será.

Diferentemente dos outros pré candidatos, o PSD tem chances de realmente fazer diferente, esse sintoma e essa crença inveja muitos.
Herculano
17/08/2015 13:27
GRITO DAS RUAS PODE FAZER DEFESA DE DIRCEU DESISTIR DE RECURSO
?
Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O momento político que atravessa o País, marcado por manifestações populares contra o governo e contra o seu partido, é o fiel da balança para José Dirceu - preso desde 3 de agosto na Operação Pixuleco, 16.º capítulo da Lava Jato que lhe atribui corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Termina nesta segunda, 17, o prazo para a defesa do ex-ministro-chefe da Casa Civil (Governo Lula) recorrer da sua transferência de Brasília para Curitiba, base da investigação sobre esquema de propinas e cartel na Petrobrás do qual ele se teria beneficiado.

"O recurso está pronto, mas ainda não decidimos se vamos apresentá-lo ao STF porque o ambiente político não é propício", disse o advogado penalista Roberto Podval, que coordena a defesa de Dirceu.

Podval claramente se refere ao grito das ruas que tomou parte do País neste domingo, 16, com ataques ao governo Dilma Rousseff e declarações de apoio ao juiz federal Sérgio Moro, que carrega a Lava Jato e mandou prender o ex-ministro de Lula.

Podval considera que qualquer passo por José Dirceu pode ser prontamente rechaçado em razão do 'cenário político', adverso ao partido que presidiu.

O advogado ostenta em seu currículo vasta experiência nos tribunais. Ele sabe o momento certo para agir. E o momento certo para esperar. Podval avalia que a prisão de Dirceu tem 'natureza essencialmente política'.

Afirma que a Lava Jato não tem nenhum motivo para manter o ex-ministro atrás das grades. Segundo ele, Dirceu não ameaçou testemunhas, não destruiu ou ocultou provas e não ameaçou fugir do País. Além disso, reafirma que o ex-ministro jamais recebeu propinas do esquema Petrobrás.

Dirceu cumpria pena em regime domiciliar em Brasília, condenado no Mensalão por corrupção ativa a 7 anos e onze meses.

Acolhendo pedido da Polícia Federal e da Procuradoria da República no âmbito da Lava Jato, o juiz Moro decretou a prisão preventiva de Dirceu.

A prisão do ex-ministro ocorreu no dia 3 de agosto.

O juiz Moro pediu ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para transferir o ex-chefe da Casa Civil para Curitiba. Barroso autorizou.

Contra a decisão do ministro do STF é que a defesa de Dirceu pretende interpor um agravo de instrumento - recurso que pode levar a demanda para o Pleno da Corte máxima.Mas um detalhe pode reter o recurso no escritório de Podval.

"O ambiente político não é bom. Nessa altura, o recurso pode se tornar inócuo, porque pode parecer provocativo. Perder não é bom, dá muita força para Curitiba (base da Lava Jato). É uma situação muito difícil."

Podval está convencido que o cerco da Lava Jato a Dirceu 'foge completamente do aspecto jurídico'. "A prisão nada tem a ver com sentido jurídico, é uma decisão de cunho político", afirma.

"Por isso ainda não decidimos se vamor recorrer da transferência dele de Brasília para Curitiba. O recurso está pronto, mas só vamos decidir amanhã (segunda-feira) se o apresentamos ao Supremo."

O argumento central do agravo de instrumento, se de fato ele for protocolado no Supremo, é a 'falta de necessidade' de José Dirceu ser transferido para Curitiba, vez que já estava preso em Brasília.

"Zé Dirceu estava preso por ordem do STF. Quem exerce a autoridade é o juiz da Execução, no caso o ministro Luíz Barroso. A questão é saber se a Justiça Federal no Paraná extrapolou o poder do Supremo."

Podval reclama que 'até hoje' Dirceu sequer foi ouvido na Polícia Federal em Curitiba nos autos da Pixuleco.

"Isso só comprova que não havia mesmo necessidade da sua transferência. Vamos decidir amanhã (segunda) se protocolamos o agravo, depende muito do ambiente político. "Desde que foi preso na Pixuleco, em caráter preventivo, o ex-ministro divide uma cela na Custódia da PF em Curitiba com outros dois homens, presos por suspeita de contrabando. O advogado considera que Dirceu resiste bem ao novo desafio. "Ele é muito forte, isso é muito peculiar dele", declarou Roberto Podval.
Sidnei Luis Reinert
17/08/2015 12:44
Presidente do Brasil Dilma Rousseff deixou o território dos Estados Unidos sem pagar por serviços Presidential Limousine VIP fornecidos em San Francisco.

http://ireport.cnn.com/docs/DOC-1264178

Depois de três meses, o Itamaraty executivo brasileiro tenta fugir com um desculpas para não pagar a dívida para NS Highfly Limousine empresa da Califórnia serviço de transporte localizado em San Francisco, de propriedade de Eduardo Marciano, em que foi contratado pelo consulado do Brasil em San Francisco para fornecer presidencial transporte VIP durante a estada de Rousseff nos Estados Unidos a partir de 16 de junho, 2015 em todo 02 de julho de 2015.

Mais de 30 NS funcionários da Highfly Limousine trabalharam nesta visita presidencial aos Estados Unidos da América, incluídos os motoristas em tempo integral, as operadoras de telefonia e secretária VIP para executou um serviço de pacote presidencial, em que foram utilizados um total de 25 veículos, 2 ônibus para imprensa associado pessoal do transporte Brasil, um caminhão baú para transportar toda a bagagem pessoal, e um total de 3 vans Sprinter para o transporte de todos os ministros de Dilma e outros funcionários, e os outros 19 carros foram limusines para transportar a filha de Rousseff, secretário pessoal, policiais federais brasileiros , Exército e Marinha pessoal brasileiro para escoltar Rousseff está incluído seu embaixador.
"O serviço de limusina presidencial foi fornecida, mas agora o Consulado do Brasil sob a administração Dilma Rousseff não tem dinheiro para pagar".

O total de um serviço como esse atinge um montante de mais de US $ 100.000,00 dólares, e tem sido quase três meses desde a visita de Dilma Rousseff ao território norte-americano e não pagou um único centavo desde então. Eu estive no consulado localizado aqui em San Francisco para tentar recolhidos pelos serviços da minha empresa várias vezes, e eles me disseram "Nós não temos o dinheiro para pagá-lo, eo presidente brasileiro está viajando no exterior e gastando mais do que ele tem nos cofres do governo.

A última empresa a partir consulado do Brasil é que eles têm o dinheiro, mas eles não podem entregá-lo porque eles estão à espera de uma permissão presidencial, e ou do Ministério das Relações Exteriores do Brasil para pagar a minha empresa de, disse Eduardo Marciano.

Isso explica exatamente por isso que o governo disfuncional do Brasil realmente é, especialmente com este escândalo de corrupção crescendo e crescendo, uma verdadeira falta de respeito e honestidade, especialmente quando um "presidente" vem aqui nos Estados Unidos, em que é completamente diferente do Brasil manipulado sistema de justiça .

Se um Rousseff Comunista não tem dinheiro para alugar para VIP presidenciais Limousines, ela é mais definitivamente deve ir busca por um local de táxi, e ou, talvez, o transporte público de uma cidade, porque a minha empresa não tem de levar qualquer um de graça.

Estou na esperança de enviar a minha mensagem para fora em atenção a alguém realmente competente e responsável dentro Itamaraty Poder Executivo do Brasil, porque, como por Rousseff de, ela é já ganhou uma reputação de ser um mentiroso simples e agora também tem uma reputação de ser um comunista caloteiro irresponsável, que veio para o meu país e têm utilizado o serviço de limusina da minha empresa e se recusou a pagar-me, disse Eduardo Marciano.
Sidnei Luis Reinert
17/08/2015 12:19
O modelo de final de semana está esgotado


Artigo no Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Milton Pires

Tudo na vida é um ciclo. Tudo tem início, meio e fim. O PT já ?aprendeu?como se comportar, já se ?acostumou? com as manifestações de final de semana. Não dá mais: o modelo se esgotou.

As manifestações de ontem foram gigantescas, foram, sem dúvida alguma, um sucesso em todo Brasil. Não interessa se um milhão ou dois milhões de pessoas estavam na Avenida Paulista. Não interessa se havia ou não cem mil pessoas em Porto Alegre. Tanto faz, isso não tem mais nenhuma importância.

Fundamental é, nesse momento, que os grandes movimentos ? Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online compreendam que isso, desta forma como está sendo organizado, não tem mais efeito algum.

Algum dos ministros de Dilma deve vir a público dizendo as mesmas bobagens de sempre e depois as coisas são esquecidas, caem na rotina, esfriam-se.

Faço aqui um apelo: todos nós sabemos que a próxima grande manifestação deve ser no dia 7 de setembro. Isso vai ser numa segunda-feira, daqui a vinte um dias e nos dá tempo mais do que suficiente para fazer algo diferente, algo que o PT não espera e que vai chamar a atenção do mundo inteiro: vamos ficar nas ruas !

Vamos amanhecer nas ruas bloqueando as avenidas das principais cidades durante, pelo menos, toda manhã da terça-feira 8 de setembro ! Nós precisamos fazer algo que implique no funcionamento do Brasil durante a semana, caso contrário, não haverá mais repercussão.

Vai haver um desgaste natural destas manifestações de final de semana. O PT sabe tudo a respeito de manifestações e aposta nisso que eu escrevi. Observem que MST e CUT não se manifestam em finais de semana ? eles sabem o que fazem e com eles as manifestações tem implicações econômicas.

Não é mais possível ficar chamando o país às ruas nos domingos. Isso permite que o PT ?respire?, permite que siga dizendo às mesmas bobagens de sempre e apresentando-se à opinião pública internacional como um partido ?democrata?.

Nós precisamos PARAR o Brasil durante a semana. Precisamos ir para as ruas no dia 7 de setembro e ficar até o meio dia do dia 8 ? será uma lição inesquecível para os marginais que governam o Brasil.

O modelo de protesto em final de semana está esgotado.
Cidadão Gasparence
17/08/2015 10:06
Brick, Fernando, Denis, Giovano, dizem ser a nova geração do PSD. Isso é discurso ensaiado. Pois a dita oposição está agarrada ao sistema, ao partido. Fazem parte da base do governo. São peixes pequenos, mas pertencem ao mesmo cardume, vivem grudados à Jean Kuhlmann e Kleinubing, peças chaves do governador Colombo, que é amiguinho do ministro da DILMA Gilberto Kassab (PSD)

Ou seja a escola é a mesma.

Ontem só não discursaram, porque alguém nos bastidos já tinha desenhado e explicado que eles não são OPOSIÇÃO. Que eles fazem parte desse DESGOVERNO. Dessa roubalheira, da corrupção.

São apoiadores das tramoias politicas entre o PSD e o PT, junto com o PMDB. E não adianta jurar que não. Isso é política, são alianças aceitas, acordos assinados. Por cargos, boquinhas e salários.

E se tentarem desvincular o PSD de Gaspar do PSD estadual e Federal vão morrer de fome. Sem nenhum vintém para fazer os "santinhos" do Brick.

Nova Política?? Acorda Gaspar!


Herculano
17/08/2015 09:58
TODOS IGUAIS

Abaixo a declaração oficial do PMDB de Gaspar para que se esconda o que está claro para todos, para assim ficar igual ao que se discursa mentindo de que vai mudar. Acorda, Gaspar!
PMDB ROXO
17/08/2015 08:17
Herculano

Você não que estás sem assunto?
Qual motivo de ficar na nossa cola?
Vai ver as ms que os teus tucanos fazem na vizinha Blumenau.
Vai ver o fiasco que o psd fez nesta passeata.
Vai ver o que pt faz.
Fica ligado amigo assim seu sonho de ser ministrado se distancia cada vez mais. Tenho que falar com teu chefe pra avisar que vamos cortar as verbas do teu jornal. Fale hoje mas nak esqueca do amanhã. Pode custar caro
Herculano
17/08/2015 07:47
SEGUNDO DATAFOLHA, 85% DOS MANIFESTANTES QUE FORAM PROTESTAR NA AVENIDA PAULISTA, EM SÃO PAULO, QUEREM QUE A PRESIDENTE DILMA TENHA UM GESTO DE COERÊNCIA PARA ESTANCAR O CAOS QUE ELA CRIOU NA ECONOMIA E RENUNCIE PELOS BRASILEIROS. TEIMOSA ELA ESTÁ SURDA ÀS RUAS E NÃO ACREDITA EM PESQUISA QUE NÃO LHE É FAVORÁVEL

Texto de Alexandre Aragão. Dentre os 135 mil manifestantes que compareceram ao ato contra Dilma Rousseff na avenida Paulista, neste domingo (16), 85% acreditam que a presidente da República deveria renunciar ao cargo, de acordo com pesquisa do Datafolha.

Foi a primeira vez que o instituto de pesquisa questionou os entrevistados especificamente sobre uma possível renúncia. O número é superior ao dos que acreditam que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deveria abrir um processo de impeachment contra Dilma.

Dentre os presentes na Paulista, 82% acreditam que Dilma deveria ser afastada da Presidência após um processo de impeachment -15% acham que ela não deveria sofrer o impedimento e 2% não souberam opinar sobre o tema.

Entre os entrevistados, a convicção de que Dilma será de fato afastada, entretanto, é bem menor. Apenas 49% acham que ela sairá da Presidência, enquanto 44% pensam que isso não ocorrerá e 7% disseram não saber.

Com reprovação de 71% - a maior desde o início da série histórica do Datafolha, em 1992, sob o governo Fernando Collor -, Dilma é ainda mais rejeitada pelos que compareceram ao ato paulistano. Ao todo, 95% acham que o governo da petista é ruim ou péssimo, 4% o consideram regular e 1%, bom ou ótimo.

A maioria dos manifestantes respondeu corretamente sobre quem assumiria a Presidência caso Dilma seja afastada. "Michel Temer" e "o vice-presidente" foram as respostas de 69% dos presentes - incorretamente, 6% disseram que haveria novas eleições, 4% apontaram o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como sucessor natural e 2% citaram Eduardo Cunha. Apenas 1% acham que o Exército assumiria caso Dilma caísse.

No caso de nova eleição presidencial, hipótese que pode ocorrer caso a chapa de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (PMDB) seja cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 67% dos presentes votariam em Aécio. A única candidata que aparece com números expressivos, além do senador tucano, é a ex-senadora Marina Silva, que disputou a Presidência pelo PSB e, hoje, está sem partido.

PERFIL DOS MANIFESTANTES

O Datafolha também traçou um perfil dos manifestantes presentes na Paulista. Confira nos infográficos a seguir os detalhes por gênero, idade, escolaridade e renda familiar. O Datafolha realizou 1.335 entrevistas, entre 12h e 18h deste domingo (16), na avenida Paulista. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Herculano
17/08/2015 07:34
OS PIRATAS E A NÁUFRAGA, por Vinicius Mota

A disposição de sair à rua e protestar mantém-se firme, a julgar pelo público presente na avenida Paulista neste domingo. Já na avaliação da população brasileira, o quadro para Dilma Rousseff só fez piorar de abril para cá: 71% julgam ruim ou péssimo o seu governo; 8% o consideram ótimo ou bom; 66% querem o impeachment.

Na prática o "Fora, Dilma" já ocorreu, pois a presidente deixou de governar. É uma náufraga à deriva em meio aos escombros do primeiro governo. Agarra-se a qualquer objeto que flutue lançado pelos bucaneiros que sustentam sua existência simbólica, enquanto despojam o segundo navio e acotovelam-se pelo timão.

Dilma é útil aos piratas porque para ela e seu partido convergem os feixes das frustrações na República.

A condição material de vida da população vai piorar ainda mais nos próximos 12 meses. O monstro da corrupção na Petrobras e em outros ramos do Estado ficará mais visível. Esses poderosos vetores concorrerão para a cristalização da impopularidade da presidente e do PT.

É confortável, para aliados e adversários presos no labirinto de seu egoísmo, manter uma carcaça presidencial sobre a qual recai por inércia a culpa pelos estragos. Todos os outros atores podem se distanciar da responsabilidade, enquanto pilham o que resta da máquina do Executivo e oneram o futuro do país.

Nestes últimos dias a opinião pública se iludiu um pouco mais a respeito do caráter sacrossanto do impeachment. Arraiga-se a impressão de que haveria óbices incontornáveis na legislação para responsabilizar o presidente da República. Não os há.

A lei dos crimes de responsabilidade -nos itens sobre probidade e gestão orçamentária e financeira - é ampla o bastante para facultar a abertura do processo. O que existe é uma confluência de interesses políticos, cuja menor preocupação é preservar um mandato obtido nas urnas, a bloquear o caminho por enquanto.
Herculano
17/08/2015 07:32
PARA FAZER INVEJA

De acordo com o deputado estadual e presidente Valdir Cobalchini, o PMDB, que desde março deste ano já percorreu mais de 150 municípios e realizou sete encontros regionais da Jornada da Unidade, cresce com novas filiações, somando pelo menos mais de 15 mil novos nomes, neste período.

Se este número não for de político em campanha, é impressionante. Qual a razão deste questionamento? Gaspar. Quantos mesmos novas filiações aconteceram por aqui. Sábado ra dia de Mobilização Estadual do partido. Nada por aqui, Blumenau, Ilhota....Então...
Herculano
17/08/2015 07:00
AINDA NAS CORDAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Apesar de mudanças recentes no comportamento de políticos e empresários, Dilma continua pressionada pelos protestos nas ruas

Centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (16) para protestar contra o governo Dilma Rousseff (PT).

Criticando a administração federal, condenando a corrupção, execrando Lula e o PT ou pedindo o afastamento da presidente, os manifestantes se reuniram em pelo menos 120 cidades.

Não eram tantos quanto no dia 15 de março, quando o maior ato, na avenida Paulista (São Paulo), atraiu 210 mil pessoas, de acordo com medição do Datafolha.

Mas os 135 mil que, segundo o instituto, se aglomeraram desta vez no mesmo local constituem, ainda assim, multidão bastante expressiva sob qualquer perspectiva - basta lembrar, por exemplo, que no dia 12 de abril se contaram 100 mil manifestantes.

Sem que tenham sido os maiores, mas sem que tenham perdido força, os protestos deste 16 de agosto não parecem destinados a provocar mudanças no atual ritmo da crise política. Se mantêm Dilma nas cordas, não a nocauteiam - pelo menos não por enquanto.

Ainda muito pressionada e tendo três anos e três meses de governo adiante, a presidente mais impopular da nossa história começou nos últimos dias um atabalhoado diálogo com variados setores da sociedade.

Ao país não interessa que essas conversas resultem em conchavos ou acordões por baixo dos panos - e a cobrança das ruas sem dúvida inibirá movimentações nessa vergonhosa direção.

Interessa, contudo, que se apresentem soluções para a crise brasileira, que não se resume a uma recessão na economia e a um desarranjo na coalizão parlamentar.

O que há de relevante no governo Dilma são as providências econômicas propostas, negociadas e implementadas parcialmente pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Trabalhos, porém, que também se limitam à administração de emergência dos imensos problemas gestados de 2011 a 2014.

As solicitações de apoio e o novo fôlego que o PMDB parece disposto a oferecer devem ter como contraparte um plano de reformas.

Trata-se de um novo pacto, um reconhecimento de que é preciso reorganizar o governo em outros termos, pois as ações do primeiro mandato de Dilma, seu programa eleitoral e a base política que mal e mal o sustentavam se esfarelaram.

Não se trata de dizer apenas que a presidente precisa reconhecer seus erros ou fazer um "mea culpa" público - isso não basta.

Dilma Rousseff precisa governar com a nova coalizão que procura formar e em resposta a uma realidade econômica dramática. Suas palavras não podem ser oportunistas ou vazias.
Herculano
17/08/2015 06:57
A DIGNIDADE E A COERÊNCIA E UM POLITICO ALTIVO QUE CUSTARAM A CARREIRA POLÍTICA DE JAISON TUPY BARRETO, UM ÍCONE DO MDB, 82 ANOS COMPLETADOS NO DOMINGO NO EXÍLIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Da entrevista que concedeu ao Diário Catarinense, da RBS Floianópolis

PT, PMDB, PP, entre outros, estão envolvidos na onda de corrupção. O modelo partidário brasileiro está falido?

Jaison: Não está falido, porque o brasileiro construiu uma democracia estranha. Teremos que cortar essas barbaridades, o poder legislativo tem que deixar a leniência do modelo. Vai ser doloroso repaginar o papel do poder legislativo no Brasil. Vão ter que voltar para aquilo que era sua essência, não pode distribuir verbas, circos, homenagens. Fale-nos sobre a Aliança Social Trabalhista, fruto da parceria do senhor com o então governador Esperidião Amin. O que pretendia de fato? Qual o objetivo do projeto político? Fizemos juntos a campanha das Diretas Já. O que queríamos e o que mobilizou a opinião pública era garantir o direito da população escolher de maneira direta o presidente da República.

Lembro que foi a maior das mobilizações populares na história brasileira. Eu cansei de dizer que eleição indireta era imoral, ilegal, injusta. Como arranjar para eleger um presidente que não era nem o nosso, era presidente do sistema autoritário. O maior erro histórico foi o colégio eleitoral. Eu deixei de ser Ministro da Saúde por não ter ido ao colégio eleitoral. Eu era vice-presidente do Senado, que era o cargo mais alto que a oposição podia chegar. Para não dizer que estava com medo, fui à sessão, estava na mesa, ouvi o discurso do Tancredo (Neves) e do (Paulo) Maluf. Quando começou a votação, eu fui o quarto a ser chamado pra votar. Então, me levantei e me retirei em protesto. Isto me custou a carreira.
Herculano
17/08/2015 06:49
O ÓDIO FOFO E O ÓDIO NÃO FOFO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jorna Folha de S. Paulo

A única novidade da política brasileira recente é o surgimento de uma direita jovem, liberal

Muita gente hoje tem se perguntado por que as pessoas estão tão intolerantes no Brasil. Quando se põe a refletir sobre as razões do suposto aumento do ódio entre nós, a intelligentsia, como sempre, olha para os malucos da extrema-direita, que babam em cima das vítimas de sempre.

Esses babões da extrema-direita são mesmo um atraso de vida e devem ser tratados com o devido desprezo moral e cuidado político, ou seja, devem ser neutralizados pelos usos da inteligência e da lei.

Dito isso, tentemos sair do óbvio e mais "seguro", que é sempre remeter o ódio à extrema-direita babaca de sempre, e olhar de modo menos ideológico para o Brasil intolerante que nos assusta agora.

Ou seja, deixemos de lado o que eu chamaria de ódio não fofo e olhemos para o ódio fofo. Dito de outra forma: olhemos para o ódio justificado por boas intenções. Como a corrupção do PT "em favor" dos excluídos.

Minha hipótese é que existem dois tipos de ódio para a intelligentsia, o ódio fofo e o ódio não fofo. Mas ela não tem consciência de que pensa dessa forma. Ela tem dificuldade de enxergar esses dois tipos de ódio porque o ódio fofo não se apresenta como ódio, mas sim sob denominações outras.

Quer ver uma denominação fofa para o ódio político que não se vê como ódio? Luta de classes. Quer ver outro exemplo? O combate à desigualdade social. Outro? MST e MTST.

O ódio de classe é o motor da história para o velho Marx e sua igreja. A história da esquerda é uma história de ódio ideologicamente justificado por suas "boas intenções".

O motivo para que nossa intelligentsia só veja o ódio não fofo é porque só reconhece a palavra ódio nos babacas da extrema-direita que berram nas redes sociais. Para si, guardam a expressão "esquerda", o que, por definição, significa "gente fofa".

Concordo que a extrema-direita é mesmo desprezível, mas os herdeiros da ideia de "luta de classes", quando se olham no espelho, veem alguém condescendente explicando para os outros como tudo ficará bem se esses outros aceitarem o que eles, os fofos, desejam para todos. São puros de coração em termos morais e políticos, logo, não odeiam.

O ódio não fofo é aquele do povo ignorante que não entende que devem ser guiados pelos intelectuais de esquerda e seus representantes no espectro institucional dos partidos. Mas a verdade é que quem abriu as portas do inferno para o ódio político no Brasil foi o próprio PT e sua militância truculenta.

Quem não lembra o que esses lindinhos fizeram com a blogueira cubana Yoani Sánchez anos atrás?

É hilária a histeria de muita gente com os evangélicos e a ideia de que eles obrigariam nossos filhos a ler a Bíblia nas escolas, quando, na verdade, nossos filhos são, há muitos anos, obrigados a ler o "Manifesto Comunista" como uma bíblia.

Não temo mais o ódio (não fofo) da extrema-direita do que temo o ódio fofo do PT e associados, que têm pregado uma divisão no país, assumindo que qualquer um que não concorde com sua "pauta progressista" seja um dinossauro antidemocrático.

Incrível como nas redes sociais, além dos babacas da extrema-direita, milhares de odiadores de esquerda se multiplicam como moscas. Mas, quando seus luminares intelectuais vão a público falar sobre a intolerância brasileira, posam de "santinhas" que fingem não saber que seus parceiros em toda parte disseminam o ódio contra qualquer um que não reze na cartilha do "Manifesto".

Quem inaugurou o ódio político entre nós foi a esquerda. Pelo menos esse que agora deixa as vestais da esquerda com medinho.

Agora querem posar de inocentes e vítimas de um ódio injusto. Colhem o que plantaram.

E aqui vai mais uma hipótese. A tentativa de polarizar o debate entre direita babona e esquerda democrática visa esconder a única novidade da política brasileira recente: o surgimento de uma direita jovem, liberal em comportamento, pró-mercado e democrática.

O Brasil está acordando para o fato de que é o mercado que vai nos tirar do buraco, e não esse estatismo neolítico das esquerdas, que quer fazer do Brasil um Sudão.
Herculano
17/08/2015 06:42
EMIRATES TERÁ O VOO MAIS LONGO DO MUNDO COM 17h35 DO MUNDO

Conteúdo da revista Forbes.A Emirates anunciou nesta quinta-feira (13) que fará o voo comercial mais longo do mundo: 17 horas e 35 minutos. A rota entre a Cidade do Panamá e Dubai terá 13.821 km, 17 km a mais do que o da australiana Qantas, e será feito com o Boeing Co. 777-200LR, o modelo de maior alcance.

Para a Emirates, o Panamá será como uma porta de entrada para viagens com destino final na América Central, no Caribe e no norte da América do Sul, e também para que a companhia possa fazer negócios. Espera-se que o primeiro voo da rota aconteça em 1º de fevereiro de 2016.

O antigo voo mais longo do mundo, operado pela Qantas, ia de Dallas para Sydney e durava pouco mais de 17 horas. Antes dele, havia uma viagem ainda maior, da Singapore Airlines, de 19 horas, que fazia a rota entre Cingapura e Neward, em Nova Jersey, mas acabou em 2013.
Herculano
17/08/2015 06:36
"SOLUÇÃO" DE DILMA: MINISTÉRIOS DE PORTEIRA FECHADA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Convencida pelo ex-presidente Lula, Dilma negocia entregar ministérios de "porteira fechada" aos partidos aliados, com direito a livre nomeação e em todas as esferas de atuação das pastas. É a nova estratégia de "recomposição da base aliada. O governo pretende, com a medida, reunir pelo menos 200 deputados "100% fiéis" que impeçam a todo custo o avanço de pedidos de impeachment. Projetos, só em 2016.

Calando a oposição

Com a proposta, o governo enterraria críticas constantes da oposição: abriria caminho para reduzir o número de ministérios, hoje em 39.

Pacto de fidelidade

Após redistribuir os ministérios, Dilma deixará no governo apenas os partidos que se comprometerem com a "fidelidade total".

Fiador

Ao lado de Temer, Lula é o principal articulador da nova estratégia de Dilma, considerada a última alternativa para sair da grave crise.

Dança das cadeiras

Apesar de recente crise com o PDT, o governo pretende reconquistar o aliado histórico, mas o ministro Manoel Dias está com os dias contados.

DEPUTADOS DO PMDB PROMETEM "BOICOTE" A RENAN

O vice-presidente Michel Temer ouviu cobras e lagartos da bancada do PMDB na Câmara em almoço, semana passada. Sobraram bordoadas para Dilma e para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, orientou deputados a rejeitarem as propostas talhadas por Calheiros e pelo Planalto, e iniciarem "boicote" às propostas, que precisam de análise na Câmara.

O motivo

Deputados acusam Renan, citado na Lava Jato, de só se aproximar de Dilma para se safar da lista do procurador-geral, Rodrigo Janot.

Só espuma

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também citado na Lava Jato, ridiculariza as propostas de Calheiros: "É espuma", definiu Cunha.

Missão ingrata

Com deputados do PMDB fiéis a Eduardo Cunha, Temer trabalha para promover a paz entre Renan e Cunha para tentar "alinhar" os caciques.

Difícil de largar

Ainda que seja indiciado pelo Ministério Público na Lava Jato, Eduardo Cunha tem apoio para permanecer presidente da Câmara. Aliados como PSD, PP e PSC o apoiam, mas pedem para o peemedebista "pegar leve" nas críticas ao governo Dilma e, especialmente, ao Judiciário.

Voz da insatisfação

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) mantém a esperança de impeachment de Dilma após as manifestações de domingo: o prazo amigo dado para Dilma explicar as pedaladas "não calará a sociedade".

Troca de poderes

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) ironiza a aproximação de Dilma com Renan Calheiros. Diz que Dilma "nomeou Renan como primeiro ministro" para se manter no poder. "É uma troca", criticou.

Disseminando crise

Principal opositor a Michel Temer na articulação política, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) espalha que "está esgotado" o modelo de articulação concentrado na figura do vice-presidente.

Sai daí

Não é só o vice-presidente Michel Temer que quer se livrar de tocar a articulação política do Planalto. A bancada peemedebista na Câmara engrossa o coro: querem que Temer passe o abacaxi para outro.

Crise é pindaíba

A falta de liberação de emendas parlamentares foi o assunto preferido de almoço de Michel Temer com deputados do PMDB. "As emendas continuam travadas", avisou Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

Costura

Geraldo Alckmin (PSDB) se aproxima do Congresso. Reabriu escritório de representação em Brasília após cinco anos, pois o governo de São Paulo precisa de um "lar" na Capital. Está de olho mesmo é em 2018.

Brics sem "B"

O desempenho do real é o pior entre moedas dos membros do BRICS. Já perdeu 17% do seu valor frente ao rands (África do Sul), 20% para o rublo (Rússia), 26% frente ao yuan (China) e 29% para a rúpia (Índia)

Pensando bem...

... dizem que não há crise sem culpados. Mas para o governo Dilma não há crise, só culpados
Herculano
17/08/2015 06:23
O DIVÓRCIO RUA/URNA E CONGRESSO, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Sistema disfuncional faz com que a governabilidade fique nas mãos de partido que não teve um único voto

Já não importava tanto o número de manifestantes, ao contrário do que ocorrera no ato contra Dilma Rousseff de março. Naquela ocasião, só uma multidão na rua demonstraria o tamanho do repúdio à presidente. Agora, nem tanto. O Datafolha se antecipou, com sua pesquisa que mostra a impopularidade recorde de Dilma.

É óbvio que seria impraticável colocar nas ruas todos os que estão descontentes com Dilma ou, até mesmo, o número relativamente menor dos que defendem o impeachment.

De todo modo, a massa que desfilou neste domingo (16) é a corporificação a quente dos gráficos frios da pesquisa de (im)popularidade.

Gente na rua sempre impressiona, ainda mais em um país de escassíssima tradição de mobilização popular - e, pelo amor de Deus, não me venham os hidrófobos governistas ou esquerdistas dizer que não era povo quem estava nas ruas, era a classe média.

Sim, era. Mas todas as mobilizações de massa no Brasil foram, sempre, coisa de classe média, inclusive (e principalmente) aquelas que a esquerda aplaudiu.

Essa falsa polêmica (povo x classe média) ou a contagem de cabeças (mais gente/menos gente) é inócua. O relevante é perguntar o que vem agora que o público já deixou a rua.

Eu não sei, até porque sou incapaz de fazer previsões, a não ser sobre o passado - e, no Brasil, até o passado pode surpreender.

Arrisco, no entanto, um palpite, com toda a precariedade dos palpites: pouco ou nada de realmente significativo decorrerá dos protestos.

Por uma razão básica: há uma profunda desconexão entre a rua e o disfuncional sistema político brasileiro e entre as urnas e a superestrutura política.

Exemplo de irracionalidade: o PT elegeu a presidente, com mais de 50% dos votos, mas não tem nem remotamente a maioria do Parlamento. Se tivesse, o governo Dilma 2 seria outro, certamente mais bem avaliado, não pelas qualidades do PT, mas pelo fato de que pior do que está não pode ficar.

Da mesma forma, o PSDB, que ficou perto dos 50%, não tem no Congresso representatividade minimamente equivalente. Consequência: as massas que ocuparam as ruas não têm com quem negociar a criação das condições para o impeachment, que só pode se dar pelo Congresso, já que foi desterrada felizmente pela história a hipótese de golpe militar, só defendida por uma minoria de hidrófobos da direita.

A falta de funcionalidade política leva a um quadro paradoxal: o partido que elegeu a presidente não tem maioria para impor um programa que possa resgatá-la do fundo do poço (no discutível pressuposto de que um e outra tivessem competência para tanto). O partido que ficou em segundo lugar, por sua vez, tampouco tem maioria para costurar a saída da presidente.

Resultado: a governabilidade caiu no colo do PMDB, que não teve um único miserável voto para a Presidência (a carinha do vice, peemedebista, nem aparece na urna eletrônica). Logo, não tem compromissos nem com a presidente nem com o país nem com a rua. A não ser que esta resolva rugir com mais força do que a demonstrada até agora.
Herculano
16/08/2015 22:50
MANIFESTAÇÃO DE ADVERSÁRIOS DO PT É PELO MENOS MIL VEZES MAIOR... OU: PETISTA, SE BEBER, NÃO DÊ ENTREVISTA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Algumas centenas de pessoas se reuniram no Instituto Lula para manifestar apoio ao PT, ao governo Dilma e protestar contra um suposto "atentado" que teria ocorrido no local. O ato foi organizado pela CUT e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Vagner Freitas, presidente da Central, estava lá. É aquele senhor que convocou a luta armada dentro do Palácio do Planalto, na presença da presidente da República, que se calou a respeito. Até agora, o Ministério Público não fez nada.

Neste domingo, ele voltou a falar do assunto, repetindo a cascata que publicou no Twitter poucas horas depois. Afirmou que a "arma na mão" a que se referia era uma figura de linguagem e se disse, ora vejam, perseguido nas redes sociais. Eis o presidente da CUT: conclama à luta armada e depois se diz vítima de violência virtual.

Supostos petistas intelectuais promoveram um debate num palco montando em frente ao instituto. Passaram por lá a petista psicanalista (atentem para a ordem das palavras) Maria Rita Kehl, o petista professor de direito penal Salomão Shecaira e o petista cartunista Laerte Coutinho - nesse caso, não sei em qual das personalidades: se a de homem, se a de mulher. Ela fala bobagem nas duas.

Shecaira, o petista professor, desceu o sarrafo no juiz Sergio Moro e disse que "ninguém tem a coragem de enfrentá-lo porque este tem o apoio da mídia". Ora, por que ele próprio não aponta, então, no terreno acadêmico, as transgressões eventualmente cometidas pelo juiz, em vez de participar de um ato que se confunde com a própria defesa de ações criminosas, o que certamente não pega bem a um professor de direito?

Os petistas dizem ter reunido 5 mil pessoas. Conversa mole. A PM fala em 600. Então ficamos assim: são os 600 do PT pedindo o "Fica-Dilma" contra os 600 mil - para ficar com um número modesto - que querem a presidente fora do Palácio do Planalto.

Políticos petistas que passaram pelo local, vivendo numa realidade paralela, decidiram menosprezar o protesto que, segundo estimativa das PMs, reuniu pelo menos 794 mil pessoas.

Para o deputado estadual José Américo, secretário de Comunicação do PT, as "manifestações arrefeceram; foram números modestos". O deputado federal Paulo Teixeira (SP) também não viu grande coisa e, acreditem!, criticou a presença de políticos tucanos nas manifestações.

Ou por outra: o PT resolveu marcar um ato de apoio ao governo no mesmo dia em que o país parou para pedir "Fora Dilma", a manifestação do adversário é pelo menos mil vezes maior - sem hipérbole -, mas os petistas acusam o insucesso do outro.

Contam-me que havia lá barraquinhas vendendo cerveja, cachaça, uísque?

Uma recomendação aos petistas: "Antes de uma declaração, que tal passar pelo bafômetro?". Ou então: "Se beber, não dê entrevista".
João Antonio Pedrosa
16/08/2015 22:03
PSD Gaspar

Realmente isso é fazer diferente, cuspir no prato que comem, lá em Brasilia usufruindo das benesses do poder, aqui em Gaspar fazendo de conta que é oposição, isso é moderno né. Não é a toa que o PSD é uma célula do antigo P F L, diz tudo. E a companhia tava perfeita, bem moderna, estavam perfeitos.
Amigo do 69
16/08/2015 21:46
Ao amigo do 55

Voces estão pensando numa Gaspar daqui à 30 junto Jean Kuhlmann, Kassab e Joao Paulo e tapete escuro?

Kleber em vocês ou se ajoelham e aceitam a vice e a sec de agricultura ou esqueçam.
PSD Gaspar
16/08/2015 21:03
Ao Sr.João Antonio Pedrosa

Nós do PSD de Gaspar temos as nossas particularidades e, isso, nos faz ser diferente dos que pensam de forma arcaica, da mesma forma que a política de 50 anos atrás pensava.
Não concordamos com as mazelas do governo federal e, ainda, a decisão do nosso partido em fazer parte deste desgoverno.
Se pudéssemos opinar ou ser consultado, certamente nossa decisão seria de independência disto tudo que acompanhamos.
Com todo os respeito por sua opinião, sentimos orgulhosos de fazer parte de uma remessa nova de políticos que dão a face a tapa e cumprimos o nosso papel, mesmo que com as dificuldades inerentes ao cargo e a atual situação política.
Aproveitamos o espaço e parabenizamos todos os políticos que compareceram nesta tarde na praça central de Gaspar, em especial ao ex-prefeito Luis Fernando Poli.

PSD Gaspar
Herculano
16/08/2015 20:58
PROTESTOS DESTE DOMINGO SUPERARAM ABRIL, MAS FORAM MENORES QUE MARÇO, APESAR DOS NÚMEROS CONTROVERSOS ENTRE ORGANIZADORES, POLÍCIA MILITAR E INSTITUTOS DE PESQUISAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Os protestos contra a presidente Dilma Rousseff deste domingo (16) reuniram um público maior do que as manifestações de abril, mas menor do que as de março.

De acordo com estimativas da Polícia Militar nos Estados, o público total que compareceu aos protestos deste domingo nas capitais de todos os Estados mais o Distrito Federal foi de cerca de 612 mil.

Em abril, haviam sido 521 mil e, em março, 1,7 milhão.

Os números deste domingo e de abril não incluem os manifestantes do Rio e do Recife, onde a PM não liberou estimativas. Organizadores estimam os públicos em 100 mil e 50 mil, respectivamente.

Em São Paulo, cerca de 135 mil pessoas foram à avenida Paulista, de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, desde as 14h. Na manifestação de abril, a estimativa do instituto foi de 100 mil pessoas.

A Polícia Militar estimou o público presente neste domingo em 350 mil. Nas manifestações de abril, a estimativa da PM era de 275 mil pessoas e, nas de março, de 1 milhão.

PELO BRASIL

Em Brasília, onde os manifestantes começaram a seguir em direção à Esplanada dos Ministérios por volta das 10h30, 25 mil pessoas participaram do protesto, segundo a Polícia Militar. De acordo com os movimentos que organizaram o ato, o público foi de 45 mil.

Em março e abril do ano passado, atos semelhantes reuniram 45 mil e 25 mil pessoas na capital federal, de acordo com a PM.

No Rio, manifestantes lotaram a orla de Copacabana com faixas e cartazes contra Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.

Ainda não há estimativa de público - no protesto de abril, a PM do Rio não divulgou números, mas os organizadores falaram em 100 mil presentes. Em março, a PM calculou 100 mil presentes.

Em Salvador, a PM estimou 4.000 pessoas no Farol da Barra. Em Belém, os policiais contaram 1.500 pessoas na região central da cidade. Em Maceió, a estimativa da polícia é de 10 mil participantes.

POLÍTICOS

Em Belo Horizonte, a manifestação anti-Dilma contou com a presença do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado nas eleições presidenciais de 2014. Foi a primeira participação do tucano nos atos contra o governo.

Vice na chapa de Aécio, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) participou do ato em Brasília e avaliou que, independentemente do número de manifestantes nas ruas, a rejeição à presidente Dilma Rousseff é "oceânica".

Segundo ele, o alívio dado ao Palácio do Planalto na última semana, quando foi apresentada agenda de reformas pelo PMDB no Senado Federal para superar a crise econômica, tem "fôlego curto".

A manifestação de Brasília teve ainda participação de políticos do PMDB, como o deputado Jarbas Vasconcelos (PE), que defendeu a renúncia de Dilma e a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo.

Em São Paulo, o senador José Serra (PSDB) foi às ruas e ouviu pedidos e cobranças dos manifestantes. Ele elogiou os protestos.

"É emocionante. Não tem sindicato, não tem partido por trás. Nem nas Diretas foi assim", disse.
Herculano
16/08/2015 20:49
CERCA DE 600 PESSOAS - SEGUNDO A PM E O DATAFOLHA NÃO DIVULGOU NENHUM DADO - DO SINDICATO E APARELHO PETISTA, SEGUNDO OS ORGANIZADORES, VÃO AO INSTITUTO LULA APOIAR O PT, LULA, DILMA, FAZER CHURRASCO E IRONIZAR OS QUE FORAM AS RUAS PROTESTAR CONTRA A CORRUPÇÃO E A ROUBALHEIRA DESENFREADA DOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO PODER COMANDADOS PELO PRÓPRIO PT.

Conteúdo do portal G1 (Globo). Texto de Flávia Mantovani, de São Paulo. O instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo, recebeu no início da tarde deste domingo (16) um grupo de manifestantes que apoiam o governo de Dilma Rousseff. Vestidos com camisa vermelha, eles foram à sede do instituto, no bairro do Ipiranga, para fazer um contraponto à manifestação contra o governo que acontece na Avenida Paulista, na região Central. Algumas centrais sindicais e organizações de movimentos sociais participaram do ato.

Segundo os organizadores, o ato contou com a participação de 5 mil pessoas. A CUT estimou em 10 mil. A Secretaria de Segurança Pública disse que 600 pessoas estiveram no ato, que terminou por volta das 18h.

Manifestantes pro-governo gritavam palavras de ordem em frente ao instituto Lula. Alguns vestem coletes da CUT e camisas com os dizeres " defesa da democracia". Eles gritavam "Não vai ter golpe!", "O Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e "O povo na rua/ coxinha recua".

Enquanto isso, um grupo cuidava de fazer churrasquinho para vender aos participantes do evento. Em frente ao Instituto Lula, professores universitários e intelectuais de esquerda discutiram o "conservadorismo" e o "fenômeno dos coxinhas" em uma tenda do evento Jornada pela Democracia. "Quem são os coxinhas? Que fenômeno é esse?", diz uma organizadora ao microfone. Outro palestrante pede a "desgourmetizaçao das ruas".

Segundo metalúrgicos que se manifestaram a favor do governo, cerca de 30 ônibus organizados pelo sindicato da categoria saíram do ABC levando pessoas para o Instituto Lula. O ato contou ainda com a participação da cartunista Laerte, que esteve em uma mesa de debate sobre política, democracia e amor. Durante a discussão, afirmou que não está defendendo o governo, mas que "não vai ter golpe". "Falta amor na democracia e democracia no amor. O amor também precisa ser objeto de atenção, assim como a democracia", disse.

Durante o ato, o presidente da CUT, Vagner Freitas disse que estava lá para defender o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Freitas os chamou de "guerreiros do povo brasileiro". Ele criticou também o ex-presidente FHC, segundo ele um "sociólogo que fala mil línguas e vendeu o Brasil a preço de banana".

Freitas também explicou uma frase dita, nesta quinta-feira (13), durante um evento em Brasília. Ele falou em "ir para as ruas entrincheirados, de arma na mão, se tentarem derrubar a presidenta". O presidente da CUT afirmou que foi mal interpretado e que "a nossa arma é a democracia, é a mobilização, são as greves, são os sindicatos fortes e organizados em defesa da democracia e contra o retrocesso". Ele disse que recebeu ameaças nas redes sociais após as declarações.
Amigos do 55
16/08/2015 20:40
Boa noite, Herculano!

Não sabemos de onde você obteve a informação que fomos pedir o vice para o PMDB, pois, esta informação não é verdadeira.
Respeitamos todos os projetos, independentemente do partido político, pois, partimos do princípio que todos querem o melhor para a nossa cidade.
Agora, é importante deixar esclarecido que, nós estamos construindo um projeto visando a Gaspar do futuro, projetando a cidade para os próximos 30 anos.
Sendo assim, quem falou que estamos querendo ser vice de alguém, deveria estar se preocupando com a sua proposta, pois a nossa, será transformadora e com as melhores pessoas envolvidas.

PSD Gaspar.
João Antonio Pedrosa
16/08/2015 20:36
Herculano!

O PSD não apóia o governo Dilma? O que o Marcelo Brick estava fazendo na manifestação? Jogando pra torcida? O PMDB não apóia e ainda por cima é vice da Dilma? O que o Kleber Wandal, o Ciro e outros peemedebistas estavam fazendo lá? O PP também não apóia o governo Dilma, o que o Lú estava fazendo lá? O PMDB e o PP não estão envolvidos no Petrolão até o pescoço, aliás são os que tiveram o maior número de envolvidos até agora? Estão querendo enganar a quem? É muita cara de pau, não?
Herculano
16/08/2015 19:51
PELA TERCEIRA VEZ EM CINCO MESES, AS RUAS AVISARAM QUE TODO O PODER EMANA DO POVO, por Augusto Nunes, de Veja

Pela terceira vez em cinco meses, o Brasil mostrou nas ruas que está farto de corrupção, incompetência e vigarice. Uma mobilização nacional de tais dimensões e tamanha intensidade, decididamente, não é pouca coisa. Mas o 16 de Agosto foi muito mais que isso. A unificação das palavras de ordem, por exemplo, consumou o sumiço dos nostálgicos de intervenções militares. Essa minoria sem memória foi tragada pelo oceano de democratas que rechaçam todas as tribos inimigas do estado de direito.

Em centenas de cidades, a multidão exigiu o imediato despejo da presidente que há não governa. Lula foi bombardeado por acusações desmoralizantes (e adjetivos merecidíssimos há tanto tempo aprisionados na garganta). Aécio Neves e muitos outros líderes oposicionistas enfim se juntaram aos atos de protesto e afinaram o discurso com os gritos dos indignados. Inscrições em faixas e cartazes saudaram o juiz Sérgio Moro e os avanços da Operação Lava Jato. Prudentemente, Dilma trancou-se em Brasília com o padrinho e um punhado de ministros.

Deveriam ter trancado no banheiro o companheiro que preside a CUT. À solta, o delinquente Vágner Freitas materializou mais uma irretocável ideia de jerico: promover uma boca-livre a favor do governo nas cercanias do Instituto Lula. Enquanto os pelegos miavam no microfone contra a burguesia golpista, os gatos pingados da plateia de gatos lutavam bravamente por nacos de churrasco e goles de cerveja. O contraste entre a bebedeira no Instituto Lula e a portentosa passeata na Paulista valeu por 200 pesquisas de popularidade.

Neste domingo, o Brasil que presta deixou claro que continua em vigor o parágrafo único do artigo 1° da Constituição: todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. Se tiverem juízo, os figurões dos três Poderes farão a vontade de quem manda.
Herculano
16/08/2015 19:48
DILMA MANDA MINISTROS NÃO DAREM ENTREVISTAS SOBRE PROTESTOS, por Fernando Rodrigues


"Manifestações foram dentro da normalidade democrática'', diz Planalto

Depois de uma reunião de avaliação no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff determinou que nenhum de seus ministros dê entrevistas a respeito das manifestações de protesto neste domingo (16.ago.2015).

Segundo mensagem recebida às 18h46 do Palácio do Planalto, a posição do governo é a seguinte:

?Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, o governo viu as manifestações dentro da normalidade democrática''.

Embora ninguém vá aparecer para vocalizar em público, há um clima de comemoração dentro do governo a respeito dos protestos deste domingo. Por várias razões, sendo 3 delas as principais:

1) público menor do que em março: confirmaram-se as previsões de que haveria menos gente na rua agora do que em 15.mar.2015. Ou seja, a situação não melhorou, mas também não piorou;

2) oposição tímida: os principais líderes da oposição tiveram comportamento reservado e não conseguiram aparelhar os protestos a favor de seus partidos;

3) acordão com o PMDB em curso: os atos deste 16 de agosto não tiveram energia para dinamitar o grande conchavo criado entre o Palácio do Planalto e uma ala do PMDB, com Renan Calheiros e Michel Temer à frente. Dilma Rousseff acredita que pode acelerar a votação, nas próximas semanas, de alguns itens da chamada "Agenda Brasil'' - e, assim, reverter clima ruim que vigora entre os agentes econômicos.

Mas se tudo foi como esperava o Planalto, por que algum ministro palaciano não deve dar uma entrevista? Simples. Porque Dilma acredita estar ainda muito frágil para aparecer em público (ou expor um ministro seu a esse tipo de situação). Poderia parecer que a administração dilmista já está comemorando a reação política que esboçou nos últimos cerca de 10 dias.

A posição de recato do Planalto visa a preservar o pouco (muito pouco) que o governo conseguiu até agora. No entender dos ministros e da presidente, seria um erro tentar aparecer em público fazendo perorações a respeito dos atos de 16 de agosto. Um risco que aumenta quando Dilma se lembra do desastre midiático que foi a entrevista conjunta na noite de 15.mar.2015 dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência).
Herculano
16/08/2015 19:45
LULA COMEÇA A SER "DESCANONIZADO" PELO ASFALTO, por Josias de Souza

Durante dois anos, o Bolsa Família propiciou a Lula seus momentos de São Francisco de Assis. Mesmo depois do mensalão, quando o PT deixou o socialismo para cair na vida, Lula manteve o prestígio escorado numa hipotética castidade presumida. Neste domingo, o asfalto começou a descanonizar o personagem. Um gigantesco boneco de Lula, vestido de presidiário, ornamentou os protestos de Brasília. Virou meme na internet. Evidência de que o teflon que protegia a imagem de Lula não é impermeável ao óleo queimado do petrolão.

Num instante em que a sua voz soa nos grampos da Lava Jato e sua prosperidade lateja na conta bancária, Lula encontra-se na constrangedora posição de um ex-presidente supostamente honrado que legou à sucessora uma esbórnia e continuou enrolado na bandeira da moralidade. Um pedaço das ruas informa que já não se dispõe a engolir a imagem que Lula faz de si mesmo.

Na página 147 do livro "Lula, o filho do Brasil", da pesquisadora Denise Paraná, Lula pintou assim o seu auto-retrato: "?Se eu não tivesse algumas [qualidades pessoais] não teria chegado aonde cheguei. Eu não sou bobo. Acho que cheguei aonde cheguei pela fidelidade aos propósitos que não são meus, são de centenas, milhares de pessoas.''

No momento, um fantasma assombra as noites de Lula na cobertura de São Bernardo. Trata-se da assombração do próprio Lula, quando fazia pose de puro e imaculado. A alma penada ronda-lhe os sonhos, brandindo faixas com bordões inconvenientes. Coisas como ?Abaixo a corrupção?. Ou "Fora Collor". Ou ainda "Abaixo os 300 picaretas do Congresso"
Herculano
16/08/2015 19:40
PERGUNTAR NÃO OFENDE

PMDB anuncia e avalia como positiva mobilização que somou 3 mil novas filiações. O final de semana foi de mobilização no PMDB catarinense. A executiva estadual do partido estima que pelo menos 3 mil novas filiações tenham sido realizadas em todo o estado, com a promoção do Dia Estadual de Filiações ? 15 de agosto.

Então, quanto mesmo o PMDB de Gaspar filiou neste dia 15 e 16 de agosto como parte da campanha do tal Dia Estadual de Filiações? Com a palavra o presidente do diretório local, Kleber Edson Wan Dall
Herculano
16/08/2015 19:35
TIRANDO SARRO

Do petista Maicon Oneda zombando na rede:

"E o fiasco das manifestações ta tendo??#?carnacoxinha"?

Herculano
16/08/2015 19:34
reeditando das 18:11
QUAIS FORAM OS POLÍTICOS COM VOTOS QUE APARECERAM NO PROTESTO DE GASPAR?

Os atuais vereadores Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM; Marcelo de Souza Brick (presidente do PSD), Giovânio Borges, PSD; Ciro André Quintino, PMDB; Luiz Carlos Spengler Filho, PP; Kleber Edson Wan Dall (presidente do PMDB), o ex-prefeito Luiz Fernando Poli, PDT (já foi PFL e DEM) e o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB, PSB e PPS, hoje sem partido
Herculano
16/08/2015 17:27
COLUNA DE TERÇA

Nesta terça-feira, terá nova coluna aqui no portal, exclusiva para os que a tornaram líder em acesso. O jornal Cruzeiro do Vale só circula na sexta-feira, até lá, você tem opinião crítica e corajosa, que os poderosos não conseguiram calar.
Herculano
16/08/2015 17:02
Exatamente esta mesma pergunta e falsa defesa fizeram gente entendida a serviço, os petistas e corruptos quando começou-se a desvendar o petróleo. E por que ela é feita. Para meter medo, evitar a transparência e terminar com as dúvidas que pairam sobre tudo isto. É assim que o PT e o governo jogam contra os pagadores de pesados impostos que sustentam a farra do maus uso do dinheiro público para poucos

A QUEM INTERESSA A DESMORALIZAÇÃO DO BNDEs? por Marcelo Zero?, sociólogo, especialista em relações internacionais e assessor da Liderança do PT no Senado

Parte 1

Em 1996, a Embraer participou de sua primeira grande concorrência internacional.

Tratava-se do fornecimento de 150 aeronaves para as empresas americanas de aviação regional ASA e Comer. A Embraer entrou na concorrência com o seu ERJ-145, um jato regional moderno e eficiente. Era o melhor avião e ainda tinha a grande vantagem de ser o mais barato.

Contudo, a Embraer perdeu. Perdeu para a Bombardier, que oferecia melhores condições de financiamento para os compradores, pois contava com forte apoio governamental para a comercialização de suas exportações.

Pouco tempo depois, a gigante American Airlines lançou concorrência de US$ 1 bilhão para a compra de jatos regionais. Era a grande oportunidade que a Embraer tinha de pagar o custoso desenvolvimento do ERJ-145 e de se lançar no promissor mercado internacional de aviação regional, que crescia exponencialmente.

Mas a Embraer sabia que não tinha a menor condição de ganhar a concorrência, mesmo tendo o melhor avião, se não contasse com condições de financiamento semelhantes às que dispunham as suas concorrentes.

Resolveu, então, bater na porta do BNDES. A Embraer tinha de oferecer um financiamento à American Airlines que contemplasse não apenas taxas de juros baixas e amortização de longo prazo, mas também a garantia da devolução das aeronaves, caso houvesse algum problema com os equipamentos.

Para o BNDES, era uma aposta de risco considerável. A Embraer era novata nesse mercado e, caso ocorresse algum problema com as suas aeronaves, o banco ficaria em maus lençóis. Nenhum banco privado, nacional ou internacional, queria assumir esse risco.
Herculano
16/08/2015 17:02
Exatamente esta mesma pergunta e falsa defesa fizeram gente entendida a serviço, os petistas e corruptos quando começou-se a desvendar o petróleo. E por que ela é feita. Para meter medo, evitar a transparência e terminar com as dúvidas que pairam sobre tudo isto. É assim que o PT e o governo jogam contra os pagadores de pesados impostos que sustentam a farra do maus uso do dinheiro público para poucos

A QUEM INTERESSA A DESMORALIZAÇÃO DO BNDEs? por Marcelo Zero?, sociólogo, especialista em relações internacionais e assessor da Liderança do PT no Senado

Parte 2

O BNDES, entretanto, resolveu confiar na Embraer e ofereceu o financiamento com todas as garantias exigidas pela American Airlines.

Resultado: a Embraer ganhou a concorrência e, com isso, iniciou uma carreira vitoriosa no mercado internacional de aviação regional e executiva.

Hoje, a Embraer oscila entre a terceira e a quarta maior empresa mundial do setor. Apenas em 2013, entregou 90 aeronaves comerciais e 119 de aviação executiva, obtendo uma receita líquida de R$ 13, 64 bilhões. É, de longe, a empresa brasileira que mais exporta produtos de alto valor agregado, gerando altos rendimentos e empregos muito qualificados no Brasil.

Assim, a Embraer e o Brasil aprenderam a lição. Não se faz exportações volumosas de bens e serviços, no concorridíssimo mercado internacional, sem apoio financeiro governamental e bancos públicos de investimento.

A Embraer da qual tanto nos orgulhamos simplesmente não existiria, caso não tivesse contado com o apoio do BNDES.

Ironicamente, o orgulho justificado que dedicamos à Embraer não se estende ao banco público que financiou o seu sucesso e o de tantas outras empresas brasileiras.

Ao contrário, há, atualmente, uma grande campanha contra esse estratégico banco público de investimentos.

Uma campanha bem sórdida, por sinal. A desonestidade intelectual que cerca o debate sobre a atuação desse grande banco público de investimentos é assustadora. A bem da verdade, ou é desonestidade intelectual assustadora ou é ignorância abissal.

Com efeito, divulgou-se uma série de mentiras deslavadas sobre esse banco.

Disseram, por exemplo, que o BNDES investe muito em obras na Venezuela, Cuba, Angola, etc., em detrimento dos investimentos imprescindíveis para o Brasil.
Herculano
16/08/2015 17:01
Exatamente esta mesma pergunta e falsa defesa fizeram gente entendida a serviço, os petistas e corruptos quando começou-se a desvendar o petróleo. E por que ela é feita. Para meter medo, evitar a transparência e terminar com as dúvidas que pairam sobre tudo isto. É assim que o PT e o governo jogam contra os pagadores de pesados impostos que sustentam a farra do maus uso do dinheiro público para poucos

A QUEM INTERESSA A DESMORALIZAÇÃO DO BNDEs? por Marcelo Zero?, sociólogo, especialista em relações internacionais e assessor da Liderança do PT no Senado

Parte 3

Ora, como bem assinalou o presidente Luciano Coutinho, entre 2007 e 2014, as operações de apoio à exportação de serviços do BNDES corresponderam a apenas cerca de 2% do total dos financiamentos que foram oferecidos pelo banco.

Portanto, o BNDES investe ao redor de 98% de seus recursos no Brasil.

Mesmo assim, há gente que, iludida pelas mentiras divulgadas, quer simplesmente proibir o BNDES de dar apoio financeiro à exportação de serviços. A natureza obviamente beócia da proposta deveria saltar aos olhos até do reino mineral, caso lá houvesse olhos, mas há gente que a leva a sério, mesmo no Congresso Nacional.

Da mesma forma, alegou-se que as taxas usadas pelo BNDES para a exportação de serviços constituíam "subsídios indevidos" às empreiteiras. Argumento muito parecido ao usado pelo governo canadense, quando nos acionou na OMC quanto às exportações da Embraer. Ora, o uso das taxas Libor nessas operações foi estabelecido em 1996, pois, para ser competitivo no mercado mundial, é necessário praticar financiamentos com base em taxas internacionais.

Insinuaram também que o sigilo envolvido nas operações financeiras de exportação de serviços destinava-se a ocultar ilícitos e favorecimentos ideológicos a governos "comunistas" e "bolivarianos", lançando uma suspeita indigna sobre o BNDES, banco que opera com critérios técnicos rigorosos e no qual a análise da concessão de um grande empréstimo demora, em média, 450 dias.
Herculano
16/08/2015 17:00
Exatamente esta mesma pergunta e falsa defesa fizeram gente entendida a serviço, os petistas e corruptos quando começou-se a desvendar o petróleo. E por que ela é feita. Para meter medo, evitar a transparência e terminar com as dúvidas que pairam sobre tudo isto. É assim que o PT e o governo jogam contra os pagadores de pesados impostos que sustentam a farra do maus uso do dinheiro público para poucos

A QUEM INTERESSA A DESMORALIZAÇÃO DO BNDEs? por Marcelo Zero?, sociólogo, especialista em relações internacionais e assessor da Liderança do PT no Senado

Parte 4

Ora, o BNDES não pode divulgar os detalhes dessas operações financeiras não porque não queira, mas simplesmente porque não pode. Ele é proibido por lei de fazê-lo.

A Lei Complementar nº 105, de 2001, ratificada no segundo governo tucano, protege o sigilo do tomador de empréstimo, independentemente do banco ser público ou privado. Não interessa se o empréstimo foi obtido junto ao Itaú, ao Bradesco, ao Banco do Brasil ou ao BNDES: a proteção jurídica é a mesma.

Há quem argumente, entretanto, que, no caso de banco público, não deveria haver nenhum sigilo. Bom, nesse caso, a lei tucana teria de ser modificada.

O problema maior, porém, não é esse. Leis podem ser modificadas. A dura realidade do concorrido mercado internacional de bens e serviços não pode.

Imaginemos o cenário idealizado pelos que propugnam pela total transparência dessas operações financeiras. Caso a Embraer precisasse do apoio do BNDES para fazer uma grande exportação de aeronaves, esse banco estaria obrigado a divulgar ao público informações sensíveis e estratégicas da empresa, como nível de endividamento, capacidade de pagamento, nível de exposição ao risco, probabilidade de êxito na concorrência, competitividade do bem a ser exportado, estratégia de atuação da empresa no mercado mundial, etc.

Bonito, não? Bonito, e por certo, muito inteligente também. A Bombardier e outras empresas concorrentes das empresas brasileiras lá fora concordam inteiramente.

É por isso que nenhum banco que financia exportações no mundo divulga detalhes sensíveis dessas operações. Os americanos não o fazem, os alemães e os chineses, tampouco. Ninguém faz. É fácil imaginar a razão. Menos no Brasil.

Na realidade, conforme a Open Society Foundations, principal ONG mundial dedicada à transparência, o BNDES já é o banco de investimentos mais transparente do mundo. E essa transparência não adveio de pressões recentes. Ela já fazia parte da linha de atuação do banco há bastante tempo. Conforme o testemunho da Open Society, que participou de muitas reuniões com o BNDES, o programa de crescente transparência do banco avançou por iniciativa da própria gestão do BNDES.
Herculano
16/08/2015 17:00
Exatamente esta mesma pergunta e falsa defesa fizeram gente entendida a serviço, os petistas e corruptos quando começou-se a desvendar o petróleo. E por que ela é feita. Para meter medo, evitar a transparência e terminar com as dúvidas que pairam sobre tudo isto. É assim que o PT e o governo jogam contra os pagadores de pesados impostos que sustentam a farra do maus uso do dinheiro público para poucos

A QUEM INTERESSA A DESMORALIZAÇÃO DO BNDEs? por Marcelo Zero?, sociólogo, especialista em relações internacionais e assessor da Liderança do PT no Senado

Parte 5

Há muito que o BNDES disponibilizava informações sobre essas linhas de crédito que praticamente nenhum banco semelhante do mundo fornecia. Junto com o Eximbank dos EUA, o BNDES era o único banco que, há anos, oferecia ao público informações como relatórios detalhados anuais, portal de transparência com possibilidade requisição de informações e estatísticas detalhadas online.

O novo portal apenas ampliou a transparência já existente.

Tudo isso deveria ser motivo de orgulho em qualquer país do mundo. Menos no Brasil.

Aqui continuam as acusações parvas contra o banco e as iniciativas para submeter o BNDES a uma CPI. Sempre com argumentos desonestos e mal informados.

Quando a Embraer começou a incomodar a Bombardier com sua concorrência, o governo canadense logo tratou de questionar o financiamento de suas exportações na OMC. Não bastasse, acabou levantando suspeitas de que o gado "verde" brasileiro poderia estar contaminado com o mal da vaca louca. Um golpe desonesto, que, por iniciativa do então deputado Aloizio Mercadante, provocou a pronta resposta do Congresso Nacional, o qual sustou a tramitação dos atos internacionais firmados com o Canadá. Assim, o Legislativo brasileiro defendeu o Brasil, a Embraer e, por tabela, o banco que financiou seu sucesso mundial.

Agora, setores desse mesmo Congresso perseguem o BNDES, com argumentos tão toscos e desonestos quanto o usado pelo governo canadense.

Não se sabe ao certo no que isso vai dar.

Uma coisa, porém, é certa: a Bombardier agradece.

Haja vaca louca!
Herculano
16/08/2015 16:49
TÍTULO E TEXTO DO 247, CRIADO E PAGO PARA DEFENDER O PT E O GOVERNO DILMA VANA ROUSSEFF: "PROTESTO ANTI-DILMA É MENOR, MAS MOSTRA FORÇA"

Manifestações deste domingo, em várias capitais do País, são menores do que as ocorridas em março e abril deste ano, mas reuniram dezenas de milhares de pessoas; manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem contra o PT, a corrupção e de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato; os protestos pelo impeachment de Dilma acontecem em meio a um certo alívio conseguido pela presidente na última semana; seu governo se reaproximou do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Senado, fazendo um contraponto à situação difícil enfrentada na Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rompeu com o governo após ser acusado por um delator da Lava Jato de pedir propina.
Herculano
16/08/2015 16:21
QUESTÃO DE TEMPO

Errático. Sem rumo. Jogo. Em Gaspar, o PSD foi pedir uma vaga de vice para o PMDB. Isto rendeu. O PSD quer voltar atrás. Estão batendo boca, criando fato novo, por falta de planos, para arrumar espaço na imprensa.
Herculano
16/08/2015 16:17
COMENDO POEIRA

Pois é. Se alguém precisava saber o que aconteceu na Praça Getúlio Vargas neste domingo, até este momento, só soube pelo portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acreditado, o mais comprometido com os leitores e leitoras.
Herculano
16/08/2015 16:12
OS POLÍTICOS FIZERAM DE TUDO PARA MELAR NESTE DOMINGO EM GASPAR AS MANIFESTÕES CONTRA A CORRUPÇÃO

Primeiro foi o PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi, que ocuparam as rádios durante a semana para desqualificar as teses e as queixas dos que queriam protestar. Para eles o PT é um partido limpo, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff exemplos de administradores, principalmente como salvadores da pátria.

Depois foi os políticos que se dizem de oposição - mas no plano nacional são sócios do desastre que é motivo dos protestos, corrupção, roubo e incompetência - disputando o apadrinhamento dos protestos daqui, mas de olho somente no palanque para a campanha de 2016.

Não deu certo. O protesto saiu
Sidnei Luis Reinert
16/08/2015 15:22
Na mega-manifestação de Gaspar...tem mais comissionados lotados na prefeitura do que manifestantes na praça?
Herculano
16/08/2015 14:50
AO CONTRÁRIO DO QUE OCORREU NO DIA 15 DE MARÇO, LULA AGORA DIVIDE COM DILMA O PROTAGONISMO DA REVOLTA NAS REDES SOCIAIS, por Lauro Jardim, de Veja

Na jornada de hoje de protestos, é clara a divisão de responsabilidades entre Dilma Rousseff e Lula, como os vilões do movimento, de acordo com um monitoramento inédito feito pela Bites Consultoria nas redes sociais..

Não foi assim em 15 de março, por exemplo. Ali, considerando o ciclo de 24 horas, foram publicados 443.349 tuítes sobre Dilma e 28 237 sobre Lula, uma diferença de dezesseis vezes para a presidente.

Agora, medindo o que se se falou nessa rede até às 14h de hoje, a diferença é de apenas 2,1 vezes para Dilma.


A presidente teve 39 360 tuítes e Lula 918 247. Na prática, a opinião pública está acreditando que o ex-presidente faz parte do núcleo central dessa crise.
Herculano
16/08/2015 14:38
O GRITO DOMINICAL, por Fernando Gabeira para o jornal O Globo
O grito dominical

Hoje é domingo, dia de manifestação. Dia singular, pois podemos sair às ruas e dizer em alta voz o que queremos para o país. Digo singular porque o grito nas ruas nos libera do esforço, construindo mediações nas relações cotidianas. Outro dia, ia entrevistar um prefeito do PT no interior a propósito de algo muito positivo que acontece em sua cidade. No entanto, eu me vi planejando uma pergunta indispensável, com o máximo de diplomacia: "O que o senhor acha dessas coisas que acontecem com o PT?"

Entre amigos, às vezes, a discussão sobre política vai para a sobremesa. Mesmo reconhecendo o desastre do projeto do PT, há os que ainda, sentimentalmente de esquerda, temem as mudanças. Nesses casos, é possível uma abstração ainda maior, quando tocamos no tema:

- Está grave a crise.

- Gravíssima.

É um diálogo parecido com os ouvidos no interior:

- Compadre, vem chuva.

- Vem não, esse vento engana.

- Olha que vem, compadre.

A partir de um grito coletivo, como o de hoje, sem ferir a sensibilidade do outro, será mais fácil demonstrar que não é possível, nesse momento, deixar de considerar uma solução para a crise.

Sou pela saída de Dilma. Não tenho meta: impeachment ou renúncia. Mas quando chegar a essa meta, desejaria dobrá-la e levar também Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Essa frase de não ter meta e dobrá-la ao atingi-la me lembra o zen-budismo. Uma de formas de transmissão de seus ensinamentos é o koan, de um modo geral uma frase desconcertante: ouvir o batido da palma de uma só mão.

Dilma é uma mestre zen que tomou um porre de saquê. Uma boa razão para segui-la. Outro dia, em Mumbuca, no Jalapão, os fiéis saíram do culto na igreja local e comeram uma imensa bacia de mandioca. Logo depois, passei por uma casa em que a mulher raspava a mandioca e os filhos a molhavam e amassavam. Saudei os produtores de mandioca. Se saudasse apenas a própria, podiam não entender. Cumpri meu dever cívico.

Respeitosamente, portanto, analiso os caminhos da queda. O impeachment é algo feito nas instituições. É preciso alguém investigar as contas, tribunal julgar, advogados pra cá, advogados pra lá, enfim, algo que corre muito longe do alcance de um indivíduo. Só podemos vigiar e cobrar. Já a renúncia depende mais da sociedade, de suas formas de demonstrar que não quer ser governada por ela. Dilma tem 8% de aprovação. Existem duas maneiras de ver seu futuro. Ela pode se convencer do movimento declinante e, num gesto de grandeza, renunciar. Ou ela pode chegar a 1% de aprovação e também, num gesto de grandeza, renunciar, dizendo: "Nunca um presidente será tão impopular como eu".

Ela terá de escolher entre entrar para a História ou para o "Guinness". Isso não significa subestimar o caminho institucional do impeachment. Apenas fazer o que está ao alcance da sociedade. Dependem dela o ritmo e a intensidade da pressão sobre Dilma.

Dá uma certa ansiedade ver o Brasil sem rumo. Dilma mostra que ganhou o apoio da UNE e do MST. Agora vai. Fechada no gueto, promove atos cirurgicamente preparados para evitar protestos. Apenas uma forma de dizer que está viva. Os jornais falam que Renan Calheiros foi chamado a salvar Dilma. Mas quem salvará o salvador? Renan está implicado na Lava-Jato e ainda corre aquele processo em que empreiteiras pagavam a mesada de sua bela amante.

Essa dança de encontros em Brasília é, na verdade, um ritual vazio, destinado a jogar areia nos olhos da plateia. Todos sabem que a polícia está chegando e que a crise econômica não se debela com algumas medidas anotadas no guardanapo do bar. A mais recente aparição de Dilma foi em Roraima. Ela estava inaugurando casas. O discurso sobre a casa é mais patético que os outros porque faz sentido, é possível detectar alguma lógica nele.

Dilma evoluiu e já está em condições de escrever sua primeira composição infantil. Segundo ela, na casa mora a família, as pessoas comem, têm laços afetivos, amam suas crianças. Ela viajou tanto para fazer esse discurso espontâneo mas também para justificar o recado ensaiado sobre sua capacidade de resistir a pressões. Vestiu de novo a máscara da militante com vontade de ferro, uma reminiscência stalinista na esquerda armada latino-americana. Ela confunde o momento da ditadura com a aspiração popular de acabar com a roubalheira e retomar o curso de nossa vida republicana. Confunde panelaço com pau de arara, rejeição política com tortura.

Congelados num momento histórico de resistência, prosseguem na vida como se cada dia fosse uma oportunidade de mostrar heroísmo, coragem e coração valente. Um coração valente não dispensa uma cabeça pensante, sobretudo no momento de crise. Dilma já consegue escrever um parágrafo sobre a casa. Não consegue entender uma vírgula do processo histórico.

Compete a cada um de nós mostrar que esse sistema criminoso de governo chegou ao fim. O momento é de abrir a janela para o sol e o ar puro. Respirar de novo.
Herculano
16/08/2015 12:51
POPULAÇÃO NÃO ACEITA "TANTA IMPUNIDADE, CORRUPÇÃO E MENTIRA", DIZ AÉCIO

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou na manhã deste domingo (16) que a população não aceita mais passivamente "tanta impunidade, corrupção e mentira". "Quem vai tirar o Brasil da crise é o povo brasileiro, se manifestando como está fazendo hoje. Estou feliz e emocionado com essa recepção que estou tendo aqui. Mais do que isso, [estou feliz] com esse despertar dos brasileiros. Os tribunais, sejam de conta ou eleitoral, têm que funcionar, como funcionam o Ministério Público e a Polícia Federal. Só assim nós teremos uma democracia sólida onde todos tenham que cumprir a lei, em especial, a Presidência da República", disse em entrevista à rádio Atatiaia durante protesto contra o governo federal em Belo Horizonte.

Ele participou do ato durante cerca de 45 minutos na praça da Liberdade, no centro da cidade. Aécio foi derrotado por Dilma Rousseff, por uma margem estreita de fotos, nas eleições presidenciais no ano passado.
Herculano
16/08/2015 12:04
EM ATO NO RECIFE, JARBAS VASCONCELOS DEFENDER RENÚNCIA DE DILMA

Conteúdo e texto de Jamildo Melo. O deputado federal Jarbas Vasconcelos, do PMDB, defendeu, ainda há pouco, nas manifestações de rua que ocorrem na praia de Boa Viagem, no Recife, que a presidente Dilma renuncie.

O ex-governador de Pernambuco explicou, ao chegar à manifestação, nesta manhã, que defende a renúncia de Dilma por acreditar que seja uma opção menos traumática do que o impeachment (impedimento).

"A melhor decisão é a renúncia dela. Essa ficha tem que cair", declarou.

Ao lado da presidente, o ex-senador por Pernambuco pelo PMDB disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, também deveria abandonar o cargo. "Cunha tem que sair junto com ela. Ou mesmo na frente dela", afirmou, repetindo as críticas públicas que tem feito ao deputado federal carioca, desde que a operação Lava Jato revelou o suposto recebimento de propinas, em uma das delações premiadas.

Jarbas reclamou ainda da crise econômica.

"O País vive uma paralisia geral. O PT acabou e está no fundo do poço"

Na avaliação de Jarbas, após a saída da presidente, para evitar o vácuo político na política nacional, deveria ser montado um governo de coalizão nacional e o vice-presidente Michel Temer deveria assumir o governo. "Não dá para fazer novas eleições, mudar o calendário eleitoral é complicado. O entendimento tem que ser em torno de Temer".

Jarbas ainda ironizou a aproximação de Dilma e o presidente do Senado, com a chamada Agenda Brasil.

"O afogado (Dilma) se agarra em tronco (Renan) achando que é gente", parafraseou o ditado popular.
Herculano
16/08/2015 07:52
FATO, por Paulo Alceu

A presidente Dilma tem toda a razão em defender-se de ataques contra seu mandato destacando que foi alçada à presidência pelo voto popular. Mas vale deixar claro que voto não garante impunidade e muito menos protege de crimes. Confirmadas as pedaladas e desvios de conduta fica claro que aconteceu, entre outras coisas, um desrespeito, isso sim, da confiança conferida pelo povo por meio do voto. Ou seja, uma traição!!!
Herculano
16/08/2015 07:46
PORQUE VOCÊ DEVE PARTICIPAR ATIVAMENTE DOS PROTESTOS DE HOJE PARA PELO MENOS MANDAR UM RECADO AOS QUE ESTÃO NO PODER. A SUA OMISSÃO PODERÁ CUSTAR CARO AOS PRÓPRIOS OMISSOS (OU MEDROSOS) QUE ESPERAM DOS OUTROS QUE FAÇAM A PARTE QUE LHE CABERIA NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E DE OPORTUNIDADES IGUAIS PARA TODOS.

Primeiro levaram os comunistas,
Mas não falei, por não ser comunista.

Depois, perseguiram os judeus,
Nada disse então, por não ser judeu,

Em seguida, castigaram os sindicalistas
Decidi não falar, porque não sou sindicalista.

Mais tarde, foi a vez dos católicos,
Também me calei, por ser protestante.

Então, um dia, vieram buscar-me.
Nessa altura, já não restava nenhuma voz,
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.

Martin Niemoller
Herculano
16/08/2015 07:42
A XEPA DE FEIRA DE RENAN, DILMA E LEVY, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Primeiro quiseram cobrar pelo SUS, agora querem jogar nos 'associados' uma conta que é dos planos de saúde

A "Agenda Brasil" de Renan Calheiros, Dilma Roussef e Joaquim Levy é uma xepa de feira. Seu objetivo é iludir a boa-fé do público e alimentar a má-fé de maganos que circulam por trás das cortinas do poder. Na segunda-feira tinha 27 itens, na quarta eram 43. Pelo menos 19 tratam de assuntos que já tramitam no Congresso. Uma das oito novidades apresentadas na primeira versão era o maior jabuti dos tempos modernos. Propunha "avaliar a possibilidade de cobrança diferenciada de procedimentos do SUS (...), considerando as faixas do Imposto de Renda". Dias depois, o bicho sumiu. Como jabuti não sobe em árvore, resta saber quem o pôs lá. Pode ter sido um maluco ou, quem sabe, alguém preocupado com a possibilidade de hoje haver pouca gente na rua gritando contra o governo e o Congresso.

Na quarta-feira trocaram o jabuti por uma girafa. Agora, a Agenda Brasil propõe "regulamentar o ressarcimento pelos associados dos planos de saúde, dos procedimentos e atendimentos realizados pelo SUS". Essa frase só tem um significado, absurdo. Não são os associados que devem ressarcir o SUS, são as operadoras. Se ao final das contas uma parte desse custo vai para os clientes, é outra história. Os associados dos planos são clientes, não são sócios dos bilionários dos planos. Se fossem sócios, teriam recebido algum dinheiro quando a Amil foi vendida por US$ 4,9 bilhões à United Health.

Arma-se uma situação na qual um sujeito tem plano de saúde, paga suas mensalidades e, por algum motivo, é atendido na rede pública. Como Renan, Dilma e Levy querem que seja regulamentado o ressarcimento "pelos associados", o que está escrito indica é que a patuleia pagará tudo três vezes. A primeira, quando seus impostos financiam o SUS. A segunda, quando ele financia a operadora do seu plano. A terceira quando seria obrigada a ressarcir a rede pública por ter ido a ela. Bastava que tivessem escrito "ressarcimento, pelos planos de saúde". Mesmo com essa mudança teriam produzido uma redundância, pois o assunto já está regulado. O artigo 32 da Lei 9.656 não menciona "associados", mas "operadoras".

No coração dessa história está a palavra "ressarcimento", contra a qual os barões das operadoras lutam desde o século passado. Eles não querem ressarcir o SUS quando um de seus fregueses é atendido (ou desovado) na rede pública. Em 1998 o Congresso aprovou a lei que instituiu essa cobrança. Na tramitação, ela foi desossada. Pelo que está em vigor, se um cidadão tem um acidente automobilístico, sofre um traumatismo craniano, é levado para um pronto-socorro público e passa pela cirurgia que lhe salva a vida, o plano de saúde nada devolve ao SUS. Já o hospital cinco estrelas, para onde ele é removido dias depois, cobra do plano até o copo d'água. A Viúva fica com 80% dos custos hospitalares e não recebe um ceitil. (Dois detalhes: as equipes de resgate são obrigadas a levar os acidentados para hospitais públicos. Ademais, é só lá que certamente haverá neurocirurgiões de plantão.)

Além de desossada, a lei do ressarcimento é comida por dentro. Numa frente as operadoras judicializaram-na, sustentando que é inconstitucional. Noutra, beneficiadas por anos de inoperância da Agência Nacional de Saúde Suplementar, remancham os pagamentos. Nos primeiros sete anos de vigência da lei, pagaram apenas R$ 70 milhões. Entre 2000 e 2009, a ANS cobrou R$ 310 milhões relativos a internações e só recebeu R$ 110 milhões. Pior: entre 2007 e 2009, ela conseguiu ter uma arrecadação declinante. No ano passado esse número melhorou, chegando-se a arrecadar R$ 393 milhões só com internações.

Se Renan e Dilma quiserem arrecadar mais, podem se alistar publicamente na aplicação rigorosa da atual lei do ressarcimento e na elaboração de um novo projeto que lhe restaure a ossatura. Nenhum dos dois é freguês do SUS. Renan está coberto pelo plano de saúde do Senado. No ano passado, ele custou R$ 6,2 milhões. É vitalício, garante os dependentes e cobre qualquer cidadão que tenha sentado na cadeira por 180 dias. Já a doutora Dilma, quando precisa, tem o hospital Sírio Libanês.
Herculano
16/08/2015 07:41
JUDICIALIZAÇÃO, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Renan, Dilma e Levy puseram no carrinho de sua agenda um item que diz o seguinte:

"Avaliar a proibição de liminares judiciais que determinam o tratamento com procedimentos experimentais onerosos ou não homologados pelo SUS".

Não pagar esses procedimentos é uma antiga reivindicação das operadoras de planos de saúde. O doutor Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor executivo da Associação Brasileira de Medicina de Grupo sustenta que há "divergências no próprio mundo jurídico" em relação a essas decisões. Jogo jogado, pois sem divergências não existiria mundo jurídico. Proibir o outro de ir ao juiz é o sonho de todo litigante.

A porca torce o rabo quando se sabe que as operadoras bateram à porta do STF sustentando que a cobrança do ressarcimento ao SUS é inconstitucional. Mais: em 2006 o presidente da Abramge sugeriu aos seus associados que recorressem aos tribunais contra essas cobranças. Já chegaram à Justiça centenas de reclamações.

PORTA GIRATÓRIA

A doutora Dilma colocou na presidência da ANS o doutor José Carlos Abrahão. Em 2010, como presidente da Confederação Nacional da Saúde, uma das guildas do setor privado, ele condenou o ressarcimento num artigo publicado na Folha (http://goo.gl/jz9Khd). Quatro anos depois, quando entregou seu currículo ao Senado, esqueceu-se de incluí-lo, apesar de ter anexado 18 outros.

Em 2009, Lula indicou Mauricio Ceschin para a ANS. Ele vinha da presidência da Qualicorp e, cumprida a quarentena, a ela voltou. Naquele ano a agência tinha cinco diretores. Três saídos de operadoras.

PACOTINHO

Movem-se nas pistas de acesso ao Planalto duas gracinhas do interesse das operadoras de planos de saúde.

A primeira agoniza. Tratava-se de reduzir o valor das multas de quem nega atendimento a um freguês que tem direito. Coisa simples: o valor unitário da multa cairia à medida que a operadora fosse multada muitas vezes. Uma multa, R$ 100. Mil multas, R$ 10 cada uma. Esse óbvio estímulo à desonestidade foi enfiado numa medida provisória, passou pelo Congresso, mas foi vetado pela doutora Dilma.

A segunda enfraqueceu-se, mas ainda tem alguma força. Trata-se de liberar os aumentos dos planos individuais. Se prevalecer, acertará o bolso de 10 milhões de pessoas. Cada uma delas resolveu contratar um plano só para si. Se a mudança acontecer, estará ferrado, mas deve-se reconhecer que se ferrou porque tomou essa decisão.

NÚMEROS

Os planos de saúde e, sobretudo, alguns de seus donos, confundem a capacidade de operar o governo com uma impunidade inerente aos bilhões de suas contas bancárias. Na última campanha, distribuíram R$ 54,9 milhões, cinco vezes mais do que doaram em 2010. Sozinha, a Amil doou R$ 26,3 milhões, noves fora os R$ 5,7 milhões pagos pelos renomados serviços da consultoria de Antonio Palocci ?que, além de petista e ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, é médico. Somados, os outros três grandes doadores, Bradesco, Qualicorp e o grupo Unimed, doaram R$ 25,6 milhões.

Durante a última campanha presidencial a palavra "ressarcimento" não foi pronunciada.
Herculano
16/08/2015 07:24
HOJE É DIA DE DIZER NÃO AOS QUE COMPRAM, INTIMIDAM, CONSTRAGEM E DIFAMAM A IMPRENSA E JORNALISTAS PARA ESCONDER AS FALCATRUAS QUE PRATICAM E ASSIM SE MANTEREM IMPUNES NO PODER SOB O MANTO DA CORRUPÇÃO, MENTIRA, DISSIMULAÇÃO E ROUBO BILIONÁRIO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÃO FALTANDO NOS POSTOS DE SAÚDE, NOS HOSPITAIS COMO O DE GASPAR, NA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, NA SEGURANÇA NAS OBRAS COMO A PONTE DO VALE, A DUPLICAÇÃO DA BR 470, NA URBANIZAÇÃO DO LOTEAMENTO DAS CASINHAS DE PLÁSTICO, NA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO, NAS ALÇAS DA PONTE DO VALE, NO ANEL DE CONTORNO QUE TEM A OMISSÃO DOS POLÍTICOS LOCAIS, NA DRENAGEM DO BELA VISTA, NA MANUTENÇÃO DA RODOVIA JORGE LACERDA, NA....
Herculano
16/08/2015 07:18
ENTREVISTA DA MINISTRA CARMEM LÚCIA AO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO. A SOCIEDADE NÃO PODE FICAR IMOBILIZADA POR INCERTEZA E MEDO. MINISTRA DO STF, CÁRMEN LÚCIA DIZ QUE CRISE DEVE SER SUPERADA ANTES DA CAMPANHA DE 2016

Parte 1

Texto e entrevista a Maria Cristina, colunista e a Frederico Vasconcelos. A ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), alerta para o risco de o país chegar às eleições do ano que vem no atual clima de instabilidade política.

"Em um ano, estaremos com outra campanha eleitoral nas ruas. Se chegarmos nesse ambiente de incertezas, não sei como será a campanha de 2016. Essa fase de crise, de não se saber para onde ir, precisa ser superada." Para ela, a campanha presidencial tem mais visibilidade, mas a municipal é mais violenta. "Instituições podem chegar a consensos que se imponham para o cumprimento dos agentes que são isso mesmo, agentes, não donos do poder. A sociedade não pode ficar imobilizada por incerteza e medo do que pode acontecer", diz a ministra que assumirá a presidência do Supremo em um ano.

A seguir, os principais trechos da entrevista à Folha.

Folha - O mensalão criou uma expectativa positiva em relação ao Supremo...

Cármen Lúcia - Acho que existe para esses grandes casos. Com quase 100 milhões de processos [para serem julgados], D. Maria, lá do interior, também espera a resposta dela.

Folha - Há excesso de recursos?

Carmem Lúcia - Vejo a tendência de que a presteza dê à sociedade a certeza de que quem estiver correto, será absolvido em prazo curto, e o condenado, idem. Por outro lado, o processo tem sua fase de amadurecimento que não é bem percebida pelo cidadão. 'Já votou uma vez, por que votar de novo? Tenho de garantir o direito à defesa, mas com celeridade. Isso vale para casos rumorosos e para o traficante que recorre, sai, recorre e volta para a comunidade. Em um júri a respeito de um réu que matou sua mulher há 14 anos, o filho de 8 anos que viu o crime já tem 22 anos. Será uma aplicação da lei, não justiça.

As pessoas estão insatisfeitas com a economia, e nós vamos ter de passar por essa fase. Para o cidadão comum, o que está sendo retirado pelo ajuste deve-se à má política ou ao dinheiro que vazou pela corrupção. Ele se sente agredido, cansado. "Já briguei contra a ditadura, elegemos um presidente que foi afastado, aí chegamos aqui."

Folha - Se não ocorrer um acidente de percurso, em um ano, o país terá mulheres nas cúpulas dos poderes Executivo e Judiciário. Como avalia a mulher que está do outro lado da rua em Brasília?

Carmem Lúcia - Ainda está longe. Houve caso de presidente que ficou apenas um dia no Supremo... Mulheres têm visões diferentes e complementares... Até as penitenciárias femininas são mais arrumadas. Que ninguém se engane, não é por estar no Supremo que não sofro preconceito. Já ouvi que juízas são mais rigorosas em penal. Temos a mão que afaga e que educa.
Herculano
16/08/2015 07:18
ENTREVISTA DA MINISTRA CARMEM LÚCIA AO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO. A SOCIEDADE NÃO PODE FICAR IMOBILIZADA POR INCERTEZA E MEDO. MINISTRA DO STF, CÁRMEN LÚCIA DIZ QUE CRISE DEVE SER SUPERADA ANTES DA CAMPANHA DE 2016

Parte 2

Folha - Como vê a reforma do estatuto da magistratura?

Carmem Lúcia - Do jeito que está, não passa. Privilégios são incompatíveis com a República. O presidente [Ricardo] Lewandowski apenas acolheu sugestões para que fossem estudadas.

Folha - A sra. é a favor da proposta de Lewandowski de aumento de salário no Judiciário?

Carmem Lúcia - Penso que não é hora de aumento. Se todos têm de fazer um sacrifício, nós também temos. Acho que ele cogitou a recomposição de valores que outros servidores tiveram.

Folha - O juiz é privilegiado?

Carmem Lúcia - O Diário Oficial teria de publicar todos os contracheques. Todo cidadão deveria ter o direito de saber quanto ganha o juiz, o procurador, o promotor. Eu não sei. A lei da transparência ainda não foi devidamente valorizada.

Folha - E a crise?

Carmem Lúcia - É preciso saber para onde estamos indo, chegar a um consenso mínimo. Estamos a um ano de ter outra eleição. A campanha eleitoral presidencial dá muita visibilidade por causa das políticas públicas nacionais, mas não se morre por causa de presidente. Mata-se e morre-se por causa do vizinho candidato a vereador. Cidade pequena não tem partidos, tem lados.

Folha - Prevê mais acirramento?

Carmem Lúcia - Se chegarmos nesse ambiente de incertezas, não sei como vai ser a campanha do ano que vem. Mas essa fase de crise, de não saber para onde ir, precisa ser superada. Acho que o brasileiro precisa primeiro saber que ele tem de dizer o que quer. Não é com placas "abaixo tudo" porque com elas, o que vem no lugar? Precisamos sair disso.

Folha - A sra. defende uma saída...

Carmem Lúcia - Uma saída institucional.

Folha - Com a saída da presidente?

Carmem Lúcia - Não, não estou falando de governantes, e sim dos cidadãos. A sociedade precisa se organizar, estabelecer qual o consenso que se pode extrair. Instituições têm voz pela imprensa livre e podem chegar a consensos que se imponham para o cumprimento dos agentes que são isso mesmo, agentes, não donos do poder. A sociedade não pode ficar imobilizada por incerteza e medo do que pode acontecer. Uma sociedade não continua nesse desassossego muito tempo. O essencial é que ninguém imagine que se possa fazer à revelia da Constituição. Ela não é sugestão, é lei, para ser cumprida.

Nenhuma ruptura institucional será admitida, de jeito nenhum. Não há crise constitucional, há crise de confiabilidade em pessoas, mas qualquer afastamento ?não estou dizendo da presidente?, mas de qualquer pessoa, não pode ser feito sem acatamento das leis. Agora, todos que exercemos cargos públicos estabeleçamos de forma clara qual é o nosso papel. Não adianta imaginar que pode continuar por muito tempo como está. A economia precisa de soluções, precisa talvez esclarecer melhor o povo. Explique, todo mundo entende. Haverá quem não goste, mas não quem não entenda. É um momento difícil, como já teve outros. Nós, servidores públicos, temos de dar satisfação.

Folha - Houve excesso na Lava Jato?

Carmem Lúcia - Não acho que tenha havido excesso, não. Para isso, todo réu tem direito a seus advogados. Excessos os advogados levantam e são ouvidos. Se tiverem ocorrido, são cortados na instância superior. Mesmo no Supremo, no julgamento da ação penal 470 [do mensalão], nem quando não estava previsto se negou o direito de advogados de subirem à tribuna e falarem. Quando chegam habeas corpus, alegação de excessos, prestamos atenção. Nos que chegaram, não se apurou excesso.
Herculano
16/08/2015 07:09
HOJE É DIA DE IR ÀS RUAS CONTRA AS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS QUE SE DISFARÇAM DE PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL E FAZEM O DIABO PARA SE MANTER NO PODER CONTRA UM IDEAL DE NAÇÃO IGUAL PARA TODOS
Herculano
16/08/2015 07:07
DILMA USOU RENÚNCIA PARA "SACUDIR" OS MINISTROS

A presidente Dilma usou a carta-renúncia, preparada dias atrás, para aplicar uma espécie de "choque" no seu entorno mais íntimo, obrigando ministros e o vice-presidente Michel Temer a se empenharem mais no estancamento da crise política. Ela tem dito que "renúncia jamais", mas a carta está pronta. Foi mesmo minutada com a ajuda dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

Cobrando lealdade

Os ministros relataram a carta-renúncia a Michel Temer, cobrando dele demonstrações claras e públicas de desinteresse na queda de Dilma.

Chamando de volta

Michel Temer se viu guindado novamente à condição de "salvador" do governo Dilma, articulando no Congresso a reaglutinação dos aliados.

De novo, "salvador"

O vice não virou presidente, mas desistiu de Eduardo Cunha e obteve a maior vitória: recolocou o senador Renan Calheiros no colo de Dilma.

Gargalhadas mudas

Hostilizado pelo governo e o PT, que o veem com desconfiança, Michel Temer tem feito o que é muito comum em política: rir por dentro.

PELEGADA GANHA DINHEIRO PARA "PEGAR EM ARMAS"

A ameaça do presidente da CUT, Vagner Freitas, de "pegar em armas", não é produto do destempero de uma pessoa desqualificada, mas parte do script para intimidar brasileiros indignados com a corrupção, que saem às ruas neste domingo para protestar. Entidades como a CUT também querem preservar o dinheiroduto que drena recursos públicos aos cofres das centrais sindicais. Em 2014, foram R$ 180,1 milhões.

Sai do seu bolso

O governo quebrou o País e corta investimentos, mas acelera repasses às centrais sindicais. Entre janeiro e abril, já foram R$166,6 milhões.

Com dinheiro alheio

O repasse de dinheiro para remunerar a solidariedade do movimento sindical foi implantado pelo então presidente Lula em 2008.

Gumex bilionário

Somente nos últimos sete anos, as centrais sindicais, como a CUT presidida pelo engomado Vagner Freitas, embolsaram R$ 1 bilhão.

Expectativa de confronto

Partidos de oposição acham que a ameaças da CUT de "pegar em armas" foi uma espécie de "senha" para o confronto. Esperam casos de provocações e conflitos entre pelegos e manifestantes, neste domingo.

Recessão que piora

O real perdeu 34% frente ao dólar em 2015. As principais "commodities" brasileiras, o açúcar e o café, perderam 34% e 25% respectivamente. E o Bank of America, maior banco americano, prevê retrocesso de 2,3% do PIB brasileiro este ano, além de recessão também em 2016.

Amicíssimo

Para oposicionistas da Câmara dos Deputados, a "extensão amiga" que o TCU concedeu à presidente Dilma para sua defesa no caso das "pedaladas fiscais", foi o primeiro "gesto de lealdade" do Senado.

Alívio momentâneo

O ex-presidente Lula agradeceu enfaticamente o apoio de Renan Calheiros (PMDB-AL) a Dilma. Segundo o ex-presidente, foi a primeira vez, desde o início da crise, que o risco de impeachment saiu da pauta.

Crise tem nome

A presidente Dilma comemora o apoio de Renan Calheiros (PMDB-AL) ao governo, mas admite que enquanto Eduardo Cunha permanecer na Presidência da Câmara "a crise política não será debelada".

Costura

Vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana estava tricotando na Câmara, esta semana. Por horas, discutiu com o deputado Rogério Rosso (PSD) as inserções do partido em cadeia de rádio e televisão.

Fiel, pero no mucho

Parlamentares da base aliada e da oposição dizem que o apoio de Renan Calheiros a Dilma não é incondicional. "Há espaço para novas traições. É que o Renan não pode entregar tudo", avisa um aliado.

Graça Lima

Diplomatas formados no Instituto Rio Branco esta semana escolheram o embaixador José Alfredo Graça Lima como paraninfo. No discurso, Dilma disse que constatou pessoalmente, em reuniões internacionais, sua grande contribuição "à presença soberana do Brasil no mundo."

Pergunta no campo

"Margaridas" iriam ao encontro de Dilma, em Brasília, se não fossem bancadas com dinheiro do BNDES?
Herculano
16/08/2015 07:00
HOJE É DIA DE IR ÀS RUAS PARA DIZER NÃO A UM BANDO NO PODER DISFARÇADO DE POLÍTICOS
Herculano
16/08/2015 06:58
LONGE DO FIM, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Nos períodos de crise, a roda da história parece girar mais rápido. A sensação se repete no Brasil de 2015, que vive um clima de tumulto permanente com a Lava Jato, a volta das manifestações e o enfraquecimento do governo Dilma Rousseff.

Em sete meses e meio, já assistimos ao maior protesto popular desde as Diretas, à prisão do principal empreiteiro do país e ao veloz encolhimento da presidente da República, reeleita há menos de um ano.

O colapso do governo chegou a ser visto como irreversível, mas a última semana forneceu a Dilma um inesperado alívio.

Ela se reaproximou do PMDB do Senado, que conspirava para derrubá-la, e ostentou o apoio dos movimentos sociais, que evitavam defendê-la. Ao mesmo tempo, retardou processos que ameaçam seu mandato no TCU e na Justiça Eleitoral.

Vozes do empresariado se pronunciaram contra uma ruptura política, e o Planalto retribuiu com a adesão a um pacote pró-mercado, apresentado por Renan Calheiros. Os dois movimentos afastaram o andar de cima do balão do impeachment, que já estava esvaziado pela divisão interna do PSDB de Aécio, Alckmin e Serra.

"Todo mundo baixou a bola. Dilma agora está caminhando na direção do pacto das elites, uma velha tradição brasileira", resume o deputado Chico Alencar, líder do PSOL.

A conciliação avança, mas ainda se ampara em um equilíbrio precário. Mesmo que as manifestações deste domingo sejam menores, como aposta o Planalto, a presidente continuará frágil. A Lava Jato não para, e a crise econômica tende a se agravar, na contramão do discurso oficial.

Da costureira Rosângela Gonçalves à Folha, sobre a matança da última quinta em Osasco: "Quando morre um policial, pode saber que em até 15 dias vai ter uma chacina. Nunca vai mudar, aqui não existe Justiça". Contra isso, infelizmente, pouca gente se anima a protestar
Herculano
16/08/2015 06:56
HOJE É DIA DE IR ÀS RUAS E APOIAR O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL E FEDERAL, AS INVESTIGAÇÕES DA POLÍTICA FEDERAL, A MÍDIA INVESTIGATIVA E QUE SOFRE PRESSÕES - INCLUSIVE DA COMPRADA POR MIGALHAS - PARA ESCONDER A SUJEIRA E O JUIZ SÉRGIO MORO, O QUE SE QUER DEMONIZAR PARA O ROUBO CONTINUAR
Herculano
16/08/2015 06:53
O FUTURO NA JANELA, por Carlos Brickmann

No Brasil, ensinava o ministro Pedro Malan, até o passado é imprevisível. Mas o futuro já dá para prever: basta olhar hoje pela janela, abrir os ouvidos à voz das ruas, dar uma volta com a manifestação Fora Dilma. Caso a manifestação seja pequena, os bons acertos do Governo com Guerreiros do Povo Brasileiro como Renan Calheiros, Guilherme Boulos, do MTST, e Wagner Freitas, o presidente da CUT que se imagina comandante supremo dos exércitos bolivarianos, permitirão à presidente Guerreira da Pátria Brasileira arrastar-se até pelo menos a próxima crise (como a da CPI do BNDES, por exemplo; ou, já iniciada, a investigação da Polícia Federal sobre o custo da Arena Pernambuco, construída pela Odebrecht, e que certamente não se limitará a um único Estado, nem a um só estádio). Uma grande manifestação enfraquecerá ainda mais quem já está fraca. E os índices de popularidade de Dilma não têm mais como emagrecer.

Os seres vivos (e políticos são muito mais vivos) têm como principal instinto o da sobrevivência. Governo que disponha de cargos a distribuir tem lá seus atrativos. Isso, entretanto, só vale longe das eleições: em anos eleitorais, como 2016, Governo fraco é evitado como doença contagiosa. Político adora vencedores e foge de quem depende de um Renan para sobreviver mais algum tempo. Muda de lado, e logo. Collor, aliás, se apoiava em Renan. E Renan o abandonou.

Em resumo, se a manifestação for um sucesso, até o Barba a porá de molho.

DE CRISE...

Neste momento, a propósito, é bom manter as barbas de molho. A Polícia Federal invadiu na sexta-feira escritórios da Odebrecht em seis Estados - Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal - na Operação Fair-play (jogo limpo). O objetivo é apurar se houve fraude na concorrência e superfaturamento na Arena Pernambuco, construída no Governo Eduardo Campos (PSB) para a Copa do Mundo. Investiga-se direcionamento da concorrência, em benefício da Odebrecht, e superfaturamento entre R$ 40 e R$ 75 milhões. E por que escritórios da empresa em outros Estados também foram vasculhados? Segundo a Polícia Federal, para comparar os preços cobrados nos quatro estádios construídos pela Odebrecht para a Copa.

Só mais um problema: há suspeitas de superfaturamento em outros estádios. E, em pelo menos um deles, o do Corinthians, o presidente Lula ajudou o dirigente corinthiano Andrés Sanchez, que contou a história, a resolver problemas.

...EM CRISE

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-Pará), requereu à CPI do BNDES a convocação do ex-presidente Lula e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva.

É a primeira vez em que alguém, numa CPI, tenta investigar um integrante da família de Lula.

A LEI, ORA A LEI

O presidente da CUT, Wagner Freitas, na frente da presidente da República, ameaçou pegar em armas com finalidade política. Não importa o que moveu o presidente da CUT a usar essa inaceitável linguagem bélica: caberia à presidente cumprir a lei, oficiando ao procurador-geral da República para investigar o caso. Dilma preferiu rir de alegria diante da ameaça de luta armada.

A frase de Freitas: "Nós somos trabalhadores. Somos defensores da unidade nacional. Isso implica ir para as ruas entrincheirados, de armas na mão, se deitar e lutar, se tentarem tirar a presidente. Nós seremos o exército que vamos enfrentar essa burguesia".

Alô, Ministério Público Federal! Tudo normal, dentro da lei?

APLAUSOS PAGOS

A Marcha das Margaridas, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Contag, em apoio à presidente Dilma Rousseff, é estranhíssima: primeiro, porque a manifestação em favor do Governo foi paga pelos cofres públicos: R$ 400 mil da Caixa, R$ 400 mil do BNDES e R$ 55 mil da Itaipu Binacional. A manifestação em apoio a Dilma atraiu 15 mil pessoas, ao custo, portanto, de R$ 57 por pessoa, fora lanchinho e refrigerantes - tudo tirado do seu, do meu, do nosso dinheiro.

Segundo, porque os recursos saídos da área econômica do Governo foram usados para hostilizar o chefe da área econômica do Governo. O grito era Fora Cunha, Fora Levy. Cá entre nós, pode dar certo?

BRASIL, UM RETRATO

Campo Grande, uma bela cidade, é capital do Mato Grosso do Sul. O prefeito Alcides Bernal, do PP, perdeu o mandato por corrupção. O vice Gilmar Olarte, também do PP, assumiu, mas está sujeito à cassação por corrupção (a Câmara Municipal o enviou à Comissão Processante por 29x0), e o Ministério Público o processa por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O seguinte na linha de sucessão é o presidente da Câmara, Mário César Oliveira da Fonseca, do PMDB, que está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica.

Só? Não! Em junho de 2014, o vereador Mário César teve o mandato cassado pela juíza eleitoral Elisabeth Rosa Baisch, por abuso de poder econômico durante a campanha. Mário César recorreu, venceu e foi reconduzido ao cargo.

Esperemos o próximo capítulo. O correspondente desta coluna em Campo Grande, um excelente jornalista, Paulo Renato Coelho Neto, se mantém sempre alerta.
Herculano
16/08/2015 06:49
CINISMO PREVALECE SOBRE A INDIGNAÇÃO DAS RUAS, por Josias de Souza

Conhecido mundialmente como o país do jeito para tudo, o Brasil vai se revelando o país que não tem jeito mesmo. É como se existisse na nação uma falha estrutural. Uma auto-indulgência congênita que frustra todas as tentativas de reformá-la. Uma maldição mais forte do que o sentimento de culpa. Uma urucubaca que leva a uma constatação asfixiante: na política brasileira, não há mais culpados nem inocentes, só há cúmplices. O cinismo transcende a indignação das ruas.

Às vezes, o escândalo é tão escancarado que desafia o sistema de conveniências tácitas. É impossível não reagir. Surge uma força-tarefa de delegados e procuradores. Levanta-se um juiz. Gritam as manchetes. O saco cheio nacional vai ao asfalto. Tem-se a sensação de que as coisas estão mudando. Mas entre a revolta e suas consequências há uma gigantesca área de manobra regulada pelo assim-mesmismo. Institucionalizou-se a rapinagem? Ah, é assim mesmo!

Bons tempos aqueles em que alguma coisa estava fora da ordem. Hoje, generalizou-se a desordem. O eleitor premia os gatunos? Eleição é assim mesmo! O Congresso protege seus suspeitos? Espírito de corpo é assim mesmo. Os partidos usufruem do roubo? Cleptocracia é assim mesmo.

Nos dias que antecederam a manifestação deste domingo, o sistema se autoconcendeu um assim-mesmo preventivo. O PMDB da Lava Jato assumiu o controle da situação. PSDB e DEM deixaram-se liderar por um notório Eduardo Cunha. Dilma passou a ser presidida pelo também notório Renan Calheiros. O TCU voltou a ser o velho tribunal de faz de conta da União. O TSE consolidou-se como um Tribunal Superior da Embromação.

Como se fosse pouco, os líderes dos movimentos anti-Dilma revelaram-se, em entrevistas à BBC, adeptos de uma moral transigente. Descem o sarrafo em Dilma. Querem derrubá-la. Mas passam a mão na cabeça do presidente da Câmara. Enxergam nele uma cunha (com trocadilho, por favor) para desencavar o impeachment. Exigem a ética na casa do vizinho agindo como autênticos, digamos, deputados. É o igual disfarçado de novo.

As ruas parecem desperdiçar esperança. O assim-mesmismo se reorganiza. Tudo faz supor que a crise não se resolverá. O barulho é que tende a ser sufocado pela inércia. Logo, logo o silêncio será o maior de todos os escândalos. Ficará entendido que, no Brasil, o cinismo é uma forma de patriotismo.
Herculano
16/08/2015 06:45
QUANTAS PESSOAS MORRERAM E OUTRAS IRÃO MORRER POR FALTA DE TRATAMENTO E ATENDIMENTO NO SUS OCASIANAS PELO ROUBO DE BILHÕES DOS POLÍTICOS DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS?

HOJE É DIA DE IR ÀS RUAS E DIZER NÃO A ESTES LADRÕES E QUE COLOCAM A VIDA DOS MAIS POBRES E FRÁGEIS - OS QUAIS USAM PARA SE LEGITIMAR PELO VOTO NO PODER.
Herculano
16/08/2015 06:43
DE ITAMAR A DILMA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Sem temer a perda de uma popularidade já esvaída, a presidente tem a última chance de abraçar reformas inadiáveis para o país

Os protestos marcados para este domingo (16) em diversas cidades do Brasil serão realizados a contrafluxo do que tem se passado nas esferas política e econômica.

Não que a crise esteja superada; longe disso. Mas, nos últimos dias, líderes partidários e empresariais parecem ter-se dado conta de que, a despeito dos erros cometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT) ?e foram muitos?, o melhor para o país, neste momento, é contar com alguma calmaria no Planalto.

Nada disso, naturalmente, tira a legitimidade dos atos contra o governo federal. Reeleita no segundo turno por ínfima margem de votos, a petista se tornou a presidente mais impopular da nossa história por seus próprios deméritos.

Da percepção de que a corrupção grassou como nunca na administração do PT à convicção de que as ideias equivocadas de Dilma levaram a economia a piorar muito mais do que seria aceitável, passando pelo estelionato eleitoral e pela fragilidade da base aliada, inúmeros aspectos explicam a insatisfação com a presidente.

Ainda assim, as circunstâncias começaram a mudar a favor de Dilma, aportando um alívio pequeno e ainda provisório no Planalto ?as investigações da Operação Lava Jato podem mudar o horizonte sem aviso prévio.

O Tribunal de Contas da União, o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal tomaram decisões que resultaram em uma lufada adicional de oxigênio para o governo ?seja dilatando prazos para explicações, seja retirando de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o poder de comandar votação sobre contas de presidentes da República.

Ficam por ora travados os meios para o impeachment, cujas requisitos, de resto, nem estão atendidos. O recurso traumático demanda sólida comprovação de crime de responsabilidade e amplo consenso de que o presidente não tem condições de seguir no comando.

Surgiu nas águas turbulentas, ademais, uma pequena tábua de salvação. Trata-se da Agenda Brasil, um pacote de reformas amarrado por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

Verdade que muitas das medidas já tramitavam no Congresso; que o conjunto, ainda em mutação, tem pouca harmonia interna; que diversos interesses escusos se insinuam entre as propostas; que muitas sugestões são sumárias demais até para serem debatidas; que tudo, enfim, pode não passar de mera estratégia diversionista.

Mesmo assim, o gesto de Renan oferece ao menos um ponto de partida para discussões sobre o futuro do Estado brasileiro ?o que não é pouco para um governo que afundava sem nem saber apontar a direção do céu e a do fundo do mar.

Se quiser tirar o melhor proveito da situação, o governo federal deve priorizar alguns projetos.

O Brasil não pode perder tempo com propostas como a de criar novas regras para atividades produtivas em áreas indígenas ou para o licenciamento de investimentos na zona costeira, em áreas naturais protegidas e cidades históricas. Tais medidas não passam de lobby de setores específicos e nada fariam para conter a dívida pública.

Por outro lado, o país sem dúvida precisa de maior segurança jurídica, agradeceria se houvesse aperfeiçoamento do marco regulatório das concessões e teria muito a ganhar com novas regras para a terceirização do trabalho. Tais iniciativas, porém, pouco ajudariam a resolver o desafio mais premente.

O desastre nas contas públicas nos últimos anos colocou a dívida em trajetória explosiva. Se ela não for estabilizada, o risco percebido de calote provocará danos na economia. Os juros cobrados no mercado para financiar o governo subirão ainda mais; o câmbio ficará ainda mais desvalorizado.

Entre as consequências estão aumento da inflação, agravamento da recessão e desemprego crescente.

Pôr um freio nos gastos públicos pode ser visto como sacrifício no curto prazo, pois necessariamente implica discutir os limites de crescimento das despesas obrigatórias (como Previdência), as vinculações excessivas no Orçamento e uma infinidade de subsídios e desembolsos que beneficiam apenas grupos de pressão.

Tais debates, por impopulares que sejam, não podem ser adiados. É urgente fazer o Estado brasileiro caber no PIB, sob pena de a sociedade perder parte dos formidáveis avanços conquistados nas últimas duas décadas.

Sem reformas dessa natureza, o país jamais conseguirá galgar o próximo degrau de seu desenvolvimento, assim como não teria avançado tanto se não tivesse conseguido estabilizar a economia em meados dos anos 1990.

Ao jornal "Valor Econômico", o cientista político Fernando Abrucio sugeriu um caminho: "A melhor das hipóteses para Dilma é ser um governo de transição para 2018. Não é pouca coisa para o país, nem para ela, se souber ter estatura política para isso. (...) Dilma é o Itamar [Franco] da vez".

Que Dilma Rousseff enxergue essa última oportunidade que, paradoxalmente, a história lhe oferece.
Herculano
16/08/2015 06:41
O ANALFABETO POLÍTICO, por Bertold Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais

Volto. Você é um analfabeto político? Se não for, deve ir às ruas mostrar aos políticos, de todos os partidos, que a sociedade está mobilizada, informada e quer mudanças no comportamento deles, eleitos para nos defender, inclusive da corrupção e do roubo dos pesados impostos que faltam a saúde pública, educação, segurança e obras...
Herculano
16/08/2015 06:21
É DIA DOS JOVENS IREM ÁS RUAS, SEM DIREITA E ESQUERDA QUE ELES NEM SABEM BEM O QUE É ISTO, E PEDIR QUE OS VELHOS POLÍTICOS CANALHAS QUE ESTÃO NO PODER ROUBANDO O QUE É DO POVO NÃO DESTRUAM A ESPERANÇA DE UM PAÍS JUSTO E OPORTUNIDADES PARA TODOS, COMO APREGOAM E PROMETEM SEMPRE NA PROPAGANDA PARA LUDIBRIAR OS DESINFORMADOS E OS CRENTES E SE PERPETUAREM NA LMA E NO PODER
Herculano
16/08/2015 06:17
PROTESTOS: "POR QUE MINHA OPINIÃO POLÍTICA MUDOU"

Parte 1

Conteúdo BBC Brasil. Depoimentos concedidos a Camilla Costa e Paula Adamo Idoeta, em São Paulo, Além de pessoas que já haviam ido às ruas contra o governo nos protestos do primeiro semestre de 2015, a manifestação deve reunir alguns eleitores do PT, descontentes com o segundo mandato de Dilma.

Mas há também quem tenha se desiludido com o rumo dos protestos e desistido de voltar às ruas.

A BBC Brasil conversou com essas pessoas para saber o que motivou a mudança de opinião:

'Queria oposição que não fosse focada só em tirar Dilma do poder' - Ednílson Souza, 39, técnico de enfermagem paulista

Continuo insatisfeito com o governo. Não gosto do PT atual. Mas não vou ao protesto de domingo.

Sou mais ligado à esquerda do que à direita, reconheço que o Lula fez um bom governo, com programas sociais, e acho que o FHC também não foi ruim.

Mas este governo atual está muito ruim, e não concordo com as suas alianças políticas. O problema nem é tanto a corrupção, que sempre teve, mas até agora não se prejudicava tanto o povo. Mas a (presidente) Dilma mentiu demais, está fazendo tudo diferente do que ela disse (em campanha).

Como um governo que se diz do povo corta direitos trabalhistas assim?

Só que acho que a oposição não está preocupada com o povo. Ninguém foi com o povo gritar nas ruas. Não gosto do (deputado Jair) Bolsonaro, ele é de direita, mas pelo menos ele deu a cara a tapa e foi aos protestos.

Queria uma oposição que não fosse focada apenas em tirar a Dilma do poder.

Votei em Marina Silva no primeiro turno e em Aécio Neves no segundo, mas mais por insatisfação, não foi um voto de apoio.

O PSDB parece que só quer diminuir o governo para entrar, e não para melhorar o país.

Também acho que o impeachment do jeito que alguns querem parece meio golpe, uma atitude oportunista. É melhor passar quatro anos (de governo) e então votar com mais consciência.

E essa polarização atual também incomoda, como se (a política) se reduzisse a PSDB contra PT.

Parece uma guerrinha de Corinthians x Palmeiras, em que um (eleitor) tem que ganhar do outro e defender seu candidato. Temos que tirar esse negócio de partidos da cabeça, porque somos manipulados por todos.

Naquele protesto de março, eu vi as pessoas (manifestantes) meio que se divertindo, tirando fotos com a polícia, tomando sorvete. Como se fosse uma reunião de amigos. Lembro das manifestações dos caras pintadas contra o Collor... Protesto tem que ter indignação ? não violência ?, e não vi isso naquele dia.

Muitos dos meus amigos também desanimaram de protestar. Naquele dia que fui (à manifestação de março), dois amigos do trabalho também foram. Eles nem comentam mais sobre política, antes falávamos sobre isso todos os dias. Mas não porque mudamos de ideia em relação ao governo. Não sei exatamente o que eles pensam. Da minha parte é apenas porque não concordo com a forma como está sendo feito. A oposição não passa credibilidade alguma."
Herculano
16/08/2015 06:17
PROTESTOS: "POR QUE MINHA OPINIÃO POLÍTICA MUDOU"

Parte 1

Conteúdo BBC Brasil. Depoimentos concedidos a Camilla Costa e Paula Adamo Idoeta, em São Paulo, Além de pessoas que já haviam ido às ruas contra o governo nos protestos do primeiro semestre de 2015, a manifestação deve reunir alguns eleitores do PT, descontentes com o segundo mandato de Dilma.

Mas há também quem tenha se desiludido com o rumo dos protestos e desistido de voltar às ruas.

A BBC Brasil conversou com essas pessoas para saber o que motivou a mudança de opinião:

'Queria oposição que não fosse focada só em tirar Dilma do poder' - Ednílson Souza, 39, técnico de enfermagem paulista

Continuo insatisfeito com o governo. Não gosto do PT atual. Mas não vou ao protesto de domingo.

Sou mais ligado à esquerda do que à direita, reconheço que o Lula fez um bom governo, com programas sociais, e acho que o FHC também não foi ruim.

Mas este governo atual está muito ruim, e não concordo com as suas alianças políticas. O problema nem é tanto a corrupção, que sempre teve, mas até agora não se prejudicava tanto o povo. Mas a (presidente) Dilma mentiu demais, está fazendo tudo diferente do que ela disse (em campanha).

Como um governo que se diz do povo corta direitos trabalhistas assim?

Só que acho que a oposição não está preocupada com o povo. Ninguém foi com o povo gritar nas ruas. Não gosto do (deputado Jair) Bolsonaro, ele é de direita, mas pelo menos ele deu a cara a tapa e foi aos protestos.

Queria uma oposição que não fosse focada apenas em tirar a Dilma do poder.

Votei em Marina Silva no primeiro turno e em Aécio Neves no segundo, mas mais por insatisfação, não foi um voto de apoio.

O PSDB parece que só quer diminuir o governo para entrar, e não para melhorar o país.

Também acho que o impeachment do jeito que alguns querem parece meio golpe, uma atitude oportunista. É melhor passar quatro anos (de governo) e então votar com mais consciência.

E essa polarização atual também incomoda, como se (a política) se reduzisse a PSDB contra PT.

Parece uma guerrinha de Corinthians x Palmeiras, em que um (eleitor) tem que ganhar do outro e defender seu candidato. Temos que tirar esse negócio de partidos da cabeça, porque somos manipulados por todos.

Naquele protesto de março, eu vi as pessoas (manifestantes) meio que se divertindo, tirando fotos com a polícia, tomando sorvete. Como se fosse uma reunião de amigos. Lembro das manifestações dos caras pintadas contra o Collor... Protesto tem que ter indignação ? não violência ?, e não vi isso naquele dia.

Muitos dos meus amigos também desanimaram de protestar. Naquele dia que fui (à manifestação de março), dois amigos do trabalho também foram. Eles nem comentam mais sobre política, antes falávamos sobre isso todos os dias. Mas não porque mudamos de ideia em relação ao governo. Não sei exatamente o que eles pensam. Da minha parte é apenas porque não concordo com a forma como está sendo feito. A oposição não passa credibilidade alguma."
Herculano
16/08/2015 06:16
PROTESTOS: "POR QUE MINHA OPINIÃO POLÍTICA MUDOU"

Parte 2

'Não tenho como levantar a bandeira de um governo que é um desgoverno' - Fernando Falcão, 26, auxiliar de escritório acreano

"Eu votei no PT em grande parte da minha vida enquanto eleitor, mas infelizmente a gente começa a enxergar que o que o PT faz não é governar e, sim, chantagear emocionalmente o querer do povo.

Votei em Lula e também duas vezes na Dilma. No Acre, eu era presidente da juventude no PSDC (Partido Social Democrata Cristão), que é oposição no Brasil, mas lá é aliado ao PT. E aí eu consegui ver de verdade que eles podem, sim, ser chamados de 'quadrilha', por causa das manobras.

Quando a gente não vai ao encontro das expectativas e vontades do PT, a gente passa de amigo a inimigo do partido. Eu me sinto perseguido pelo PT no Acre e, por causa disso, tive que levantar a bandeira do 'Fora Dilma' e do 'Fora PT'. Não tenho por que ser vítima, tenho que ser guerreiro nessa luta.

Meu partido tinha duas cadeiras na Assembleia Legislativa e a gente queria mais espaço dentro do governo. No entanto, ouvimos um não. Eu comecei um embate sobre isso até que o presidente regional disse que teria que fechar as portas para mim dentro do partido, porque eu estava falando demais e me impondo demais. Isso aconteceu um pouco antes das eleições de 2014.

Ainda assim votei em Dilma, porque quando a gente se dedica um pouco mais a essas frentes de liderança política, a gente passa a viver disso. Então eu era pago para defender a causa também.

Eu nunca me julguei 'de esquerda'. Eu defendia as ideias do meu partido. O PT só entrava nisso para eu vender o peixe do meu partido e nos aliarmos a ele. Eu nunca defendi a 'mancha vermelha'.

Eu também sempre votei no PT porque, infelizmente, no Acre a gente só tem duas opções e a outra opção, o PSDB, nunca teve, a meu ver, um projeto bom para o Estado.

Depois da eleição eu me afastei do meu partido e comecei a me dedicar a novas idéias. Quando vim para São Paulo, em fevereiro, e comecei a ter uma visão de como as coisas andam no Brasil. Não tenho mais como levantar a bandeira de um governo que, na verdade, é um desgoverno.

Aqui eu comecei a acompanhar o Movimento Brasil Livre e fui convidado a participar das manifestações com eles. Para ser franco, eu acredito muito nesse movimento. Acredito que o povo vai pra a rua, que a gente tem condições de trazer o poder de volta para o povo.

Sou a favor do impeachment ou da renúncia imediata, mas acredito que, se depois do dia 16 de agosto as coisas não mudarem, o melhor seria a intervenção militar.

Eu não posso dizer que gostaria de Aécio ou Cunha no poder. Esses caras, para mim, também têm sua parcela de culpa no cenário atual. Mas minha posição é que a gente precisa mudar.

Fui para o protesto do dia 15 de março e para outros menores, em São Paulo. Acho que a propagação do evento foi maior dessa vez. Pessoas que, como eu, que tinham uma visão do mundo pró-PT, hoje abraçam a causa e começam a enxergar.

Não defendo a bandeira de nenhum partido. O que a gente precisa no Brasil hoje é uma reforma política de verdade, mas precisamos partir de um ponto. O ponto de que partimos hoje é derrubar uma tirania petista. E aí vamos de encontro aos fanfarrões da direita e da esquerda, para começar a diluir uma revolução na política, nas finanças de Estado.

Se houvesse eleições hoje, eu votaria em Jair Bolsonaro. Para mim, ele é a pessoa que realmente defende a moralidade na política brasileira e os ideiais que eu acredito que o Brasil deve seguir. Defende a família, defende que bandido tem que estar na cadeia - seja menor ou idoso -, defende um salário justo para o trabalhador, defende que o cidadão tem o direito de ter sua arma."
Herculano
16/08/2015 06:06
HOJE É DIA DE IR ÀS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO ORQUESTRADA PELO GOVERNO, FUNCIONÁRIOS, COMISSIONADOS E POLÍTICOS (DE TODOS OS PARTIDOS) SEM ESCRÚPULOS
Herculano
15/08/2015 22:50
O NEGÓCIO MILIONÁRIO DE LULA

Conteúdo de Veja que está nas bancas esclarecendo ainda mais este assunto. Texto de Rodrigo Rangel.Para um presidente da República de qualquer país, é enaltecedor poder contar que teve origem humilde. O americano Lyn­don Johnson mostrava a jornalistas um casebre no Texas onde, falsamente, dizia ter nascido. A ideia era forçar um paralelo com a história, verdadeira, de Abraham Lincoln, que ganhou a vida como lenhador no Kentucky. Lula teve origem humilde em Garanhuns, no interior de Pernambuco, e se enalteceu com isso. Como Johnson e Lincoln, Lula veio do povo e nunca mais voltou. É natural que seja assim. Como é natural que ex-presidentes reforcem seu orçamento com dinheiro ganho dando palestras pagas pelo mundo.

Fernando Henrique Cardoso faz isso com frequência. O ex-presidente americano Bill Clinton, um campeão da modalidade, ganhou centenas de milhões de dólares desde que deixou a Casa Branca, em 2001. Lula, por seu turno, abriu uma empresa para gerenciar suas palestras, a LILS, iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva, que arrecadou em quatro anos 27 milhões de reais. Isso se tornou relevante apenas porque 10 milhões dos 27 milhões arrecadados pela LILS tiveram como origem empresas que estão sendo investigadas por corrupção na Operação Lava-Jato.

Na semana passada, a relação íntima de Lula com uma dessas empresas, a empreiteira Odebrecht, ficou novamente em evidência pela divulgação de um diálogo entre ele e um executivo gravado legalmente por investigadores da Lava-Jato. O alvo do grampo feito em 15 de junho deste ano era Alexandrino Alencar, da Odebrecht, que está preso em Curitiba. Alexandrino e Lula falam ao telefone sobre as repercussões da defesa que o herdeiro e presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, também preso, havia feito das obras no exterior tocadas com dinheiro do BNDES. Os investigadores da Polícia Federal reproduzem os diálogos e anotam que o interesse deles está em constituir mais uma evidência da "considerável relação" de Alexandrino com o Instituto Lula.

Fora do contexto da Lava-Jato, esse diálogo não teria nenhuma relevância especial. Como também não teria a movimentação financeira da LILS. De abril de 2011 até maio deste ano, a empresa de palestras de Lula, entre créditos e débitos, teve uma movimentação de 52 milhões de reais. Na conta-corrente que começa com o número 13 (referência ao número do PT), a empresa recebeu 27 milhões, provenientes de companhias de diferentes ramos de atividade.

Encabeçam a lista a Odebrecht, a Andrade Gutierrez, a OAS e a Camargo Corrêa, todas elas empreiteiras investigadas por participação no esquema de corrupção da Petrobras. Essas transações foram compiladas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda. O Coaf trabalha com informações do sistema financeiro e seus técnicos conseguem identificar movimentações bancárias atípicas, entre elas saques e depósitos vultosos que podem vir a ser do interesse dos órgãos de investigação. Neste ano, os analistas do Coaf fizeram cerca de 2?300 relatórios que foram encaminhados à Polícia Federal, à Receita Federal e ao Ministério Público.

O relatório sobre a LILS classifica a movimentação financeira da empresa de Lula como incompatível com o faturamento. Os analistas afirmam no documento que "aproximadamente 30%" dos valores recebidos pela empresa de palestras do ex-presidente foram provenientes das empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão.

O documento, ao qual VEJA teve acesso, está em poder dos investigadores da Operação Lava-Jato. Da mesma forma que a conversa do ex-presidente com Alexandrino Alencar foi parar em um grampo da Polícia Federal, as movimentações bancárias da LILS entraram no radar das autoridades porque parte dos créditos teve origem em empresas investigadas por corrupção.

Diz o relatório do Coaf: "Dos créditos recebidos na citada conta, R$ 9? 851?582,93 foram depositados por empreiteiras envolvidas no esquema criminoso investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-­Jato". Seis das maiores empreiteiras do petrolão aparecem como depositantes na conta da empresa de Lula

O ex-presidente tem uma longa folha de serviços prestados às empreiteiras que agora aparecem como contratantes de seus serviços privados. Com a Odebrecht e a Camargo Corrêa, por exemplo, ele viajava pela América Latina e pela África em busca de novas frentes de negócios junto aos governos locais. Outro ponto em comum que sobressai da lista de pagadores da empresa do petista é o fato de que muitas das empresas que recorreram a seus serviços foram aquinhoadas durante seu governo com contratos e financiamentos concedidos por bancos públicos. Uma delas, o estaleiro Quip, pagou a Lula 378?209 reais por uma "palestra motivacional". Criada com o objetivo de construir plataformas de petróleo para a Petrobras, a empresa nasceu de uma sociedade entre Queiroz Galvão, UTC, Iesa e Camargo Corrêa - todas elas investigadas na Lava-­Jato. No poder, Lula foi o principal patrocinador do projeto, que recebeu incentivos do governo. Em maio de 2013, ele falou para 5?000 operários durante 29 minutos. Ganhou 13?000 reais por minuto
Herculano
15/08/2015 22:38
A CASA ESTÁ CAINDO. TÍTULO E TEXTO DO 247, PAGO POR ESTATAIS E ATÉ POR VERBAS DO PETROLÃO PARA DEFENDER O PT E O GOVERNO E CONTRAPOR À MÍDIA INVESTIGATIVA, REVELAM A PREOCUPAÇÃO DE COMO AS COISAS ESTÃO SE DESENROLANDO CONTRA O GRANDE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO. "QUEBRA DO SIGILO DE LULA AMPLIA PRESSÃO EM CARDOZO"

Vazamento ilegal de dados bancários da LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula, para a revista Veja reforçará as cobranças do PT contra a atuação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que já tem sido criticado por, supostamente, não ter controle sobre as ações da Polícia Federal [ESCONDER AS FALCATRUAS]; Lula teve seus dados financeiros expostos na véspera das manifestações marcadas para este domingo; receita de Lula com conferências, no entanto, é compatível com a de vários ex-presidentes; desde que deixou o governo, ele recebeu R$ 27 milhões; Bill Clinton já ganhou muito mais: R$ 350 milhões; Tony Blair cobra cerca de 300 mil libras por palestra; outro que também cobra caro é Fernando Henrique Cardoso; Lula [ SEM CONTEÚDO E INCOMPARÁVEL A SER PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS E PRIMEIRO MINISTRO DA INGLATERRA. OS DOIS TIRARAM EM SEUS TEMPOS, OS SEUS PAÍSES -PROTAGOSNISTAS MUNDIAIS - DO BURACO], no entanto, foi o único a ter sua vida financeira, que é protegida legalmente por sigilo, devassada

PERCEBAM NO TEXTO E NA INFORMAÇÃO. ARRUMARAM UM CULPADO DENTRO DO ESQUEMA POR NÃO ESCONDER AS FALCATRUAS DESCOBERTAS POR UMA POLÍCIA QUE NÃO É DO PT, MAS DOS BRASILEIROS: A FEDERAL. Nos próximos dias, as orelhas do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, irão arder muito. O motivo: neste fim de semana, a Polícia Federal vazou, para a revista Veja, dados financeiros da LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula, para a revista Veja.

Cardozo já vinha sendo criticado, por diversas alas do petismo, por supostamente não controlar as ações da Polícia Federal. Agora, as críticas deverão subir de tom, uma vez que, além de ter sido vítima de um crime, Lula já vem sendo apontado por diversos colunistas como o próximo alvo da Operação Lava Jato.

De acordo com os dados vazados a Veja, a LILS faturou cerca de R$ 27 milhões com palestras desde que deixou o governo - algo plenamente compatível com a atividade de um ex-presidente que deixou o Palácio do Planalto não apenas como o mais popular da história do País, mas também como celebridade internacional.

Os ganhos de Lula são até pequenos quando comparados aos de outro campeão das palestras internacionais. Bill Clinton, por exemplo, já ganhou muito mais: R$ 350 milhões. Tony Blair cobra cerca de 300 mil libras por palestra e outro que também custa caro aos patrocinadores é Fernando Henrique Cardoso ? Lula, no entanto, foi o único a ter sua vida financeira, que é protegida legalmente por sigilo, devassada.

Entre os aliados de Lula [DEVIDO AO MEDO, AS PROVAS IRREFUTÁVEIS E A POSSIBILIDADE DE QUE TUDO TERMINE EM PIZZA SEM PASSAR POR SÉRGIO MORO], muitos defendem que ele seja nomeado ministro pela presidente Dilma Rousseff. Assim, com o foro privilegiado, ele ficaria protegido de eventuais ações judiciais em primeira instância. Os petistas que querem a ida de Lula para a Esplanada dos Ministérios também defendem que Cardozo seja substituído por Michel Temer na Justiça.

No primeiro governo Lula, quando o caseiro Francenildo Costa teve seus dados expostos, caiu Antônio Palocci, que, à época, era o ministro mais forte em Brasília. Desta vez, a vítima da quebra do sigilo bancário foi o próprio Lula
Herculano
15/08/2015 22:19
A CASA CAINDO. CEVERÓ REVELA QUE ASSINOU CONTRATO SUPERFATURADO PARA PAGAR DÍVIDAS DA CAMPANHA DE LULA.ula

Conteúdo de Veja. Texto de Robson Bonin. No início de 2007, a Petrobras experimentava uma inédita onda de prosperidade estimulada pelas reservas recém-descobertas do pré-sal. O segundo mandato de Lula estava no começo. Com a economia aquecida e o consumo em alta, a ordem era investir. A área internacional da companhia, sob o comando do diretor Nestor Cerveró, aportou bilhões de dólares na compra de navios-sonda que preparariam a Petrobras para a busca do ouro negro em águas profundas. Em março daquele ano, uma operação chamou atenção pela ousadia.

Sem discussão prévia com os técnicos e sem licitação, a estatal comprou uma sonda sul-coreana por 616 milhões de dólares. E, ainda mais suspeito, escolheu a desconhecida construtora Schahin para operá-la, pagando mais 1,6 bilhão de dólares pelo serviço. Um negócio espetacular - apenas para a empresa que vendeu a sonda e para a construtora, que tinha escassa expertise no ramo. A Lava-Jato descobriu que, como todos os contratos, esse também não ficou imune ao pagamento de propina a diretores e políticos. O escândalo, entretanto, vai muito mais além.

Em delação premiada, o operador Julio Camargo, que representava a Samsung na transação do navio-sonda Vitória 10?000, confessou ter pago 25 milhões de dólares em propinas a diretores e intermediários, incluindo aí o próprio Cerveró. Com o esquema em torno da sonda revelado, faltava descobrir o papel da Schahin na operação.

E é exatamente Nestor Cerveró, preso em Curitiba e agora negociando a sua delação premiada, quem revela a parte até aqui desconhecida da história. Em um dos capítulos do acordo que está prestes a assinar com o Ministério Público, o ex-diretor da área internacional conta que os contratos de compra e operação da sonda Vitória 10?000 foram direcionados à construtora Schahin com o propósito de saldar dívidas da campanha presidencial de Lula, em 2006. E, por envolver o caixa direto da reeleição do petista, a jogada foi coordenada diretamente pela alta cúpula da Petrobras.

Nos primeiros relatos em busca do acordo, Cerveró contou que o PT terminou 2006 com uma dívida de campanha de 60 milhões de reais com o Banco Schahin, pertencente ao mesmo grupo que administrava a construtora. Sem condições de quitar o débito pelas vias tradicionais, o partido usou os contratos da diretoria internacional para pagar a dívida da campanha. Então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli incumbiu pessoalmente Cerveró do caso. O ex-diretor recebeu ordens claras para direcionar o contrato bilionário da sonda à Schahin. Uma vez contratada pela Petrobras, a empreiteira descontou a dívida do PT da propina devida aos corruptos do petrolão.

Para garantir o silêncio sobre o arranjo, a Schahin também pagou propina aos dirigentes da Petrobras envolvidos na transação. Os repasses foram acertados pelo executivo Fernando Schahin, filho do fundador do grupo, Milton Schahin, e um dos dirigentes da Schahin Petróleo e Gás. Fernando usou uma conta no banco suíço Julius Baer para transferir a propina destinada aos dirigentes da estatal para o banco Cramer, também na Suíça. O dinheiro chegou a Cerveró e aos gerentes da área Internacional Eduardo Musa e Carlos Roberto Martins, igualmente citados como beneficiários dos subornos.

Além de amortizar as dívidas da campanha de 2006, o contrato da sonda Vitória 10?000 serviu para encerrar outro assunto nebuloso envolvendo empréstimos do Banco Schahin e o PT. A história remonta ao assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em Santo André, em 2002. Durante o julgamento do mensalão, ao pressentir que seria condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, Marcos Valério, o operador do esquema, tentou fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

Em depoimento na Procuradoria-Geral da República, ele narrou a história que agora pode se confirmar no petrolão. Segundo Valério, o PT usou a Petrobras para pagar suborno a um empresário que ameaçava envolver Lula, Gilberto Carvalho e o mensaleiro preso José Dirceu na trama que resultou no assassinato de Celso Daniel.

Valério contou aos procuradores que se recusou a fazer a operação e que coube ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, socorrer a cúpula petista. Segundo ele, Bumlai contraiu um empréstimo de 6 milhões de reais no Banco Schahin para comprar o silêncio do chantagista. Depois, usou sua influência na Petrobras para conseguir os contratos da sonda para a construtora. O próprio Milton Schahin admitiu ter emprestado 12 milhões de reais ao amigo de Lula. "O Bumlai pegou, sim, um empréstimo, como tantas outras pessoas. Mas eu não sou obrigado a saber para que o dinheiro foi usado", disse recentemente à revista Piauí.

Eivada de irregularidades, a contratação da Schahin tornou-se alvo de investigação da própria Petrobras. A auditoria da estatal concluiu que a escolha da Schahin se deu sem "processo competitivo" e ocorreu a partir de índices operacionais de desempenho artificialmente inflados para justificar a contratação. Os prejuízos causados pela transação em torno da Vitória 10?000 foram classificados pelos técnicos como "problemas políticos", que deveriam ser resolvidos pela cúpula da estatal. Não fosse pela Lava-Jato, a trama que envolve a campanha de Lula e os contratos na Petrobras permaneceria oculta nos orçamentos cifrados da estatal.

A Schahin, que vira seu faturamento saltar de 133 milhões de dólares para 395 milhões de dólares durante os oito anos de governo Lula, seguiria faturando sem ser importunada.

O cerco, porém, está se fechando. Os números das contas usadas no pagamento de propinas no exterior e até detalhes das viagens de Fernando Schahin à Suíça já foram entregues pelos ex-dirigentes da Petrobras aos procuradores. Apesar dos claros sinais de fraude no processo, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli defendeu a compra da sonda ao depor como testemunha de defesa de Cerveró na Justiça.

Procurados, os advogados de Cerveró disseram que não poderiam se pronunciar sobre o andamento do acordo de delação com o Ministério Público. Os demais citados negaram envolvimento no caso. Ao falar da ordem para beneficiar a Schahin, Cerveró reproduziu a frase que teria ouvido de Gabrielli: "Veio um pedido do homem lá de cima. A sonda tem de ficar com a Schahin". E assim foi feito. Cerveró ainda não revelou quem era o tal "homem".
Herculano
15/08/2015 22:08
COMO SÃO AS COISAS. NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO. BASTA ARQUIVO, MEMÓRIA E UMA IMPRENSA LIVRE PARA ENFRENTAR MENTIROSOS, MANIPULADORES E ESPERTOS. EM DOIS VÍDEOS SIMPLES, LULA [E MUITOS OUTROS PETISTAS, INCLUSIVE OS DE GASPAR MANDADOS PELOS DE BLUMENAU QUE FORAM HÁ MUITO REJEITADOS NAS URNAS] É DESMASCARDO

Em "Recordar é Viver", Josias de Souza, lembra:"em 89 Lula queria as ruas cheias", e "Lula gostava de impeachment"

Então o que mudou? Naquele tempo Lula queria o poder. Hoje ele no poder não quer sair do deste poder, onde usou prioritariamente pobres, analfabetos, ignorantes, desinformados e desassistidos e se tornou elite e burguês, de um governo corrupto, incoerente onde o Partido dos Trabalhadores se assemelha a uma organização criminosa como afirmam e provam a Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Justiça pela pena do juiz Sérgio Moro, a quem detestam e desqualificam a todos momento.

Então as ruas precisam de gente para legitimar o recado que uma maioria não tolera este estad de coisas, e que se não mudar, também é legítimo o impeachment, principalmente quando se frauda a administração pública e o caixa de campanha. Wake up, Brazil!
Herculano
15/08/2015 21:54
PRONTO. FICOU FALIDO E IGUAL AOS OUTROS. COM AS TORNEIRAS DA CORRUPÇÃO E CHANTAGEM SE FECHANDO POR CAUSA DO MENSALÃO, LAVA JATOS E OUTROS, PT PEDE DINHEIRO PELA INTERNET PARA SEUS MILITANTES. SERÃO ELES COMPANHEIROS FIÉIS COBRIREM O ROMBO MILIONÁRIO?

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe da sucursal de Brasília com Bela Megale, de São Paulo. Em aperto financeiro causado pela queda nas doações privadas, o comando nacional do PT iniciará no final deste mês uma espécie de "vaquinha online" para arrecadar recursos para a sigla.

A campanha do partido protagonizará inserções televisivas da legenda que vão ao ar neste mês em cadeia nacional e usará como mote a frase: "O Brasil precisa do PT e o PT precisa de você. Seja companheiro".

A plataforma online, que está na internet em fase de teste, recebe doações apenas de pessoas físicas, não permite depósitos anônimos e aceita apenas pagamentos em cartão de crédito ou de débito.

Com a diminuição do repasse de recursos para o partido por empresas privadas, causada pela crise econômica e pela Operação Lava Jato, a legenda tem enfrentado dificuldades financeiras.

As viagens de dirigentes petistas têm sido rateadas e só ocorrem com previsão orçamentária, justificativa e aprovação da cúpula partidária. Antes da crise econômica, os petistas tinham cotas mensais de passagens aéreas e podiam indicar os hotéis que desejavam ficar.

"Estamos otimizando a atividade política dos dirigentes. Não é possível mais viajar só para fazer uma visita, é necessário ter uma agenda com outras atividades e mostrar o resultado do trabalho. Estamos em economia de guerra", afirmou Jorge Coelho, vice-presidente do partido.

A legenda também tem reduzido gastos em contratos, serviços, valor de aluguel das sedes e, segundo relatos de petistas, revisto o número de assessores nas secretarias nacionais.

A ordem interna é também substituir, sempre que possível, ligações telefônicas por mensagens via Whatsapp e redes sociais. A cultura de fazer encontro presenciais do partido também está sendo revista e pode ser substituída por convenções online, segundo relataram membros da executiva nacional.

O enxugamento das contas fez com que projetos previstos para serem lançados no início de 2015 fossem suspensos por tempo indeterminado. Um deles foi a TV da sigla, que contaria com correspondentes espalhados pelo país e produção diária de conteúdos que seriam exibidos nos sites do partido.

As empreiteiras investigadas devido ao esquema de corrupção frearam as doações para os caixas da legenda no fim do ano passado.

Não há registro de repasses para os diretório nacional petista em novembro e dezembro, período quando foram detidos executivos das construtoras investigadas.

A cúpula nacional do partido receia ainda que tenha de arcar com uma multa pesada por causa do escândalo de corrupção.

Em depoimento, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco estimou que o PT tenha recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos maiores contratos da empresa estatal.

A intenção de criar a estrutura foi anunciada no 5º Congresso do PT, em junho, mas, por questões técnicas, só foi realizada agora. Para a legenda, a iniciativa online pode ser o primeiro passo para viabilizar resolução de que diretórios da legenda não recebam doações de empresas.

A proibição foi aprovada em abril, mas, em junho, o partido decidiu adiá-la até que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal tomem uma decisão em relação ao financiamento partidário.
João João Filho de João
15/08/2015 19:21
Sr. Herculano:

Pressão aumenta para que Dilma livre Lula da cadeia, nomeando-o para ministro do governo do PT

Postado por Polibio Braga

"São enormes as pressões políticas para que Dilma nomeie Lula para o ministério. Seria a única maneira de livrá-lo da carceragem da Polícia Federal do Paraná. Ministros têm foro privilegiado. Ele seria investigado pela PGR, do amigo Janot, e julgado pelo STF, do seu amigo Lewandowsky, e não mais pelo juiz singular, o incorruptível Sérgio Moro".

Esse analfabeto funcional acaba sendo Ministro Das Relações Exteriores
que sequer fala o idioma pátrio. Só no Brasil mesmo...
O país do pesadelo acordado.
Herculano
15/08/2015 18:43
O BRASIL DECENTE NAS RUAS. INCLUSIVE EM GASPAR!

Organizadores do movimento em Gaspar, avaliam que pelo menos mil pessoas estarão amanhã a partir das duas horas da tarde na Praça Getúlio Vargas, em Gaspar, defronte à prefeitura, para protestar contra a corrupção, a crise política e econômica que assola o país e todos nós.

A se confirmar mil, será a metade do que foi em Março e que o movimento divulgou ser das mil. Naquele domingo, esta mobilização surpreendeu e assustou o PT daqui. Ele, tocado pelo PT de Blumenau e liderado pelo casal Décio Neri e Ana Paula Lima, governa Gaspar a sete anos seguidos. O lema aqui também é o mesmo do nacional: nuna antes na história desta cidade..."

Não é a toa, que usando a força econômica e a influência de poder, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o presidente do partido, José Amarildo Rampelotti foram para as rádios nesta semana para desqualificar o movimento e louvar os ícones do petismo, como a presidente Dilma Vana Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, a ponte do Vale até agora nada, assim como outras obras importantes...

E nas redes sociais, petistas daqui, declarados ou principamente por fakes pois lhes falta coragem de defender esse estado de coisas de cara limpa, fazem o mesmo. Usam entre outros, o argumento de que há infiltração e aproveitamento de políticos do PSD, PP e PMDB , que são da base do governo do PT. Para eles, estes político que se mostram isentos, estão na verdade, de olho na eleição municipal para desbancar o PT. Neste caso, seriam oportunistas.

E mesmo que isto fosse verdade, quem for à manifestação saberá distinguir. Ficará a prova para a reflexão, uso em palanques e discursos, bem como dará base para uma escolha entre os ou novos decentes. E entre eles, certamente não estará o PT que mente, manipula, constrange, desqualifica, usa os pobres, analfabetos, ignorantes, desinformados e desassistidos, para se perpetuar no poder, e lá comandar e acobertar uma quadrilha que em seu nome e do governo que comanda, rouba para poucos, os pesados impostos de milhões que pagamos. Além disso, todos nós estamos hoje sob a ameaça de altas taxas de desemprego, perda do poder econômico com a alta da inflação, sem saúde pública, sem segurança, sem educação e sem obras. Acorda, Gaspar!
Herculano
15/08/2015 18:24
COMO A MÍDIA DE SANTA CATARINA QUE RESISTIU À DIVULGAÇÃO DOS PROTESTOS OS DIVULGA AGORA.

Título do Diário Catarinense, da RBS TV Florianópolis. Impactados pela crise econômica, catarinenses vão às ruas protestar contra o governo Dilma neste domingo. Foco específico é pelo impeachment da presidente; pelo menos 22 cidades têm atos marcados

Texto de Victor Pereira. Com enfoque específico diante da atual conjuntura política e econômica do país e com base nas lideranças dos eventos criados nas redes sociais, fica fácil perceber, segundo especialistas, quem é o catarinense que vai às ruas neste domingo para protestar: adulto de direita, representante da classe média ou média alta, que tem sofrido diretamente com a crise econômica e tem alguns ideais conservadores.

Berço das manifestações populares que sacudiram o país em junho de 2013 e março e abril de 2015, as redes sociais, especialmente o Facebook, novamente dão impulso aos atos. No Estado, pelo menos 22 cidades têm eventos organizados pelos movimentos Brasil Livre, Vem Pra Rua e o Revoltados ON LINE, com confirmação de cerca de 38 mil pessoas até as 19h de sexta-feira.

E se nos protestos anteriores, principalmente no de dois anos atrás, a pauta era ampla e fragmentada, agora o foco é abertamente a saída de Dilma Rousseff da presidência.

Doutor em Ciência Política e professor emérito do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), David Verge Fleischer avalia que o perfil catarinense segue as características nacionais do movimento.

Diferente dos protestos de 2013, quando o aumento da tarifa de ônibus desencadeou a mobilização, abriu um leque de reivindicações e envolveu massivamente os jovens, agora o panorama tem ligação estreita com a crise econômica.

- A situação piorou muito de 2013 e de março de 2015 pra cá com os problemas econômicos. Desta vez há impacto em mais segmentos, a classe média perdeu emprego e existe o fator político. Em relação ao impeachment, quem vai pra rua sabe das questões jurídicas que o envolvem, mas as pessoas acreditam que, protestando, podem contribuir com o processo - analisa.

O professor de Ciências Sociais da Unisul, Valmir dos Passos, acrescenta também que o apartidarismo já não é absoluto, uma vez que siglas como o PSDB têm, em menor ou maior grau de empenho, levantado a bandeira contra o PT e incentivado a participação popular nos movimentos.

- E dizer que se trata de uma ação pouco politizada também me parece não ser a expressão correta. É um movimento que despreza eleições e a ordem institucional. As pessoas que vão pra rua e pedem impeachment não têm preocupação com as possíveis consequências disso à ordem do país - pontua o especialista.

Em outras situações semelhantes nos últimos meses, a maioria das entidades aderiu aos protestos. Para este domingo, boa parte delas, como a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que lançaram manifesto pelo "Brasil que queremos", pede união política para que a economia volte a crescer, em uma mensagem clara contra a proposta de impeachment.
Herculano
15/08/2015 15:57
"DILMA DEVE CHAMAR OPOSIÇÃO AO DIÁLOGO"

Parte 1

Conteúdo do 247. Texto e entrevista por Tereza Cruvinel. O medo da solidão política nunca impediu o senador Cristovam Buarque de remar contra as correntes, de defender posições incompreendidas e de manter-se ao largo dos blocos dominantes do momento. A polêmica o acompanhou sempre, como reitor da UnB, como governador do Distrito Federal, como ministro da Educação ou candidato a presidente (2006) que batia numa única tecla, a da educação. Teve 2,6 milhões de votos, em sinal de que não estava tão só. No Senado, pelo PDT, nunca se alinhou incondicionalmente com os governos de seu antigo partido, o PT, ou com a oposição onde tem muitos amigos. Há alguns meses o solitário Cristovam tornou-se o ponto aglutinador de um grupo de 15 senadores independentes que, como ele, não querem o alinhamento automático com nenhum dos lados da luta política que agita o Brasil. Ele e mais cinco senadores do grupo reuniram-se na quinta-feira com a presidente Dilma Rousseff, ampliando o círculo de diálogo que nos últimos dias ela conseguiu abrir no fogo da crise. Nesta entrevista ao 247 ele fala do encontro e de outros temas.

Tereza - O senhor foi o principal organizador do encontro de parte do chamado "grupo independente" do Senado com a presidente Dilma. Por que isso só aconteceu agora, juntamente com outros fatos políticos que a tiraram do isolamento e debilitaram a tese do impeachment?

Cristóvan - Nós já pedimos o encontro há algum tempo mas só aconteceu agora e acho que foi num bom momento. Há cerca de quatro meses eu também pedi a dois amigos ? o ex-deputado Sigmaringa Seixas e o governador Rodrigo Rollemberg ? que propusessem aos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique que eles se encontrassem para discutir os problemas do Brasil....

Tereza - Então foi o senhor que inventou o encontro que nenhum dos dois disse ter proposto...

Cristóvan - Talvez a confusão tenha até começando com esta minha proposta mesmo. Eu achava importante que os dois conversassem porque previa que a crise ia se agravar. Desde que estourou a crise econômica global em 2008, eu sempre disse que em algum momento ia nos pegar. E quando isso acontecesse, teríamos um grave problema fiscal. Como a presidente nos disse, a queda nos preços das commodities não era previsível, nem a extensão da Operação Lava Jato. Mas o problema fiscal era previsível e quando ele se apresentou, tivemos esta combinação de crise política com crise econômica. Por isso há alguns meses eu comecei a defender este diálogo entre os dois ex-presidentes, pelo que eles representam, e entre oposição e governo. Continuo acreditando que através do diálogo e da política é que poderemos encontrar saídas de menor custo para o povo brasileiro. Até agora, todas as saídas que têm sido consideradas, por um lado e outro, têm um custo muito elevado.
Herculano
15/08/2015 15:57
"DILMA DEVE CHAMAR OPOSIÇÃO AO DIÁLOGO"

Parte 2

Tereza - O impeachment...

Cristóvan - O impeachment, a anulação da eleição com o chamado de um novo pleito, a renúncia (por mais que a presidente afirme nunca tê-la cogitado) e a manutenção do atual governo sem condições de governabilidade pelos próximos três anos e meio. Qualquer uma destas soluções cobraria um preço alto ao Brasil e ao povo brasileiro. Continuo achando que o governo deve enfrentar o desafio de chamar a oposição para o diálogo.

Tereza - Vocês propuseram isso à presidente? O que ela achou?

Cristóvan - A carta que apresentamos tem 7 pontos. Ela concordou com quase todos. Um deles foi a sugestão de que ela se apresente como governante suprapartidária, não vinculada ao PT, ao PMDB ou qualquer partido, mas que se apresente como sendo do partido do Brasil. Sugerimos que fale ao país, de forma sincera, sem qualquer recurso ao marketing, sobre a situação do governo e o planos para os próximos três anos e meio. E que isso seja feito de uma tribuna do Congresso Nacional. Propusemos que seja feito um reconhecimento dos erros cometidos, ainda que com as melhores intenções. Não um pedido de desculpas ou uma autocrítica, como já pregaram setores da oposição. Ela tem um argumento importante, o de que manteve políticas de desoneração e incentivo a setores econômicos para atenuar os efeitos da crise, como o desemprego.

E que, não prevendo a queda nas commodities e os efeitos da Lava Jato, o governo perdeu receitas e passou a ter déficit fiscal. Uma sugestão que ela considerou desnecessária foi a sugestão de declarasse total apoio à Lava Jato. Ela lembrou que nunca a Polícia Federal e o Ministério Público tiveram tanta autonomia para investigar como em seu governo, o que de fato tornou possível a Lava Jato. E nós concordamos.

Tereza - Supondo que ela chamasse a oposição ao diálogo, o senhor acha que a oposição toparia?

Cristóvan - Se ela tentar, e a oposição recusar, ficará mal na foto, passará como intransigente. A presidente pode tentar inclusive uma conversa que não seja pública. Lembro-me de uma passagem em 1998. Eu acabava de ser derrotado na tentativa de me reeleger governador do Distrito Federal e o Lula acabava de ser derrotado pela terceira vez na disputa presidencial. Fernando Henrique, que acabava de se reeleger, me ligou e disse: "Cristóvam, sei que o Lula está na cidade. Você poderia levar ele lá no Alvorada hoje à noite. Eu gostaria de conversar com ele". Lula aceitou o convite, fomos para o Alvorada e lá ficamos até depois das duas da manhã, conversando e bebericando uísques. Aquela conversa não avançou rumo a um pacto para enfrentar problemas como o da Previdência mas poderia ter avançado. Talvez tenha faltado ali a presença do Dirceu, de alguém do comando partidário.
Herculano
15/08/2015 15:56
"DILMA DEVE CHAMAR OPOSIÇÃO AO DIÁLOGO"

Parte 3

Tereza - No lugar de Dilma, quem na oposição o senhor chamaria para dialogar?

Cristóvan - O Aécio não pode ser porque hoje eu o considero parte interessada. O Fernando Henrique talvez não fosse adequado porque pertence a outro momento. Mas o Tasso Jeressati tem se portado com extrema responsabilidade e equilíbrio, acho que seria um bom interlocutor. E mesmo o Aloysio Nunes, embora se exalte um pouco como líder.

Tereza - Enquanto isso não acontece, como vai se comportar o bloco independente neste momento que se abre com a chamada Agenda Brasil, liderada pelo senador Renan Calheiros? Votará a favor das propostas da agenda ou contra?

Cristóvan - Como sempre, vamos examinar ponto por ponto. Ali tem pontos aos quais somos favoráveis, somos contra outros. Importante é que haja diálogo e a busca de uma saída que não esteja entre as mais custosas, como eu disse. Neste sentido, a agenda é positiva.

Tereza - E o grupo tentará votar de modo orgânico, como bloco?

Cristóvan - Não, não temos esta pretensão. Foram seis os que estiveram com a presidente mas nós somos 15, de diferentes partidos. Somos uma força que busca incidir no debate político mas sem a pretensão de votar unida. Se não existe unidade hoje nem os partidos, imagine num bloco assim! Seguiremos discutindo juntos a conjuntura, os problemas e todas as propostas, garantida a liberdade de voto de cada um. Este projeto do Serra sobre o pré-sal, por exemplo, sei que nos dividirá.

Tereza - Qual é sua posição, em relação ao projeto do Serra?

Cristóvan - Como sempre, não digo sim ou não de prontidão. Estou fazendo estudos. Quero ter uma avaliação confiável sobre a capacidade de investimento da Petrobrás na exploração das reservas de pré-sal. Se ela tiver capacidade, o modelo não precisa ser alterado. Mas eu desconfio de que ela não tem. Se for convencido disso, acho que não terá sentido manter os poços fechados, inexplorados. Manter a riqueza intocada será uma perda para o país e também para a Educação, que será beneficiada com 50% dos recursos do Fundo Social abastecido por royalties. No grupo dos independentes alguns são radicalmente contra o projeto alegando que a Educação pode perder recursos, pois a Petrobrás, com sua maior capacidade técnica e tecnológica de extração, garantiria maior produção e logo, mais royalties. Mas não estou muito convencido de as petroleiras internacionais tenham uma capacidade tão inferior. Estou estudando tudo isso.

Tereza - E o diálogo com a presidente, com o governo, terá continuidade?

Cristóvan - Olhe, propusemos a ela um jantar com todo o grupo. O (senador) Blairo Maggi até se ofereceu como anfitrião. Mas ela ponderou que ele terá tanto trabalho com a segurança, que ela não controla, que seria melhor fazer isso no Alvorada. Mas no Alvorada alguns podem não querer ir, para não parecer cooptação. Vamos combinar depois como será isso.
Herculano
15/08/2015 15:41
ENREDOS POSSÍVEIS, por Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

A gestão Dilma-2, como já dito aqui, acabou antes de começar. Subsiste uma presidente, cujo partido se desintegrou sob o peso da corrupção, tirando fotos com claque a soldo e convivendo com o governo de fato do PMDB, que entrega a sua Agenda Brasil cheia de coisas inexequíveis, oportunidades de negócios e alguns pontos interessantes.

Algo pode até virar realidade, mas a agenda não passa de um McGuffin, um recurso narrativo típico dos filmes de Alfred Hitchcock destinado a esconder a verdadeira trama. Como a dinheirama roubada por Marion Crane, que domina o início de "Psicose" só para escamotear a história do "über-psicopata" Norman Bates.

No filme patrocinado por Lula para desarmar o impeachment de Dilma, cuja gestação encontrava-se adiantada, Renan Calheiros ganha algo a ser desvelado para travar tudo. Isso, somado ao respiro que Joaquim Levy ganhou da Moody's, deu um alento inesperado ao governo.

Para o público, vende-se uma reedição do parlamentarismo branco do primeiro semestre, desta vez com a chancela do Planalto. Só que falta combinar com a Câmara sob o vilão predileto de todos, Eduardo Cunha.

Mas o McGuffin pode também desviar a atenção de um enredo peemedebista que vislumbra a queda de Dilma. Se ela ganhou alguma sobrevida na semana, suas fragilidades continuam as mesmas, e a vocação do PMDB não sugere solidariedade.

A presença ostensiva de Romero "líder de qualquer governo" Jucá e das digitais de José Serra na Agenda é detalhe nada desprezível. O PMDB toca então barco, à espera de uma Lava Jato cada vez mais aguda, inclusive contra si, e talvez novidades nas apurações do TSE.

E há também os atos de rua deste domingo (16), quando será possível aferir se as manifestações da era da rede social têm musculatura para ultrapassar a categoria de "evento de Facebook" e influenciar de forma mais decisiva o debate.
Herculano
15/08/2015 15:39
QUEM VAI PAGAR MAIS UMA VEZ A CONTA DO DESASTRE DO GOVERNO DO PT, PMDB, PP, PSD, PC do B, PDT, PR, PRB...? O POVO. O ELEITOR. O QUE SOFRE. O QUE É ENGANADO. CONFIRA.

Joaquim Levy sinaliza a banqueiros que vai aumentar impostos, por Lauro Jardim, de Veja.

Na reunião que teve na terça-feira passada com os maiores banqueiros do país, Joaquim Levy deixou-os convencidos de duas coisas.

Primeiro, Levy não tem a menor intenção de deixar o cargo.

Segundo, vai subir impostos.
Herculano
15/08/2015 15:28
DESMOBILIZADO?

Perguntar não ofende. Hoje é o Dia de Filiações no PMDB. Quantas foram realizadas aqui em Gaspar?
Herculano
15/08/2015 13:27
O POVO NA RUA E A DINÂMICA DA CRISE: DILMA NÃO TERÁ PAZ, POUCO IMPORTA O NÚMERO DE MANIFESTANTES, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Quantas pessoas vão à manifestação de protesto neste domingo? Cinquenta mil? Cem mil? Dois milhões? Querem saber? Para a dinâmica da crise, isso só teria importância se muitos milhões, muitos mesmo!, acima de qualquer expectativa, tomassem as ruas.

É claro que um protesto à altura daquele do dia 15 de março já deixará o governo de sobressalto, ainda mais desorientado e, pois, suscetível ao erro. Se, na contabilidade geral, houver, sei lá, 100 mil pessoas nas ruas, o que é gente pra diabo, os palacianos e seus acólitos na imprensa gritarão: "Mico!". Talvez os próprios promotores do evento venham a ficar um tanto acabrunhados se assim for. E, no entanto?

E, no entanto, que diferença o eventual mico efetivamente faria para Dilma Rousseff? Ninguém deixará de achar o governo ruim/péssimo, migrando para o grupo do "regular" ou do "bom/ótimo", porque os protestos terão reunido 100 mil pessoas em vez de 3 milhões. Não há voto de confiança ou avaliação generosa que resista a menos dinheiro no bolso, preços em disparada, economia acabrunhada, futuro incerto, pessimismo.

Os próprios jornalistas, que cometem o pecado de circular demais no meio político e de menos nas ruas, correm o risco de fazer avaliações apressadas. Um balanço ligeiro desta semana, a se considerar só o ambiente da corte, tenderá a concluir que Dilma já superou o pior da crise. Segundo essa hipótese, a semana anterior teria sido o fundo do poço, e esta que termina, o ponto de inflexão. De fato, importantes costuras foram feitas entre palacianos e cortesãos, mas isso conta muito pouco. Dilma não tem de se segurar no cargo até 31 de agosto de 2015, mas ate 31 de dezembro de 2018.

Até que a economia melhore para as pessoas, não para os indicadores que medem tendências, ainda será preciso piorar bastante. Se o Palácio conseguiu ou não isolar Eduardo Cunha; se o deputado está mais poderoso ou menos; se o senador Renan Calheiros passou a ser o homem da "estabilidade" em Brasília? Convenham: que diferença isso faz para os brasileiros que não vivem de descrever os humores dos políticos de Brasília?

Há mais: a cada enxadada que dá a Operação Lava Jato, surge um punhado de minhocas reais, potencialmente reais ou virtuais, pouco importa. A engrenagem hoje envolvida na investigação e nos vazamentos tomou gosto pela coisa. Já se abriram duas variáveis independentes na operação, que remetem para o Ministério do Planejamento e para o setor elétrico. A artilharia se volta agora para os estádios da Copa do Mundo, terreno fértil para escavar frustrações e humilhações.

Na superfície desse terreno, está aquele sentimento que varreu o país em 2013 e 2014, que contrastava a ruindade dos serviços públicos oferecidos pelo estado com a suntuosidade dos estádios, o que transformou o tal "Padrão Fifa", antes uma referência de qualidade, em reivindicação situada entre a política e a ironia. E a ironia suprema, depois que estourou o escândalo da Fifa, foi saber que, de algum modo e em certa medida, sempre estivemos no Padrão Fifa - no caso, o da roubalheira.

Nas profundezas desse terreno minado pela indignação, ainda está a humilhação daqueles 7 a 1 para a Alemanha, a indicar que fomos roubados para nada. A força-tarefa da Lava-Jato, qualquer observador arguto já percebeu, tem um atilado senso de marketing. E pouco importará saber o percentual de dinheiro público e de dinheiro privado que financiou os elefantes brancos. Isso não acaba tão cedo.

Para arremate dos males, os que recomendam a Dilma correção de rumo procuram empurrá-la justamente para o modelo que se transformou na usina das crises. Não era mágica que sustentava aquele modelo, em si insustentável, mas o ciclo que se encerrou dos preços estratosféricos das commodities. O resto foi só gestão porca de uma janela que o mundo nos abriu. O PT se encarregou de transformar o que poderia ter sido o planejamento do futuro em alguns fogões, algumas geladeiras, cocô de curto prazo e votos.

Em entrevista à Folha neste sábado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) sintetiza: "Ou o governo muda, ou o povo muda o governo". E ele está se referindo justamente à economia. Mas mudar precisamente o quê? Na próxima cochilada que der nas contas públicas, o país pode ser rebaixado pelas agências de classificação de risco - e aí haverá gente com saudade do tempo em que o símbolo do mal era o FMI?

Querem saber? As pessoas sensatas deveriam torcer para que, neste domingo, houvesse nas ruas muitos e muitos milhões, um troço realmente acachapante, a indicar para Dilma que não dá mais. Isso também poderia evidenciar aos políticos que é chegada a hora. Creio na robustez do movimento, sim, mas não nessa monumentalidade.

E a pior coisa que poderia acontecer seria o insucesso do protesto. A presidente não teria o que fazer com ele. Seria um indicador não de otimismo, mas de desalento e de descrença, o que costuma anteceder decisões coletivas desastradas.

Não há como o povo na rua, neste domingo, ser o problema. Ele só pode ser a solução. É a continuidade do governo que nos lança no escuro, não a sua interrupção.

Assim, meus caros, bom protesto!
Herculano
15/08/2015 13:21
APOIO EMPRESARIAL

Um político, numa roda hoje em Gaspar, voltou a discursar algo velho e se nexo. "Precisamos escolher um candidato para ser apoiado pelos empresários".

1. Quem escolhe o candidato é o partido (qualquer um).
2. Quem apoia é a estrutura partidária ou de simpatizantes profissionais que sabem o que estão fazendo para obter trocas.
3. Dos empresários, que estão argolados com a crise do atual governo, os espertos políticos, só querem a grana e depois ou largam ou chantageiam para ter mais.
4. Empresário de verdade, não tem tempo diante dos desafios e dinheiro diante dos extorsivos impostos para se dedicar a política tomada por bandidos e gente que por não ter competência teve esta única opção.
5. E um vota mesmo é o povo, que não gosta de empresários, principalmente os de sucesso, os que prezam à ética, os que trabalham duro por horas, dias, meses e anos afio na busca de resultados para todos.
6. Qual é o empresário que quer depois do sucesso que teve no seu negócio ter o nome enlameado por políticos sem caráter, malandros e ladrões reunidos e bandos?
Herculano
15/08/2015 13:12
NUM DIA SÓ, O PELEGO METIDO A VALENTÃO PROMETEU LUTAR POR DILMA "DE ARMA NA MÃO" E ANUNCIOU A RENDIÇÃO DO EXÉRCITO DA TUBAÍNA, por Augusto Nunes, de Veja.

Cara balofa de quem repete a sobremesa, silhueta de quem só sua a camisa em comício e tem o peso calculado em arrobas, o companheiro Vágner Freitas é uma das incontáveis provas ambulantes de que os líderes sindicalistas do lulopetismo só se mostram bons de briga quando combatem pratos de comida empunhando garfo e faca. A fachada sem parentesco com a de um militar profissional não o impede de fingir que nasceu e cresceu num quartel. Nesta quinta-feira, por exemplo, Freitas apareceu fantasiado de oficial condecorado na missa negra celebrada pela salvação do governo moribundo.

O gesto resume a performance do general de cordão carnavalesco. Depois de confundir boné com quepe e trocar a presidência da CUT pelo comando de outra tropa de chanchada, Freitas caprichou no dilmês erudito: "Quero dizer em alto e bom tom que somos defensores da unidade? nacional, na construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e para todas". Feita a introdução, desandou na beligerância: "Isso implica agora, nesse momento, ir pras ruas entrincheirados, com arma na mão, se tentarem derrubá a presidenta Dilma Rousseff?.

O entusiasmo da soldadesca reunida num salão do Planalto animou-o a reiterar a declaração de guerra à sensatez e ao estado de direito: "Seremos, presidenta Dilma? qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula, nós seremos o exército que vai enfrentá essa burguesia na rua". Além das divisões do MST chefiadas por João Pedro Stédile, os 71% de brasileiros indignados com a era da canalhice teriam de enfrentar um segundo exército movido a tubaína, sanduíche de mortadela e cédulas de 50 reais. Certo? Errado, informou a pronta retirada empreendida por Freitas.

"Foi apenas uma figura de linguagem", recuou o falastrão. "É a arma da construção da democracia. É a arma do debate das ideias, nunca de nenhum tipo de violência física, nada bélico". Nesta sexta-feira, uma nota oficial consumou a rendição sem luta. Não se deve enxergar na discurseira "um chamado à violência, ao uso de armas de fogo", diz um trecho. "Nossas armas são o poder de convencimento, a organização, a formação política, a mobilização, o debate de ideias, a ocupação dos espaços, sejam as ruas, sejam os locais de trabalho, a greve geral, essa sim a nossa maior arma".

A bravata confirmou que valentia de pelego cevado nos banquetes, mesadas e favores do poder dura menos que um dia. Foi concebida para assustar os milhões de brasileiros fartos de corrupção e incompetência. Acabou transformado num motivo a mais para que, neste 16 de Agosto, os protestos de rua mostrem com contundente clareza que é o povo quem manda no país.
Herculano
15/08/2015 13:06
INACEITÁVEL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Nenhuma cidade do país pode conviver com chacinas como a ocorrida na Grande SP; governo precisa dar uma resposta imediata

Homens encapuzados entram em um bar situado em Osasco, na Grande São Paulo. De armas em punho, determinam que os presentes se encostem na parede. Perguntam quem tem antecedentes criminais. Fuzilam os que respondem com uma afirmativa e vão embora.

Em cerca de duas horas e meia, 18 pessoas foram mortas e seis ficaram feridas nas cidades de Osasco e Barueri. O massacre, dividido em 11 locais distantes poucos quilômetros uns dos outros, ocorreu na quinta-feira (13) à noite, a mais violenta de 2015 na Grande São Paulo.

As ações, odiosas em si, tornam-se ainda mais abomináveis pelas suspeitas de que o grupo de extermínio era formado por policiais dispostos a vingar o assassinato recente de um colega ?e essa é a principal linha de investigação.

Se a hipótese for confirmada, o episódio não constituirá caso isolado. Ao contrário, a desconfiança quanto à participação de agentes de segurança se repete nas cinco principais chacinas registradas em São Paulo desde 2013.

"Quando morre um policial, pode saber que em até 15 dias vai ter chacina", diz a costureira Rosângela Gonçalves. "Nunca vai mudar, aqui não existe Justiça", completa, com uma resignação chocante (há três anos, o filho da costureira morreu em uma chacina; na quinta-feira, ela perdeu um amigo).

Manifestações desse tipo expressam com crueza o quanto há de nefasto na existência de esquadrões da morte. Se as forças legalmente constituídas para garantir o respeito às leis não hesitam em violá-las, por que a população deveria confiar no Estado de Direito?

O combate ao crime é um desejo de toda a sociedade, mas ele não pode ser feito ao arrepio das instituições. Fora dos marcos constitucionais não há ordem, mas barbárie; do "cada um por si" resulta apenas mais violência e insegurança.

Menos mal que o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, tenha afirmado que atuará rapidamente para prender os homicidas, "sejam ou não policiais".

Qualquer sinal de impunidade prejudicará os até aqui bem-sucedidos esforços do governo Geraldo Alckmin (PSDB) neste ano, pelo menos no que respeita a assassinatos. No mês passado, alcançou-se a menor taxa de casos de homicídio da série histórica: 9,38 por 100 mil habitantes (no acumulado dos 12 meses anteriores), cerca de um terço da média nacional.

Enquanto existirem grupos de extermínio, contudo, estatísticas como essa terão pouco sentido para pessoas como Zilda Maria de Paula, cujo filho morreu na quinta-feira. "Não vou usar camiseta com a foto dele, não vou pedir Justiça. Vou continuar meus corres porque ninguém vai me ajudar."

O Estado, responsável pela segurança, tem a obrigação de ajudar; é seu dever identificar, processar e punir os bárbaros assassinos.
Herculano
15/08/2015 12:32
VOZ DE LULA EM GRAMPO É PRENÚNCIO DO IMPONDERÁVEL QU EMANA DA LAVA JATO, por Josias de Souza

Quando parece que Dilma teve sua melhor semana desde a posse - o Renan de volta ao seio governista, o TCU azeitado, a cassação no TSE adiada, as asas do Cunha podadas pelo STF, o Janot reconduzido, o Temer quieto, a foto com os movimentos sociais tirada, o vilão Murilo morto na novela das nove - a voz do Lula soa num grampo da Polícia Federal conversando com Alexandrino Alencar, lobista da Odebrecht preso na Lava Jato.

Isso vem se arrastando desde a época da campanha. Dilma vive sob os efeitos da síndrome do que está por vir. De raro em raro, ela pensa: "Hoje, finalmente, vou poder dormir mais tranquila." E não pode. Tem que se preocupar com a Lava Jato. O ministro Jaques Wagner (Defesa) foi quem melhor traduziu o drama. "A gente dorme e acorda sempre com uma notícia dessas", disse, ao comentar a prisão do correligionário José Dirceu.

Em relatório divulgado pelo Estadão, a Polícia Federal informa ao juiz Sérgio Moro que Lula revelou-se preocupado com "assuntos do BNDES" na sua conversa com o lobista Alexandrino (leia trecho do documento abaixo). Preocupação justificável. O Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal investiga se o ex-presidente traficou influência no exterior para que a Odebrecht obtivesse obras com o financiamento do velho e bom BNDES. Alexandrino é personagem da investigação. Escalado pela empreiteira, ele tornou-se um assíduo companheiro de viagem de Lula. Viraram amigos.

Trecho de relatório endereçado pela PF ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro

Lula tocou o telefone para Alexandrino às 20h06 do último dia 15 de junho. Por mal dos pecados, quatro dias depois de conversar com o morubixaba do PT, o lobista foi preso por ordem do juiz da Lava Jato. Nada a ver com seu companheiro de viagens. Sérgio Moro anotou no mandado de prisão: "Além das provas em geral do envolvimento da Odebrecht no esquema criminoso de cartel, ajuste de licitações e de propina, há prova material de proximidade entre [o doleiro] Alberto Youssef e Alexandrino Alencar."

A PF não bisbilhotou Lula. O ex-presidente caiu no grampo porque ligou para Alexandrino, que se encontrava sob escuta. Falaram sobre um seminário promovido pelo jornal Valor. Lero vai, lero vem trataram do que a PF chamou em seu relatório de "polêmicos financiamentos do BNDES às empreiteiras brasileiras, incluindo a Odebrecht." Afora a apuração em curso na Procuradoria do DF, a Câmara acaba de inaugurar uma CPI do BNDES. Uma das metas da oposição é tentar convocar Lula.

Embora não admitam em público, também os integrantes da força-tarefa da Lava Jato perscrutam as pegadas de Lula. A pedido de Dilma, ministros petistas sondaram o ex-presidente sobre a hipótese de ele tornar-se ministro. Abrigado na Esplanada, Lula ganharia foro privilegiado. E ficaria fora do alcance do doutor Moro. Por ora, Lula não topou. E a inquietação em Brasília só aumenta. No Planalto, já se ouve "Sabe a última do Sérgio Moro?" com a mesma frequência com que se ouve "Sabe a última do PMDB?"
Herculano
15/08/2015 11:56
A COISA ESTÁ RUIM. COMO A CULTURA DE GASPAR É PARA EMPREGO E NOVOS COMPANHEIROS, A INCLUSÃO PASSA LONGE. HOJE FOI DIA DE PEDÁGIO EM FAVOR DA FANFARRA DO FREI GODOFREDO

A fanfarra da Escola de Educação Básica Frei Godofredo promoveu neste sábado com o apoio dos pais e alunos da escola, um pedágio que tem como objetivo, arrecadar fundos na compra de novos instrumentos, como também para financiar as despesas de viagem e inscrição no Concurso Estadual de Bandas e Fanfarras de Santa Catarina e na participação no dia 05 de setembro no desfile em Canelinha.
Movimento Brasil Livre - Gaspar
15/08/2015 10:14
Nota de repúdio aos politiqueiros (eletivos ou comissionados) envolvidos com Movimento Gaspar Livre.

E de apoio as poucas pessoas que ainda estão no meio, visando o bem da nossa cidade e de uma manifestação legitimamente do povo no domingo 16/08.

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Veja só Herculano, a politicagem mais uma vez levando a nossa cidade para trás... Até algo legítimo como a manifestação de Domingo, eles conseguem diminuir.

No dia 27/07 se reuniram com a organização do Movimento Brasil Livre de Blumenau, coincidentemente na Câmara de Vereadores de Gaspar, um "baita" time, que se auto intitulou "Gaspar Livre". Intuito da reunião? Absorver dicas de como ser oposição nas ruas Domingo 16/08, já que muitos destes já estão na própria Câmara como vereadores e/ou assessores, e ainda não aprenderam.

Chegando ao local, se apresentam os organizadores:

1) Atual assessora do vereador do PSD;
2) Ex-comissionado do Samae, pré-candidato a vereador do PSD;
3) Comissionada da Prefeitura de Blumenau, pré-candidata a vereadora pelo PSDB.

Como me atrasei e acabei não participando da tal reunião, fiz questão de acompanhar os passos dos supostos novos ativistas pela internet. E resolvi aparecer na reunião marcada por eles no dia 04/08 com as entidades de Gaspar.

Chegando ao local, não me espantei ao descobrir que NENHUMA entidade tinha aparecido na tal reunião. Só confirmando minha teoria de que o povo de Gaspar já acordou, e não cai mais nessa politicagem de sempre.

Sendo apoiador desde 2014 do movimento oficial que iniciou estas manifestações, e representante deles na cidade. Compareci representando-os com o aval da Coordenação Nacional e a pedido dos mesmos fiz uma proposta aos envolvidos, de forma que pudéssemos legitimar esta organização, despartidarizando ela.

Em troca, formaríamos uma equipe apartidária que seguiria um script já previamente planejado e alinhado a toda a organização nacional, que tem apresentado tanto sucesso como vocês podem ver por todo o país, recebendo um apoio maciço de várias entidades. Como acontece inclusive nesta atual manifestação de Blumenau.

Resposta? Obviamente um NÃO!

Vejam só, se realmente quisessem apenas promover uma manifestação contra a Dilma, e não tivessem nenhum intuito de se aproveitar de uma agenda fixada anteriormente por um movimento legítimo e apartidário como o nosso, por que não abririam mão de sair da organização de tal ato? Pois é, podiam ao menos disfarçar melhor.

Ressalto, nosso movimento não demoniza partidos políticos. Apoia inclusive a ideia de que seus membros participem ativamente e se candidatem futuramente, se assim tiverem vontade e capacidade de representar a população dentro dos princípios da administração pública. Mas repudia veemente políticos em exercício (ou comissionados) que NÃO SEJAM oposição de verdade, a se aproveitarem de um evento para tal feito. Como é o caso de Gaspar, aonde 90% da Câmara é aval e/ou conivente com os feitos do PT. Falam muito bonito, mas fazem pouco, quase nada.

Finalizo esta nota convocando todos os Gasparenses a estarem nas ruas neste domingo 16/08, seja em Gaspar, Blumenau, ou aonde preferirem. Pois esta manifestação não é do Brasil Livre, Gaspar Livre, Vem pra Rua, Pátria Livre, ou qualquer outro movimento que esteja ajudando a convocar a população, esta manifestação é do POVO BRASILEIRO. Só nos resta ficar atentos, e aprender a separar o joio do trigo nessas épocas, e lembrar destes rostinhos bonitos no ano que vem, quando tentarem se apoderar de tais atos, para se auto promoverem.

Vejo vocês nas ruas Domingo, avante!

Paulo R. Filippus
Coordenação Movimento Brasil Livre - Gaspar
Contato: mblivregaspar@gmail.com
Herculano
15/08/2015 04:38
INTELIGÊNCIA PREVÊ "PROTESTO MAIOR" CONTRA DILMA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Relatórios do departamento de Inteligência da Polícia Militar do DF mostram que a expectativa para os protestos contra o governo Dilma é de que o número de manifestantes seja pouco maior que no último protesto, em abril, que reuniu mais de 35 mil pessoas, em Brasília, e cerca de 1,2 milhão no restante do País. O problema, segundo o setor de Inteligência da PM, serão os protestos de movimentos sindicais em apoio ao governo: eles prometem "confusão" com os antiDilmistas.

#ForaDilma

O "Movimento Brasil Livre", a "Carreata Águas Claras", o "Juntos pelo Brasil" e a "Paralização dos Caminhoneiros" protestam contra Dilma.

Sem confusão

No dia 12 de abril, os protestos reuniram dezenas de milhares de insatisfeitos com o governo Dilma, sem confrontos, em Brasília.

Do contra

MTST, MATR e MRP estarão a favor de Dilma. A expectativa da PMDF é de que cerca de 500 manifestantes participem dos atos pró-PT.

#ForaCunha

O protesto mais desejado pelo governo está marcado para o próximo dia 20, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Governo Dilma arrecadou R$ 1,6 trilhão em 2015

A "crise econômica" é justificativa do governo para elevar a conta de luz e outros impostos, mas as receitas do governo Dilma ultrapassam R$ 1,6 trilhão nos primeiros sete meses do ano, de acordo com o Portal Transparência. O montante, que já é o mais alto arrecadado por um governo na história, inclui tributos, multas, cobranças judiciais, entre outros "artifícios" do governo de tirar dinheiro do bolso do contribuinte.

Nunca antes

Se mantiver o ritmo, o governo Dilma deve estabelecer, em 2015, o recorde histórico de arrecadação, em meio à crise: R$ 2,6 trilhões.

Dilma bate Lula

Em apenas sete meses de 2015, o governo Dilma já arrecadou 10% a mais que Lula em 2010, seu oitavo e último ano de governo.

Fazenda gulosa

O Ministério da Fazenda, com a Receita Federal, é o maior arrecadador do governo federal: R$ 1,3 trilhão em impostos e taxas.

Bala de prata

O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força (SD-SP), promete lotar a Avenida Paulista, uma das principais vias de São Paulo, neste domingo (16). Só a Força quer levar 50 mil pessoas contra Dilma.

Fora, impeachment

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o "desejo golpista de impeachment" será sepultado após os protestos de domingo. O PT na Câmara e no Senado aposta em baixa adesão às manifestações.

Tempestade perfeita

CNN, NY Times, Bloomberg, The Guardian, BBC, Le Monde, Diário de Notícias, El País e outros veículos internacionais definem este domingo (16) de protestos como "crucial" para o futuro de Dilma. Até sexta, 114 cidades confirmaram protestos liderados pelo Movimento Brasil Livre.

"Dilma out"

Cidades nos Estados Unidos e na Europa também marcaram protestos contra Dilma: brasileiros em Berlim, Dublin, Nova York, Miami, Londres, Lisboa, Frankfurt, Roma e Paris confirmam protestos contra o governo.

Suspeito

O deputado federal Vitor Valim (PMDB-CE) desconfia do rompimento do PDT com o governo. Suspeita que o terreno está sendo preparado para filiar Cid e Ciro Gomes. "Começa-se a entender tal independência

Vira casaca

Os tucanos estão espumando com Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi alçado ao posto de "melhor amigo" de Dilma. Até dias atrás, Renan se reunia com o partido para tratar do impeachment da presidente.

Palanque

O Planalto desconfia que o ministro George Hilton (Esporte) virou alvo do prefeito do Rio, Eduardo Paes. É que, após o Pan de Toronto, Hilton pode ser útil à campanha de Marcelo Crivella à prefeitura, em 2016.

Ameaça com grana pública


Na "Marcha das Margaridas", o Movimento dos Sem-Terra ameaçou diretamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Segundo o MST, as 35 mil pessoas da marcha, pagas com grana do contribuinte (R$ 400 mil do BNDES, só este ano), foram lá "cortar a cabeça de Cunha".

Pensando bem...

...nem nos anos de chumbo o chumbo era tão grosso contra o governo.
Herculano
15/08/2015 04:30
CHEGANDO PERTO DO CRIADOR. POLÍCIA FEDERAL GRAVA LULA COM EMPREITEIRAS PREOCUPADO COM "ASSUNTOS DO BNDES"

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo.A Polícia Federal citou o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos autos da Operação Lava Jato sobre a empreiteira Odebrecht. Em relatório final de interceptação telefônica da Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato, a PF informa ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-presidente conversou com o executivo Alexandrino de Salles Ramos Alencar, da empreiteira Odebrecht no dia 15 de junho de 2015.

Quatro dias depois do telefonema, Alexandrino Alencar foi preso com o presidente da maior empreiteira do País, Marcelo Bahia Odebrecht.

A ÍNTEGRA DO RELATÓRIO DA POLÍCIA FEDERAL

Segundo o relatório, Lula estaria preocupado com 'assuntos do BNDES'. A PF não grampeou o ex-presidente. Os investigadores monitoravam os contatos do executivo, por isso a conversa foi gravada.

"Outro contato considerado relevante ocorreu em 15 de junho de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nele ambos demonstram preocupação em relação aos assuntos do BNDES referindo-se também a um artigo assinado por Delfim Netto que seria publicado no dia seguinte sobre o tema. Alexandrino disse também que Emilio (Emilio Odebrecht) teria gostado da nota que o Instituto Lula ( ... " criado pelo ex-presidente em 2011, depois que ele deixou o governo, para trabalhar pela erradicação da fome no mundo, aprofundar a cooperação com os países africanos e promover a integração latino-americana, entre outros objetivos") teria lançado depois da divulgação do laudo pericial acerca da contabilidade da empresa Camargo Corrêa, que teria doado três milhões de reais ao Instituto entre 2011 e 2013 e efetuado pagamentos a Lils Palestras Eventos e Publicidade LTDA na ordem de R$ 1,5 milhão no mesmo período", assinalou o delegado federal Eduardo Mauat da Silva, que integra a força-tarefa da Lava Jato.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é alvo de uma CPI no Congresso, que investiga suspeitas de empréstimos contrários ao interesse público feitos durante as gestões de Lula e da presidente Dilma Rousseff - 2003 a 2015.

Outro nome citado no relatório é de Marta Pacheco Kramer, executiva da Odebrecht. Segundo a PF, Alexandrino Alencar disse que Marta seria ligada ao Instituto Lula.

"O investigado também recebeu ligações de Marta Pacheco Kramer na data da deflagração da operação as 06:06 da manhã do dia 19 de junho de 2015. Curiosamente, Marta foi identificada pelo próprio Alexandrino como vinculada ao "Instituto Lula" o que restou consignado junto ao auto de arrecadação lavrado na residência do investigado acerca dos contatos telefônicos feitos pelo mesmo quando da chegada da equipe", informou o delegado federal Eduardo Mauat da Silva.

COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA

O Instituto Lula disse que não vai comentar a referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no relatório da Polícia Federal. A entidade nega que Marta Pacheco Kramer tenha qualquer vínculo com o Instituto.

COM A PALAVRA, A ODEBRECHT

"Em relação ao relatório de monitoramento divulgado pela Polícia Federal, a Odebrecht lamenta que as informações sejam colocadas fora de contexto, traçando conclusões equivocadas que confundem a opinião pública".

COM A PALAVRA, O BNDES:"O BNDES lamenta tentativas, na imprensa e em redes sociais, de manipular e distorcer informações buscando envolver o Banco em algo supostamente nebuloso a partir da divulgação de um diálogo entre o ex-presidente Lula e um executivo da Odebrecht. A conversa não faz referência direta ao BNDES e tratou de um seminário sobre exportação que teve ampla participação do público interessado e cobertura da imprensa."
Herculano
15/08/2015 04:24
CIDADANIA CONTRA A CORRUPÇÃO, O ROUBO DESCARADO DOS POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E QUE FALTAM À SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS...

Protestos contra o governo Dilma Vana Rousseff, o governo o PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PC do B, PR, PRB... são previstos em pelo menos 22 cidades de Santa Catarina neste domingo. Organizados pelas redes sociais, manifestações pedem impeachment da presidente
Herculano
14/08/2015 21:42
LUTA ARMADA: CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO? NÃO PODE CHUTAR CACHORRO, MAS PODE CHUTAR A CONSTITUIÇÃO?, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

A propósito de Vagner Freitas: o Ministério Público Federal já decidiu tomar alguma providência contra Vagner Freitas e contra aqueles que lhe franquearam as dependências da Presidência da República para intimidar os Poderes Legislativo e Judiciário?

Vai ficar por isso mesmo? Agora vai virar moda ameaçar pegar no berro para resolver divergências políticas?

O MP se mobiliza até quando alguém chuta um cachorro, e a reação até pode ser justa. Não vai fazer nada quando, num prédio público, na sede do Executivo, um presidente de central chuta a Constituição? O Palácio do Planalto virou a Cassa da Mãe Dilmona, mas não é a casa de Dilma. Nem o da Alvorada. São prédios que pertencem ao estado brasileiro. Se essa senhora quer receber golpistas, que abra as portas de sua própria casa. Ela deve ter uma, não?
Herculano
14/08/2015 21:36
PROTESTO DO DOMINGO VÃO POUPAR CUNHA E FOCAR EM IMPEACHMENT, DIZEM LIDERANÇAS

Conteúdo da BBC Brasil. Texto de Mariana Schreiber, da sucursal de Brasília. Os três principais movimentos que lideram os protestos anticorrupção - Movimento Brasil Livre (MBL), Revoltados Online e Vem Pra Rua - não se deixam distrair pelo risco de serem criticados por uma suposta "indignação seletiva". O objetivo das manifestações convocadas para este domingo será essencialmente um: derrubar a presidente Dilma Rousseff .

Nem mesmo os recentes relatos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria recebido US$ 5 milhões de propina (R$ 17,5 milhões), fazem os líderes dos protestos titubearem.

O peemedebista é visto como um aliado na implementação de um processo de impeachment e por isso deve ser poupado no dia 16. É Cunha quem tem o poder de decidir pôr em votação na Câmara um pedido de impeachment da presidente.

"O que nós concordamos com o Vem para Rua e o Revoltados Online é que o mote geral da manifestação deve ser realmente o 'Fora Dilma'", afirmou à BBC Brasil Fábio Ostermann, um dos líderes do MBL.

Para Ostermann, "misturar as pautas" interessa ao PT, que tenta transformar Cunha num "bode expiatório".

"Claramente, não está funcionando. É importante ter senso de prioridade nesse momento. Se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tiver suas contas a acertar com a Justiça e com a população, isso vai se dar na hora certa. Certamente não é o dia 16 de agosto", acrescentou.

O líder do Revoltados Online, Marcello Reis, vai na mesma linha. Ele diz que nenhum político corrupto será poupado pelo movimento, mas que no momento o foco é no governo federal.

"Não queremos passar o vagão na frente da locomotiva. Então, todas as conversas que tivemos com Cunha sempre foram pela apresentação do impeachment [de Dilma]."

"É um protesto específico pela saída da presidente, seja [por meio de] impeachment, cassação ou renúncia", disse, resumindo o objetivo do dia 16.

Rogério Chequer, do Vem pra Rua, afirma que as manifestações se concentram no impeachment e no fim da corrupção, mas que devem atingir com mais força os petistas.

"Eu acho que as críticas vão ser maiores na relação com os fatos que têm sido revelados e comprovados. O PT já foi condenado por caso de 2005 [Mensalão]."

Apesar da oposição declarada ao governo Dilma, Cunha tem declarado publicamente que não vê base jurídica para o impeachment, até mesmo se o Tribunal de Contas da União recomendar a rejeição das contas federais de 2014. Isso porque agora trata-se de um novo mandato da presidente.

Os movimentos contam com as mobilizações de domingo para mudar esse quadro.

"Acredito que o dia 16 vai mudar o quadro político. Se for maior que os protestos de março, político tem medo do povo. Com certeza na semana seguinte teremos novidade, ou o Cunha vai votar o impeachment ou a Dilma vai baixar a crista e renunciar", defende Reis.
Herculano
14/08/2015 21:23
O PT DE GASPAR FOI À RÁDIO DIZER QUE A CULPA DA CRISE É DOS OUTROS E OS QUE PROTESTAM, NÃO TEM RAZÃO PARA ISTO.
Herculano
14/08/2015 21:02
O POVO VAI FAZER NESTE DOMINGO O QUE LULA RECOMENDOU NO PROGRAMA SILVIO SANTOS, por Augusto Nunes, de Veja

Na campanha presidencial de 1989, perturbado pelo favoritismo do adversário Fernando Collor, Lula transformou em palanque o palco do Programa Silvio Santos, transmitido pelo SBT. Para convencer o auditório e os espectadores de que disputas políticas não podem ser encerradas no momento em que termina a apuração dos votos, o farsante que qualifica de "golpe" a mobilização contra o governo Dilma Rousseff disse o seguinte:

"É preciso a sociedade brasileira tê influência nas decisões. Sabe qual é a desgraça desse país? É que o povo vai dia 15 de novembro votá e depois não liga mais pra nada, fica esperando a outra eleição. O povo precisa votá, precisa cobrá, exigi, xingá, fazê protesto, passeata, manifestação. É a única forma? é a única forma de fazê a classe política entendê o povo".

A recomendação feita por Lula há 26 anos será novamente seguida neste domingo. Em centenas de cidades do país e do exterior, milhões de brasileiros exigirão nas ruas o sepultamento do governo que acabou sem ter começado.
Herculano
14/08/2015 20:51
FAZENDA RECUPERA R$ 11 MILHÕES DE ICMS DE UM ÚNICO CONTRIBUINTE. MAS OUTRAS EMPRESAS FORAM PEGAS, INCLUSIVE EM GASPAR.

A Secretaria da Fazenda conseguiu recuperar para os cofres do Estado R$ 11 milhões em ICMS de um único contribuinte da região de Joinville. A fiscalização foi realizada pelo Grupo Especialista em Comércio Exterior (GESCOMEX). A mesma equipe de auditores fiscais já havia recuperado recentemente R$ 17 milhões de outras três empresas de Joinville, Gaspar e São Francisco do Sul.

A equipe do GESCOMEX também é responsável pelo Sistema de Liberação Eletrônica de Importações, o mais rápido do País em liberação de cargas nos portos. Atualmente, 99% das cargas são liberadas pelos fiscais da Fazenda em até 8 minutos com um controle fiscal eficaz e eficiente. De janeiro a julho foram emitidas mais de 110 mil declarações de importação.
Herculano
14/08/2015 20:29
SERÁ QUE GASPAR VAI?

A Secretaria de Estado da Saúde está convidando cerca de 50 prefeitos e secretários municipais da Saúde para apresentar no próximo dia 19 (quarta-feira), a partir das 16h30min, no cinema do CIC, na Capital, o novo plano de contingência de combate à dengue para o período 2015/2016. O encontro vai reunir representantes de cidades com infestação do mosquito, sejam eles com ou sem transmissão da doença.
Juju do Gasparinho
14/08/2015 19:34
Prezado Herculano:

Vendendo carne.
Do Blog do Manoel

"Palocci está vendendo a carne do LuLLinha na Venezuela e em Cuba.
Em tempos de expectativa de prisão estes são dois lugares seguros para os bandidos petralhas.
Nunca seria deportado."

É ladrão procurando esconderijo ...
João João Filho de João
14/08/2015 19:14
Sr. Herculano:

Postado por Polibio Braga

"O governo proibiu o INSS de depositar 50% do 13o salário dos aposentados no final deste mês de agosto."

E o Zuchi quer dinheiro pra ponte.
Arara Palradora
14/08/2015 18:57
Querido, Blogueiro!

O ignorantão PeTralha que atende pelo nome de Wagner Freitas, além de não conhecer a Constituição (nem deve saber pra que serve),
também nunca leu nada a este respeito "qualquer coisa que separa os homens é crime contra a humanidade".

Cadeia neLLe!

Voeeeiii...!!!
Belchior do Meio
14/08/2015 18:08
Sr. Herculano:

Ministro do TSE corrige Dilma: Ela só tem a ?presunção da legitimidade do voto?
Seis dias atrás, Dilma Rousseff disse:
?Voto é a fonte da minha legitimidade e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu. Podem ter certeza que, além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram.?
Hoje, o ministro João Otávio de Noronha, do Tribunal Superior Eleitoral, corrigiu a petista:
?A presidente diz: ?eu tenho a legitimidade do voto?. Não, ela tem a presunção da legitimidade do voto, que pode ser destruída por uma ação de investigação eleitoral ou impugnação?.
Perfeito. Voto não garante impunidade.
Noronha afirmou que a legitimidade de Dilma ?não cai só nas pesquisas?, mas pode cair também ?no mundo jurídico?

Mais aqui: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/

Ah! Não voto na dobradinha xexelenta.
Robson Frassão
14/08/2015 16:41
Herculano e o tal 'PORTAL DA TRANSPARENCIA" parece que em outras cidades funciona mas em nossa cidades e o contrario, você poderia escrever algo sobre.
Sidnei Luis Reinert
14/08/2015 12:27
Apenas uma perguntinha cívica-cínica: Por acaso, o STF terá coragem de conceder uma liminar em medida cautelar de inconstitucionalidade pela flagrante "apropriação indébita legalizada" que a Dilma cometeu com a Lei Complementar 151 - que transforma o dinheiro dos depósitos judiciais em receita para o poder executivo? A medida ofende o direito à propriedade dos titulares dos depósitos e estabelece uma espécie de "empréstimo compulsório", o que é vedado pelo artigo 148 da Constituição Federal.

http://www.alertatotal.net/
Herculano
14/08/2015 11:44
VÃO ACABAR COM A BOCA LIVRE QUE DAVA VANTAGENS AOS IAM A FLORIANÓPOLIS E RECEBIAM DIÁRIAS?

Conteúdo e texto do Visor, do Diário Catarinense, da RBS. A Associação dos Funcionários da Assembleia Legislativa foi informada pela Mesa Diretora da Casa que terá 30 dias para desocupar o espaço do 4º andar do Palácio Barriga Verde, onde funcionam os restaurantes dos servidores e dos deputados. A Afalesc administra os restaurantes em regime de concessão, mas o Ministério Público entende que a escolha para a exploração se dê por meio de licitação.

Aliás
No mesmo dia que informou a associação sobre a decisão dos restaurantes, a direção também protocolou projeto de lei complementar que trata sobre a extinção de 40 cargos de nível médio no Parlamento. Foi o suficiente para a turma da Afalesc soltar nota de repúdio e convocar assembleia geral para o próximo dia 18.
Herculano
14/08/2015 11:19
VÃO CABAR COM A BOCA LIVRE

Conteúdo e texto do Visor, do Diário Catarinense, da RBS. A Associação dos Funcionários da Assembleia Legislativa foi informada pela Mesa Diretora da Casa que terá 30 dias para desocupar o espaço do 4º andar do Palácio Barriga Verde, onde funcionam os restaurantes dos servidores e dos deputados. A Afalesc administra os restaurantes em regime de concessão, mas o Ministério Público entende que a escolha para a exploração se dê por meio de licitação.

Aliás
No mesmo dia que informou a associação sobre a decisão dos restaurantes, a direção também protocolou projeto de lei complementar que trata sobre a extinção de 40 cargos de nível médio no Parlamento. Foi o suficiente para a turma da Afalesc soltar nota de repúdio e convocar assembleia geral para o próximo dia 18.
Herculano
14/08/2015 11:17
NÕ FOI DESTA VEZ

Julgamento do recurso do prefeito cassado de Brusque, Paulo Roberto Eccel, PT, é adiado para terça-feira. Ministro Henrique Neves, do TSE, pediu vistas do processo e presidente retirou da pauta
Algemiades
14/08/2015 10:46
Herculano,

Está definido Marcelo Brick será candidato a vice de Kleber ano que vem. Hoje promovem um churrasco no bar do Moreira no Bateias, para celebrar o acerto.

Moreira é aquele construia desde ponte até marmita agora é pmdb e quer reativar a falida wg.
Herculano
14/08/2015 09:23
ALIANÇAS INCOCILIÁVES, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S.Paulo

Às vésperas das novas manifestações contra o governo, Dilma Rousseff encerra a semana com dois trunfos: a reaproximação de Renan Calheiros e a demonstração de apoio dos movimentos sociais.

As adesões tiraram a presidente do isolamento dramático em que se encontrava. No entanto, tudo indica que ela não terá como agradar todos os socorristas ao mesmo tempo.

A operação resgate começou com o presidente do Senado, que torpedeava o Planalto desde o início do ano. Ele acenou com a bandeira branca, mas usou a outra mão para apresentar a conta: uma pauta que já provoca calafrios na base petista.

Sua "Agenda Brasil" agrada a diversos lobbies empresariais e enfileira ameaças ao SUS, às terras indígenas e até ao Mercosul. É um programa mais neoliberal do que qualquer partido de oposição seria capaz de empunhar. Só faltou sugerir a privatização da Petrobras.

Dilma recebeu tudo com sorrisos. Elogiou Renan, disse que suas ideias são "bem-vindas" e definiu a pauta como uma "agenda positiva".

Em outra frente, movimentos sociais que sempre apoiaram o PT marcharam até Brasília para mostrar que continuam ao lado do governo. Chamaram a oposição de golpista e ofereceram suas tropas para defender o mandato presidencial.

"Isso implica ir para a rua entrincheirados, com arma na mão", radicalizou o presidente da CUT, Vagner Freitas, em solenidade nesta quinta no Palácio do Planalto.

No mesmo ato, a militância apresentou sua fatura: o fim do ajuste fiscal e a demissão do ministro da Fazenda. O líder do MTST, Guilherme Boulos, disse que a saída é "com o povo e pela esquerda". A plateia respondeu com um coro de "Fora Levy".

Mais uma vez, Dilma agradeceu a todos e sorriu. Ela sabe que não tem como conciliar os interesses de Renan e Boulos, mas sua única e urgente prioridade é mostrar que não está sozinha. Os conflitos, inevitáveis, terão que ficar para depois.
Herculano
14/08/2015 09:17
AULA E MASSINHA POLÍTICA, por Vlady Oliver

Vamos explicar para quem ainda não conseguiu entender? A imensa maioria dos brasileiros sai às ruas pacificamente porque quer o fim desse governo, dessa política, dessa administração, mas ainda confia nas instituições para resolver esse problema. Em qualquer nação civilizada, isto bastaria para que os governantes entendessem a grandeza de um gesto político. Aqui não. Aqui, bandido fica encastelado no governo roubando e você precisa chamar a polícia para tirá-lo de lá.

Na leitura avariada dessa gente, as manifestações em si não são o golpe, mas ensejariam um. Fica claro que não querem sair da teta, certo? A crise se resolveria pacificamente se, confiando nas instituições, os próprios bandidos caíssem em si e se entregassem. Alguém aqui acha que farão isso?

Há dois elefantes no governo, um em decorrência do outro; ambos se segurando na mamata.

São os "políticos da forma geral" que puxaram para si as benesses do poder e os ladrões, que perceberam como era fácil nesse cenário montar uma gigantesca máquina de roubar. Usar um bandido para derrubar o outro é quase escandaloso, mas parece que é a única saída que temos no momento. A outra é deixar claro quem é quem nessa trama sórdida e exigir que o cidadão pare de votar em bandidos. A desinformação aqui é industrial e a ignorância, um negócio muito rentável para os poderosos de turno.

Sabermos que a única oposição efetiva ao governo emana da própria base "aliada" desse governo cheira a vigarice, não é mesmo? Onde está a oposição? Quem acredita na covardia dessa gente não entende nada de ideologia; são todos de esquerda, meus amigos. Todos amiguinhos. O contrário de capitalismo é o comunismo; o de democracia é que é ditadura. Assim como não existem democracias comunistas, não existirão ditaduras capitalistas. Podem ir tirando os "little horses from the rain" que isso aqui já é uma ditadura, que também precisará ser derrubada como aquela outra. É preciso desenhar?

Se o capitalismo só produz "senhores de engenho", o socialismo só produz bandidos. Com essa visão clara de ambos fica claro entender o que pensam, o que os move e o que defendem. Parem de aplaudir idiotas que empurram ideologia pra você com palavras elegantes. Eles continuam não valendo o que comem e brandindo uma mentira fundamental. Você precisa ser manipulado. Não sabe votar: se soubesse, não cairia nessa armadilha toda vez que ela é montada por aqui. E com urnas eletrônicas superfaturadas então? O serviço fica muito mais simples.

Não acredito em "planos mirabolantes", nem em hegemonia mundial para se conquistar o poder. Acredito em algo muito pior: a "mentalidade" reinante. Por ela, subir na vida é pelo atalho e isso é lugar comum em qualquer tecido social rasgado e puído como o nosso. É nas entranhas que essa gente se acomoda, "transferindo renda" para os próprios bolsos. É tão escancarado que não sei como não somos governados pelo PCC de uma vez, no lugar do seu braço político, o PT.

Comunistas nunca se rendem, meus caros. Eles se imiscuem. Eles sempre se misturarão com a farinha política manca que produzimos por aqui, para ficarem à espreita de novas brechas na sociedade - para expandir a infiltração. Ou reconhecemos este estado de coisas e barramos essa gente via enxugamento da coisa pública, exigindo competência administrativa para cargos públicos, ou seremos eternos reféns de novas quadrilhas.

Por último, a pétubrais. Instrumento vagabundo de um golpe em gestação, a estatal aparelhada até a medula é um monstro que atravessa a gasolina mais cara do planeta para os seus consumidores. E tem gente que apresenta essa vigarice como "exemplo de desenvolvimento". Desenvolvimento de bandidos, ainda não está claro? Ou desmontamos o Estado elefante de nosso lombo ou permitiremos eternamente que financiem, via esses mamutes gordurosos, as quadrilhas de turno, com o dinheiro desviado com que esses vigaristas atuam, meus caros. Acordem.

Hora de recreio.
Herculano
14/08/2015 09:13
DO MOVIMENTO BRASIL LIVRE

Só um homem impede que Dilma Rousseff seja punida pelos seus crimes. No dia 16 de agosto, as ruas exigirão Justiça. Fora Janot!

Dilma Rousseff foi citada 11 vezes em delações premiadas. Ainda assim, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se nega a cumprir a lei e age como um advogado do PT.

Agora, está sendo protegido por um acordo entre Renan Calheiros e a presidente. Enquanto Janot blinda a presidente, ela o nomeia para mais um mandato na Procuradoria-Geral da República, Renan, por sua vez, garante que a nomeação seja bem recebida no Senado.

A população brasileira não perdoará aqueles que protegem a corrupção. No dia 16 de Agosto, vamos mostrar que não estamos apenas indignados com a crise econômica ou a crise política, também estamos indignados com a crise MORAL.
Herculano
14/08/2015 08:53
RENAN É VIDA-LOKA, MANO!, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo.

Presidente do Senado descobriu as virtudes da governabilidade. O grande acordão já está costurado

Ulalá! Brasília, nesta semana, às vésperas do protesto do dia 16, viveu mesmo em ritmo de "vida loka". O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que chegou a devolver uma Medida Provisória ao Executivo porque Rodrigo Janot o incluíra, lá atrás, na lista de alvos de inquérito da Lava-Jato, descobriu as virtudes superiormente interessantes da governabilidade. E passou a falar com a inflexão dos estadistas que vislumbram o futuro, além de toda terra devastada.

Se, até anteontem, estudava uma maneira de retardar a recondução de Janot à PGR, mostra-se, de súbito, interessado em acelerar os trâmites. Mais do que isso: entregou ao governo uma pauta para fazer o país entrar nos eixos, o que é pura conversa mole. Ainda outro dia, o presidente do Senado achava que o peso do ajuste estava caindo todo sobre as costas dos pobres, e seu discurso fazia a CUT ficar vermelha de inveja. Agora, ele descobriu aqueles nobres sentimentos que costumam assaltar alguns políticos brasileiros quando pensam acima das paixões.

Renan passou a intuir que ou não será denunciado por Janot ou que, de tão inepta, não há chance de a peça ser acatada pelo Supremo, e isso parece lhe ter aberto os horizontes. Diz-se em Brasília que ele pode "influenciar" pelo menos três ministros do TCU. Estariam na sua cota Raimundo Carreiro, Bruno Dantas e Vital do Rêgo. Dois outros, fora desse grupo, já seriam favas contadas. Bastam quatro dos nove. Em caso de empate, Aroldo Cedraz, o presidente, votará pela aprovação das contas de Dilma.

É a versão farsesca de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, é um incendiário que torna verossímil, mas nunca verdadeiro, o papel de Renan como bombeiro. Muita coisa andou nesta semana. Querem ver?

No dia 30 de abril, referindo-se a Michel Temer, Renan afirmou que a coordenação política do governo não podia ser "uma articulação de RH para distribuir cargos e boquinhas". O vice até saiu um pouco do seu tom habitual. Lembrou que "respeito institucional é a essência da atividade política, assim como a ética, a moral e a lisura". Essas três últimas palavras devem ter mexido com os brios de Renan.

Do outro lado da linha, como se sabe, a ordem é não deixar o homem respirar. Todos os jornalistas isentos do governismo passaram a cobrar a execução sumária de Cunha. A coisa não se limitou às "Margaridas das Redações". A marcha das flores do mal do MST serviu, de modo escancarado, ao proselitismo do PT e do governo. Entre o discurso de Lula e o de Dilma, aquelas valentes senhoras resolveram pedir... a cabeça de Cunha! Com patrocínio da CEF, do BNDES e de Itaipu. Imaginem se a iniciativa privada promovesse um ato público em favor do impeachment da presidente... As Margaridas petaladas dos teclados gritariam "Golpe! Abaixo Pinochet!".

Desafio a margem, válido também para colunistas desta Folha: apontar uma só dificuldade presente que Dilma esteja enfrentando que tenha sido criada por Cunha. Sem o seu bárbaro de estimação, o que seria da nossa governanta? Os Amigos da Amiga falariam mal de quem, já que não dá para falar bem da Dilmãe?

O grande acordão já está costurado. Falta agora combinar com os russos das ruas, sempre considerando que os muitos milhares deste domingo serão apenas a face minimamente visível da indignação dos pacíficos, que não deve ser desafiada.
Herculano
14/08/2015 08:47
FME

Cláudio Roberto Alves, é o novo diretor Esportes da Fundação Municipal de Esportes de Gaspar. A designação do novo comissionado está no decreto 6.520
Herculano
14/08/2015 08:27
reeditando de ontem às 14:28

SERÁ DE QUEM ELE ESTÁ FALANDO? QUE PESQUISA ELE TEM NA MÃO?

"Alguns candidatos que começarem a eleição com 3% ou 4% poderão surpreender e vencer o pleito municipal, porém, só fazer grandes alianças não será suficiente. O jogo estará bastante aberto".

Gelson Merísio, presidente licenciado do PSD e presidente da Assembleia, na quarta em Gaspar, na entrevista coletiva e não se referia ele, mas a algum candidato para a contenda do ano que vem.

Merísio veio aqui no roteiro que faz para arrumar o terreno e assim se viabilizar candidato a governador, num estado que ele vendeu imune a crise política e principalmente econômica. Parecia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, quando desdenhou a crise econômica de 2008 e que nos afoga hoje.

Se Santa Catarina está nadando de braçadas, qual a razão para não se fazer o Anel de Contorno, a ponte de Ilhota...?
Herculano
14/08/2015 08:12
PIZZA PARA PROTEGER OU DAR SOBREVIDA AO MANDATO DE DILMA VANA ROUSSEFF, PT. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL E TRIBUNAL DE CONTAS POSTERGAM DECISÕES SOBRE LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO E DAS CONTAS DO MANDATO PASSADO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. Um dia após ganhar tempo para explicar irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União nas contas do seu governo, a presidente Dilma Rousseff conseguiu a suspensão de uma das ações que pedem ao Tribunal Superior Eleitoral a cassação dos mandatos dela e do vice-presidente Michel Temer.

A decisão foi tomada numa sessão tensa, marcada por provocações entre os ministros do tribunal, e ajuda a presidente a ganhar tempo em mais uma das frentes abertas pela oposição na tentativa de afastá-la do cargo antes da conclusão do seu mandato.

O TSE julgou nesta quinta (13) uma das quatro ações movidas pelo PSDB contra Dilma e Temer. Na eleição presidencial do ano passado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi derrotado por Dilma por pequena margem de votos.

Os tucanos pedem que o TSE investigue denúncias de abuso de poder econômico e político na campanha de Dilma e suspeitas de que recursos desviados pelo esquema de corrupção descoberto na Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição.

Em sua defesa, o PT sempre ressalta que não houve irregularidades, e que as contas da campanha foram aprovadas pelo tribunal.

Os ministros Gilmar Mendes e João Otávio de Noronha votaram a favor da abertura da ação, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux.

O ministro Henrique Neves não votou, mas indicou que é a favor da investigação. Para que a ação tenha prosseguimento, são necessários os votos de quatro dos sete ministros que compõem o TSE.

Fux argumentou que pediu mais tempo para analisar o caso para permitir que o tribunal alcance um entendimento sobre a tramitação das ações que pedem a cassação do mandato da presidente.

Os quatro processos em andamento foram distribuídos a três ministros diferentes. A dúvida é se eles deveriam andar em conjunto. "Todas as ações têm inúmeros fatos idênticos", argumentou Fux.

Dois processos estão com Noronha, que deixará a Corregedoria Eleitoral em setembro. Os dois casos, que ainda dependem do depoimento de um dos delatores da Operação Lava Jato, devem ficar com a ministra Maria Thereza Moura, que é relatora do processo discutido nesta quinta-feira.

A ministra rejeitou a ação em março, em decisão individual. Ela considerou as acusações contra Dilma subjetivas, sem comprovação. O PSDB recorreu ao plenário, e Gilmar Mendes pediu vista para analisar melhor o caso.

Nesta quinta, Mendes defendeu a investigação, após apontar indícios de irregularidades como o fato de que a gráfica Focal Comunicação, que faturou R$ 24 milhões na campanha petista, tinha como sócio um motorista.

Mendes afirmou que é preciso esclarecer se recursos desviados da Petrobras alimentaram doações para a campanha de Dilma e disse que o TSE "não pode permitir que o país se transforme num sindicato de ladrões".

Ao cobrar os colegas de tribunal, Mendes citou a decisão do TCU que deu mais 15 dias para a presidente explicar as chamadas pedaladas fiscais.

"O que resultou no adiamento pode ser visto como um acordão", disse. "Veja o mal que isso está causando", acrescentou o ministro.

Maria Thereza voltou a defender a rejeição da ação, argumentando que o PSDB não apresentou elementos suficientes para justificar a abertura de uma investigação.

A ministra disse que os indícios apontados por Mendes não eram conhecidos à época em que ela analisou o caso: "Falar de mentiras deslavadas não prova nada. A inicial não veio com as provas".

Fux alfinetou Mendes, questionando se os fatos trazidos pelo ministro também já eram sabidos quando o tribunal aprovou as contas da campanha de Dilma, em dezembro. Mendes foi relator da prestação de contas do PT.

Mendes disse que apenas trouxe mais detalhes, mas que os indícios já estavam presentes. O ministro Noronha disse que é preciso investigar os fatos. "O fato notório é que houve desvio. Se repercutiu nas eleições de 2014 é o que se tem que apurar", disse Noronha.
Herculano
14/08/2015 08:06
EPITÁFIO DE UMA ERA AQUI JAZ A CUT, "ENTRINCHEIRADA E COM ARMA NA MÃO", por Josias de Souza

Aconselhada por Lula, Dilma reuniu todas as siglas que o petismo chama de "movimentos sociais". Fez isso para provar que não está só. Às vésperas de mais um "asfaltaço", a presidente quis dar voz à sua infantaria. Entre os oradores, Vagner Freitas, presidente da CUT. Encenado no Planalto, o ato foi uma metáfora para a decadência. E o discurso do companheiro Vagner foi o epitáfio de uma era.

"O que se vende hoje no Brasil é a intolerância, é o preconceito. Preconceito de classe contra nós", disse o mandachuva da CUT. "Quero dizer em alto e bom tom que somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e para todas. E que isso implica agora, nesse momento, ir para as ruas, entrincheirado, com arma na mão, se tentarem derrubar a presisdenta Dilma Rousseff."

Dirigindo-se à inquilina do Planalto, o orador por muito pouco não bateu continência. Perdido em algum lugar do século 19, declarou: "Seremos, presidenta Dilma, [diante de] qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula, nós seremos o Exército que vai enfrentar essa burguesia na rua?" Seguiu-se um coro de "não vai ter golpe."

Vagner Freitas valeu-se uma antiga regra da propaganda: personalize. Tudo pode ser vendido, seja óleo de peroba ou uma tese, se tiver uma cara e um enredo. Dê um nome ao seu inimigo, ornamente-o com um rabo e um par de chifres e pronto! Seus problemas acabaram. A identificação de um demônio para o qual se possa transferir todas as culpas livra o orador de qualquer tipo de exame. A começar pelo mais espinhoso: o auto-exame. A CUT descobriu o seu: "A burguesia".

O chefe da falange da CUT estava muito ocupado ajudando a fazer a história do novo Brasil para compreendê-la. Presos na Lava Jato, os ex-guerreiros do povo brasileiro consolidaram a sua desilusão. Deve ser mesmo dura a experiência de ter que aceitar, depois de 13 anos de usufruto do poder, que a conquista se deu sem método, com muita calhordice e hipocrisia.

Por sorte, José Dirceu e João Vaccari Neto estão presos. Sabe Deus o que faria o companheiro Vagner se, armado das virtudes que carrega no coldre, encontrasse a dupla de novos burgueses na rua. No momento, Dirceu, Vaccari e o imenso etcétera que compõe o esquema de pilhagem da Petrobras são os motores que podem mover o impeachment.

Vagner Freitas é um crítico ardoroso do ministro Joaquim Levy e do senador Renan Calheiros. Natural. Não é fácil suportar a ideia de ter que substituir os ídolos da infância por novos herois da resistência - sobretudo quando esses novos herois são velhos burgueses e a comandante da tropa confraterniza com eles ao mesmo tempo em que afirma que nunca mudou de lado.

Em condições normais, um presidente de central sindical pregando o uso de armas em pleno Palácio do Planalto, ao lado da suposta chefe da nação, deveria ser tratado como caso de polícia. Mas é preciso dar um desconto. Para o companheiro Vagner Freitas, a revisão da história do seu universo imaginário beira a autoflagelação. Sua retórica amalucada deve ser vista como uma espécie de contrição de alguém que elabora o epitáfio de uma era: "Aqui jaz a República da CUT, entrincheirada e com arma na mão!".
Herculano
14/08/2015 07:51
LAVA-JATO SUSPEITA QUE TCU MANIPULA ACESSOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A força-tarefa da Lava Jato suspeita de manipulação nos registros dos acessos do advogado Tiago Cedraz ao Tribunal de Contas da União. Filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, ele foi alvo da Operação Politeia. É investigado por tráfico de influência. Das oito dezenas de acessos de Tiago ao TCU, cinco seriam para eventos e três a ministros que votaram contra processos do seu interesse. Muito conveniente.

Desconfiança

Os registros oficiais de acesso, inverossímeis e à medida da defesa de Tiago Cedraz na Lava Jato, deixaram os investigadores desconfiados.

Conveniente

Além da baixa confiabilidade nos registros do acesso de Tiago Cedraz na gestão do pai, sumiram do TCU os registros de gestões anteriores.

Roleta russa

Os registros de acesso ao TCU são objeto de investigação. Se ficar confirmada a manipulação, vai ficar ruim para o ministro Aroldo Cedraz.

Milionário

Aos 33, Tiago Cedraz acumulou R$ 13 milhões em imóveis, em menos de três anos, além de um jato Cessna, segundo O Estado de S. Paulo.

DILMA TENTA MANTER PDT NO MINISTÉRIO DO TRABALHO

Após interferência do ex-presidente Lula, o PT decidiu abrir mão do Ministério do Trabalho. A reforma ministerial em discussão no Planalto vai começar com a demissão de Manoel Dias, atendendo a deputados do PDT, e deve rifar o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, acusado de encalacrar pedidos dos pedetistas. A ideia de Lula é trazer de volta seu amigo, o ex-ministro e "dono" do PDT, Carlos Lupi.

Mão de ferro

Para Lula, Carlos Lupi é a "solução para acalmar o PDT". O ex-ministro conseguiria controlar a bancada, que ignora o ministro Manoel Dias.

Ouvido moco

Na reunião, Lula disse que Dilma não escuta o PDT, histórico aliado do PT. Pedetistas se sentem mais próximos ao PT que ao PSDB, claro.

Empecilho

A fidelidade do PDT depende da liberação das nomeações travadas por Aloizio Mercadante (Casa Civil), criticado em toda Esplanada.

Carimbadora-geral

Virou rotina o ex-presidente Lula questionar a atuação de Dilma. Em encontro com senadores do PMDB, ele avisou que a petista vive enfurnada no Palácio do Planalto, "atuando como mera burocrata".

Contraponto

Para combater as manifestações marcadas para 16 de agosto, Lula percorrerá o Brasil, durante todo o mês de agosto, participando de atos organizados por movimentos vinculados ao PT; muitos deles, como a Marcha das Margaridas, bancados com grana de bancos públicos.

Se colar...

Saiu do Palácio do Planalto a notícia de que Michel Temer articulava a eleição do ministro Edinho Araújo (Portos) para presidente da Câmara, no lugar de Eduardo Cunha. PMDB, PSD e PP não aceitam a manobra.

Confiança

O deputado Miro Teixeira (PROS-RJ) está confiante na criação do partido de Marina Silva, a Rede Sustentabilidade. "O registro da Rede deve sair ainda neste mês (de agosto)", prometeu o futuro "redista".

Lula longe

Pesquisa do Instituto Paraná em Minas Gerais deu número ao tamanho da repulsa ao ex-presidente Lula. Em Minas, 58,2% dos eleitores disseram que não votariam no petista para presidente "de jeito nenhum". O levantamento foi realizado entre 4 e 9 de agosto, com 2.230 eleitores.

Cardápio indigesto

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem reunido, semanalmente, líderes da oposição e do governo. A viabilidade de impeachment de Dilma ainda é o assunto preferido do cardápio oferecido por Cunha.

Fidelidade partidária

O senador Reguffe (DF) confidenciou a aliados que não deixará o PDT para embarcar no Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva. Ele tem divergências com a cúpula do PDT, mas foi eleito pelo partido.

Futuro sombrio

Sem espaço entre os tucanos, o senador José Serra (SP) intensificou as conversas com o PMDB, que pode apostar no ex-governador de São Paulo para lançar candidato próprio à Presidência, em 2018.

Pensando bem...

... pacto, no Congresso, só se for de sangue.
Herculano
14/08/2015 07:37
PESSIMO EXEMPLO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Com proposta de aumentar os próprios salários, ministros do Supremo igualam-se aos congressistas diante da crise econômica

Para decepção de todos que esperavam um bom exemplo por parte da cúpula da Justiça, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram na quarta-feira (12) uma proposta que estabelece pródigo aumento de 16,38% em seus próprios vencimentos.

Se a iniciativa contar com o beneplácito do Congresso e for sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), os 11 integrantes da corte passarão a receber, a partir de janeiro de 2016, salários de R$ 39.293. Logo se vê que consideram pouco os R$ 33.763 (42,8 salários mínimos) a que fazem jus hoje em dia.

Na mesma reunião administrativa, os ministros concordaram em sugerir um reajuste que varia de 16,5% a 41,47% para os servidores do Judiciário (dividido em oito parcelas semestrais).

Do ponto de vista das contas públicas, um avanço em relação às cifras aprovadas pelo Congresso -e vetadas por Dilma - no primeiro semestre (de 53% a 79%), mas ainda assim em descompasso com a atual realidade brasileira.

No caso dos servidores, a medida implicará gastos adicionais de quase R$ 6 bilhões ao ano (depois da última parcela). Vale lembrar que, em julho, reconhecendo a impossibilidade de poupar R$ 66,3 bilhões para manter a dívida sob controle, o governo rebaixou para R$ 8,8 bilhões a meta de economia ao final de 2015.

Quanto aos membros do STF, o impacto da elevação salarial afigura-se, à primeira vista, bem mais modesto: R$ 2,17 milhões por ano.

Considerado, porém, o efeito cascata no Judiciário, a conta monta a R$ 717 milhões anuais - para nada dizer dos desdobramentos que possa ter no restante da administração pública, já que o vencimento dos ministros do Supremo constitui teto para o funcionalismo.

Agindo como líder sindical, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirma que a correção para os integrantes da corte apenas repõe perdas com a inflação de 2009 ao final deste ano. Na ponta do lápis, ele até tem razão. A questão, no entanto, não é essa.

Em qualquer circunstância, a remuneração dos magistrados mereceria ser objeto de maior debate. Além dos salários, os membros dessa corporação gozam de inúmeras vantagens, muitas das quais geram altos custos para o contribuinte.

Em fevereiro, por exemplo, gastaram-se R$ 31.188 (apenas com diárias, sem contar passagens aéreas) para Lewandowski cumprir agenda na Europa, onde esteve, entre outros, com o papa Francisco e a rainha da Inglaterra.

Diante de uma grave crise econômica, a parcimônia nas despesas públicas torna-se muito mais necessária - e ainda mais inoportuna, portanto, a reivindicação salarial de quem já está entre os servidores mais privilegiados.

Em tese sem interesse nas lutas partidárias, os ministros do STF poderiam ter dado o exemplo de grandeza de que o país precisa. Preferiram, todavia, colocar-se no mesmo nível do Congresso.

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