Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

24/07/2015

A PONTE CAIU I
O governo popular se preocupa com a propaganda enganosa. E improvisa contra a população. É um caso atrás do outro. Escondem-se na imprensa. Só são desvendados quando há um acidente de percurso. Vamos a um assunto velho. O pontilhão da Rua José Schmitt Sobrinho, na localidade Morro da Fumaça, caiu (ou foi derrubado?). Estava escrito que isso aconteceria. Os passantes chegaram a alertar várias vezes a superintendência do Belchior. Mas os engenheiros, os administradores públicos, desdenharam a voz do povo. Agora, o povo de lá, que já foi isolado outras vezes, passa por novas privações. A ponte ruiu com o peso de um caminhão de macadame a serviço da própria prefeitura. Na quarta-feira, o prefeito, reunido com a comunidade, prometeu a reconstrução, mas do velho pontilhão e não da solução. 

A PONTE CAIU II
Rui Deschamps é superintendente do Belchior, um cargo político criado para fingir proximidade. Ponte de toras de madeira precisa de manutenção. A que ruiu não passava por isso fazia mais de cinco anos. Então de quem é a culpa? Há dezenas nessa situação no município. E Rui ainda quer bônus para si (onde se ensaia candidato) e para o PT de Pedro Celso Zuchi, de Mariluci Deschamps Rosa, de Soly Waltrick Antunes Filho, de Lovídio Carlos Bertoldi. Primeiro ele precisa proteger o patrimônio de todos, que sustentam, para depois pedir votos. Ah, tem mais! Todos os gasparenses ainda vão pagar o caminhão parceiro e sinistrado. 

fotopg5herculanoGG.jpgMADAME I
Madame Dilma Vana Rousseff, a madrinha que tem a varinha mágica para abrir as portas e cofres em Brasília para Gaspar, segundo se anunciou por aqui nas tifas e para desinformados nas campanhas eleitorais e nas rádias, veio a Santa Catarina. Ingrata. Não passou por aqui. Nem para fiscalizar as obras da duplicação da BR-470; a implantação da infraestrutura mínima do loteamento das Casinhas de Plástico; a reurbanização da Marinha; a Ponte do Vale; a ponte dos Sonhos... 

MADAME II
Dilma, vaiada em Laguna onde entregou uma ponte prometida há 20 anos, 13 deles pelo governo do PT, nem apareceu aqui para desatar a fita de isolamento que nos protegeu na ?rampa de lançamento? que os nossos engenheiros teimam em chamar de viaduto, e o povo ? a voz de Deus -  apelidou de Piscinão do Zuchi, ali na Avenida das Comunidades com a rua Nereu Ramos. Ele, vira e mexe, como gente técnica e sensata anunciou - provoca acidentes graves pela declividade brusca e falta de visibilidade. Já matou três jovens. O prefeito Zuchi nada falou sobre este último acidente ? o das mortes, talvez já o esqueceu - e a indelicadeza de Dilma em ignorar os petistas daqui, deixando-os expostos aos sinceros. Afinal, ela é especialista em pedaladas... 

INCOERÊNCIA
O governo do PSD de Raimundo Colombo mantém as secretarias de Desenvolvimento Regionais com o discurso de descentralizar para melhor atender as nossas regiões. Agora, este mesmo governo muda o discurso pois os prejudicados não serão os políticos. Vai centralizar em Florianópolis o atendimento das chamadas ao SAMU. É para economizar. A proposta é do político e secretário da Saúde, ex-prefeito de Blumenau, o deputado João Paulo Kleinubing, PSD. Ou seja, para dar empregos a políticos desempregados e sem votos nas suas bases eleitorais, Colombo mantém as SDRs.  Já para atender o povo doente e acidentado onde o tempo faz diferença entre a vida e a morte, economiza, racionaliza e centraliza na Capital. Vergonhoso. 

TRAPICHE 

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília).  

Os vereadores de Gaspar estão de férias depois de quatro meses de trabalho muito duro. Reuniram-se uma vez por semana nas tardes de terça-feira e durante três horas. 

Estão fazendo a drenagem da Margem Esquerda. Muito bem. E não haverá comporta? O caso não é o mesmo que o do Bela Vista? 

Corpo a corpo. E por falar em drenagem da Margem Esquerda, uma cena que mostra a mudança do comportamento do arrogante PT. A vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, moradora daquelas bandas, foi lá fiscalizar a obra na terça-feira que interditava a rua Pedro Simon. 

Depois da fervura do assunto na região, faziam a mesma coisa o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, seus engenheiros e a bancada petista na Câmara. A vereadora, para tudo se cumprir no prazo e evitar o sacrifício do povo da Margem Esquerda e da Pedro Simon, onde passa todos os dias, foi lá. Conversou, perguntou e cumprimentou a todos. Nenhuma beligerância e intolerância, muito comuns do presidente do PT, José Amarildo Rampelotti, que também estava lá. Quem ganhou? A comunidade. 

Corpo a corpo. Na mesma terça-feira a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSD, fez uma reunião política entre poucos. Quem estava lá presente para levar tudo fresquinho e entregar adiante os participantes de tal reunião? Valmor Zuchi, irmão do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. 

Sob pressão popular e da comunidade, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, assinou um papelinho prometendo o asfalto para as ruas Pedro Schmitt Junior e Arthur Poffo, no bairro Poço Grande. E para as ruas Madre Paulina, Rua Itajaí? E por falar em promessa, não no mesmo rolo Hercílio de Souza Soares e Marcelino Francisco de Souza. 

Já a tão sonhada e anunciada melhoria na Bonifácio Haendchen, no belchior Alto e Central, o próprio prefeito Pedro Celso Zuchi se encarregou de dizer de viva voz na quarta-feira na sua propaganda política nos bairros, que nada será feito no seu governo. Conspiram o tempo e o dinheiro. 

Contribuição de um leitor, o Dudu, na área de comentários desta coluna, a mais acessada no portal do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e o de maior crédito, completando a nota de que Gaspar terá a tocha olímpica, mas as obas prometidas, não. 

Tenho uma sugestão de trajeto para passagem da tocha. A tocha deveria vir de avião e pousar no aeroporto Quero-Quero (abandonado). Seguir pela Rodovia Dr. Pedro Zimmermann (esburacada); passar sobre o viaduto da Mafisa (atravessado); seguir sentido Anel Viário-Norte; acessar Rua Itajaí (muito esburacada), desviar pelo Anel de Contorno de Gaspar (4 pistas mais ciclovia, ou será que não?) até a rua Brusque; passar sob viaduto (fictício); seguir até a Ponte do Vale (inacabada); acessar as alças da Margem Esquerda (!!!); passar pela Estrada da Lagoa (em ótimas condições) até a BR-470 (toda duplicada?), sentido Itajaí até a Ponte da Saudade (concluída?), para então chegar a Itajaí... 

O Belchior se uniu mais uma vez. Foi atrás da segurança pública que perdeu. A Ric Record de Blumenau, com Alexandre José, repercutiu. A PM de lá prometeu solução parcial. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, se omitiu dizendo que segurança é coisa do governo do estado. Quem o comunicou a ajuda prometida, na quarta, quando Zuchi esteve no Belchior prestando contas (propaganda)? Coincidentemente, o líder do movimento que quer anexar o Belchior a Blumenau: Paulo Roberto Filippus.


Edição 1707 

Comentários

Herculano
27/07/2015 19:59
NA MESMA VALA E LAMA. PARA CUNHA, PT DEVERIA DISCUTIR AFASTAMENTO DE DILMA ANTES DO DELE
Para Cunha, PT deveria discutir afastamento de Dilma antes do dele

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe e Daniela Lima. Em mais uma crítica direta ao PT, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (27) que o partido deveria discutir o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) antes de sair em defesa de sua saída temporária da presidência da Casa Legislativa.

Em entrevista coletiva após almoço com empresários em São Paulo, o peemedebista rebateu discurso pregado por lideranças petistas em seminário estadual do partido promovido neste final de semana em Minas Gerais, que teve a presença do presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Em uma provocação, o presidente da Casa Legislativa sugeriu ao partido que inclusive adote a tese do impeachment da petista.

"Os mesmos princípios que eles têm para mim, eles devem ter para todos os os quadros deles que são por ventura investigados ou suspeitos de qualquer coisa. Se eles pedem qualquer tipo de coisa em relação a mim, deviam começar pedindo o afastamento de ministros e talvez discutindo o da própria presidente. Talvez eles possam aderir à tese do impeachment", recomendou.

Segundo o deputado federal, a defesa de seu afastamento por dirigentes petista o deixa satisfeito, uma vez que considera a legenda sua inimiga.

"O PT é meu adversário, todos já sabem. Se ele tem pedido a minha destituição, só me dá alegria. Se o PT defendesse minha permanência, talvez eu pudesse estar errado", afirmou.

O peemedebista disse que não pretende se afastar do comando da Casa Legislativa e ressaltou não estar preocupado com a hipótese de perder apoio na Câmara dos Deputados em decorrência de depoimento do lobista Júlio Camargo de que teria pedido US$ 5 milhões em propina em um contrato de navios-sonda da Petrobras.

VOLUME MORTO

Mais cedo, durante o encontro com empresários, Cunha já havia criticado o governo e a presidente. Segundo ele, o PT, "para a sociedade, já baixou do volume morto" e tem impopularidade maior do que a da mandatária do Planalto.

A análise é uma referência a declarações feitas em privado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reveladas, no início deste mês, pelo jornal "O Globo". Na ocasião, ao falar sobre a crise política que o partido atravessa, Lula disse que ele e Dilma estavam "no volume morto".

"A impopularidade do PT consegue ser maior que a impopularidade de Dilma Rousseff hoje", disse Cunha. "Talvez, o PT tenha até arrastado a impopularidade dela mais para baixo do que poderia ser", concluiu.

O encontro foi organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Antes da chegada de Cunha, dez jovens protestaram contra ele em frente ao hotel onde aconteceria o evento.

O presidente da Câmara, que recentemente declarou ser, pessoalmente, oposição ao governo, voltou a atribuir ao poder Executivo a aparição de seu nome na investigação da Operação Lava Jato.

TEMOR

Cunha se definiu como vítima de um ataque "com as digitais bem definidas". "Quis ser independente de um poder Executivo que todo mundo sabe que não me engole, todo mundo sabe que não quis que eu fosse presidente, que não se conformou com aquilo que foi feito e que, de certa forma, teme a continuidade do nosso trabalho", afirmou.

Questionado sobre um possível processo de impeachment da presidente, o peemedebista fez questão de afirmar que terá uma posição equilibrada e que o assunto é complexo e com reflexos penosos para o país.

"Vou tratar a todos [os pedidos de impeachment de forma técnica, sob a ótica jurídica", disse.

O presidente da Câmara, no entanto, voltou a criticar o ajuste fiscal proposto pelo governo - nas palavras dele, "pífio" - e apostou que o as metas de economia para pagamento da dívida pública não serão cumpridas.

Para Cunha, haverá um agravamento do cenário e as propostas do governo até agora são insuficientes. Ele vê risco de rebaixamento das notas de crédito do Brasil e afirma que o cenário é de insegurança para o empresariado.

COVARDIA

Logo no início de sua fala, Cunha tratou sobre as especulações de que poderia se recolher diante das acusações de envolvimento na Lava Jato. "Eu não costumo reagir colocando a cabeça debaixo do buraco", afirmou. "A história não reserva espaço para os covardes. Eles não vão impedir o meu livre exercício da liderança parlamentar", concluiu.

Apesar de ressaltar que seu rompimento com o governo é "pessoal", ele disse acreditar que hoje, no PMDB, os favoráveis à saída do partido da aliança que sustenta a gestão Dilma Rousseff são maioria na cúpula da sigla. O PMDB tem o vice-presidente da República, Michel Temer.
Herculano
27/07/2015 19:54
O TCU E A DESMORALIZAÇÃO DOS PODERES E DA POLÍTICA, por Hélio Doyle

É interessante observar como práticas que deveriam ser execradas são tratadas com total naturalidade em determinados círculos e, especialmente, na imprensa. É como se as pessoas pensassem: é errado, não é bom, mas é assim que funciona; e é assim que continuará sendo. Então, relaxa e, se possível, goza.

Duas notas publicadas domingo no Painel, coluna na Folha de S. Paulo, e uma nesta segunda, são bons exemplos disso. A primeira:

TODO PODEROSO
Auxiliares de Dilma avaliam que o destino das contas do governo no TCU "está nas mãos" de Renan Calheiros (PMDB-AL). Para o Planalto, o presidente do Senado poderia influenciar o voto de três ministros: Vital do Rêgo, Raimundo Carreiro e Bruno Dantas.

Logo abaixo:

SANGUE
O Palácio deve acionar o ex-presidente Lula para tentar convencer a ministra Ana Arraes, de quem é próximo, a ficar do lado do governo na votação.

A de segunda:

FOCO
O Planalto vai investir no convencimento de ministros do TCU que considera "mais técnicos" para tentar reverter a provável rejeição das contas de Dilma. A ideia é que Benjamin Zymler e Walton Alencar atuem como "formadores de opinião".

Normal, né? Não se veem os absurdos que as três notas contêm, sejam verdadeiras ou não:

1 ? Uma decisão do Tribunal de Contas da União estar nas mãos do presidente do Senado. E o presidente do Senado ter poder para influenciar votos de três ministros do TCU, um deles ex-senador (além de medíocre, acusado de corrupção) e dois ex-servidores do Senado, ambos dóceis a Renan.

2 ? O ex-presidente Lula tentar convencer uma ministra do TCU, ex-deputada, a votar como ele quer que ela vote.

3 ? O "Planalto" (quem é o Planalto?) tentar convencer dois outros ministros a votar a favor da presidente Dilma. Um deles já foi acusado de dever favores à presidente, que indicou sua mulher para ministra do STJ.

Com essa nota, ficam mal o ex-presidente Lula e o presidente Renan Calheiros - que poderiam tentar influenciar votos no TCU - e os seis ministros citados, que deixariam de lado a isenção e a independência que deveriam ter em favor de influências políticas. Fica mal também a entidade "Palácio" (ou "Planalto"), que, embora indefinida, estaria pensando num absurdo desses.

Como conhecemos como funcionam na prática os poderes e o TCU, tendemos a achar que as notas são verdadeiras. Mas podem não ser, e a "plantação" das três poderia até ser ato maquiavélico para deixar mal todos os citados. Porque ficam, realmente, muito mal.

De qualquer maneira, as notas mostram que práticas nocivas e antiéticas como essas são tratadas como normais. Como esses ministros estão no TCU, com status, poder, altos salários e mordomias, graças, de alguma maneira, a Renan Calheiros, a Lula e ao "Planalto" (ou ao "Palácio"), é considerado natural que obedeçam às suas instruções.

Nesse entendimento, o julgamento não é com base em fatos e teses, e na consciência e entendimento de cada ministro, mas na influência política que recebem e na gratidão que devem manifestar.

É por isso que se diz hoje que para um advogado é mais importante ter "trânsito" nos tribunais do que conhecimento jurídico. E que um "embargo auricular" perante um ministro, desembargador ou juiz vale mais do que brilhantes argumentos.

É por isso também que o presidente da Câmara se sente no direito de manipular a aprovação e rejeição de projetos, abrir CPIs e outras coisas com base em seus ódios e posições pessoais e na tentativa desesperada de se livrar de graves acusações de corrupção.

É a desmoralização total dos poderes e da política, é a demonstração clara de que a lama está tão espalhada e já é tão profunda que, realmente, é difícil que seja retirada.

Ora, dirão: sempre foi assim, e será sempre assim. Então, tudo bem. Que a dança continue.
Juju do Gasparinho
27/07/2015 18:55
Prezado Herculano:

"O G1 publica que a produção de lixo no Brasil aumentou 29% entre 2003 e 2014.

O Antagonista calcula um número bem maior. Nossa definição de 'lixo' é mais ampla."

Lixo são - também - aqueles que colocaram a Rainha Petralha lá.
Agora tem o que merecem. Lixo!
Herculano
27/07/2015 14:08
DJALMA ESCALA O ?TIME? E CAUSA ESPANTO NA ELETROSUL, por Cláudio Prisco Paraíso.

O ex-prefeito de São José, Djalma Berger (PMDB), toma posse na presidência da Eletrosul nesta terça-feira, 28, a partir das 10h. Mas a escalação de seu time de assessores, com dois nomes já confirmados, chamou a atenção, gerando espanto nos corredores da maior estatal federal do Sul do país.

djalma escala o time eletrosulPara a chefia de gabinete, o escolhido foi o fiscal da Fazenda estadual Gerson Berti. E para a assessoria do comandante, o ex-vereador e ex-secretário de Dário Berger (chegou a pilotar a pasta de Obras da Capital), Aurélio Remor.

A prática de levar ?estrangeiros? para assessorar o presidente da companhia não é usual. A praxe é a escolha de
funcionários de carreira da Eletrosul. Não custa lembrar, também, que o secretário de Defesa Civil e vereador Tiago Silva (PDT), umbilicalmente ligado ao senador Dário Berger (PMDB), será indicado para o conselho da empresa. Até segunda ordem, nenhum dos três tem qualquer ligação, literalmente falando, com o setor elétrico.
Poço de lambaris
27/07/2015 13:32
Noticiais da terra das calcinhas, tão conta que tem marmanjos com as cuecas das mãos.
Os vereadores por não mais aguentarem tanta reclamações de que o município de Ilhota está um caos porque eles não fazem nada contra tudo o que o o menino maluquinho vem fazendo, podem acabar tirando o brinquedo do maluquinho antes que ele o quebre.
Herculano
27/07/2015 08:12
PARTIDOS TEMEM UMA NOVA LEVA DE DELAÇÕES

Conteúdo jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Fasto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Bandt. O acordo de cooperação firmado com a Suíça e a expectativa de novas delações deixaram em alerta as cúpulas de PT e PMDB. Segundo apurou o Estado, os dois partidos tem que, diante do avanço da Operação Lava Jato rumo ao caminho do dinheiro no exterior, outros operadores do chamado "núcleo político" do esquema de corrupção decidam contar o que sabem em busca da redução de penas.

A quebra dos sigilos bancários de contas mantidas por offshores na Suíça, enviadas por autoridades daquele país, foram consideradas provas cabais do envolvimento de ex-diretores da Petrobrás indicados pelo PT e PMDB no esquema de corrupção e lavagem. Os ex-diretores da Petrobrás Renato Duque (Serviço), Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada (ambos Internacional) são três dos alvos dessas apurações. Os três estão presos preventivamente em Curitiba.

No PT, a maior preocupação diz respeito a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás, e João Vaccari Neto.

Preso desde março, João Vaccari Netto cuidou do pagamento de R$ 4 milhões para o PT, via doações oficiais ao partido e anúncios pagos em editora ligada aos petistas, indica o Ministério Público Federal. No caso do PMDB, a peça-chave para os investigadores da Lava Jato é o lobista e operador de propinas Fernando Antonio Soares Falcão, o Fernando Baiano, preso de dezembro e prestes a ser condenado.
Herculano
27/07/2015 08:01
EVENTO COM SÉRGO MOR AFUGENTA ADVOGADOS, por Josias de Souza

Respeitado no mundo jurídico, o IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) promove anualmente um seminário internacional. A 21ª edição ocorrerá entre os dias 25 e 28 de agosto, em São Paulo. O evento, por tradicional, costuma atrair os principais advogados do país. Neste ano, porém, uma novidade afugenta os nomões do Direito: a presença de Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato.

Irritados com o convite feito a Moro para participar de um painel sobre delação premiada, um grupo de advogados cogita boicotar o encontro. Alguns já haviam cancelado o patrocínio ao seminário. Entre eles Arnaldo Malheiros, José Luis de Oliveira Lima e Celso Vilardi - todos defensores de pessoas encrencadas no escândalo da Petrobras.

Um grupo ampliado cogita potencializar o protesto ausentado-se do seminário. Os doutores discutem o que fazer numa troca de mensagens eletrônicas. O blog teve acesso a um dos textos. Foi escrito pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O conteúdo dá uma ideia da aversão do grupo à figura do magistrado que transforma em rotina a prisão de endinheirados.

Kakay se dispõe a seguir a decisão da maioria. Mas deixa claro o seu ponto de vista: "Meu desejo é não ir. Na linha já posta pelo [Arnaldo] Malheiros e outros. Seremos sempre minoria neste congresso paulista, que deveria ter nos ouvido antes de chamar aquele que representa hoje o não garantismo, a aplicação da prisão como regra, o não respeito ao direito de defesa."

Ouvido sobre sua decisão de negar patrocínio ao seminário do IBCCrim, Malheiros dissera: "Não vou pagar para dar palco a quem viola constantemente o direito de defesa e falará sobre colaborações que sabemos bem como se dão.'' Ao defender o boicote presencial, Kakay ecoa as críticas do colega

Criticado por advogados, Moro é festejado nas ruas

"Não vamos nos submeter a esta intelectualidade dissociada da realidade do processo penal. O momento exige mais do que diletantismo. Aproximar a academia do massacre às garantias constitucionais seria um primeiro passo. E a não presença é a nossa presença mais forte."

Os advogados talvez não tenham se dado conta. Mas não criticam apenas Sérgio Moro quando sustentam que os direitos de réus e investigados estão sendo atropelados. Tribunais como o TRF-4, o STJ e mesmo o STF têm indeferido o grosso dos recursos ajuizados contra decisões tomadas pelo juiz da Lava Jato.

"Sou apoiador do IBCCrim desde o primeiro dia, sempre estive lá", anotou Kakay em sua mensagem. "Mas neste ano - ninguém vai notar, mas eu saberei por que - não irei lá. Nem para dar as costas [a Sérgio Moro], um gesto que será explorado como uma força dele, nem para vaiá-lo, pois julgo que seríamos desmoralizados pela mídia dele. Deixe ele fazer o que costuma fazer: falar para ninguém."

Sérgio Moro vem se revelando um juiz de poucas palavras. Prefere falar nos autos. Mas os despachos e as sentenças fizeram dele um juiz popular. Em abril, quando o asfalto roncou pela última vez, seu nome foi festejado em cartazes. Em maio, Moro foi recepcionado como astro pop numa livraria de São Paulo, durante o lançamento de um livro

Kakay não exclui a hipótese de Moro tornar-se um chamariz para o seminário. Mas, de antemão, desqualifica a audiência. "Ainda que a plateia esteja repleta dos paulistas que o convidaram, não haverá lá ninguém que valha a pena. Estaremos onde estamos, na tentativa de fazer um processo penal democrático, com respeito à paridade de armas, à ampla defesa e ao devido processo legal."

Detentores de mandatos, os clientes de Kakay pilhados na Lava Jato não estão sujeitos à jurisdição de Moro. É gente como os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Ciro Nogueira (PP-PI), que respondem no STF à acusação de recebimento de propinas. Mas Kakay já atuou na defesa de Alberto Youssef. Chegou a protocolar um pedido de liberdade para o doleiro no STJ. Mas Youssef assinou um acordo de delação premiada antes que o habeas corpus fosse julgado. Kakay abandonou a defesa.
Herculano
27/07/2015 07:55
ILUSÕES por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

O PT comemorou a redução da meta fiscal para quase zero neste ano. Nada mais equivocado. Deveria, em vez de celebrar, sentar no primeiro meio-fio e chorar.

Afinal, ao reduzir drasticamente sua economia para pagar a dívida pública, o chamado superavit primário, o governo jogou por terra seu plano de voo original: dois anos de ajuste fiscal e dois de crescimento.

A ideia era dedicar a primeira metade do segundo mandato a arrumar a casa. Feito o trabalho de consertar os erros cometidos por Dilma 1, os dois últimos anos seriam de colher os frutos e voltar a crescer.

Agora, o período de ajuste das contas públicas não vai durar dois, mas pelo menos três e, talvez, até quatro anos. De outro lado, não se fala mais em recessão apenas neste ano, mas também no próximo. O crescimento, fraco, só voltaria na segunda metade de Dilma 2.

De imediato, a guinada na política fiscal gera um cenário preocupante para a petista. Se era esperado para agosto um agravamento da crise política, agora a da economia pode piorar até um pouco antes.

O dólar disparou, a Bolsa despencou, os juros podem subir mais e o país está à beira de perder o selo de bom pagador das agências de classificação de risco. Uma mistura que, se não for revertida, é explosiva.

Claro que o mundo não acabou. Dilma, porém, tem de conter a crise política para melhorar o cenário econômico. Uma coisa puxa a outra, para o bem e para o mal.

Tudo somado, talvez seja educativo recordar de 2013. Lá, a popularidade presidencial também despencou na sequência dos protestos de rua. Recuperou-se graças a um desemprego baixo, economia em crescimento e dinheiro em caixa para bancar programas populares.

Hoje, com a imagem mais desgastada, Dilma não dispõe de tal arsenal, liquidado pelos erros cometidos no seu primeiro mandato. Enquanto isso, o PT segue na ilusão de que o Estado tudo pode. Socorro.
Heculano
27/07/2015 07:47
DILMA PROMETE REFORMA MINISTERIAL APÓS O AJUSTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais

A presidente Dilma insinuou ao PMDB uma possível reforma ministerial tão logo o ajuste fiscal seja aprovado. A reforma pode incluir a redução de ministérios, como prega o PMDB, que para ela era tabu. E também admite "abrir mão" de ministros como José Eduardo Cardozo (Justiça), que ficaria radiante com isso, e Aloizio Mercadante (Casa Civil), cuja saída é reivindicada por aclamação, entre aliados e o ex-chefe Lula.

Zero à esquerda

Outro ministro que será trocado em razão da inutilidade da sua atuação é Manoel Dias (Trabalho). O PDT perderá a boquinha para o PMDB.

Alves, o breve

Há menos de cem dias no cargo, o ministro do Turismo deixará o cargo com um novo apelido: "Henrique Alves, o Breve".

Agarrado à rapadura

O ministro Henrique Alves e criticado por nada fazer e por não haver se demitido após seu padrinho Eduardo Cunha haver rompido com Dilma.

Doutor Cardozo

Segundo amigos, após deixar o cargo, José Eduardo Cardozo planeja uma temporada na Espanha, dedicando-se a concluir um doutorado.

JÁ SÃO 255 DEPUTADOS PRÓ-IMPEACHMENT DE DILMA

O Planalto e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concordam pelo menos uma coisa: ambos estimam que 255 dos 513 deputados federais já se manifestam abertamente pela admissibilidade da proposta de impeachment da presidente Dilma. Neste momento, doze propostas estão tramitando. O governo espera ainda reverter a posição de deputados do PTB e do PP; eles somam 64 deputados.

Pedaladas na berlinda

Oposição acha que o impeachment ganhará fôlego após o TCU julgar as "pedaladas fiscais" e as manifestações do dia 16.

Votação mínima

São exigidos no mínimo 342 votos para que os parlamentares promovam o impeachment da presidente Dilma.

Ofensiva

Dilma liberou R$ 300 milhões em emendas parlamentares ainda de 2014, na expectativa de "acalmar" deputados e senadores.

Armas na mesa

O governo já sabe que a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de votar as contas de governos, é combinada com Renan Calheiros, presidente do Senado. Por isso que entrou em pânico.

Mês do desgosto

Agosto, mês do desgosto. O velho espectro volta a rondar a política brasileira. Aves agourentas lembram histórias como o suicídio de Getúlio Vargas e a renúncia de Jânio Quadros. Barbas de molho, cabelos em pé. Passarinhos na muda. Todo cuidado é pouco.

Já é de casa

Novo morador ilustre de Brasília, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) começa a ser visto nos fins de semana. Passeando com a família e frequentando restaurantes. É o campeão em pedidos de selfies.

Velho conhecido

Procurados por assessores de Dilma sobre a viabilidade do pacto pró-governo, líderes na Câmara respondem que o problema da articulação do governo é conhecido e tem nome e sobrenome: Aloizio Mercadante.

Constrangedor

Esta coluna revelou há meses a nomeação do concunhado do filho do presidente do Tribunal de Contas da União para chefiar a unidade que fiscaliza infraestrutura, área de atuação do autor da indicação. Esse episódio é um dos que mais constrangem os ministros do TCU.

Deixa disso

O PSB tem se irritado com os flertes da senadora Marta Suplicy (SP) e o PMDB. Oficialmente o presidente do PSB, Carlos Siqueira, coloca panos quentes. Garante que Marta vai se filiar no dia 15 de agosto.

Dedo na água

Animou a oposição a pesquisa CNT/MDA, que mostra o completo "derretimento" da avaliação de Dilma. Mas o termômetro final devem ser as manifestações contra o governo, marcadas para 16 de agosto.

Renovar os votos


Após o recesso, o Planalto quer reunir governistas para "repactuar a base aliada", criando uma tropa de choque para enfrentar Eduardo Cunha. O problema é encontrar gente disposta a defender o governo.

Pensando bem...

...a Lava Jato prendeu tanta gente graúda da Odebrecht e da Andrade Gutierrez que seus conselhos de administração poderiam se reunir na carceragem da PF.
Herculano
27/07/2015 07:28
RUÍNAS DE UM DEVANEIO, por Vinicius Motta para o jornal Folha de S. Paulo

A Petrobras jogou no lixo R$ 2,8 bilhões que gastara apenas nos passos iniciais, como terraplenagem e projetos, de duas refinarias, no Ceará e no Maranhão. Esse é um pedaço pequeno, embora visível, da dilapidação de crédito e capital praticada nos anos loucos do desenvolvimentismo de Lula e Dilma.

As cifras se multiplicam, pois a recidiva do dirigismo estatal, embora tributária de ideias velhas como o diabo, financiou-se graças ao arranque dos países exportadores de produtos básicos, numa escala inédita na história. Nunca antes neste país um governo teve tanto recurso para brincar de divindade na economia.

Que brote a indústria nacional do petróleo, que ressurja o parque naval, que venham todas as montadoras de veículos do planeta produzir aqui, que se crie o maior frigorífico do mundo. Pilhas de capitais e dívidas foram se acumulando onde o governo tocava com sua varinha mágica.

Agora, os imensos projetos da Petrobras abandonados no Nordeste, as cidades-fantasma dos estaleiros que empregavam milhares de pessoas, as linhas de montagem de carros ociosas e as obras públicas inconclusas transformaram-se nas ruínas daquele devaneio de poder.

Os investimentos arruinados não vão gerar as receitas que ajudariam a saldar as dívidas contratadas para financiá-los. A conta será dividida, por vários caminhos, entre os 200 milhões de brasileiros e será paga à custa da renda e do emprego.

Ruínas podem servir de alerta contra a repetição dos equívocos que as produziram. Daqui a alguns anos, se algum governante em transe de potência puser-se a definir os eleitos para receber investimentos, o trauma do último experimento estará vivo para impedir a reincidência?

É preciso inscrever logo nas instituições o que o tempo tende a apagar dos escombros desse desastre. Governo demiurgo nunca mais.
Herculano
26/07/2015 19:20
É TUDO QUE OS ENVOLVIDOS NÃO QUEREM. "BAIXO CLERO" POE ASSUMIR A OPERAÇÃO LAVA JATO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Frederico Vasconcelos.
Se Dilma Rousseff e o Senado não indicarem quem será o procurador-geral da República até 17 de setembro, a cadeira de Rodrigo Janot será ocupada interinamente por um procurador desafinado com o grupo que hoje cuida da Operação Lava Jato.

O subprocurador-geral Eitel Santiago de Brito Pereira, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público, comandaria o Ministério Público Federal nesse hiato, até um nome ser oficializado.

Atribui-se ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado na Lava Jato, a estratégia de retardar a apreciação, no Senado, caso Dilma Rousseff opte pela recondução de Janot, cujo mandato atual expira no dia 17 de setembro.

Santiago, considerado um procurador do baixo clero no Ministério Público Federal, assumiria provisoriamente o cargo que sempre almejou sem nunca ter obtido votos suficientes para integrar uma lista tríplice e figurar entre os nomes escolhidos nas eleições bienais da Associação Nacional dos Procuradores da República.

Ele tentou, sem êxito, substituir o então procurador-geral da República Cláudio Fonteles em 2005. Quatro anos depois, no final da gestão de Antônio Fernando de Souza, amargou novo insucesso eleitoral, ficando fora da lista quando os procuradores escolheram Roberto Gurgel.

Nas duas eleições, tentou obter apoios entre políticos do PMDB, do PFL e de aliados do governo.

Atribui-se ao procurador o fato de ter um maior trânsito externo, no meio político, do que uma liderança interna, no Ministério Público.

Fonteles, Antônio Fernando, Gurgel e Janot são oriundos do grupo dos "tuiuiús", que fazia oposição ao ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, conhecido como o "engavetador-geral da República" no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Santiago é mais ligado ao grupo do também paraibano Brindeiro, embora procure transitar em todas as alas do MP e seja reconhecido como simpático e cordial.

As principais restrições dos colegas têm origem nas ligações político-partidárias de Santiago e no exercício simultâneo da advocacia privada.

Embora a atividade seja permitida aos que entraram no Ministério Público antes de 1988, muitos procuradores consideram que as atividades são incompatíveis.

POLÍTICO E ADVOGADO

Santiago ingressou no Ministério Público Federal em 1984. Foi promovido a subprocurador-geral em 1996, por merecimento. Em 2005, foi nomeado Corregedor-geral do Ministério Público
Federal.

Santiago mantém sua inscrição em "situação regular" na seccional da OAB da Paraíba (OAB-1580).

Filiado ao então PFL (Partido da Frente Liberal), que depois mudou de nome para DEM (Democratas), Santiago foi candidato a deputado federal pela Paraíba, em 1994. Obteve 19.875 votos, ficando na suplência.

Interrompeu a carreira no Ministério Público para atuar novamente em cargo público na Paraíba, tendo sido nomeado Secretário de Segurança Pública na administração do governador Cássio Cunha Lima (PSDB). Retornou à Procuradoria quando o mandato do governador tucano foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A cúpula do Ministério Público evita se manifestar a repeito da hipótese de interinidade. Mas há o temor de que, caso isso aconteça, desentendimentos internos irrompam na Procuradoria.

Santiago não atendeu à Folha e não respondeu às perguntas enviadas pelo jornal para comentar as resistências a seu nome.

"Eu torço para que não haja interinidade, mas, se houver, vou atuar com tranquilidade", disse na última quarta-feira (22) ao "Valor Econômico".

Ele assumiu o mandato de vice-presidente do Conselho do Ministério Público em 2014 para um mandato de dois anos.

Como no próximo dia 17 de agosto ele assumirá um novo mandato como conselheiro, discute-se internamente se deveria ser feita uma nova eleição para o cargo de vice-presidente do Conselho. Ele diz que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal se for aberta eleição para seu posto.
Herculano
26/07/2015 18:49
COMO FUNCIONA UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO QUE É OBRIGADO A DEFENDER A ORGANIZAÇÃO PORQUE DEPENDE DELA.

Estas são as três principais manchetes do 247, neste momento:

1.
Planalto monta ofensiva para a guinada de Dilma [quem acredita? E ainda tem requintes de humor negro: isso se dará com apoio popular
! Não é piada, está no texto isento]

2.
Contra diálogo, FHC está do lado da história [espera ai. Agora, que o PT está no buraco, depois de permitir a corrupção e a roubalheira, a inflação e o desemprego, ele quer dialogar para ser manter na esbórnia contra a população espertamente passar parte da conta para os outros com quem achavam os tortos da história e donos da herança maldita?]

3. Até quando Cunha resiste? [mas a pergunta correta não é até quando Dilma, Lula e o PT resistem?]. Esta é a imprensa plural que o PT defende e quer para esconder as mazelas do povo analfabeto, desinformado, manipulado ou dependente. Wake up, Brazil!

Herculano
26/07/2015 17:50
A NAÇÃO ESPERA QUE A OPOSIÇÃO OFICIAL ASSIMILE A LIÇÃO DE FHC, por Valentina de Botas

A FHC só restava ser ele mesmo, como ao jeca só restou ser o lula que é. Lula se negou a apoiar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral; deputado constituinte, comandou o PT no voto contra a Constituição "burguesa" de 1988, o registro - prolixo e imperfeito, mas legítima expressão da sociedade brasileira quanto ao que ela queria ser quando crescesse - do renascimento de uma nação depois de parto tão difícil, da ressuscitação da democracia que ainda não havia passado da primeira infância em 100 anos de república; desdenhou do apoio de Covas contra Collor.

Vinte anos depois, fez um mea culpa quanto à Constituição reconhecendo que ela ensejou a eleição dele: eis aí, ele, outra vez ele, outra vez os desejos dele com as perversões intrínsecas. É patológico. Cego para os interesses do país e por índole, pela deformação do peleguismo do sindicalismo ou tudo somado, prefere acertos sorrateiros, fora dos espaços e limites institucionais.

Jamais reconhece interlocutores onde não vê comparsas porque só enxerga o projeto de si mesmo. O protagonismo máximo que os interesses do país alcançam nesta fábula primitiva é como plataforma do projeto que significou o revés do parto da nação moderna em que já poderíamos ter nos transformado se as reformas da era FHC tivessem sido aperfeiçoadas e outras iniciadas. Mas aí veio o lulopetismo arcaizante fazendo nosso futuro retroceder.

Como o Brasil real é mais intrigante do que qualquer Macondo fictícia, os portais críticos que logo cruzaremos talvez sejam uma oportunidade de restabelecermos o futuro, fazermos da política nacional menos policial e estupidamente ideológica, enfim, levar para tomar sol nosso sonho de um país civilizado. Esse horizonte fica mais próximo com a resposta de FHC ao assédio cafajeste da súcia que buscava uma sobrevida à custa do prolongamento da nossa agonia.

Quando olha para FHC, o jeca não vê uma reserva moral da nação no interlocutor que nunca reconheceu e cuja trajetória atacou de todas as formas no inconformismo secretamente nítido de jamais poder vivê-la, vislumbra apenas a chance última de exercer o oportunismo de salvação não do país, mas outra vez do mesmo projeto canalha, do que não tem conserto nem nunca terá. Claro que FHC não está se vingando das infâmias que apequenaram só o homenzinho bisonho que nunca foi grande; ele simplesmente respondeu ao jeca com o que este desconhece: a estatura moral de uma biografia compatível com um país decente do qual a de Lula é antagonista.

Resistindo com naturalidade de estadista ao assédio desesperado de um caudilho ridículo que adivinha o camburão chegando e já escuta a sétima trombeta que ribombará em 16 de agosto, FHC foi leal não somente à própria biografia, mas ao país que é inseparável dela. A nação exaurida que quer se reerguer, ter a si mesma como assunto e projeto, espera que a lição de lealdade e coerência dele seja assimilada pela oposição oficial. Não merecemos menos do que isso.
Roberto Basei
26/07/2015 17:38
Dizem que não leem!

Mas não custa tentar! Vai que numa dessas...

O que me leva escrever aqui dessa vez é a Rua; Adriano Kormann, no Bairro: Bela Vista, o estado em que se encontra, "está totalmente abandonada", será que a manutenção será só em 2016.
O menosprezo do poder público pelo Bairro é assustador, um Bairro com Empresas dos mais diversos segmentos e com instituições de ensino como o IFSC, Posto de Saúde, Escola Estadual, Creche, Banco, Academia e dois representantes no legislativo.

Acho que o PT de Gaspar não precisa do Bairro Bela Vista
Herculano
26/07/2015 17:23
UM RETRATO ACABADO E SEM RETOQUES DO QUE O GOVERNO DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PR E TANTOS OUTROS PARTIDOS DA BASE DE DILMAVANA ROUSSEFF FIZERAM CONTRA OS BRASILEIROS E O BRASIL. MANCHETE DE CAPA DESTE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO QUE ATESTA O DESCALABRO, A INCOMPETÊNCIA E A VERGONHA. FAMÍLIAS PEDEM R$16 MILHÕES DE SEU PODER DE COMPRA MENSAL.

Texto de Bruno Villas Bôas, da sucursal do Rio de Janeiro.
A capacidade das famílias brasileiras de consumir bens e serviços ao longo de um mês encolheu em R$ 16 bilhões neste ano.

Com a inflação em alta, o desemprego crescente e o crédito restrito, o poder de compra das famílias, propulsor da economia nos últimos anos, está em queda pela primeira vez desde 2003 e deve se manter em baixa nos próximos meses.

Estudo da consultoria Tendências, obtido pela Folha, mostra que o poder de compra das famílias foi de R$ 240 bilhões na média mensal de janeiro a maio - 6,2% menor do que em igual período de 2014 (R$ 256 bilhões).

"Depois de anos de aumento da capacidade de consumo, fica até difícil falar em empobrecimento do brasileiro, mas é exatamente o que está acontecendo", afirmou Rodrigo Baggi, economista da consultoria Tendências.

Isoladamente em maio, o poder de compra estava em R$ 229 bilhões, o que representava um retrocesso ao patamar de janeiro de 2012 (R$ 228,5 bilhões).

Para chegar aos números, a consultoria considera a massa de renda (inclusive da previdência) descontando a inflação, a oferta de crédito (com imobiliário) e os gastos das famílias com pagamento de dívidas.

O poder de compra das famílias encolheu porque a inflação corroeu a renda dos brasileiros e o ritmo das novas concessões de crédito - componente básico do consumo­ - desacelerou.

SUPÉRFLUOS

O empresário Bruno Gorodicht, 34 anos, é um dos que sentem na pele esses efeitos. Com custo de vida 10% maior em 2015, ele precisou readequar seus gastos, cortando supérfluos como restaurantes e viagens.

"Só o colégio da minha filha aumentou 20%. Mas minha renda não acompanhou", diz o empresário, dono da rede Espetto Carioca.

As famílias de baixa renda são as que mais sofrem. Elas têm menos supérfluos para cortar do orçamento e acesso restrito a investimentos que superam a inflação.

Outro problema é que, com um mercado de trabalho em deterioração, o ambiente para as negociações salariais está desfavorável.

"O trabalhador não consegue cobrar aumento acima da inflação. A prioridade é manter o emprego", afirma Hélio Zylberstajn, coordenador do site Salários.org.br e professor da USP.

Nas projeções da Tendências, o poder de compra deve recuar, ao fim do ano, 6,1% na comparação com 2014. No ano que vem, com a expectativa de desaceleração da inflação, o poder de compra pode ter pequeno aumento, de 0,6%.
Herculano
26/07/2015 17:16
O SORRISO DOS EX-MÃOS DE TESOURA, por Carlos Brickmann

Lembrando uma ótima piada, o especialista explicava que a hiena comia mal, dormia mal, mantinha relações sexuais uma vez por ano. Um espectador perguntou: "De que ri o animalzinho?" Joaquim Levy achava essencial cortar quase R$ 70 bilhões de despesas (mas o Governo não cortou nenhum dos 113.540 funcionários sem concurso, nem dos 200 mil terceirizados; o Congresso criou despesas novas para a Previdência; o Judiciário tenta um aumentão); e acreditava que o Tesouro deveria gerar superávit primário de 1,1% do PIB, para evitar que a dívida pública subisse mais (obteve 0,15%, e olhe lá, se tudo der certo). Mas Joaquim Levy continua no cargo, sempre sorridente. Estar ministro deve ser ótimo.

Joaquim Levy, o implacável Mãos de Tesoura, não era tão implacável assim. A meta de superávit, que ele fixara em R$ 66,7 bilhões (com precisão de algarismos depois da vírgula), ficou em R$ 8,5 bilhões. Pode virar déficit. Merreca. Nada comparável a ter Excelência antes do nome e carro com chapa de bronze.

Na verdade, a farra de gastos começou antes de Dilma, de Lula, antes até de Fernando Henrique. Como demonstraram os professores Samuel Pessoa, Marcos Lisboa e Mansueto Almeida, a despesa pública no Brasil sobe mais do que a receita desde 1991. Não foi Joaquim Levy que elevou as despesas. Mas, com o risco de perda do grau de investimento (que joga o dólar para cima e faz com que os juros pagos pelo Brasil no Exterior se multipliquem), caberia a ele a tarefa de começar a botar ordem na casa. E não é que parecia o homem certo para isso?

NOVA PERGUNTA

Talvez a questão inicial seja errada. Talvez se deva perguntar de quem ele ri.

O POÇO SEM FUNDO

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, certamente tem muitos defeitos. Mas burro não é; e tem fama de estudar os assuntos antes de falar sobre eles. Cunha faz oposição ao Governo, mas não se arriscaria a uma bobagem que em pouco tempo se tornaria óbvia. Diz que não vai haver superávit, não: haverá déficit.

Déficit leva o país a perder o grau de investimento - a fama de bom pagador.

O FUNDO DO POÇO

Mas o caro leitor deve tranquilizar-se: segundo o ministro Joaquim Levy, a situação "parou de piorar". Na opinião de Sua Excelência, portanto, já chegamos ao fundo do poço.

Agora é torcer para que o Governo não jogue terra em cima.

MAS A FESTA CONTINUA

Todos concordam: é preciso conter despesas oficiais, certo?

1 - O Senado aprovou a criação de 200 novos municípios. Mais prefeitos, vereadores, assessores. No total, calcula-se algo como 15 mil gulosas boquinhas.

2 - A Câmara Federal reservou R$ 789.800,00 para alugar carros que servirão aos deputados neste segundo semestre. Motoristas e combustível à parte.

3 - A Assembleia Legislativa de São Paulo abriu licitação para comprar 56 carros, que servirão a Suas Excelências. Os carros serão obrigatoriamente sedãs, com transmissão automática e ar condicionado, quatro portas, motor de no mínimo l.800 cm³ e 140 cavalos. E custarão pouco menos de R$ 5 milhões de dinheiro público. A abertura dos envelopes da licitação está prevista para amanhã.

4 - Twitter do senador Roberto Requião, do PMDB paranaense: "Departamento jurídico de Itaipu contratou filho de Cedraz para defender a usina na questão de ser ou não fiscalizada pelo TCU. PQP!" Refere-se ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz.

5 - Mas, em 2 de junho, o psicólogo e ex-deputado Maurício Requião, irmão do senador Requião, foi nomeado por Dilma para o Conselho de Itaipu. São R$ 20.800,00 por mês para participar de seis reuniões por ano.

6 - Ao lado de Maurício Requião, está no Conselho de Itaipu o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. Foi nomeado em 2003 pelo presidente Lula, e de lá para cá recebeu sucessivos mandatos. O atual termina em maio de 2016. Desde 2010 Vaccari enfrenta processo por acusações de desvio de recursos da Bancoop, cooperativa habitacional dos bancários, que presidiu. De acordo com o Ministério Público, responde por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Mesmo assim, foi reconduzido em 2012.

Neste momento, por motivos de força maior, não pode comparecer às reuniões.

TUDO TEM MOTIVO

É por essas e por outras que a popularidade de Dilma, que já está abaixo da inflação, caminha rapidamente na direção de ficar menor que o pibinho de 2015.

ONDE HÁ CRESCIMENTO

Um grande jornal impresso noticiou discretamente o crescimento do número de meses contido em cada ano (deve ser algum viés contra o Governo, este de não dar destaque à expansão em algum setor). Diz a reportagem, sobre a compra do jornal britânico Financial Times para o grupo japonês Nikkei, que a transação ainda tem de passar pelo cumprimento das formalidades legais. O negócio será concluído, segundo a notícia, apenas "no quarto quadrimestre de 2015".

Como nunca dantes neste país, já em 2015 haverá pelo menos quatro quadrimestres, ou 16 meses. Os funcionários do jornal deveriam receber 16 salários.
Herculano
26/07/2015 17:08
AS MENINAS DE SANTA LEOPOLDINA, por Elio Gasperi, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Quando tudo parece dar errado, Fábia, Fabiele e Fabíola mostraram o vigor do andar de baixo de Pindorama

Há algumas semanas, havia um pedágio na entrada da cidade de Santa Leopoldina (800 habitantes), na região serrana do Espírito Santo. Jovens pediam dinheiro aos motoristas para ajudar a pagar a viagem das trigêmeas Fábia, Fabiele e Fabíola Loterio ao Rio. Filhas de pequenos agricultores da zona rural próxima a Vitória, elas iriam a uma cerimônia no Theatro Municipal para receber as medalhas de ouro e prata que conquistaram na 10ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. Fábia e Fabiele empataram no primeiro lugar e Fabíola ficou em segundo entre os concorrentes capixabas.

Matematicamente, coisas desse tipo talvez aconteçam uma vez a cada milênio, mas as meninas de Santa Leopoldina ofenderam várias outras vezes a lei das probabilidades. O pai, Paulo, cursara até o 2º ano do ensino fundamental, a mãe, Lauriza, foi até o 4º. Vivem do que plantam, numa casa sem conexão com a internet. A roça de 18 hectares de hortaliças, legumes e eucaliptos da família fica num município de 12 mil habitantes, cujo PIB per capita está abaixo de R$ 1 mil mensais.

Numa época em que tudo parece dar errado, apareceram as meninas de 15 anos de Santa Leopoldina. Elas são um exemplo do vigor do andar de baixo de Pindorama e da eficácia de políticas públicas na área de educação.

Assim como o juiz Sergio Moro decifra a origem das petrorroubalheiras do andar de cima, pode-se pesquisar a origem de um sucesso do andar de baixo.

As trigêmeas de Santa Leopoldina tiveram o estímulo dos pais. Antes delas, educou-se Flávia, a irmã mais velha. Estudou na rede pública e formou-se em enfermagem com a ajuda de uma bolsa de estudos integral. (Aos 23 anos, ela hoje faz doutorado em Biotecnologia na Universidade Federal do Espírito Santo e trabalha no projeto de um equipamento robótico para pessoas que sofreram AVCs.) Ainda pequenas, as quatro brincavam de estudar. Flávia foi a primeira jovem da região a entrar para uma faculdade.

Há dez anos, o professor César Camacho, diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, o IMPA, levou a ideia da olimpíada de escolas públicas ao então ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. Lula comprou-a e hoje ela é a maior do mundo, com 18 milhões de participantes. O programa administra não só o exame, como a concessão de bolsas aos medalhistas. Custa R$ 52 milhões por ano. Nunca foi tisnado por um fiapo de irregularidade, mas raramente recebe o devido reconhecimento.

As trigêmeas começaram a competir quando cursavam o 6º ano do ensino fundamental. Em 2012, Fabíola conseguiu uma medalha de bronze e uma vaga no Programa de Iniciação Científica, com direito a uma ajuda de R$ 1.200 anuais e reuniões periódicas em Vitória. No ano seguinte, Fabiele ganhou a bolsa do PIC e Fábia conseguiu a sua indo assistir às aulas com as irmãs. Viajavam no velho caminhão do pai.

Todas três ingressaram no Instituto Federal do Espírito Santo, onde cursam o ensino profissionalizante em agropecuária e vivem no campus da instituição, em Santa Teresa. Passam a maior parte do tempo na biblioteca e há pouco procuraram professores, interessadas em conhecer o currículo do ano que vem. Para receber suas medalhas, as irmãs entraram pela primeira vez num avião.

As trigêmeas de Santa Leopoldina são um produto da força de vontade de cada uma, do estímulo dos pais, do sistema público de ensino, de políticas bem sucedidas e de uma professora que estimula seus alunos, Andréia Biasutti.
Herculano
26/07/2015 17:08
OS LARÁPIOS DE SANTA LEOPOLDINA, por Elio Gasperi, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Em 2010, Fábia, Fabiele e Fabíola estavam no 5º ano do ensino fundamental. O PIB do munícipio de Santa Leopoldina era de R$ 56,5 milhões de reais, ou US$ 34 milhões. Ou seja, tudo o que seus 12 mil habitantes (inclusive a família Loterio) produziam cabia nas propinas recebidas por Pedro Barusco e ainda sobravam ao petrocomissário US$ 12 milhões.

O andar de cima de Santa Leopoldina seguia os manuais das oligarquias. Em abril daquele ano, o promotor Jefferson Valente Muniz abriu uma investigação para apurar roubalheiras no município e denominou-a Operação Moeda de Troca. Em cinco meses, botou onze pessoas na cadeia. Eram políticos, empresários e servidores que haviam desviado cerca de R$ 28 milhões dos cofres públicos, ervanário equivalente a um ano de arrecadação municipal. Na cabeça da quadrilha, estava o poderoso empresário Aldo Martins Prudêncio, irmão de Ronaldo, o prefeito da cidade. Viciavam licitações e inventavam emergências para favorecer fornecedores. Mordiam onde podiam, de aluguel de carros a compras de material escolar, de rodeios a eventos do Carnaval. A apresentação de uma cantora contratada por R$ 5 mil custava à prefeitura R$ 15 mil. A certa altura a prefeitura chegou a ensaiar o aluguel de um carro de luxo, com computador a bordo.

Ronaldo Prudêncio foi afastado pela Câmara Municipal. Mesmo com sete ações por improbidade nas costas, manobra seu retorno ao cargo. O promotor Jefferson comeu o pão que o Tinhoso amassou, sendo obrigado a responder a um processo junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. A defesa da quadrilha dizia que utilizara provas obtidas ilegalmente.

Em junho passado, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo manteve as condenações da quadrilha, expandindo-lhe as penas. O doutor Aldo Prudêncio tomou sete anos. Outros nove pegaram de três a cinco anos. Como diria a doutora Dilma, "todos soltos", pois recorrem em liberdade.

Do jeito que estão as coisas, há gente pensando em fugir da crise brasileira para tentar a vida lá fora, talvez em Miami. Pode-se pensar em Santa Leopoldina. Além da Operação Moeda de Troca e das trigêmeas Loterio, o município tem um só carro para cada seis habitantes, clima de montanha e 12 cachoeiras.
Herculano
26/07/2015 16:59
CAIU A CONEXÃO SUIÇA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

As anotações de Marcelo Odebrecht mostram que o presidente da maior empreiteira do país andava preocupado com o "risco swiss". Segundo os investigadores, era assim que ele se referia à possibilidade de a Lava Jato identificar contas da empresa na Suíça.

O pequeno país europeu é conhecido pela qualidade do chocolate, pela precisão dos relógios e pela confidencialidade dos bancos. Por causa do último item, também ganhou a imagem de paraíso para corruptos e corruptores de todo o mundo.

A Suíça endureceu suas leis para acabar com a má fama, mas os personagens do petrolão parecem não ter se dado conta (com trocadilho). É o que indica o novo capítulo da Lava Jato, iniciado nesta sexta-feira.

Só na denúncia contra a cúpula da Odebrecht, que tem 205 páginas, a palavra "Suíça" aparece 114 vezes. De acordo com os procuradores, a paisagem alpina foi o cenário de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras.

O Ministério Público Federal afirma que os petrodólares eram ocultados pela empreiteira em cinco contas no PKB Privatbank, com sede em Lugano. Antes de chegar lá, passavam por offshores registradas no Uruguai, nas Ilhas Virgens e em Belize.

Parte da conexão suíça já havia caído no início do ano, quando a Lava Jato repatriou R$ 268 milhões do delator Pedro Barusco. A denúncia contra a Odebrecht abre outra avenida para a comprovação de crimes e a recuperação de dinheiro público.

Os investigadores prometem não parar por aí. O próximo passo é identificar contas secretas de deputados, senadores e governadores que participaram da farra do petrolão.

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"Severino descarta renúncia e adota tom dúbio sobre licença". Folha, 10.set.2005, pág. A4. "Cunha descarta renúncia, mesmo se for denunciado". Folha, 25.jul.2015, pág. A8. A história se repete como farsa, já dizia o velho filósofo alemão.
Herculano
26/07/2015 16:48
CÂMARA VAI JULGAR E DEVE REJEITAR CONTAS E DILMA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Congresso deve finalmente votar as contas do governo após o recesso. Essa obrigação constitucional não é cumprida desde 2002. Na oposição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articula a rejeição das contas, o que tornaria Dilma sujeita a responder por crime de responsabilidade, com perda de mandato e inelegibilidade. Cunha vai pôr em votação também contas de FHC (2002) e de Lula (2006-2008).

Oito anos

O julgamento no Congresso é baseado em relatórios do Tribunal de Contas da União. Contas rejeitadas geram inelegibilidade por 8 anos.

Queda de braço

As contas de Dilma devem passar pela Comissão Mista de Orçamento. O PT tentará retardar a análise do caso.

Crise institucional

Eduardo Cunha considera que é melhor direcionar a crise para o Planalto, antes que o Congresso seja "engolido pela Lava Jato".

Não está agradando

O ânimo dos ministros do TCU é o mesmo dos parlamentares e da população, segundo apuram as pesquisas: repulsa total ao governo.

FACÇÃO DO PT QUER EXCLUIR TEMER DA ARTICULAÇÃO

Petistas da facção ?Mensagem ao Partido?, da qual fazem parte do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e o ex-governador gaúcho Tarso Genro, vão pressionar a presidente Dilma a tirar de Michel Temer (PMDB) a Secretaria de Relações Institucionais. A facção elabora um documento listando as derrotas de Dilma no Congresso, desde que o vice-presidente assumiu a articulação política do governo.

Adesão

A conspiração facção da "Mensagem ao Partido" se soma ao boicote do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) a Michel Temer.

Razão do fracasso

O PMDB se queixa de que o governo não confirma o que é prometido por Michel Temer aos parlamentares, daí o fracasso na articulação.

Caso pensado

O documento da facção petista será entregue a Dilma antes da reunião marcada pelo PMDB para avaliar suas relações com o governo.

Simpatia é quase amor

Após hostilizar Renan Calheiros (PMDB-AL) durante anos, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) agora finge que é amigo do presidente do Senado desde criancinha. Chega a ligar quatro, cinco vezes ao dia.

Espelho meu

O jornal O Estado de S. Paulo confirma agora notícia desta coluna em dezembro: o ministro Aroldo Cedraz nomeou o concunhado do filho Tiago para um cargo estratégico do Tribunal de Contas da União (TCU). Ligado ao setor de infraestrutura, área de atuação do rebento.

Delação temida

Na Câmara, os deputados federais temem a prisão de políticos sem mandato, que, sob pressão, aceitariam delação premiada para entregar suas excelências, que desfrutam de foro privilegiado no Supremo.

Poderoso

No Senado, cresce a tendência de rejeitar a recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria Geral da República. Senadores acham que Janot se tornaria a pessoa mais poderosa - porque mais temida - do País.

Aparências

Podem estar enganados os que leram como derrota e início de queda do ministro Joaquim Levy (Fazenda) depois da revisão do déficit fiscal. Ele atendeu apelo de Dilma e meneou a cabeça para alas petistas e sindicais, nervosas com a perda de espaço político e de imagem.

Bate bumbo

É grande a contrariedade no mundo sindical. A CUT, principal braço sindical do governo e do petismo, anda indócil e promete manifestações a partir do fim de julho.

Volta às aulas

Jerônimo Goergen (PP-RS) aproveitou o recesso e voltou à escola (de trânsito). Perdeu a habilitação após funcionários dele abusarem de multas. Defende a troca de parte das aulas presenciais por leitura.

Projetos rejeitados

Projetos de Roberto Requião (PMDB-PR) são os mais mal avaliados do Senado, segundo o Votanaweb: apenas 44% de aprovação. Já na Câmara, o mais mal avaliado é Sílvio Costa (PSC-PE): 93%.

Pensando bem...
?o desemprego é o mais alto desde 2010 e sobretudo muito injusto, porque quem merece o olho da rua distribui cargos para manter o seu.
Herculano
26/07/2015 16:37
DILMA ROUSSEF CUTUCA O ASFALTO COM A VARA CURTA, por Josias de Souza

Dilma Rousseff exibirá sua imagem estilhaçada numa rede nacional de tevê em pleno horário nobre. Aparecerá no programa de um PT levado no embrulho da onda de impopularidade. Sob a direção do marqueteiro João Santana, ela silenciará sobre a Lava Jato e sustentará que a crise econômica é momentânea e que o país logo voltará a crescer. Ainda não se deu conta. Mas cutuca a paciência coletiva com vara curta.

Depois de estrelar sete meses de um segundo mandato caótico, Dilma fará pose de otimista na noite de 6 de agosto, antessala do protesto que as redes sociais convocam contra o seu governo para o dia 16. Não são negligenciáveis as chances de o programa do PT, que terá Lula como ator coadjuvante, ir ao ar ao som de panelas - um veneno que já começou a ser instilado na web. Com taxa de aprovação variando entre 7,7% e 10%, conforme o instituto de pesquisa, Dilma tornou-se um convite ao protesto.

O mais irônico é que o oco da presidente e do partido dela está sendo preenchido pelo mesmo marqueteiro que ajudou a fabricar o enredo ficcional da última campanha presidencial. Hoje, todos os discursos estão vencidos, inclusive o de João Santana.

Nas pegadas da célebre jornada de junho de 2013, o marqueteiro do PT analisou os efeitos do ronco das ruas sobre a imagem de Dilma numa conversa com o repórter Luiz Maklouf Carvalho. Sustentou a tese segundo a qual a encrenca não tinha nada a ver com a presidente, uma pessoa "honesta" e com "comando", que estava "gerindo bem" o governo.

João Santana transbordava confiança. Confiava no próprio taco e também na ineficiência dos adversários. "A Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo."

Os "anões" não eram canibais. Aécio Neves foi ao segundo turno. E arrastou Marina Silva para o seu córner. Dilma combateu-os a golpes de marketing. Prevaleceu sobre o rival tucano no segundo round. E não foi por nocaute. Saiu do ringue menor do que entrou. Desconstruiu os adversários sem se preocupar com a autoconstrução. Depois da posse, aderiu ao receituário do rival.

Hoje, o "olimpo" está situado no chão. Nas alturas, apenas a inflação, os juros e a impaciência alheia. A "honestidade" esbarra nas arcas eleitorais apinhadas de verbas sujas. A boa gestão é apenas um outro nome para a inépcia. Um tucano assumiu a economia. O PMDB se divide entre a coordenação política e a oposição.

Parte das ruas já grita 'impeachment'. E tudo o que Dilma e o PT têm a oferecer é um pouco mais de João Santana.
Herculano
26/07/2015 16:32
REGISTROS

Gasparenses que aniversariam hoje.

Pedro de Souza, 95 anos, ou seo Cobrinha, exímio instrumentista.

Outro Pedro, o Silva, agente de trânsito e que vira e mexe tenta dar uma dimensão profissional à política e instrumentalizada Ditran.

E o suplente de vereador e hoje ocupando a vaga da licenciada, Ivete Mafra Hammes, PMDB, Charles Petry, PV, do Belchior, professor de Educação Física à procura de um novo partido.
Herculano
26/07/2015 16:25
MAIS UM GOLPE NA FRÁGIL CONFIANÇA, por Suely Caldas, para o jornal O Estado de S. Paulo

A credibilidade é essencial para qualquer governo perseguir uma trajetória de progresso para o país. Sem confiança no futuro, empresários não investem, trabalhadores perdem empregos, instituições enfraquecem, a população e o país empobrecem. Tem sido assim com muitos governos da América Latina que embarcam na aventura do populismo, descontrolam os gastos públicos, o dinheiro seca, os governantes fracassam e o país entra em parafuso. Venezuela e Argentina vivem esse dilema há alguns anos. O Brasil é o novo ocupante desse barco de náufragos. Muito da crise econômica em que o País mergulhou decorre da falta de confiança: Dilma Rousseff vai mesmo fazer o que precisa ser feito para organizar o caos das contas públicas e planejar a volta do crescimento econômico ou seu discurso de austeridade terá vida breve? Essa incerteza tem sido a maior razão da resistência de empresários investirem no País.

Pois bem. Se antes já estava difícil de acreditar, agora Dilma acaba de aplicar um golpe mais fundo na recuperação da confiança ao reduzir a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,7 bilhões. Pior: ela mostra não acreditar nem na sua própria meta ao permitir uma folga para o raquítico superávit virar um déficit de R$ 17,7 bilhões em 2015, caso receitas extraordinárias não se concretizem. Ou seja, a nova trajetória do governo já começa frouxa, enfraquecida, acanhada e rendida a quem tem poder de expandir gastos públicos e oferece um salvo-conduto para gastar mais. No Congresso, onde Dilma enfrenta crescente oposição e até ameaça de impeachment, há uma fila interminável de propostas para aumentar despesas capazes de desmantelar qualquer governo.

Derrotado na decisão de reduzir a meta fiscal, o ministro Joaquim Levy tem se esforçado para aplacar o choque do golpe e recuperar alguma credibilidade. Diz que não jogou a toalha, não abandonou o ajuste fiscal nem deu passaporte para os de sempre gastarem mais. Quem conhece Levy sabe que ele é duro na queda, mas sua expressão era de embaraçado constrangimento, de alguém que não crê nos argumentos que expressa, ao explicar as novas metas à imprensa, na quarta-feira. Vitorioso no embate, mas assustado com a reação negativa do mercado, o ministro Nelson Barbosa defendeu em entrevista ao Estado um caminho que Dilma já rejeitou com veemência em 2005: um ajuste fiscal baseado em metas para travar a expansão dos gastos. Atenção, não é corte de gastos, é um ajuste fiscal envergonhado, como é o conceito de privatização do PT.

O líder de um país pode recuperar a confiança com atitudes. Mas a tentação populista da classe política brasileira requer um caminho mais estruturante e impessoal, para garantir credibilidade capaz de atravessar governos e proteger a população de políticos aventureiros. Esse caminho começou a ser construído no governo FHC com o desmanche de alguns ralos por onde escorria dinheiro público e que foram vedados. O primeiro foi a privatização dos bancos estaduais, que fabricavam dinheiro para governadores esbanjarem em campanhas eleitorais e em benesses a amigos, a parentes e a eles próprios e que tornavam a dívida do Estado impagável. Com o mesmo fim, governadores abusavam das empresas estaduais de energia elétrica, que repassavam dinheiro para governadores gastarem livremente. Novamente a privatização fechou o ralo. O terceiro foram as operações de Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), que governadores ofereciam em garantia aos bancos em troca de empréstimos que enchiam o cofre do governador em exercício e subtraía do próximo que lhe sucedia. E a dívida só aumentava. Uma lei passou a proibir as AROs. Por fim, a Lei de Responsabilidade Fiscal pôs em ordem as contas públicas dos Estados, fixou limites para endividamento e gastos com salários e estabeleceu punição a governadores e prefeitos infratores.

Pena que as ações de FHC foram limitadas, focaram mais em Estados e municípios e quase nada no governo federal, o que possibilitou as pedaladas fiscais. Lula e Dilma nada construíram, ao contrário, desconstruíram
Maria Amélia que não é Lemos
26/07/2015 14:22
Sr. Herculano:

LuLLa pedindo arrego para FHC, me lembrou a fábula - O Sapo e o Escorpião. Ainda bem que FHC deu uma resposta sensata.
Anônimo disse:
26/07/2015 14:17
Herculano, "Joaquim Levy atribui a Dilma Rousseff o desastre na economia". Folha.
Mas não era ele que apoiou Dilma?
Então, fez o papel de bobo da corte (se é que nessa corte tem alguém que vale alguma coisa).
Violeiro de Codó
26/07/2015 14:11
Sr. Herculano:

Matei saudades da minha terra.
Gaspar acordou como uma típica cidade do interior nordestino.
Fui!
Daniel C. Voss
26/07/2015 07:30
Ao Guilherme,


Gostaria de pedir ao sr Guilherme que cuide de sua cidade gaspar, não venha falar da nossa querida Ilhota, se aqui ainda não existe obra é porque esse mandato ainda não acabou, espera só pra ver no ano que vem, e se não conseguir, talvez então em 2017.
Guilherme
25/07/2015 22:20
Herculano,

Não me escondo não, esse é o meu nome.Sei lá quem é esse Lana mas deve te encomodar.O Brasil está passando por um momento de turbulência pela guerra fria da mídia.Tem alguns proprietários de jornais que se escondem atrás de laranjas imagina o que fazem por dinheiro? Uma hora a máscara cai! Mas aquele cidadão chamado Paulo não entende porcaria nenhuma de tributação, mas se essa ponte é tão importante para aquele bairro, essas empresas fazem uma vaquinha e constróem uma ponte de concreto. Simples, eles são grandes como ele diz, mas não sei se pagam tantos impostos como ele diz.Agora achei legal o Adilson trabalhar com o PT de Gaspar...
Herculano
25/07/2015 22:07
LULA SE DIZ "CANSADO DE MENTIRA E SAFADEZA". NÓS TAMBÉM!!! AH, SIM: DILMA E "ZÉ DO BREU" SERÃO ESTRELAS DO MEGAPANELAÇO DO DIA 6 DE AGOSTO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, diz estar "cansado de mentiras e safadezas". Uau! E nós, então, né? E o Brasil? É isto mesmo, Lula! Chega de mentiras e safadezas! Ele fez essa declaração insólita na posse do novo presidente do Sindicado dos Bancários do ABC, informa Andréia Sadi, na Folha deste sábado. Que diabos Lula fazia lá? Ora, o tal sindicato é um braço do PT e atua segundo seus interesses. Essa mistura entre partido e sindicalismo, diga-se, está na raiz de muita? mentira e safadeza!!!

Lula repetiu o conteúdo de vídeo indigno que circula nas redes sociais, feito pelos "companheiros", que associa antipetismo a nazismo. Já escrevi a respeito. Com aquela capacidade de ler a história que só ele demonstra, afirmou:

"Tenho a impressão de que. muitas vezes. a gente vê na televisão e parece os nazistas criminalizando o povo judeu. Parece os romanos criminalizando os cristãos, parece os fascistas criminalizando o povo italiano, parece tantas outras perseguições."

Não sei o que é mais chocante: se a arrogância, se a ignorância abissal.

Pois é? Na quinta e na sexta, ficamos sabendo que os petistas estão querendo bater um papinho com os tucanos para ver se conseguem impedir o impeachment de Dilma. O próprio Lula estaria disposto a falar com FHC. Ironizei aqui o esforço e evidenciei tratar-se de uma tolice. Vejam como tenho razão. No discurso que fez no sindicato, o Babalorixá de Banânia voltou a espumar. Referindo-se claramente aos tucanos, afirmou que as pessoas que dizem que o país vai quebrar "já quebraram o Brasil duas vezes".

Eis o Lula do diálogo? É uma fala muito instrutiva para tucanos que estejam eventualmente pensando em dar uma namoradinha com o PT?

Dilma
A presidente Dilma também estaria interessada numa conversa com a oposição. Entendo. E, ora vejam, tomou uma decisão realmente sábia!!! Participará do programa do horário político do PT, que vai ao ar no dia 6, com panelaço garantido país afora. Como já escrevi aqui, mais do que fascinada pela mandioca como conquista verdadeiramente nacional, Dilma é mesmo atraída pela casca de banana. É ver uma, e não resiste: lá vai ela com, aqueles seus passinhos em ângulo de mais ou menos 60º, pisar da dita-cuja.

O PT e a própria Dilma estão de tal sorte alheios à realidade que o conteúdo do programa, comandado por João Santana, vai se dedicar à defesa do partido e do governo, estreitando ainda mais essa relação, que será, então, um exemplo acabado de massa negativa, de soma que diminui: ao grudar do PT, Dilma fica ainda mais por baixo; ao grudar em Dilma, o PT passa a ser ainda mais rejeitado. Mas fazer o quê?

Aquela que também diz, por intermédio de ministros, querer um papo com FHC vai participar de um programa que deve sustentar que, apesar das dificuldades, o país ainda vive numa situação bem melhor do que antes da chegada do PT ao poder - estará se referindo, é óbvio, aos oito anos de mandato tucano. Sabem como é, gente? Ela quer o diálogo?

O PT está lendo de forma tão enviesada a realidade que o apresentador do programa será o ator José de Abreu, um petista que é visto como um caricato até por? petistas! Chamar o do "Zé do Breu" - como é conhecido das redes - para tal tarefa corresponde a optar por um "hater", por um "odiador" contumaz, por um polemista grosseiro. Aliás, se a gente for considerar os artistas que o partido mobilizava antes e os que mobiliza agora, tem-se uma clara noção da decadência da legenda. Nos tempos de glória,"Zé do Breu" lutava para ser alguma coisa na legenda. Foi até papagaio de pirada em comício. Era desprezado. Se agora o chamaram para ser uma estrela, adivinhem como está o partido? Zé de Abreu, como sabem, deu o que falar na novela "Avenida Brasil" pela verossimilhança que conferiu ao personagem "Nino", chefe mafioso de um lixão.

Não tem jeito, não! Essa gente já não aprende mais nada. O ciclo de despetização do Brasil teve início. Infelizmente, será um processo lento. Mas inexorável. E deem uma coisa como certa: eles quebraram a cara no esforço de instituir, na prática, um regime de partido único, em torno do qual se multiplicariam irrelevâncias.

O projeto do PT já era, felizmente! E, como se nota, os petistas não aprenderam nada e ainda esqueceram as suas táticas mais eficazes de manipulação. Pior para eles. Bom para o país.
Herculano
25/07/2015 21:56
FHC PREFERE O POVO, LULA O CONCHAVO ENTRE QUATRO PAREDES PARA SACRIFICAR O FUTURO DAS PESSOAS

"O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo"

Do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, PSDB, que no governo de Itamar Franco, PMDB, criou o Plano Real, ao rejeitar as sondagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, para se reunirem as escondidas e salvar o mandato do desastre chamado Dilma Vana Rousseff, PT.
Herculano
25/07/2015 21:50
ANALISTA AFASTADA DO SANTANDER DURANTE CAMPANHA ACERTOU PREISÃO ECONÔMICA, por Josias de Souza

Em julho do ano passado, em plena campanha presidencial, os clientes do banco Santander com renda mensal superior a R$ 10 mil receberam em seus extratos uma análise premonitória. O texto insinuava que o cenário favorável à reeleição de Dilma Rousseff levaria à deterioração da economia. Haveria alta dos juros, desvalorização do Real frente ao dólar e queda na Bolsa de Valores.

"Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas", anotava o informe do Santander. "Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos.''

Divulgado pelo repórter Fernando Rodrigues há um ano, em 25 de julho de 2014, o informe do Santander provocou a ira do petismo. Lula execrou em público a analista de mercado Sinara Polycarpo Figueiredo, que chefiava o departamento do banco que produzira a análise: "Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente? Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim."

Dilma também abespinhou-se: "A característica de vários segmentos é especular. Sempre que especularam, não se deram bem. É inadmissível para qualquer país, principalmente um país que é a sétima economia do mundo, aceitar qualquer nível de interferência de qualquer integrante do sistema financeiro, de forma institucional, na atividade eleitoral e política.''

O pedido de Lula foi atendido. Além de desculpar-se por meio de nota, o Santander levou à bandeja os escalpos de quatro funcionários, entre eles Sinara. Dali a três meses, Dilma prevaleceria nas urnas sobre o rival tucano Aécio Neves. Desde então, acentuou-se a ruína econômica.

Nesta sexta-feira (24), sob o impacto da revisão da meta de superávit fiscal do governo, o dólar subiu pelo terceiro dia consecutivo. Bateu em R$ 3,34. É a maior cotação em 12 anos. O Ibovespa, principal índice de ações do país, fechou o dia com uma queda de 1,13%. Foi o sexto declínio consecutivo. A taxa de juros é de 13,75% ao ano e o Banco Central pode elevá-la pela sétima vez nesta semana.

Muita gente no mercado associava a reeleição de Dilma à borrasca econômica. O que distinguiu a equipe do Santander foi a ousadia de instilar o pessimismo nos extratos, como um alerta à sua clientela.

Pressionado pelo petismo na época, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, desembarcou da polêmica levando seus funcionários ao microondas: "Não foi do banco e sim de um analista que enviou o informe sem consultar quem deveria consultar'', disse.

A demitida Sinara saiu de cena com a espinha ereta: "Minha trajetória é impecável e bem-sucedida. Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica. Esse assunto já se esgotou.'' Hoje, Dilma comanda uma presidência hemorrágica. E Lula é candidato a passar à história como um político que não entende "porra nenhuma" de candidaturas presidenciais.
Hélio Schmitt
25/07/2015 20:33
Ao pessoal do PT de Gaspar que persegue quem tem coragem de lhes mostrar que existe algo podre nesta organização se disfarça de partido.

Por que este rapaz do Belchior lhe deixa tão indignado? Se a empresa mencionada paga ou não paga impostos, o que o seu partido tem a ver com isto? E por ser pouco é ruim para roubar e encher as burras como fazem com a coisa e empresas grandes?

Vocês estão no fundo do poço, todos indo para a cadeia e ainda querem colocar o rótulo de ladrão, corrupto, incompetente nos outros, que são sérios? Cadeia será pouco.
Juju do Gasparinho
25/07/2015 19:41
Prezado Herculano:

Sempre tive curiosidade em saber o nome de (Japa) um policial federal que aparece em quase toda execução de mandatos da Lava-Jato ao lado dos presos que chegam à Superintendência da Polícia Federal do Paraná.
Descobri no O Antagonista. O nome dele é Newton Ishii.

Meu sonho de consumo é vê-lo ao lado do próximo bandido algemado trazendo-o para o engradado onde é o lugar do Brahma.
Janes Paulus
25/07/2015 18:53
Ao Paulo R. Pilipus

Você tem que se informar melhor, pelo que sei a realplastic, pga uma miséria de impostos para o município, nada de ISSQN, te informes melhor, tens uma vizinha que trabalha no setor de tributação e ela vai te mostrar quanto a realplastic paga para o município.

A realplastic, perde em arrecadação para uma pequena casa de comercio.

Te informe melhor, se achas que estou falando bobagem busque a a verdade.

Agora dizer que Belchior, não contribui para o município, é outra bobagem igual ou pior do que você fala, e você vir com esta estória de levar para Blumenau, melhor você se mudar.
Sidnei Luis Reinert
25/07/2015 18:27
A CASA DO BANDIDO LULA E DA PTRALHADA VAI CAINDO...
Ronaldo Caiado:
·
Sempre afirmei que o escândalo do Petrolão ia caminhar para essas contas secretas que abastecem campanhas do PT desde 2002. Com a internacionalização da Operação Lava Jato, a Polícia Federal já identificou a primeira conta denunciada ainda na época do Mensalão por Marcos Valério e que remete diretamente a Lula e a Palocci. Assim como o BNDES, os fundos de pensão e o Mais Médicos, o trajeto do dinheiro sujo do PT sempre passa pela lavagem através de operações internacionais.

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/07/o-primeiro-indicio-de-uma-conta-do-pt-no-exterior.html
Sidnei Luis Reinert
25/07/2015 18:22
DE Ronaldo Caiado:

Pelo visto Lula é aquele típico malandro coca-cola, que no primeiro sacode já perde o gás. Como não tem como rebater o escândalo de corrupção em cima do seu nome, a estratégia então é apelar para a tese populista da vitimização. Ele e Dilma são "vítimas" Disse que está cansado de "mentiras e safadezas". Só agora? Quando usou de mentiras e se beneficiou de safadezas estava tudo ótimo. Agora está de "saco cheio"?

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-diz-estar-cansado-das-mentiras-e-safadezas-e-das-agressoes-a-dilma,1731691
Herculano
25/07/2015 18:15
ROMÁRIO NEGA SONEGAÇÃO DE CONTA NO EXTERIOR E AMEAÇA PROCESSAR VEJA

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). O ex-jogador e atual senador Romário (PSB) divulgou nota oficial neste sábado desmentindo matéria publicada pela edição desta semana da revista Veja. Segundo a publicação, o presidente da CPI do Futebol tem uma conta em um banco da Suíça com valor equivalente a R$ 7,5 milhões não declarados à Justiça Eleitoral e à Receita Federal.

Em carta publicada em suas redes sociais, o Baixinho não negou a existência da conta. Justificou que realmente pode ter aberto e não fechado contas durante o tempo em que jogou futebol no exterior. Romário rejeita veementemente, porém, a informação da Veja de que fez aplicações em dezembro de 2013.

"Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal (...) Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a essa quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu honesto e suado dinheiro", ironizou Romário, para depois questionar a revista.

"O que há de estranho nisso é a informação da revista de que a aplicação seria de 2013. Certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente. Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito. Mas como se trata da revista Veja, se a informação estiver errada, não será uma surpresa", disparou o senador.

O ex-jogador também contestou informação publicada na revista de que circula pelo Rio de Janeiro com uma Ferrari vermelha. Segundo ele, o carro, comprado em 2004, "já não se encontra na cidade há alguns anos".

Por fim, Romário acusou a Veja de publicar a matéria em represália as suas atitudes no Senado, sobretudo à frente da CPI do Futebol, e ao fato de ele liderar as primeiras pesquisas de intenção de voto para a eleição para prefeito do Rio de Janeiro, em 2016.

"Se vocês lerem a matéria, perceberão que não há uma fonte sequer identificada de acusações contra mim. Vale informar que durante as eleições do ano passado, essa mesma cretina revista tentou publicar essa matéria contra mim, com claras motivações políticas. A matéria não saiu, na época, por falta de consistência. Não é de suspeitar que uma semana depois de eu despontar com alto índice de intenções de votos para a prefeitura do Rio, a publicação tenha sido resgatada com este fato novo da conta na Suíça. Difícil é esperar credibilidade de uma revista como essa, que vende capa", afirmou Romário, que prometeu acionar judicialmente os jornalistas que assinam a reportagem, Thiago Prado e Leslie Leitão.

"Podem atacar, mas eu continuarei presidente da CPI do Futebol e imbuído de vontade de moralizar o futebol brasileiro. Sobre o meu futuro político, nada vai tirar meu foco! Aos meus concorrentes, minhas pretensões se fortalecem com matérias como essas. Aos repórteres que assinam mentiras, nos vemos na justiça", escreveu o ex-jogador.
Paulo R. Filippus
25/07/2015 15:23
João Carlos de Araújo

As aulas solicitadas, posso eu mesmo lhe oferecer se for o caso meu amigo, meu contato segue por aqui. Se você não fosse tão ignorante a ponto de sair criticando, antes de pesquisar os fatos, não passaria essas vergonhas aqui.
Mas no auge da minha paciência, vou te fazer conhecer algumas coisas que tivesses preguiça de pesquisar. Se você ao menos tivesse escutado o áudio no qual informo o prefeito sobre o acordo da comunidade com a PM, teria descoberto que EU MESMO afirmo que a Segurança é DEVER do ESTADO, estado este governado por quem mesmo senhor João? Da base de QUEM MESMO? Que fez campanha pra QUEM MESMO? Pois então, engraçado ou triste ser de alguém da base do PT? Quem melhor pra cobrar algo do Governador do que um Prefeito do PT?
A 3 anos atrás, eu protocolei na câmara um documento sobre o Belchior, enfatizando algumas de nossas mazelas, e nela eu dava algumas IDEIAS de como CONTORNAR os problemas do Belchior. E este acordo que acabamos de fazer era UMA DAS OPÇÕES que o próprio prefeito poderia ter sugerido a Polícia Militar na época, ou tu vai dizer que não? Uma forma inteligente de contornar uma mazela que é dever do estado, porém que poderia (e deveria) sim ser apoiada pelo executivo municipal.
Mas petista é tudo assim, quando a Constituição diz que é CRIME, eles CONTORNAM ela, tipo o caso da (IR)Responsabilidade Fiscal da Dilma. Mas quando diz que é não é sua OBRIGAÇÃO, eles ajoelham, veneram, rolam pra lá e pra cá, levantam e batem palmas.
Ora meu caro João, acho que é você quem precisa comprar um exemplar da nossa CF e dedicar mais tempo a estudá-la, pois se tivesse um pingo de noção do que ela diz, saberia que o Partido dos Trabalhadores que você tenta defender já deveria ter tido seu próprio registro cassado faz tempo.
Paulo R. Filippus
25/07/2015 14:59
Resposta ao amigo Guilherme:

Meu caro, acorde do seu mundo de fantasias. Quando levantar, lave o rosto e venha conhecer o Belchior primeiro antes de falar tantas bobagens e se referir ao nosso bairro como esse "interior que não trás nenhuma receita".

Você sabe quanto o Belchior levanta aos cofres públicos? Conhece uma, apenas UMA, das tantas empresas daqui que FATURAM HORRORES ao município e ao estado? Vou te ajudar então, pra que não passes mais vergonha como fez desta vez, aonde nem coragem de mostrar o sobrenome teve.
Empresas como Realplastic, Móveis Schimitt, Schmitz Agroindustrial, Plasnox, o conglomerado de Marcenarias de Móveis sob medida (mais de 30 só no Belchior) e de Parques Aquáticos (mais de 10), sem citar outras tantas influentes em sua maioria prestadora de serviços (pagadoras de ISS a Gaspar), arrecadam sozinhas o valor de vários bairros do outro lado do rio somados.

Daí vem um cara como você, dizer que não arrecadamos o suficiente para construir uma "mera ponte de ribeirão"? Me poupe rapaz, antes de sair tentando atacar pessoas honestas e trabalhadoras, querendo ainda opinar sobre o cenário político ou econômico da cidade, ao menos se informe, e deixe de ser apenas mais um exemplo de analfabetismo político a mando do PT.
João Carlos de Araújo
25/07/2015 14:36
Herculano

Realmente me escondo como você também se esconde usando outros nomes. Você entende mesmo de bandido, igual a compra daquele terreno da Codisc, lá na Rua São Bento, não sei quem é o bandido desta história, caísse como um pato, és tão burro quanto o outro, não sabes qual os deveres de cada ente federativo, discutir com ignorantes dá nisso. Adoramos a sua dor de cotovelo, assumindo a defesa do outro que não sabe distinguir as obrigações de estados e municípios, acabasse mostrando a sua ignorância, ficou bem claro para os teus seguidores como és burro, meu caro.
Herculano
25/07/2015 14:34
da série, quando água bate no nariz onde quer ser candidato a prefeito... Ou seja foi deputado pra ser candidato a prefeito de Blumenau, e com os votos dos gasparenses. Então sobre e para Gaspar, nada

FOI DADA A LARGADA, por Carlos Tonet

Ao contrário de entrevista ao Santa semanas atrás, onde deu uma bela de uma ensebada e não disse nem sim, nem não, Napoleôncio disse ao Rodrigo Vieira, na Nereu, há pouco, que vai ser candidato à reeleição.

Chegou tarde.

Jeanzão já estava ontem nas sinaleiras distribuindo um santinho, digo, um folheto de prestação de contas.
Herculano
25/07/2015 14:29
ABRNDO VAGAS PARA OUTROS. EXECUTIVOS DA ODEBRECHT E ANDRADE GUITIERREZ SÃO TRANSFERIDOS DA CARCERAG DA POLÍCIA FEDERAL PARA PRESÍDIO COMUM NO PARANPA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Presos desde junho, oito executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram transferidos na manhã deste sábado (25) para um presídio comum em Pinhais (região metropolitana de Curitiba).

A transferência foi autorizada pelo juiz Sergio Moro, nesta sexta-feira (24).

Agora, os executivos, que cumprem prisão preventiva, ficarão no Complexo Médico Penal, onde já estão outros oito presos da Operação Lava Jato - que investiga o pagamento de propina em contratos da Petrobras.

Entre os transferidos, estão os presidentes das empreiteiras: Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez. Todos negam participação no esquema e dizem que as prisões são desnecessárias.

Uma ala foi reservada no Complexo Médico Penal para os investigados da operação. Entre os detidos no local, estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e os ex-deputados André Vargas, Luiz Argolo e Pedro Correa.

A transferência foi feita a pedido da Polícia Federal, que afirmou que a carceragem já não suportava mais, por questões de segurança e estrutura, manter os presos.

"De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos", escreveu Moro no despacho.

COMIDA

Com a mudança para o Complexo Médico Penal, os presos terão algumas mudanças na rotina. A pior delas é em relação à comida. Considerada "intragável", segundo relatos de pessoas que têm contato com os detentos, ela é o principal motivo de reclamação.

A maioria dos réus que estão no presídio já emagreceu alguns quilos depois da chegada à nova estadia.

Os investigados dividirão uma cela para três pessoas. No local, há três camas de concreto, uma pia e uma latrina.

O banho é coletivo, e, até pouco tempo, o chuveiro era frio - um problema na caldeira fez com que os presos ficassem sem água quente por dois meses, entre abril e maio. A situação já foi normalizada.

Outra diferença é em relação às visitas. Na sede da PF, os presos só podem tocar nos visitantes nos encontros que acontecem na última quarta-feira do mês. Os demais contatos semanais, também às quartas, são no parlatório, onde os presos são separados por um vidro, com duração de aproximadamente 20 minutos.

No Complexo Médico Penal, as visitas acontecem todas as sextas e têm duas horas e meia de duração. Além disso, todas são presenciais, sem vidros para separação.
Herculano
25/07/2015 12:56
PETROBRÁS: PERDAS E DANOS, por Ilmar Franco, para o jornal O Globo

Dezenas de empresas internacionais de petróleo investem no Brasil. Todas condenam a corrupção, desvendada pela Operação Lava-Jato. Mas seus executivos concordam com Paulo Roberto Costa (ex-diretor da estatal e que confessou seus crimes e os de parceiros) quando ele diz que o principal fator de prejuízos da empresa foi o congelamento dos preços da gasolina e do óleo combustível.

Congelamento e descontrole
As multinacionais condenam a corrupção, mas avaliam que ela não pode ser uma cortina de fumaça. O valor desviado ainda não foi fechado pela Operação Lava-Jato. Feita essa ressalva, executivos dessas empresas dizem que o comando da estatal cometeu erros que custaram muito mais. Citam análise do Deutsche Bank.

Nessa, o controle de preços da gasolina e do óleo custou R$ 60 bilhões à Petrobras (2011/2015). A redução de 5% dos investimentos representaria economia de R$ 27 bilhões (em oito anos). A redução de 25% dos dividendos pagos aos sócios manteria R$ 10 bilhões em caixa, e o corte dos gastos administrativos durante dez anos geraria uma economia de R$ 10 bilhões.


"A Petrobras vivia no mundo da fantasia. Queria fazer tudo, muito rápido e de uma só vez. Isso quando esse setor trabalha com um horizonte de 30 anos" Executivo de uma multinacional Sobre a redução dos investimentos de US$ 220 bilhões para US$ 130 bilhões nos próximos 5 anos (2015/2019)
Herculano
25/07/2015 12:53
DILMA E O FIADOR HONORÁRIO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Derrotado na discussão sobre a nova meta fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda pagou o mico de ter de explicar e defender a mudança de rumo anunciada por ele e por seu colega do Planejamento, Nelson Barbosa. Para cumprir essa missão, teve de renegar posições mantidas publicamente e de se apresentar como coautor de uma decisão digna dos piores momentos do mandato anterior da presidente Dilma Rousseff. Tendo rejeitado a opinião do ministro Levy e optado pela política mais frouxa e menos convincente, a presidente se lembrou de um detalhe: o perdedor havia sido considerado, pelo menos até quarta-feira, data do anúncio da nova orientação, o fiador da política econômica.

A solução imediata foi mandar seus subordinados elogiar o ministro da Fazenda e reafirmar sua condição de avalista. A ordem foi cumprida. Com isso, o avalista, confirmado em sua posição honorífica, virou fiador de uma política de baixa credibilidade. Já não há blindagem possível, porque o déficit de credibilidade, nesse caso, é da chefe de governo, e ela se expôs inteiramente, no episódio, de forma irremediável.

A presidente deixou clara, mais uma vez, sua pouca disposição de bancar medidas sérias de correção das finanças públicas e de reparação dos erros cometidos durante quatro anos. Alguns desses erros, como o prolongamento, depois da pior fase da crise, da chamada política "anticíclica", foram herdados de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e agravados.

Um dos condutores da política nesse período foi o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Tinha acesso fácil à presidente Dilma Rousseff, mas deixou o governo em 2013. Está de volta, como ministro do Planejamento, e são notórias as divergências entre ele e seu colega da Fazenda, ainda classificado, por determinação presidencial, como avalista do governo. Mas têm prevalecido as opiniões de Barbosa, como noticiou muitas vezes a imprensa.

O ministro da Fazenda tem mencionado, para explicar as dificuldades da política fiscal, a retração dos negócios e as táticas defensivas adotadas pelos empresários nas relações com o Fisco. Este detalhe já havia sido apontado em recente estudo da Receita Federal. São argumentos verdadeiros. A recessão tem sido, sem dúvida, mais severa do que previram analistas brasileiros e estrangeiros. Os danos causados à economia pelos erros cometidos nos quatro anos anteriores são enormes. A política do primeiro mandato da presidente Dilma é, sem dúvida, a causa principal dos males hoje vividos pelos brasileiros, como recessão, desemprego e inflação disparada. Tudo isso explica a perda de receita de impostos e contribuições neste ano, mas os problemas da política fiscal estão associados também a outros fatores.

O mais importante é a fraqueza política da presidente. Essa fraqueza decorre em parte de suas características pessoais e em parte da estratégia de seu partido, subordinada inteiramente às ambições políticas de seu líder principal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem apoio do PT, a presidente pouco pode fazer - e nada tem feito, pessoalmente - para garantir a fidelidade dos partidos aliados.

Nenhum governante fraco - e nesse caso as deficiências pessoais da presidente são determinantes - conduz uma política de ajustes dolorosos e de reformas complexas. Depois de quatro anos chefiando um governo marcado pela incompetência, pela maquiagem das contas, por um voluntarismo quase infantil e por lambanças variadas, a presidente causaria enorme surpresa se iniciasse o segundo mandato com um programa audacioso de correções e de reformas. A menor surpresa, nesse caso, seria o apoio dos companheiros e aliados.

Desde o início o ministro Levy esteve comprometido com um programa tímido de ajuste e de reformas. Nem isso deu certo. A receita falhou, a despesa continuou crescendo e a meta de ajuste em 2015 foi virtualmente zerada. Ninguém explicou, até agora, por que se deve esperar um empenho mais firme nos próximos anos
Herculano
25/07/2015 12:51
UM FILME DE HORROR A QUEM NINGUÉM QUER ASSISTIR, por Alberto Dines

Uma das primeiras apostas de Hollywood para levar mais gente aos cinemas utilizou um truque psicológico extremamente simples: pavor. Há mais de um século, tal como antes na literatura, as pessoas eram atraídas pelo que deveriam abominar e, graças a esta contradição, surgiram os Frankensteins, os Dráculas, médicos loucos, fantasmas, almas do outro mundo, lobisomens, monstros importados do passado, do fundo do mar, do espaço, do futuro.

No Brasil, talvez por força da infantilização das grandes audiências ? para as quais medo não tem charme ?, um filme de horror chamou a atenção de um dos mais importantes jornais do mundo sem provocar grande frisson, apesar de nosso protagonismo na película.

"Recessão e suborno: a crescente podridão no Brasil" foi o título do editorial desta quinta-feira no secular Financial Times, o jornal cor-de-salmão que raramente pisa em falso quando dá opinião (sobre música, vinho, política ou macroeconomia) e, por isso, foi vendido no mesmo dia por mais de R$?4 bilhões de reais aos japoneses da Nikkei. "Incompetência, arrogância e corrupção tiraram do Brasil seu encanto mágico (...)?Não é de admirar que o país hoje seja comparado a um infindável filme de horror."

Que o governo não reagisse ou reagisse no estilo inglês - glacialmente - era o esperado. Designado para responder, Jacques Wagner, ministro da Defesa, contestou com o argumento de veterano cinéfilo: "não é filme de horror, mas de superação". A surpresa veio da repercussão - quase nenhuma. Por solidariedade e/ou despeito, nossa mídia enfiou a viola no saco e saiu de fininho. Para não ser denunciada como alarmista ou golpista, talvez por sentir-se absolutamente desamparada diante de uma crise tão disseminada e ameaçadora, a verdade é que a retórica e o racionalismo anglo-saxônico se impuseram aos floreios da prosa neolatina.

Ao associar de forma direta, impiedosa, o fenômeno macroeconômico da recessão à esfera criminal onde se encaixa o suborno, o jornal escancara a natureza da nossa desgraça. Para não deixar dúvidas quanto à gravidade do que está sendo investigado, adiciona dois penosos ingredientes raramente utilizados nas avaliações sobre o que aconteceu na Petrobras: incompetência e arrogância.

Para coroar o diagnóstico, o arrasador substantivo - podridão - que nos remete a Shakespeare e ao inconformado Hamlet, ao reconhecer que "há algo de podre no reino da Dinamarca". Na injusta metáfora, o Bardo não se referia apenas ao casal regicida (mãe e padrasto de Hamlet), mas à sociedade desmoralizada, corrompida, desprovida de senso moral que permitiu a consumação e a ocultação do crime.

Entende-se por que o editorial não foi transcrito e traduzido na íntegra em nossa imprensa: por pudor e autoestima. Verdadeira bomba arrasa-quarteirão, espalha estilhaços, fere a todos que, mesmo de longe, percebem o enredo. O interminável filme de horror do qual somos personagens e espectadores, ao contrário do que apregoam os mestres no gênero, parece condenado ao insucesso. Ninguém faz questão de vê-lo, o desfecho ainda demora. Nossas plateias são impacientes, se resignam às longas e artificiosas telenovelas, mas quando se trata de crises exigem soluções imediatas, no atual mandato.
Herculano
25/07/2015 12:48
DIÁLOGO INVIÁVEL, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Há um pressuposto equivocado nessa proposta de diálogo entre os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique, o de que toda conversa é boa em uma democracia. Foi-se o tempo em que uma conversa institucional com o PT poderia significar algum avanço democrático.

Desde que o mensalão foi desvendado, em 2005, qualquer conversa desse tipo tornou-se inviável, pois o PT revelou-se um partido que adota meios corruptos para fazer política, e usa o Estado para financiar seus esquemas, com o objetivo de dominar a máquina pública pelo maior tempo possível, negando a alternância no poder, ponto fundamental da democracia representativa.

O PT não é, certamente, o único partido político que se envolveu em corrupção na História do Brasil, mas é, até que se prove o contrário, o único que sequestrou o Estado brasileiro para montar um esquema de domínio político na tentativa de se perpetuar no poder.

Até o mensalão, os esquemas corruptos eram manipulados por grupos políticos avulsos, ou mesmo por indivíduos, e até a origem do esquema, usado originalmente em Minas pelo grupo do governador tucano Eduardo Azeredo, tinha o objetivo de financiar campanhas regionais com a manipulação de verbas oficiais.

Ao levar para o plano nacional esquemas que funcionavam regionalmente e de maneira eventual, o PT inaugurou uma nova fase da corrupção brasileira, muito mais danosa à democracia, porque se alimenta da própria máquina do Estado para continuar dominando-a indefinidamente.

Conceitualmente perverso, o avanço sobre estatais como a Petrobras e a Eletrobras - para, por meio do desvio de recursos do Estado brasileiro, controlar a vida partidária nacional e desvirtuar o sistema de coalizão partidária através de distribuição de verbas ao Legislativo - envenena o nosso sistema democrático, desmonta a convivência harmônica entre os Poderes da República, quebra o sistema de pesos e contrapesos próprio da democracia representativa.

A corrupção generalizada no país não é de hoje, como já destaquei em outras colunas, e o fato de ter se espalhado até o mais modesto município brasileiro só mostra que a impunidade fez aumentar a possibilidade de corrupção. Ao mesmo tempo, está sendo desmontado na Petrobras um esquema corrupto que não é trivial e que já mostrou suas garras no episódio do mensalão.

Vou repetir aqui alguns conceitos que já desenvolvi em outras colunas, para mostrar como a questão é intrincada. Em vez de combater a corrupção disseminada, como prometia fazer antes de chegar ao poder, o Partido dos Trabalhadores, ao contrário, aderiu à maneira brasileira de fazer política e transformou-a em um método de dominação do Poder Legislativo e de perpetuação de poder.

Quando Lula disse que no Congresso havia 300 picaretas, em tom de crítica, parecia o líder político que queria mudar a maneira de governar o país. Mas, ao chegar a sua vez de mostrar a que veio, Lula comandou um governo que institucionalizou a corrupção para garantir apoio político, aperfeiçoando e aprofundando as técnicas que eram usadas naturalmente pelos políticos brasileiros há décadas.

Que havia corrupção na Petrobras muito antes de o PT chegar ao poder, ninguém discute. O que é espantoso é que essa corrupção tenha chegado ao ponto a que chegou e tenha se tornado institucional, um método de dominar o poder político no país.

Como partido organizado e bem comandado, o PT transformou a roubalheira generalizada em instrumento de controle político.

O que mudou nos anos petistas é que a roubalheira nas principais áreas do governo foi monopolizada pelo esquema político que almeja a hegemonia. Sem mudar essa postura diante da democracia, não há razão para a busca de um diálogo.
Pagando Brabo
25/07/2015 10:34
pois é em Gaspar s coisas são interessantes, queria saber por que a secretária de asssitencia social viaja tanto? Outro dia estava no Rio de Janeiro, agora pergunto fazer algo pela asssitencia social do município? Agora seria bom saber se estas viagens todas são pagas com o dinheiro publico e outra, se não são pagaas , mesmo assim esta mulher não poderia estar la, pois como secretária deveria cumprir seu horario de trabalho
Herculano
25/07/2015 08:29
CUNHA DESCARTA RENÚNCIA, MESMO SE FOR DENUNCIADO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Andreia Sadi e Marina Dias, da sucursal de S. Paulo. Na mira da Procuradoria-Geral da República, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), descartou nesta sexta (24) se afastar do comando da Casa caso seja denunciado por envolvimento na Operação Lava Jato.

O consultor da Toyo Setal e delator, Júlio Camargo, disse na semana passada ao juiz federal Sergio Moro que Cunha pediu propina de US$ 5 milhões em um contrato de sonda da Petrobras. O peemedebista nega a acusação.

Camargo, por sua vez, também fez a acusação à PGR, comandada por Rodrigo Janot, que deve denunciar Cunha ao STF (Supremo Tribunal Federal) no próximo mês.

"A eventual denúncia, se ocorrer, terá de ser apreciada pelo plenário do STF. Não cogito qualquer afastamento", afirmou Cunha à Folha.

O caso que envolve o peemedebista precisa ser analisado pelos 11 ministros da Corte, já que ele ocupa a presidência da Câmara.

O Planalto espera que a denúncia enfraqueça a gestão de Cunha. Desde que foi eleito para o cargo, em fevereiro, ele tem travado duros embates e imposto derrotas importantes ao governo federal.

O peemedebista ironiza a aposta do governo em sua saída. "Se o Planalto tivesse força para fazer alguém, o presidente teria sido Arlindo Chinaglia e não eu." Chinaglia (PT-SP) era o candidato patrocinado pelo governo e foi derrotado por Cunha na disputa pelo comando da Câmara.

Nesta sexta, a bancada do PMDB, comandada pelo aliado de Cunha Leonardo Picciani (RJ), divulgou nota para dizer que não aceitará especulações "que visem a enfraquecer a autoridade institucional" do presidente da Casa.

Auxiliares da presidente Dilma, por sua vez, observam a movimentação de Cunha com cautela, pois acreditam que o deputado usará o recesso parlamentar de julho para buscar apoio.

A avaliação é que o efeito prático do rompimento de Cunha com governo só poderá ser medido após o recesso, durante votação importante.

Até lá, a aposta do Planalto é fortalecer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tinha adotado postura mais agressiva com o governo. Agora, dizem ministros de Dilma, Renan pode voltar a ser o que sempre foi: um aliado.

Parlamentares ligados a Cunha afirmam que há três grupos na Câmara hoje: os que são contra tudo, aqueles que são só contra o governo, e os que estão conspirando para derrubar o governo.

Na avaliação desses deputados, os três grupos precisam de Cunha para manter sua "agenda". Isto porque o presidente se colocou como oposição ao Planalto e atua como o principal agente de tensão entre Legislativo e Executivo.
Herculano
25/07/2015 08:26
LAVA-JATO: A MENSAGEM DA ADVOGADA QUE SUMIU, por Felipe Frazão, de Veja

Após renunciar misteriosamente à defesa de réus do petrolão, a criminalista Beatriz Catta Preta, advogada especialista em colaboração premiada, publicou uma mensagem no perfil do seu escritório no Facebook nesta sexta-feira. Trata-se de uma citação de John Rawls, um dos expoentes da filosofia política americana, autor do livro Uma Teoria da Justiça.

"Cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na Justiça que nem o bem-estar da sociedade como um todo pode sobrepor. Portanto, numa sociedade justa os direitos assegurados pela Justiça não estão sujeitos à barganha política ou ao cálculo dos interesses sociais", diz o texto.

Beatriz Catta Preta ainda não justificou publicamente a renúncia. Ela é alvo de requerimentos da CPI da Petrobras para depor em Brasília (DF). O autor, deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), quer apurar se a advogada foi paga com recursos ilícitos pelos réus. Um dos clientes de Beatriz, o consultor Julio Camargo, afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobrou 5 milhões de dólares em propina. Cunha é aliado de Celso Pansera.
Herculano
25/07/2015 08:16
A VEZ DELE

Este é o título de capa da revista Veja deste final de semana que está nas bancas e disponível para os assinantes virtuais. A foto? O rosto desanimado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT. E por que deste título? Por que o executivo da OAS se oferece para contar à Lava Jato segredos devastadores sobre Lula

Em troca de benefícios legais, Léo Pinheiro promete revelar, em delação premiada, o que viu, ouviu e fez nos anos em que compartilhou da intimidade do ex-presidente

O texto é de Robson Bonin, com reportagem de Adriano Ceolin. Léo e Lula são bons amigos. Mais do que por amizade, eles se uniram por interesses comuns. Léo era operador da empreiteira OAS em Brasília. Lula era presidente do Brasil e operado pela OAS. Na linguagem dos arranjos de poder baseados na troca de favores, operar significa, em bom português, comprar. Agora operador e operado enfrentam circunstâncias amargas.

O operador esteve há até pouco tempo preso em uma penitenciária em Curitiba. Em prisão domiciliar, continua enterrado até o pescoço em suspeitas de crimes que podem levá-lo a cumprir pena de dezenas de anos de reclusão. O operado está assustado, mas em liberdade. Em breve, Léo, o operador, vai relatar ao Ministério Público Federal os detalhes de sua simbiótica convivência com Lula, o operado.

Agora o ganho de um significará a ruína do outro. Léo quer se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a delação premiada, para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações sobre a participação de Lula no petrolão, o gigantesco esquema de corrupção armado na Petrobras para financiar o PT e outros partidos da base aliada do governo.

Por meio do mecanismo das delações premiadas de donos e altos executivos de empreiteiras, os procuradores já obtiveram indícios que podem levar à condenação de dois ex-ministros da era lulista, Antonio Palocci e José Dirceu. Delatores premiados relataram operações que põem em dúvida até mesmo a santidade dos recursos doados às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e à de Lula em 2006.

As informações prestadas permitiram a procuradores e delegados desenhar com precisão inédita na história judicial brasileira o funcionamento do esquema de sangria de dinheiro da Petrobras com o objetivo de financiar a manutenção do grupo político petista no poder.

É nessa teia finamente tecida pelos procuradores da Operação Lava-Jato que Léo e Lula se encontram. Amigo e confidente de Lula, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de colaboração. As conversas estão em curso e o cardápio sobre a mesa.

Com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na Petrobras, exatamente como afirmara o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado. O executivo da OAS se dispôs a explicar como o ex-presidente se beneficiou fartamente da farra do dinheiro público roubado da Petrobras.
Herculano
25/07/2015 08:10
LULA DÁ SINAIS DE ESTAR PERTO DE JOGAR A TOALHA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Foi um Lula esgotado, aborrecido, impaciente, sem imaginação que se apresentou ontem à noite para cerca de 200 pessoas reunidas na sede do Sindicato dos Bancários do ABC, na grande São Paulo.

Sacou velharias do fundo da memória. Do tipo: "Estou de saco cheio e cansado das mentiras e safadezas". Ou do tipo: "Estou cansado de agressões à primeira mulher a governar o país".

Como se Dilma, pelo fato de ser mulher, estar sendo agredida. Ou como se Dilma, pelo fato de ser mulher, não poder ser criticada. "Não tem pessoa com caráter mais forte nesse país do que ela".

Há pouco mais de um mês, em conversa com religiosos no Instituto Lula, o ex-presidente bateu em Dilma por ela fazer "um governo de surdos". Disse que ela estava "no volume morto".

Quando um político não sabe o que dizer, costuma se referir à perseguição movida pelos nazistas na Alemanha aos judeus antes e durante a 2ª. Guerra Mundial. Foi o que Lula fez:

- O que a gente vê na televisão parece os nazistas criminalizando o povo judeu, os romanos criminalizando o povo cristão, os fascistas criminalizando os italianos. Sei que é difícil para parte da elite brasileira aceitar certas coisas.

O que nazistas, judeus, romanos, cristãos, fascistas e italianos têm a ver com as crises ora enfrentadas pelo Brasil - a política, a econômica e a ética? Lula não explicou.

Seu abatimento, segundo confidência de amigos, decorria das notícias que haviam lhe chegado a respeito da reportagem de capa da revista VEJA deste fim de semana.

Segundo a VEJA, o empresário Léo Pinheiro, ex-operador da construtora OAS em Brasília, começou a negociar com a Justiça a delação premiada

Ninguém mais do que Léo sabe como Lula enriqueceu depois de chegar à presidência da República. Foi ele que reformou de graça o apartamento de Lula no Guarujá e seu sítio em Atibaia, São Paulo.

Se, de fato, Léo abrir o bico, Lula correrá o risco de ser engolido pela lama provocada pela Operação Lava Jato.

Em certo momento do seu discurso, Lula cometeu uma frase sem sentido: "Não é porque uma criança está com febre que a gente vai enterrar". Mas foi em frente. Tocou de raspão na crise econômica:

- Temos que dizer para todas as pessoas que acham que o mundo vai acabar, que não há momento na história desse país que o Brasil não tenha passado por uma crise.

Sim, e daí?

Para finalmente arrematar:

- Quem vem apostando no fracasso deste País vai quebrar a cara.

Lula não é mais aquele. O que é que se faz com ele?
Herculano
25/07/2015 07:47
DILMA E LULA ESNOBARAM TENTATIVAS DE APROXIMAÇÃO DE FHC, HOJE O CERCAM, por Josias de Souza

O alto tucanato recebeu com um pé atrás o flerte de Lula e Dilma Rousseff com Fernando Henrique Cardoso. Há cinco meses, a dupla esnobou FHC. No final de fevereiro, o ex-presidente tucano sinalizou para Dilma seu interesse em conversar. Fez isso por meio de um amigo comum, o advogado e ex-deputado petista Sigmaringa Seixas.

Numa conversa testemunhada pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), ex-ministro do seu governo, FHC queixou-se da tática do "nós contra eles", adotada por Lula para estigmatizar a oposição. Antevendo uma deterioração dos cenários político e econômico, mostrou-se aberto ao diálogo com a presidente.

Nos primeiros dias de março, Sigmaringa transmitiu a Dilma o teor da conversa que tivera com FHC. Ela reagiu com indiferença. Não esboçou interesse em dialogar. Embora os recados de FHC fossem endereçados apenas a Dilma, Sigmaringa relatou o encontro também para Lula. Que refugou a tentativa de aproximação.

Os meses se passaram. Confirmaram-se os vaticínios de FHC. Com a economia em frangalhos, a lama da Petrobras a invadir-lhe a caixa de campanha e sitiada pelos aliados no Congresso, Dilma manifesta o desejo de estreitar a inimizade. Lula já não vê a aproximação como um despropósito.

Agora é FHC quem torce o nariz. Já havia estendido a mão para o petismo noutras oportunidades. Numa delas, dirigiu-se ao próprio Lula. Sem intermediários. Encontraram-se a bordo do jato presidencial, a caminho da África do Sul. Integravam a comitiva de ex-presidentes que Dilma levou aos funerais de Nelson Mandela.

No voo de volta, observado pelos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, FHC disse a Lula que era hora de unirem forças para reformar a política. Ainda latejavam na conjuntura os protestos que encheram as ruas na jornada de junho de 2013. E FHC disse para Lula que, sem uma reação adequada, a crise tragaria todos os políticos, sem muita distinção partidária. O morubixaba petista respondeu que estava mais preocupado com a eleição presidencial do ano seguinte.
Herculano
25/07/2015 07:45
PSDB DIZ QUE É "TARDE" PARA ACENO DO PT À OPOSIÇÃO. EM NOTA, TUCANO PEDE "DISTÂNCIA DE BANDIDOS"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Lima. O PSDB reagiu com fortes críticas à revelação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Palácio do Planalto trabalham por uma aproximação com o tucano Fernando Henrique Cardoso.

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), muito ligado ao presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), disse que só depois de terem se "afundado na Lava Jato, despencado nas pesquisas e falado em golpismo" os petistas decidiram "conversar".

"Nosso diálogo é com a sociedade. Tarde demais", afirmou. Procurada, a assessoria de Aécio disse que não localizou o senador. Outros aliados dele também usaram argumentos pesados contra a iniciativa dos petistas.

Em nota intitulada "Distância dos bandidos", o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) disse que acha "um desrespeito o convite que Lula e Dilma fazem. É um grave erro ele [FHC] aceitar. Os problemas do Brasil só serão resolvidos sem essa dupla nociva no comando".

Mesmo pessoas ligadas ao ex-presidente tucano recomendaram "cautela". Temem que o PT queira transformar FHC em "sócio da crise" que dragou o governo federal.
Herculano
25/07/2015 07:40
LULA GRAVA SUÁSTICA METAFÓRICA NA PRÓPRIA TESTA, por Josias de Souza

Suponha que, em meio à folga do final de semana, você se convence de que a coisa vai melhorar, deve melhorar, tem que melhorar. Simule otimismo. Faça cara de quem acredita no futuro com toda a força. Acredite que tudo vai dar certo. Agora pense no último discurso de Lula.

"Estou cansado de agressões à primeira mulher que governa esse país, de ver o tipo de perseguição que tentam fazer às esquerdas nesse País'', disse o morubixaba do PT na noite desta sexta-feira. "Não tem pessoa com caráter mais forte nesse País que a Dilma.'' Noutro trecho, sapecou: "O que a gente vê na televisão parece os nazistas criminalizando o povo judeu."

Poucos críticos são tão duros com Dilma quanto Lula. Ainda outro dia, numa conversa com religiosos, o criador bateu na criatura abaixo da linha da cintura. "Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no volume morto", disse Lula. "Todos estão numa situação muito ruim."

Cáustico, Lula prosseguiu: "Tem uma frase da companheira Dilma que é sagrada: 'Eu não mexo no direito dos trabalhadores nem que a vaca tussa'. E mexeu. Tem outra frase que é marcante, que é a frase que diz o seguinte: 'Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano'. E fez. E os tucanos sabiamente colocaram Dilma falando isso [no programa de TV do partido] e dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte".

Quer dizer: o Lula do discurso no sindicato do ABC gravou na testa do Lula da conversa com os religiosos uma metafórica suástica. E você aí, desperdiçando o seu final de semana com seu otimismo sem causa.
Herculano
25/07/2015 07:36
LULA TEME QUE ZÉ DIRCEU FAÇA ACORDO DE DELAÇÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Após haver abandonado José Dirceu desde os tempos do julgamento do mensalão, o ex-presidente Lula recomendou à cúpula do PT, esta semana, "dar atenção" ao "Zé", seu ex-ministro da Casa Civil. Ele teme que Dirceu feche acordo de delação premiada para não voltar à cadeia. Até lulistas "religiosos" concordam: eventual delação de Dirceu pode levar Lula a conhecer o significado de um longo período na Papuda.

Vocação para "mártir"

Lula e a cúpula do PT confiam que Dirceu é "guerreiro" e que, como no mensalão, pode mofar na cadeia, mas não entrega a "companheirada".

Outra prioridade

Hoje a maior prioridade de José Dirceu não é a "causa", mas preservar a liberdade de conviver com a alegria da filha, garotinha de 6 anos.

Mau sinal

Após a Justiça negar habeas corpus preventivo para José Dirceu, acendeu a "luz vermelha" na cabeça, disse Lula a dirigentes do PT.

Rebate falso

Na tarde desta sexta-feira (24), houve momento de pânico, no PT, com os rumores de prisão iminente de José Dirceu. Mas era rebate falso.

ANÁLISE TÉCNICA DESTRÓI DEFESA O GOVERNO NO TCU

A análise da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as "pedaladas fiscais" do governo Dilma destrói a alegação de "motivação política", difundida pelo governo, para justificar a iminente condenação da presidente Dilma e outras 17 autoridades do governo por crime previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. A área técnica do TCU é composta de servidores de carreira no tribunal, como auditores.

Ilações, não

Relator do processo, o ministro Augusto Nardes anda indignado com as alegações de viés político, que em nada ajudam o governo Dilma.

Preocupação adicional

O parecer de Augusto Nardes logo ficará pronto, mas o julgamento do caso só ocorrerá após as manifestações públicas de 16 de agosto.

Bombeiros

Os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) foram escalados para reverter o quadro crítico no TCU.

Caminhando e cantando

Relator das pedaladas fiscais do governo, o ministro Augusto Nardes dispensou o motorista no trajeto entre a residência oficial do Senado e a da Câmara. Caminhou 200m, o que os políticos quase nunca fazem.

Chance de ouro

O grupo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) quer aproveitar os estragos produzidos pela delação de Júlio Camargo para tirar de Eduardo Cunha o protagonismo político. Avalia que "a hora é agora".

Grilo falante

O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi escalado, informalmente, como o porta-voz dos peemedebistas insatisfeitos com o governo Dilma. "O grilo falante chama-se Geddel", oficializou Osmar Terra (PMDB-RS).

Dá na mesma

O PSDB da Câmara e do Senado falam línguas diferentes. Senadores, excluindo Aécio Neves (MG), defendem que o TSE decida sobre eventual cassação de Dilma. Os deputados querem o impeachment.

Me leva?

Carente de apoio político e com a popularidade em frangalhos, Dilma pediu ao ex-chefe Lula para levá-la à reunião com FHC. Ele topou, claro. Mas o tucano vem achando curioso o "atual interesse" do PT.

Onde aperta o sapato

Advogados que atuam na Lava Jato afirmam que Ricardo Pessoa, dono da UTC, obeso e com um joelho que praticamente não dobra, sentia dores terríveis ao se agachar no sanitário da cela, um buraco no chão. E que isso foi decisivo para concordar com o acordo de delação.

"Casamento" abalado

Dilma procurou o vice-presidente Michel Temer, articulador-geral do governo, e pediu sinais de apoio. O PMDB na Câmara pressiona pela antecipação da reunião para reavaliar a aliança com o governo.

Cravo e ferradura

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), esteve em São Paulo, dias atrás, para conversar com o ex-presidente Lula e, depois, com FHC. Socialistas querem "tarefas" e discutem seu "papel nacional".

Pergunta no aeroporto

Se quando Dilma viaja é "crisezinha", quando ela volta é apocalipse?
Herculano
25/07/2015 07:25
PRESIDENTES DA ODEBRECHT, O ARRROGANTE, E DA ANDRADE GUTIERREZ SÃO DENUNCIADOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai e Graciliano Rocha. O Ministério Público Federal apresentou à Justiça nesta sexta-feira (24) denúncias contra o empresário Marcelo Odebrecht, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e outros executivos das duas maiores empreiteiras do país, para que sejam processados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Presos em caráter preventivo em Curitiba desde o dia 19 de junho, eles são acusados de participar do desvio de R$ 632 milhões dos cofres da Petrobras nos últimos anos, durante a execução de obras em refinarias, gasodutos e outros projetos da estatal.

Segundo o Ministério Público Federal, as duas empresas movimentaram mais de R$ 1 bilhão em contas usadas para pagar propina a funcionários da Petrobras, operadores do esquema de corrupção e três partidos que davam sustentação política aos diretores da estatal, o PT, o PMDB e o PP.

De acordo com os procuradores, as duas empresas faziam parte de um cartel que combinava o resultado das licitações da Petrobras e pagava suborno para garantir os contratos. Outras sete empreiteiras acusadas de envolvimento com o esquema já são alvo de ações na Justiça.

"A mensagem é que o Brasil não vai compactuar com a prática de crimes, por mais poderosos que sejam seus autores", afirmou o procurador Deltan Dallagnol, um dos integrantes da força-tarefa que conduz as investigações da Operação Lava Jato.

Os procuradores exibiram pela primeira vez evidências que ligam a Odebrecht a contas que repassaram propina na Suíça aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque e ao ex-gerente da estatal Pedro Barusco.

Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça indicam que empresas controladas pela Odebrecht no exterior são a origem de US$ 15,7 milhões encontrados em contas secretas mantidas pelos ex-funcionários da Petrobras.

A descoberta destes pagamentos ?que há meses são negados pela empresa - levou o juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato no Paraná, a decretar novamente a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e outros executivos da empresa nesta sexta-feira.

Os suíços enviaram documentos em que as subsidiárias da Odebrecht aparecem como controladoras de pelo menos cinco contas registradas em nome de empresas registradas em paraísos fiscais, por onde fluíram os pagamentos aos ex-dirigentes da Petrobras.

O modelo era tão sofisticado, segundo o Ministério Público, que o dinheiro passava por três transferências bancárias antes de chegar aos destinatários finais. Segundo as autoridades suíças, as contas associadas à Odebrecht movimentaram o equivalente a R$ 1 bilhão nos últimos anos.

NAFTA

O Ministério Público afirmou ainda que a Petrobras teve prejuízo de R$ 6 bilhões entre 2009 e 2014 com a venda de nafta para a Braskem, petroquímica do grupo Odebrecht. A nafta é a principal matéria-prima da indústria de plástico.

De acordo com a denúncia, Paulo Roberto Costa interferiu nas negociações entre a Braskem e a Petrobras em 2009 para garantir que o preço da nafta ficasse abaixo do que era cobrado no mercado internacional.

Em depoimentos, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef disseram aos procuradores que a Braskem concordou em pagar US$ 5 milhões por ano para garantir o combinado. Segundo eles, o dinheiro foi dividido por Costa com o PP e o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010.
Herculano
25/07/2015 07:20
Ao Guilherme, outro que se esconde, até porque um poço de incoerência.

O culpado é a mídia? Certo. Mas quem está roubando o dinheiro do povo, quem faz inflação ficar fora de controle, quem desemprega, quem está quebrando o Brasil? A mídia? Bobinho.

Outra. O PT de Gaspar agora quer o Adilson como candidato. Mas, ele não era o terror? Só quer, pois sabe que é fácil bater, provocar e acertar. Colocou rótulos e talvez não poderá usá-los no ano que vem. O PT detesta candidato com condições.

Sobre eu viajar de avião, era só o que faltava. O PT é assim, faz escolhas pelos outros. Eu pago do meu bolso... E não precisa ir muito longe para conhecer mazelas administrativas, senhor Lana, basta percorrer o nosso município. Acorda, Gaspar!
Herculano
25/07/2015 07:09
AS MORTES DE LULINHA, por Igor Gielow

Em 2008, o diário "Extra" flagrou um menino negro nadando numa poça resultante de um vazamento na favela onde morava em Manguinhos, zona norte do Rio.

Consta que o então todo-poderoso presidente Lula se comoveu com a cena e resolveu transformar o local em vitrine de regeneração sob a bandeira do PAC, programa que tinha uma "mãe", Dilma Rousseff.

O menino, Christiano Pereira Tavares, foi levado ao palanque das autoridades para as devidas fotos e a promessa de construção de uma piscina na "comunidade", o eufemismo do politicamente correto para esses lugares esquecidos pelos políticos depois dos comícios.

Agora, o mesmo "Extra" informa que Lulinha, como o garoto foi apelidado após encontrar Lula, morreu aos 15 anos sob suspeita de overdose na unidade de saúde que ostenta sua foto sorridente na parede.

Manguinhos segue pobre, e a piscina, segundo o relato, abandonada. A família de Lulinha melhorou um pouco de vida, mas o quadro de desagregação segue inalterado.

Além de tragédia, a morte do garoto, se confirmada pelos motivos apontados, encarna um retrato da decadência do legado da era PT no poder. O investimento no combate à miséria, prioridade digna mesmo que tenha sido só eleitoreira, é tisnado pela realidade ?do petrolão que já grassava à época ao desastre de gestão que atolou o país sob Dilma.

Sem bonança externa e com o sorriso de Levy, a classe que emergiu pela via perversa do consumo vai voltando para seu nicho anterior; brilha solitária na ruína a TV de tela plana na qual a irmã de Lulinha, grávida aos 14 anos, vê desenhos animados.

Não morre apenas Lulinha. Morre uma ilusão que teve, como toda farsa, lampejos de euforia. Morre o país cujo futuro radiante, para quem quis acreditar, havia chegado. A construção da realidade, ainda mais com os atores à disposição, será dolorosa.

Lulinha não verá nada disso.
Guilherme
25/07/2015 07:08
Muito interessante!

Gaspar é uma das poucas cidades do nosso estado que ainda tem uma boa produção em obras. O que podemos falar da nossa cidade vizinha Ilhota? Não podemos reclamar de barriga cheia. Uma obra que foi realizada próxima a última eleição que gerou muita polêmica aqui nesse canal foi a obra asfáltica do bairro Gasparinho, lembro bem que foi chamado de cobertura de nega maluca pelo cidadão chamado Luciano da Cunha e pelo administrador desse canal Herculano. Pois é, já se passou algum tempo e a cobertura de nega maluca está lá, firme e forte e sem buraco.O nosso País vem passando por dificuldades porque essa mídia suja querem ver o povo na miséria e derrubar o governo. Aqueles que sempre tiveram no pedestal e hoje dividem o mesmo espaço que os de baixa renda se encomodam com a conquista do povo.Estão com saudades de pisar em cima do povo. Muitos desses alienados estão na boa morando em ótimos apartamentos e ficam incomodados com as conquistas do nosso povo.Ja conseguiram tudo,muitas coisas tiradas da boca do povo e desviadas para engordar suas contas e garantir a sua sobrevivência e de algumas gerações. Antes o brasão da família falava mais alto.A população precisa buscar informações em fontes que não estejam como rabo preso ou por aquelas que não são patrocinadas pela classe dos eternos corruptos desse país. Uma pessoa que eu gostaria de ver como prefeito novamente era o Adilson Schmitt, mas foi uma pena que ele não conseguiu uma boa equipe para trabalhar ao seu lado na última Gestão... O problema maior foi que aquele bando queriam abrir os cofres e o Adilson não abriu.... Melhor não fazer muita coisa do que fazer obras duvidosas. Uma pergunta Herculano: De onde vai sair o dinheiro para fazer uma ponte de concreto no interior se de lá não vem nenhuma receita? Até hoje 2015 estava de madeira e nunca caiu a não ser por catástrofes da natureza, pra que fazer de concreto? Se você tirar a bunda da cadeira e for viajar pelo nosso País vai ver que aqui estamos muito bem. Mas esqueci que o Herculano só viaja para grandes metrópoles e de avião.
Almir ILHOTA
25/07/2015 07:05
HERCULANO.


Gostaria de fazer um apelo a todos os partidos políticos que apoiaram este prefeitinho que desgoverna a cidade de ILHOTA, Daniel Christian Bosi e seus eleitores que peçam desculpas para nossa cidade por ter votado neles. Em 57 anos de emancipação nunca vimos um prefeito e uma equipe tão ruim quanto esta.
Herculano
25/07/2015 07:02
IMAGEM DA ECONOMIA BRASILEIRA AFUNDA; PARA FORBES" PAÍS PODE VIRAR "LIXO", por Daniel Buarque

A imagem da economia brasileira na imprensa internacional está passando por uma crise. Depois de ensaiar uma melhora de perspectiva há algumas semanas, com elogios aos ajustes fiscais, o tom crítico e a preocupação voltaram a dominar as descrições da atual situação do país na mídia do resto do mundo.

Depois de o "Financial Times'' dizer que o país vive um "filme de terror sem fim'', uma reportagem publicada no site da revista americana de economia "Forbes'' aponta a piora no cenário econômico brasileiro, e diz que o quadro está se tornando cada vez pior de que se esperava.

Segundo a publicação, o país está perdendo seu valor e está cada vez mais perto de se tornar "lixo de novo'', diz, em referência à chance crescente de o Brasil perder a nota de grau de investimento da agências de risco, conquistada em 2008. Esse possível rebaixamento é o que é comparado a se tornar "lixo'', descartável, sem valor algum.

"O buraco da economia brasileira continua crescendo. (?) O Brasil está na areia movediça, e há poucos galhos por perto para tirá-lo de lá'', diz.

A mudança da meta fiscal anunciada nesta semana é indicada como mais uma razão para preocupação, assim como as instabilidades políticas por que passa o país.

"Por causa da mudança da meta fiscal, o Brasil enfrenta agora um risco maior de perder o grau de investimento que tanto quis e lutou para conseguir'', diz.
Herculano
25/07/2015 06:56
Ao que se escondeu como João Carlos Araújo, e se escondeu é porque tem viés bandido. Natural de quem vem. O Brasil a cada dia se estarrece com a Orgaização Criminosa que se disfarçou de partido político

O primeiro é desmoralizar e calar uma voz, que contrapõe. É uma tática antiga, inclusive contra este espaço e este escriba. Manjado.

Segundo porque não se sustenta na argumentação e não admite o contraponto.

Vamos aos seus escritos e teses.

"Gostaria de informar ainda que mesmo que o prefeito de Gaspar ou de qualquer outra cidade do Brasil, mesmo querendo, nada podem fazer em relação a segurança pública".

Mentira. Covardia. Omissão. Crime. O prefeito é um cidadão. Foi eleito para ser uma voz institucional da sua comunidade. Se ele não pode administrar a segurança Pública (pois se comparado com o que faz naquilo que é sua competência, seria um desastre) por impedimento constitucional, pode ser um ente, uma voz, um líder em busca de solução para a sua comunidade. Prefere passar a bola aos outros, também incompetentes, omissos num jogo de culpados, onde todos perdem, principalmente o eleitor.

Você escreve: "Herculano, mesmo você não gostando do PT e do Prefeito Celso, dê uma aula sobre a Constituição Federal do Brasil, porque é difícil ler tanta bobagem que alguns postam no seu blog".

Você tem razão. Já gostei mais do PT. Tanta gente já gostou mais do PT. Basta ver as pesquisas não as daqui que o PT esconde para enganar mais do que engana, mas as nacionais. Mas, são escolhas. O PT vem se revelando como uma organização criminosa, e não como um partido. É impossível que no Brasil exista uma maioria de bandidos. Quanto ao prefeito Pedro Celso Zuchi, ele é um ente público e exposto. Foi ele quem procurou tudo isto...

Você escreve: "Pergunte porque estes vereadores dos partidos da base do governador não são cobrados sobre a segurança pública? Nunca vi na vida que algum município brasileiro tem a obrigação e o dever sobre segurança pública, faça isso Herculano que lhe passarei a admira-lo mais ainda. Nunca vi tanta burrice assim na vida".

Concluo: realmente nunca vi tanta burrice. Como um partido que ganhou os corações e as mentes de uma maioria aqui e no Brasil é capaz de dilacerar, literalmente, este patrimônio, e com gente com discurso como o seu, achando-se a cereja do bolo. Os banidos agradecem. Acorda, Gaspar! Muda, Brasil!
Herculano
25/07/2015 06:40
OS CRETINOS

Zenildo Pereura e Solvs, vamos falar verdadeiramente de cretinos? Cretinos somos nós que acreditamos em políticos e suas manobras para nos enganar.

Não precisava acreditar em Gilberto Kassab, PSD, um escudo fiel do PT e Dilma Vana Rousseff, com que Pedro Celso Zuchi, PT, nunca falou em Brasília para de lá fazer pose e cena para a imprensa daqui, e anunciar o recomeço das obras da ponte do Vale, como fez.

Eu anunciou as suas palavras vazias há quase três meses na coluna. Ele e sua trupe que armaram mais esta estão chateados pela repetição que lembra toda a semana o que afirmou para fazer manchete falsa.

Então de que cretinos estamos falando?

Bastaria ver o quanto foi empenhado e saber que empenho não é liberação, pois o próprio Zuchi está acostumado a esta manobra.

Bastaria saber e Zuchi sabe, que o se empenhou, é para pagar o que se deve a empreiteira, ou seja, calote, e não ara recomeçar a obra.

Bastaria saber o quanto se precisa para recomeçar a obra e quanto falta para acaba-la, se ela no papel da licitação de quatro anos atrás custava R$42 milhões e só veio para cá menos de R$20 milhões, ou seja faltam no mínimo R$22 milhões, sem contar os aditivos e o custo da paradeira e das alças ao provo da Margem Esquerda e que se negam a projetar ou sequer discutir com a comunidade.

Bastaria olhar o noticiário e ver que tudo está parado em Brasília por conta da incompetência do PT, PMDB, PP, PSD, PC do B, PDT, PR e tantos outros que mamam lá, em administrar e roubar os brasileiros, os pagadores de pesados impostos.

Quando pego de calças curtas, transferem ou distribuem a cretinice para os outros, pois não lutamos como entes comunitários.

Então de que cretinos estamos falando? Acorda, Gaspar! Wake up, Brasil!
joão Carlos de Araújo
24/07/2015 23:42
Paulo Ricardo Filippus

Gostaria de informar a este cidadão porque ele não cobra a solução da segurança pública a quem de direito, ou seja, aos vereadores Marcelo Brick, Giovano Borges, PSD, Iracema Sontag, Jaime Kirchner, Ciro Quintino e Ivete Hames, PMDB, pois constitucionalmente a segurança pública é dever do Estado, que vem a ser governado por estes partidos.
Gostaria de informar ainda que mesmo que o prefeito de Gaspar ou de qualquer outra cidade do Brasil, mesmo querendo, nada podem fazer em relação a segurança pública. Herculano, mesmo você não gostando do PT e do Prefeito Celso, dê uma aula sobre a Constituição Federal do Brasil, porque é difícil ler tanta bobagem que alguns postam no seu blog. Pergunte porque estes vereadores dos partidos da base do governador não são cobrados sobre a segurança pública? Nunca vi na vida que algum município brasileiro tem a obrigação e o dever sobre segurança pública, faça isso Herculano que lhe passarei a admira-lo mais ainda. Nunca vi tanta burrice assim na vida.
Zenildo Pereura e Solvs
24/07/2015 22:44
Herculano,

Zuchi acreditou no cretino do ex-prefeito de São Paulo e ex-prefeito Lima de Blumenau.
Herculano
24/07/2015 21:46
PMDB E PLANALTO COMEÇAM A PENSAR EM SUBSTITUTOS PARA EDUARDO CUNHA, por Fernando Rodrigues

O comando do PMDB e o Palácio do Planalto consideram inevitável que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, venha a ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Quando a denúncia vier, no âmbito da Operação Lava Jato, haverá pressão para Cunha se afastar do cargo de presidente da Câmara. Se for esse o desfecho, quem no PMDB poderá substituí-lo? Esse debate já começou dentro do PMDB e no Palácio do Planalto.

Por enquanto, a lista dos possíveis substitutos está em formação. Poucos têm relevância na bancada peemedebista atual para tentar construir um consenso.

Caciques peemedebistas citam preliminarmente alguns nomes que poderiam agradar ao PMDB e ao Palácio do Planalto (não necessariamente nessa ordem): os deputados federais Lelo Coimbra (ES), Osmar Terra (RS) e Edinho Araújo (SP), este último atualmente ministro dos Portos.

SAÍDA "ALDO REBELO"
Em 2005, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) caiu no caso conhecido como "mensalinho", a presidência da Câmara foi entregue a um deputado considerado equilibrado e respeitado pelos demais, mas de uma sigla bem pequena: Aldo Rebelo (PC do B-SP).

Aldo hoje não é mais deputado - está sem mandato e é titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Quem poderia ser o "Aldo" atual? Não há consenso, mas ouve-se no Planalto e entre peemedebistas o nome de Miro Teixeira, ex-ministro de Lula e hoje filiado ao minúsculo Pros, do Rio.

Miro (que já foi filiado antes ao PMDB, PP, PDT, PPS e PT) tem 70 anos e foi eleito pela 11ª vez em 2014. É o deputado federal em atividade com mais mandatos.

REAÇÃO DE EDUARDO CUNHA
O que não se encaixa nessa equação preparada pela cúpula do PMDB e pelo Planalto é o fato de Eduardo Cunha estar decidido a não sair de sua cadeira se e quando for denunciado por Rodrigo Janot.

"Quem é denunciado não é réu. Primeiro, o Supremo terá de aceitar a denúncia. Eu já fui réu outra vez, mas fui absolvido depois. Vai prevalecer a presunção da inocência", diz Cunha a quem o pergunta sobre o tema.

Cunha vai resistir até o fim. Na semana que vem, começa na segunda-feira (27.jul.2015), participará do evento em São Paulo "Almoço-Debate Lide", cujo tema é "Democracia participativa e relação com a sociedade civil". O Lide é comandado pelo empresário João Dória, que em 2007 articulou o movimento Cansei para pregar o "fora, Lula!".

P.S. (18h00): muitos políticos telefonaram depois da publicação deste post. Por meio de sua assessoria, o vice-presidente da República, Michel Temer, pede que seja registrado que ele não participa dessas conversas nem dessas articulações sobre a eventual substituição de Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
Herculano
24/07/2015 21:42
LAVA JATO VAI MUITO ALÉM DA DELAÇÃO PREMIADA, por Josias de Souza

Arrastada para o epicentro da Operação Lava Jato pelo delator Paulo Roberto Costa, a Odebrecht especializou-se na emissão de notas imperiais. Em outubro de 2014, o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, deitou sobre o papel o seguinte: "Neste cenário nada democrático, fala-se o que se quer, sem as devidas comprovações, e alguns veículos da mídia acabam por apoiar o vazamento de informação protegida por lei, tratando como verdadeira a eventual denúncia vazia de um criminoso confesso, que é 'premiado' por denunciar a maior quantidade possível de empresas e pessoas.''

Nesta sexta-feira, os procuradores da Lava Jato vieram à boca do palco para informar que os imperadores da Odebrecht e da Andrade Gutierrez foram denunciados à Justiça. Entre eles os presidentes das duas empreiteiras: Marcelo Odebrecht e Otávio de Azevedo. Para desassossego dos redatores de notas oficiais, as provas pareceram abundantes e densas.

Valendo-se das delações, a Lava Jato refez o caminho da propina de trás para a frente. Partindo das sardinhas da Petrobras, os investigadores chegaram aos tubarões que frequentam o topo da cadeia alimentar da corrupção. Com a ajuda de autoridades estrangeiras, mapearam-se logomarcas e contas bancárias. Coisa sofisticada, feita para não ser descoberta.

Informações recebidas da Suíça serviram de matéria-prima para que o juiz Sérgio Moro decretasse a prisão de Marcelo Odebrecht e seus executivos pela segunda vez. Estão em cana desde 19 de junho. E permanecerão atrás das grades por tempo indeterminado.

O brasileiro já está autorizado a apertar o botão do otimismo. As jazidas de lama descobertas nos subterrâneos da Petrobras podem resultar em consequências benignas. Sobretudo se as provas reunidas contra os agentes políticos forem igualmente sólidas.

Com sorte, a corrupção brasileira, de proporções amazônicas, pode ser bastante reduzida. Com muita sorte, os governos de Lula e Dilma Rousseff podem ser os últimos a escorar a governabilidade em alianças partidárias podres, baseadas no roubo e na desfaçatez.
Paulo Ricardo Filippus
24/07/2015 21:35
Herculano,

agradeço o espaço e a divulgação da gentileza que fiz pessoalmente ao prefeito Celso Zuchi na última quarta (22/07) ao informa-lo que conseguimos resolver parcialmente o problema da falta de segurança no bairro Belchior. Aonde inclusive lembrei ele que esta parceria simples poderia ter acontecido a 3 anos atrás, quando eu protocolei na Câmara os motivos do abaixo-assinado pela anexação do Belchior a Blumenau. Concluí a fala dizendo que ele não deve se esquecer que nós é que somos os pagadores de impostos, pagadores do seu salário. O áudio completo eu publiquei na minha página no facebook.

Vale lembrar que esta luta não é só minha, e o mérito é de toda a comunidade do Belchior que está cada vez mais unida contra esse governinho populista. Neste caso específico da parceria na Segurança, não teria conseguido avançar sem a ajuda do Kelvin Sandrin, Magali Oecksler e Beto Pereira da Associação de Moradores do Belchior.

Grande abraço e obrigado pelo espaço!
Herculano
24/07/2015 21:00
PROPAGANDA ENGANOSA

O ministro das Cidades e presidente nacional do PSD, ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, veio a Blumenau, distribuir verbas.

Para Gaspar sobraram bananas. Vergonha.

E são parceiros desta vergonha, o secretário da Saúde e deputado Federal, ex-prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing que trouxe o ministro aqui, além dos deputados estaduais do PSD que dizem defender Gaspar, Jean Jackson Kuhlmann e Ismael dos Santos bem como os nossos vereadores Giovânio Borges e Marcelo de Souza Brick. Todos em obsequioso e esperto silêncio.

Mas, pior do que tudo isto. O ministro foi claro ao questionamento da imprensa. Nada sabia de que parte mínima da verba da ponte do Vale foi empenhada para pagar uma parte do que está pendurado com a empreiteira Artepa Martins, que desarmou o canteiro e foi embora.

Ele mostrou, com a resposta, que o nosso prefeito Pedro Celso Zuchi, não conhece os caminhos do ministério. Desmoralizou o deputado Décio Neri de Lima, PT, que diz nos discursos de palanques em busca de votos por aqui aos incautos e desinformados, possuir as chaves de todas as portas e cofres de Brasília.

Mais. Ficou claro que Zuchi fez bravata, ao anunciar há dois meses -usando a imprensa local e regional e que não faz as perguntas óbvias - depois de uma daquelas viagens a Brasília, de que as obras da ponte recomeçariam em julho. Como? Se o ministério das Cidades e o seu ministro titular nem sabe de nada. É por isso, mesmo chegando ao fim do mês de julho, nada recomeçou. Acorda, Gaspar!
Herculano
24/07/2015 19:52
COMO O GOVERNO DO PT E PMDB COLOCARAM A ECONOMIA DO BRASIL FORA DO CONTROLE. DÓLAR SOBE 1,55% E FECHA R$3,347 NO COMERCIAL E R$3,74 NO TURISMO. É MAIOR VALOR EM MAIS DE 12 ANOS

Conteúdo é do Uol (Folha de S. Paulo) com a agência internacional Reuters. O dólar comercial teve a terceira alta seguida nesta sexta-feira (24), subindo 1,55% a R$ 3,347 na venda. É o maior valor de fechamento desde o dia 31 de março de 2003, quando o dólar fechou valendo R$ 3,355 na venda.

Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com valorização de 4,79%. No mês, acumula ganhos de 7,66% e, no ano, de 25,89%.

Nas casas de câmbio de São Paulo, a moeda norte-americana já está cotada acima de R$ 3,70. O valor sempre é maior para turistas do que o divulgado no câmbio comercial.

Os valores iam de R$ 3,45 (em dinheiro vivo) a R$ 3,74 (no cartão pré-pago), já considerando o IOF, segundo pesquisa feita pelo UOL em cinco casas de câmbio, entre 14h e 14h30 desta sexta-feira.

Investidores preocupados com corte da nota

Os investidores ainda estavam preocupados com a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento, após os cortes nas metas fiscais.

O governo reduziu a meta de economia para este ano de 1,1% para 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto).

"A drástica redução da meta para 2015, assim como o ajuste extremamente gradual esperado para os próximos anos, sublinha o esperado rebaixamento pela Moody's e pode também desencadear revisões por outras agências e a perda do grau de investimento", escreveram analistas do banco Brasil Plural em nota a clientes.

Atuação do Banco Central

Investidores aguardavam também novas pistas sobre como o Banco Central se posicionará em relação a suas intervenções no mercado de câmbio. A valorização do dólar tende a aumentar a inflação que já está elevada.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, já rolou o equivalente a US$ 5,098 bilhões, ou cerca de 48% do lote que vence no início de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

Operadores aguardavam o anúncio da rolagem dos contratos que vencem em setembro e correspondem a US$ 10,027 bilhões. Se o BC sinalizar que deve continuar rolando cerca de 70% dos contratos, como fez no mês passado, a tendência é que o dólar não volte a patamares mais baixos.

"Seria um sinal de que o BC está confortável com o dólar nesses níveis", explicou o operador de um importante banco internacional à agência de notícias Reuters.
Herculano
24/07/2015 12:46
RUMO AO REBAIXAMENTO, por Merval Pereira, de O Globo

O que mais se temia deve acontecer: o rebaixamento da nota de risco do Brasil, possivelmente perdendo o grau de investimento em pelo menos uma das agências internacionais mais importantes, a Standard & Poor's.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que usava seu prestígio nos meios financeiros internacionais como um escudo contra essa possibilidade, e em contrapartida a usava como uma ameaça aos que iam contra o programa de ajuste fiscal, está gastando rapidamente sua credibilidade diante dos investidores estrangeiros ao tentar tapar o sol com a peneira.

Um dia depois de ter tido que admitir a impossibilidade de realizar o superávit fiscal com que se comprometera ao assumir o cargo, Levy tentava convencer investidores estrangeiros de que a economia brasileira tem espaço para crescer, quando as previsões do mercado financeiro são de que o PIB negativo, que já é dado como certo este ano, deverá permanecer nesse patamar também em 2016, apenas um pouco melhor: entre -1,5% e 2% este ano contra - 0,5% ano que vem.

As agências de risco, como era de se esperar, receberam mal a mudança do superávit primário, vista como uma capitulação do governo, que não conseguiu viabilizar a meta proposta inicialmente. Um rebaixamento por parte da Moodys e da Fitch já é dado como certo, mas o país ainda se manteria acima do nível especulativo.

No caso da Standard & Poor's, a nota brasileira pode voltar ao nível especulativo. O economista Paulo Rabello de Castro considera "impossível" as agências de risco americanas não admitirem o rebaixamento da nota de crédito do Brasil: "Ao anunciar a revisão da meta fiscal de 2015 para o chamado 'superávit primário," que é a economia feita para pagar juros, reduzindo o alvo de R$ 66 bilhões (1,1% do PIB) para R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB), o governo não apenas reconheceu que planejou mal suas contas deste ano, por não estimar bem a profundidade da crise no setor produtivo afetando a receita esperada de impostos, como, sobretudo, passou a aceitar que a dívida pública bruta (hoje 62% do PIB) deverá crescer muito nos dois anos seguintes" analisa ele em nota divulgada à noite.

Rabello estranha a criação do que chamou "descontingenciamento antecipado de receitas futuras, figura esdrúxula e inédita na gestão fiscal brasileira, ao enviar ao Congresso pedido de perdão de R$ 26 bi, caso receitas de resultado especulativo (como a de regularização de capitais no exterior) não renderem a arrecadação esperada"

Essa novidade tem ainda uma especificidade perversa: é a utilização de uma "contabilidade criativa" que está sendo contestada, com possíveis consequências políticas graves, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nas contas sub judice do ano passado.

Como bem ressalta Rabello, "despesas precisariam ser contingenciadas pela presidente, e agora a equipe econômica pede licença para não contingenciar despesas de igual magnitude, legalizando a má prática"

Paulo Rabello discorda do diagnóstico de que o "problema" nasce na frustração das receitas, cuja arrecadação vem crescendo 2,2% (em 12 meses, até maio) e assim "obrigando" o governo a aprofundar o corte nos investimentos já ceifados.

"O governo omite que a despesa total não financeira até maio vem inchando 11,5%, com as de custeio indo a 16% de expansão. Ao somar-se a isso a explosão dos encargos financeiros em 7% do PIB (R$ 408 bilhões até maio!) se conclui pela total impossibilidade de qualquer solução na linha convencional de mais aumento da carga tributária, que, aliás, já não responde a tal apelo"

A solução, para o economista, "está na cara: adotar regra de contingenciamento de toda despesa pública baseada na variação do PIB nominal" Além disso, seria preciso uma reforma financeira "a fim de moderar, no tempo, uma política de juros públicos que leva o Brasil a ser, de longe e há muito tempo, o país que mais encargos paga para rolar sua própria dívida interna"

Se isso não ocorrer, Rabello acredita que os mercados adotarão caminho de correção pelo câmbio, "que facilmente encostará nos R$ 3,50 nas próximas semanas".
Papa Bagre
24/07/2015 12:19
Enquanto Gaspar CHUPA Ilhota ENGOLE.
Daniel Christian Bosi estes dias postou no sitio da prefeitura de Ilhota uma foto com o presidente do PSD nacional Kassab, este que é também ministros da cidade.
kassab veio a Blumenau e trouxe dinheiro para 10 municípios de Santa Catarina, e nada para cidade de ILHOTA.
Até cidade de Luis Alves que é administrada por agricultor que é do PMDB ganhou dinheiro para pavimentação, já nosso doutor que é do PSD não conseguiu um só centavo para ILHOTA.
Daniel Bosi e seu PSD não enganam mais ninguém, mais Ilhota terá que continuar ENGOLINDO este sapo que é este administrador e seus cumpinchas.
Herculano
24/07/2015 08:36
O CHEFE DO PETROLÃO, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo

A Operação Lava Jato ainda não chegou à verdadeira natureza do esquema e seu maior crime, mas falta pouco

Falta pouco, acho eu, para que a verdadeira natureza do chamado "petrolão" venha à luz, a despeito do esforço de alguns savonarolas que gostariam de enterrar o capitalismo junto com o combate à corrupção, mal que consideram inerente a esse sistema.

Às vezes, tenho a impressão de que o Brasil acabará abrigando os últimos esquerdistas do mundo em posições, como direi?, de cátedra. E é muito provável, vamos ver, que a verdade venha à luz como decorrência do esforço do bom jornalismo, não das delações premiadas, cuja narrativa vai sendo ajustada segundo a vontade dos narradores.

Pequena digressão: como ignorar que a metafísica influente da Operação Lava Jato traz consigo o financiamento público de campanha, o fim da doação de empresas a partidos, a demonização da iniciativa privada e o ódio ao lucro? Parte dessa agenda, vejam que coisa pouco curiosa!, coincide com a do PT. O fato de a dita operação ter aspectos saneadores não pode matar o espírito crítico do observador. A ideologia, como sempre, é uma leitura interessada -pouco importa a natureza do interesse- da verdade.

Se a nossa academia não estivesse, com as exceções honrosas de sempre, ocupada com irrelevâncias, eis aí um vasto estudo: qual é a mentalidade dos homens que compõem a força-tarefa de Curitiba? Quais são suas utopias? Quais são seus valores? Como veem as garantias individuais oferecidas pelos regimes democráticos? O que pensam da atividade política? Eu não tenho dúvida de que isso renderia um estudo formidável da mentalidade plasmada nos meios jurídicos nos últimos 30 anos.

O processo do mensalão mandou, sim, alguns figurões para a cadeia, rompeu um círculo de impunidade que se dava, então, como certo e pode, sem favor, ser considerado um marco, dado o que se tinha até então. Mas seu desfecho também coonestou uma farsa, de que as severas condenações da banqueira Kátia Rabello e do publicitário Marcos Valério são emblemas. A julgar pelas penas amargadas pelas personagens daquele escândalo, tem-se a impressão de que a dupla estava no comando. Estava?

Se não entendi errado - e me impressiona que a fala tenha repercutido tão pouco -, o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ) relatou a esta Folha, na segunda, em entrevista a Leonardo Souza, ter assistido ao momento inaugural do mensalão, quando, nas suas palavras, o governo Lula decidiu, em 2003, que "'aquele Congresso burguês' poderia ter uma maioria organizada por orçamentos". Notem: ele fala em "orçamentos", com letra minúscula e no plural. Não tenho dúvida de que Miro assistiu ao nascimento de um crime de responsabilidade, que passou impune.

O petrolão é a versão vitaminada do mensalão, cuja natureza se perdeu de forma miserável. Tratou-se ali de um assalto ao Estado de Direito e à institucionalidade, de uma afronta à independência entre os Poderes, de uma agressão aos mais comezinhos princípios republicanos. E não se organiza uma máquina como essa sem um comando claro e um centro de operações.

É a essa natureza do petrolão que a Operação Lava Jato ainda não chegou. É essa essência que pode ficar escondida nas dobras da ideologia se o jornalismo não fizer direito o seu trabalho. Mas eu expresso a convicção de que fará e de que, desta vez, será possível chegar ao chefe e revelar o seu crime mais grave: o assalto à democracia.
Herculano
24/07/2015 08:30
PROTESTOS A FAVOR, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Um espectro ronda o governo: o espectro do 16 de agosto. A data foi escolhida para as novas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff. Se os protestos lotarem as ruas, o Planalto teme que a Câmara se sinta pressionada a abrir um processo de impeachment.

Preocupado, o PT começou a organizar uma série de manifestações pró-governo, com foco em São Paulo. "Temos que criar uma base de apoio na sociedade, já que o Parlamento tem sido um lugar de dificuldades", diz o presidente Rui Falcão.

O calendário prevê cinco atos nas próximas semanas e foi batizado de "Agosto pela democracia". Como o nome indica, a ordem é carimbar como antidemocrática e golpista a defesa do afastamento da presidente antes do fim do mandato, em 2018.

A primeira mobilização será no dia 6, na capital paulista. Coincidirá com o programa do partido na TV. No dia 11, os petistas farão novo ato na cidade, no largo São Francisco, onde se comemora nesta data a fundação da Faculdade de Direito. No mesmo dia, chega a Brasília a Marcha das Margaridas, com milhares de trabalhadoras rurais.

Depois dos protestos contra Dilma, estão previstas mais duas manifestações pró-governo. Uma no dia 20, com o apoio do MST e dos sem-teto, e outra no dia 24, aniversário do suicídio de Getúlio Vargas. A ideia é apresentar 2015 como uma reedição de 1954, comparando a Lava Jato à República do Galeão.

Os petistas argumentam que seria um erro ficar em casa enquanto a oposição sai para pedir a derrubada do governo. A tese esbarra em dois problemas. Primeiro: a popularidade de Dilma continua no volume morto. Segundo: é mais fácil mobilizar os insatisfeitos do que encher protestos a favor.

O presidente Rui Falcão já ensaiou o discurso para escapar das comparações numéricas, que deverão ser desfavoráveis para o PT: "Não vamos fazer concurso para ver quem bota mais gente na rua".
Herculano
24/07/2015 08:23
PROTESTO A FAVOR, por Bernardo Mello Franco

Um espectro ronda o governo: o espectro do 16 de agosto. A data foi escolhida para as novas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff. Se os protestos lotarem as ruas, o Planalto teme que a Câmara se sinta pressionada a abrir um processo de impeachment.

Preocupado, o PT começou a organizar uma série de manifestações pró-governo, com foco em São Paulo. "Temos que criar uma base de apoio na sociedade, já que o Parlamento tem sido um lugar de dificuldades", diz o presidente Rui Falcão.

O calendário prevê cinco atos nas próximas semanas e foi batizado de "Agosto pela democracia". Como o nome indica, a ordem é carimbar como antidemocrática e golpista a defesa do afastamento da presidente antes do fim do mandato, em 2018.

A primeira mobilização será no dia 6, na capital paulista. Coincidirá com o programa do partido na TV. No dia 11, os petistas farão novo ato na cidade, no largo São Francisco, onde se comemora nesta data a fundação da Faculdade de Direito. No mesmo dia, chega a Brasília a Marcha das Margaridas, com milhares de trabalhadoras rurais.

Depois dos protestos contra Dilma, estão previstas mais duas manifestações pró-governo. Uma no dia 20, com o apoio do MST e dos sem-teto, e outra no dia 24, aniversário do suicídio de Getúlio Vargas. A ideia é apresentar 2015 como uma reedição de 1954, comparando a Lava Jato à República do Galeão.

Os petistas argumentam que seria um erro ficar em casa enquanto a oposição sai para pedir a derrubada do governo. A tese esbarra em dois problemas. Primeiro: a popularidade de Dilma continua no volume morto. Segundo: é mais fácil mobilizar os insatisfeitos do que encher protestos a favor.

O presidente Rui Falcão já ensaiou o discurso para escapar das comparações numéricas, que deverão ser desfavoráveis para o PT: "Não vamos fazer concurso para ver quem bota mais gente na rua".
Herculano
24/07/2015 08:13
CHUPA GASPAR!

Gaspar foi abandonada pelo governo Federal do PT e PMDB. Ontem o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente do PSD, parceiro do governo Dilma Vana Rousseff, PT, esteve distribuindo verbas. Gaspar ficou e fora da festa.

Este texto é oficial e está postado no face do governo do Estado. Ele retrata como Gaspar é maltratada pelo governo do Estado e o governo de Raimundo Colombo, PSD, aqui representado pelo secretário regional, Cassio Quadros, PSD, aquele que nem conseguiu fazer licitação para o papel higiênico das escolas estaduais, e pelos vereadores Giovânio Borges e Marcelo de Souza Brick.

O governo de Raimundo Colombo nos enrola no tal Anel de Contorno, não só essencial para os gasparenses, mas importante para o Vale do Itajaí. Mandou fazer, não fiscalizou e pagou muito por um projeto, que agra diz inexequível. Tudo se enrola para nada sair, ser esquecido, arrumar culpados e as verbas irem para Blumenau na ligação Sul com a BR 470, inclusive no deslocamento de uma ponte prevista aqui para o Bela Vista, se construir no Sesi.

E por que isto? Porque aspar é desunida, possui instituições aparelhadas politicamente por partidos que nem para o seu umbigo conseguem olhar direito, tem menos votos, porque Blumenau é unida em algumas ideias, possuiu representação política que tenta se preservar nos cargos e poder, tem instituições fortes como a Acig e há lá mais votos.

Se não for isto, leia o texto do governo e reflita.

O novo Contorno Sul de Videira, inaugurado em maio, já apresenta benefícios consideráveis para a população da região. Veja nestas belas imagens aéreas os detalhes da obra, que inclui uma nova ponte.

Ao deslocar o tráfego pesado para fora da cidade, proporcionou mais segurança aos motoristas e se mostrou uma alternativa eficiente para o escoamento da produção local.

Foram mais de R$ 15 milhões investidos pelo Governo do Estado, um dos maiores valores aplicados na região.
Herculano
24/07/2015 08:00
DECIDIDAMENTE, A DIFERENÇA É DA ÁGUA E O VINHO

O colunista Cláudio Prisco Paraíso faz este título: Colombo tenta ocupar espaço deixado por LHS e se aproxima do PMDB. Mas, entre a intenção do governador do PSD e a ação, há um abismo sem igual. Primeiro lhe falta inteligência política, segundo articulação e terceiro, ação dominando os cenários administrativos e políticos. Tudo isto, mesmo com defeitos, sobravam em Luiz Henrique da Silveira, que aglutinava, separava e decidia. Colombo sempre esteve refém da sua inércia, e das suas alianças erradas, como a mais recente com Dilma Vana Rousseff, PT, exatamente na contramão dos fatos.Vamos ao texto de Prisco.

Raimundo Colombo está atuando para ocupar, pelo viés da articulação política, parte do vácuo deixado em Santa Catarina com a morte de Luiz Henrique da Silveira. Percebendo os movimentos de correligionários e de líderes do PMDB, o governador entrou no circuito para tentar evitar o divórcio no último ano da gestão. O pessedista tem procurado se reaproximar de Mauro Mariani, além de construir uma interlocução com o senador Dário Berger.

Separadamente, já entabulou conversas com os dois, além de estar, até pela força do cargo, em contato frequente com o vice Eduardo Pinho Moreira.

Mariani, aliás, vem mudando o tom em relação ao Centro Administrativo e já ensaiou elogios ao governo Colombo, metralhado por ele no passado. O resumo da ópera é o seguinte, sob o ponto de vista do líder lageano: encaminhar nova composição entre as duas legendas para 2018, com a possiblidade de o PSD abrir mão da cabeça de chapa. Os contatos têm sido intensos. Na mais recente viagem do governador a Joinville, de carro, Mauro Mariani pegou "uma carona" de Florianópolis até a cidade do Norte. Normalmente, são mais de duas horas de estrada.

A movimentação de Colombo para manter o casamento com o PMDB passa por acertos eleitorais nas duas principais cidades do Estado. Em Florianópolis, as conversas indicam que o PMDB teria que indicar o vice de Cesar Junior, enquanto em Joinville, seria o inverno. O PSD saindo de vice de Udo Döhler. Por óbvio, uma articulação bem complicada para se viabilizar.
Herculano
24/07/2015 07:41
SEM PERDÃO, por Ricardo Balthazar para o jornal Folha de S. Paulo

Na semana passada, chamado pela Polícia Federal para falar sobre a corrupção na Petrobras, o empresário Marcelo Odebrecht invocou o direito constitucional de permanecer em silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta. No fim, disse que considerava sua prisão desnecessária e acreditava na inocência dos outros executivos da Odebrecht presos com ele.

Três dias depois, o delegado Eduardo Mauat apresentou um relatório sobre o caso em que conclui o seguinte sobre o empresário: "Marcelo Odebrecht aderiu de forma inconteste às condutas imputadas aos demais investigados, considerando que delas detinha pleno conhecimento".

A conclusão do delegado deturpa a declaração do empresário, mas é reveladora do estado de espírito dominante na linha de frente da Operação Lava Jato. Policiais e procuradores envolvidos com as investigações acham que já reuniram evidências suficientes para demonstrar que executivos da Odebrecht pagaram propina em troca de vantagens na Petrobras, e estão convencidos de que Marcelo Odebrecht sabia de tudo.

Na segunda-feira (20), o juiz Sergio Moro impôs penas duras aos três ex-executivos da Camargo Corrêa processados por seu envolvimento com o esquema. Os dois que confessaram seus crimes foram condenados a mais de 15 anos de prisão e tiveram recusado o pedido de perdão judicial. Como colaboraram com as investigações, cumprirão a pena fora da cadeia. O outro executivo pegou 9 anos e meio de prisão e deverá ficar mais de um ano atrás das grades.

Foi um sinal de que as outras empresas podem se preparar para o pior. Se não convencerem o juiz Moro a rever suas convicções, elas poderão recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que reafirmou todas as decisões do juiz até agora. Restará a possibilidade de recurso aos tribunais superiores, mas ali só haverá espaço para discutir questões processuais e eventuais deslizes cometidos nas etapas anteriores.
Herculano
24/07/2015 07:38
SUSPEITA, por Cláudio Prisco Paraíso

Depois que a Lava-Jato trouxe à tona o esquemão de venda de pareceres pela família Cedraz no Tribunal de Contas da União (TCU), o corpo técnico do tribunal e ministros indignados podem rever inúmeras decisões polêmicas tomadas pela corte nos últimos anos. O rumoroso caso da Beira-Mar de São José, que envolve os irmãos Berger, pode engordar esta lista

Volto. Vira e mexe, são sempre os mesmos
Herculano
24/07/2015 07:33
PARA VALER, por Paulo Alceu

Embora não aborde em nenhum momento que poderá vir a disputar a prefeitura de Itajaí em 2016, o ex-deputado Paulo Bornhausen [PSB] postou em sua página no facebook a comunicação de que está a partir de agora residindo com a família na Praia Brava em Itajaí, um projeto que começou a ser delineado com a família em 2014, antes mesmo do resultado das urnas.

A partir daí vai trabalhar com a Amfri um projeto de desenvolvimento sustentável, já aprovado visando um salto de qualidade de vida da região abordando emprego, mobilidade, gestão pública e excelência. Um trabalho voluntário com parceiros nacionais e internacionais. Paulo Bornhausen destaca que está feliz e desafiado, como gosta de viver.
Herculano
24/07/2015 07:29
CÂMARA ACUSA O GOVERNO DE SABER DA 14ªFASE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais basileiros

Deputados federais do PMDB dizem ter informações concretas de que o Planalto soube com cinco dias de antecedência da 14ª fase da Lava Jato, ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido do procurador Rodrigo Janot. E que o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) sabia que senadores seriam alvo de mandados de busca, apesar de haver negado na CPI da Petrobras o conhecimento prévio de ações da PF.

Só a verdade é permitida

A turma de Eduardo Cunha, na Câmara, tentará agora comprovar que o ministro José Eduardo Cardozo não teria dito a verdade na CPI.

Duas semanas

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo STF em 1º de julho, mas a Operação Politeia somente seria deflagrada 13 dias depois.

Homem de confiança

Deputados ligados a Eduardo Cunha acreditam que, centralizada em Brasília, a Politeia não ocorreria sem o ministro da Justiça saber.

Passando pra frente

Pelo sim, pelo não, a 14ª fase da Lava Jato ajudou Dilma politicamente, na medida em que fragilizou o Congresso que a enfrenta.

Transpetro mantém diretores de ex-presidente

Alvo de escândalo de corrupção na Petrobras, a Transpetro manteve inalterada sua estrutura administrativa. Além de recém-nomeado presidente, Antônio Rubens Silva Silvino, ser ligado ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a subsidiária da Petrobras não mudou nenhum dos seus quatro diretores após a demissão de Sérgio Machado, ex-presidente enrolado na Lava Jato.

No comando

Silvino já comandou a Liquigás Distribuidora, ligada à diretoria de Abastecimento da Petrobras, onde também foi gerente executivo.

Saindo de mansinho

Sérgio Machado foi forçado a deixar a presidência da Transpetro em fevereiro, após suspeita de recebimento de propina no Petrolão.

Escalação

Continuam Paulo Penchiná (Dutos e Terminais), Fernando Gabriel (Financeiro), Claudio Ribeiro (Serviços) e Nilson Ferreira (Transporte).

Derretimento preocupa

O governo disparou ligações a aliados para apagar o incêndio causado pela pesquisa CNT/MDA, que apontou aprovação do governo Dilma em pífios 7,7%, enquanto a rejeição se aproxima de 80%. O maior temor é uma debandada de aliados para se descolarem da imagem do governo.

Luz amarela

A articulação do governo recebeu ordens para seguir de perto os passos da base de apoio, especialmente do ex-aliado Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Afinal, já existem 12 pedidos de impeachment contra Dilma sobre a mesa de Cunha, que decide o que será votado.

Solidariedade

Peemedebistas dizem que "haverá solidariedade ao Eduardo (Cunha)", no caso da análise de um processo de impeachment contra Dilma. E ele teria "mecanismos para persuadir" outros partidos da base.

Lamentos

As lamúrias do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) não cessaram. Interlocutores dizem que o desejo Cardozo é deixar a pasta ao fim CPI da Petrobras e que ele nada pode fazer em relação à Lava Jato.

Fora do script

O senador Hélio José (PSD-DF) anda um pouco perdido no exercício do mandato. Ele só concede entrevista com respostas preparadas pela assessoria. Se a entrevista foge do "script", sua excelência reclama.

Desconto em folha

Deputados chiam do corte no contracheque por falta em votação nominal. Por causa de reunião com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Jerônimo Goergen (PP) teve desconto de R$ 1.400.

Nome e sobrenome

No embalo da baixa popularidade de Dilma, o deputado Nilson Leitão (MT), vice-líder do PSDB na Câmara, afirma que a crise do Brasil tem nome: chama-se Dilma Rousseff. "E o sobrenome, PT", diz o deputado.

O passado condena

O "intrigômetro" de Brasília subiu novamente, entre assessores da Fazenda e do Planejamento, e já respinga nos ministros das pastas. A rusga é antiga e historicamente a derrota sobra para o Planejamento.

Pensando bem...

...Dilma poderia aproveitar a nova redução da meta fiscal e também cortar ministérios, cargos comissionados, penduricalhos, "jet-ons" etc.
Herculano
24/07/2015 07:20
AS MANIFESTAÇÕES DE 16 DE AGOSTO DECIDIRÃO A DATA DO ENTERRO DO MANDATO NATIMORTO, por Augusto Nunes, de Veja.

Vítima de corrupção generalizada, falência dos truques econômicos, insuficiência mental e raquitismo administrativo, o segundo mandato de Dilma morreu nos trabalhos de parto. E a hora do enterro chegou, acaba de avisar a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes.

Lula é derrotado em todas as simulações da sucessão presidencial. Se o segundo turno da eleição fosse antecipado para julho de 2015, o sinuelo sem rebanho perderia para Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra. O índice de popularidade da afilhada é menor que a taxa de inflação. Oito em cada dez brasileiros acham desastroso o desempenho de Dilma. Mais de 60% querem que a supergerente de araque seja forçada a abandonar o emprego.

Mais de 70% qualificam o governo de ruim ou péssimo. Metade dos entrevistados teme perder o emprego. Mais de 60% conhecem alguém incorporado à procissão dos 12 mil demitidos por dia. Para 76%, o custo de vida vai subir e a renda mensal continuará caindo. Quase 85% afirmam que Dilma está despreparada para lidar com a crise econômica. Sete em cada dez brasileiros responsabilizam o padrinho e a afilhada pela roubalheira do Petrolão.

Se o horizonte desenhado pelos brasileiros tem todos os matizes de cinza, se os otimistas delirantes logo caberão numa missa negra do PT, o que falta para a consumação do sepultamento? Falta apenas que a imensidão de descontentes se transfira das pesquisas para as ruas. E sem prazo para voltar para casa. As dimensões da crise requerem pressa e pressão constante. Neste momento, um ato de protesto por trimestre é quase nada. Há um cadáver a enterrar urgentemente.

No dia 16 de agosto, a imensa maioria de indignados precisa exigir o imediato encerramento do velório que há meses adia a ressurreição da esperança. É o povo quem forja o próprio destino. É perda de tempo ficar à espera de homens providenciais. Os políticos acabarão fazendo o que for ditado pelo coro da multidão. Sempre foi assim. E assim sempre será.
Herculano
24/07/2015 07:17
ELES SÃO BICHOS DIFERENTES, MIMADOS E PROTEGIDOS POR LEIS QUE NÃO PROTEGEM O CIDADÃO COMUM, O QUE SUSTENTA TODA ESTA GENTE. E AI DE QUEM OS QUESTIONEM

Conteúdo do jornal Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Texto de Hyury Potter. A seção catarinense a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) e o Ministério Público de Contas questionam uma resolução o Tribunal de Contas do Estado(TCE) que impede a divulgação da documentação sobre o processo que trata do gasto de R$ 31 milhões com diárias de viagem na Assembleia Legislativa (AL) de Santa Catarina. A determinação, publicada em 22 de outubro de 2012, prevê que apenas processos que tenham passado por "ato decisório" sejam disponibilizados. O objetivo da OAB-SC é acompanhar a tramitação do processo.

A OAB solicitou à presidência do TCE acesso aos autos do caso na noite de quarta-feira. Caso não tenha resposta positiva, analisa pedir a extinção da resolução. No começo de junho, a Comissão de Moralidade da OAB-SC abriu um procedimento administrativo para acompanhar o processo das diárias da Assembleia, que tramita no TCE.

Com a entrega das contestações da presidência da AL, na segunda-feira, o relator do procedimento na Ordem, advogado José Sérgio Cristóvam, e o presidente da comissão, Eduardo Capella, encaminharam um ofício pedindo acesso aos autos, mas a solicitação pode esbarrar na norma interna do tribunal.

- Também faço parte da Comissão de Direito Constitucional da OAB-SC e vamos analisar a legalidade desta regra. Pediremos que o tribunal revise o texto dessa norma - afirma José Cristóvam.

Para o procurador-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas (MPTC), Diogo Ringerberg, a regra contraria a Lei de Acesso à Informação (LAI):

- Essa resolução é ilegal e fere flagrantemente diretriz da lei de acesso, que é ter a transparência como regra e o sigilo como exceção. São raros os casos que justificam exceção, não chegam a 1% dos processos. Apenas situações de segurança e estritamente pessoais justificam isso, o que não é o caso das diárias da Assembleia.

Em nota, o presidente do TCE, Luiz Roberto Herbst, informou que as normas internas do tribunal estão "em consonância com a Lei de Acesso à Informação".
Herculano
24/07/2015 07:12
PARA ONDE VAMOS?, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Dilma precisa decidir-se sobre o rumo a seguir e agir resolutamente, sem dar espaço aos sabotadores que se abrigam em seu governo

O Brasil está à deriva num mar tempestuoso. O lamentável desfecho do debate acerca das contas públicas acentuou a sensação de que ninguém controla o leme desse gigantesco transatlântico.

Reduzir a meta de economia de gastos em 2015 foi o menor dos males, pois já estava clara a impossibilidade de o setor público destinar R$ 66,3 bilhões para abater a dívida ao final deste ano de aguda recessão. A magnitude da revisão e sobretudo o modo como se desenrolou é que recendem a capitulação.

O novo objetivo - saldo positivo de R$ 8,7 bilhões no cotejo entre receitas e despesas não financeiras - já surge com uma cláusula que perdoa seu descumprimento e admite deficit de até R$ 17,7 bilhões.

Premia-se a irresponsabilidade do Congresso, desobrigado desde logo de votar o projeto de repatriamento de recursos mediante taxação, da qual viria parte das receitas extraordinárias esperadas pelo governo para fechar no azul.

Eis em microcosmo o pecado que permeia todo o episódio e projeta incerteza sobre os próximos três anos e meio: à exceção do Ministério da Fazenda, os atores institucionais relevantes para a condução da política econômica se sentem livres para boicotar o ajuste.

Perfilam-se entre os sabotadores os líderes do Congresso e do Judiciário, o ministro da Casa Civil, o titular do Planejamento e a própria presidente da República, cuja inépcia se ressalta a cada decisão importante que tem a tomar.

Esse comportamento geral de fugir da responsabilidade pelas medidas amargas já fez estragos duradouros e, caso continue, será desastroso para o futuro do país.

A desconfiança agora ameaça contaminar a própria Fazenda. É difícil acreditar, por exemplo, na projeção oficial de que a dívida pública bruta, próxima de 65% do PIB ao final deste ano, vai estabilizar-se pouco acima de 66% em 2017 e começar a declinar no ano seguinte.

Como o governo também reduziu as metas de superavit do próximo biênio, é bastante provável que a dívida suba sem parar e ultrapasse 70% do PIB no final do mandato de Dilma Rousseff.

Será necessário mais que trabalho de convencimento para desfazer a sensação de que as metas continuam a ser simples contas de chegada, sempre moldáveis ao comportamento populista do Congresso e de setores do Executivo.

O governo gasta mais do que pode arrecadar não em razão de uma recessão circunstancial. O aumento a descoberto das despesas é fato inercial, a repetir-se ao longo dos próximos anos a despeito das oscilações da economia.

O que pode alterar esse quadro são reformas que alvejem as causas do desajuste, a começar pela Previdência Social. Não faz sentido que um brasileiro se aposente, na média, aos 54 anos de idade - antes que um grego.

Se quiser recuperar a confiança maculada, Dilma Rousseff precisa decidir-se sobre o rumo a seguir e agir resolutamente. Chega de sustentar uma equipe desarmônica de ministros. Aos sabotadores a mensagem deve ser clara: ou submetem-se ou deixam o governo.
Herculano
24/07/2015 07:08
PARA ELES SEMPRE HÁ UM JEITO

Conteúdo e texto de Upiara Boschi, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Claudio Vignatti precisou pedir licença da presidência estadual do PT por causa do entendimento da Eletrobras de que ele não poderia acumular a função partidária com a diretoria financeira da Eletrosul, que assumiu na semana passada. Ele estava otimista de que poderia retomar o cargo porque existe o entendimento da Casa Civil de que a restrição seria aplicável apenas se ele tivesse assumido a presidência da estatal - a vaga que ficou com o ex-deputado federal Djalma Berger (PMDB).

Se prevalecer o entendimento da Eletrobras, o PT estadual terá que escolher um novo presidente após seis meses do afastamento do titular. Mas isso não geraria mais uma das disputas internas do partido: a eleição seria dentro do diretório estadual eleito com Vignatti.
Herculano
24/07/2015 07:05
O DISCURSO E A DESCULPA

Os petistas que já pensaram e até agiram em outros governos pelo impeachment presidencial, descaracterizam-no agora e só exatamente contra o governo petista. Argumentam ser um golpe (político feito por políticos). Contra o PT o impeachment não vale, é perseguição, não tem fundamento técnico e político.

Mas, a eleição não foi em si um ato político com fundamento técnico? E a eleição não foi sustentada por mentiras e dinheiro roubado dos nossos pesados impostos que faltam e matam na saúde, na educação, n segurança, nas obras? Isto, o roubo, por exemplo, não é um ato político, mas uma fraude que fundamenta a cassação e o próprio impeachment.

Mais. O governo está metido numa crise econômica que ele próprio, e só ele criou, mas não consegue se desvencilhar dela. Há um crise institucional onde o governo petista e seus agentes têm que provar todos os dias que não são marginais numa organização criminosa muito bem estruturada para fraudar, roubar, dissimular e mentir.

O governo, por falta de governo está prejudicando o país, o povo, o futuro e a credibilidade mundo afora. Isto é um ato político grave e que por si só merece o impeachment, pela incapacidade de governar do atual governo que tenta desmerecer a Polícia Federal que apura e prende, o Ministério Público que denuncia, a imprensa livre que divulga, a Justiça que julga.

Por esta gente, o juiz Federal Sérgio Moro deveria estar na cadeia, sem salário, doente e maltratado por se atrever por julgar com a lei feita pelos próprios políticos, mas que só serve para os comuns e pobres, os políticos e empresários que sustentam toda esta sacanagem, ameaçados pelos políticos corruptos

Ou seja: quem deu o mandato, satisfeitas tecnicamente as exigências da lei em vigor foi o povo. Este mesmo povo tem o direito de pedir o impeachment para sanear o lodaçal onde o PT e PMDB, parceiros, nos meteram e nos exigem sacrifícios que eles teimam em ficar livres. Wake up, Brazil!
Sidnei Luis Reinert
24/07/2015 06:48
Na crise estrutural, política e econômica, Dilma baixa "e-financeira" - o BBB fiscal contra cidadãos e empresas


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A barbárie capimunista tupiniquim, que tem uma máquina estatal azeitada para assaltar a sociedade a mão armada com seu regramento excessivo e injusto, produz mais uma aberração, no momento em que os brasileiros enfrentam uma brutal crise econômica, agravada por um impasse institucional, que só confirma que nosso maior problema é estrutural. No dia 2 de julho, o feroz Leão da Super Receita Federal decretou, na prática, o fim do sigilo bancário, instituindo um BBB Fiscal inescapável, enquanto a politicagem discute se Dilma vai tomar no TCU ou no Cunha. Com certeza, nós tomamos antes. E pagando caro para sermos violentados...

Eis o efeito prático da Instrução Normativa nº 1.571/2015, publicada na página 32, seção 1, do Diário Oficial da União de 3 de julho de 2015. Bancos, seguradoras, planos de saúde, distribuidora de títulos e valores mobiliários e demais instituições financeiras ficam obrigados a enviar (mês a mês) para a Receita Federal toda a movimentação financeira dos contribuintes. A regra também manda que se informem, também no final de cada ano, os saldos de todas as operações que o contribuinte realizou em 365 dias. Combinando a "e-financeira" com a "e-social" (informações das empresas sobre seus empregados) o cerco se fecha.

O Leão quer fazer um cruzamento fiscal depois de conhecer a movimentação financeira detalhada de cada contribuinte brasileiro (seja pessoa jurídica e física) e assim confrontar os valores informados com os declarados pelo cidadão ou pelas empresas. O plano final é que a Receita Federal torne pública a prática de enviar ao contribuinte a declaração anual do Imposto de Renda já preenchida automaticamente. Isto já acontece atualmente para quem tem a cartorial e cara "certificação digital". Breve, a máquina estatal vai declarar por você - que terá o "direito" de cumprir o dever de "concordar" ou "retificar" as informações (já sabendo, previamente, que entrará na seletiva "malha fina").

A tal da "e-Financeira" será constituída por um conjunto de arquivos digitais referentes a cadastro, abertura, fechamento e auxiliares, bem como pelo módulo de operações financeiras. O arquivo será emitido de forma eletrônica e deverá ser assinado digitalmente. Torna-se é obrigatória para fatos ocorridos a partir de 1º de dezembro de 2015 e deverá ser transmitida semestralmente para o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) nos seguintes prazos. Estão obrigados à entrega do arquivo as entidades supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O cruzamento será simples e fatal. O arquivo eletrônico que o Leão manipulará em seu supercomputador trará vários campos: "como nome, nacionalidade, residência fiscal, endereço, número da conta ou equivalente, individualizados por conta ou contrato na instituição declarante, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), Número de Identificação Fiscal (NIF) no exterior, quando houver, nome empresarial, os saldos e os montantes globais mensalmente movimentados e demais informações cadastrais, além do nome completo ou razão social, o correspondente número de inscrição no CPF ou no CNPJ e o endereço de qualquer pessoa autorizada a movimentar as contas retro mencionadas, alcançando todos os representantes legais ou convencionais".

Tributaristas advertem que movimentação bancária precisa estar justificada por rendimentos compatíveis ou devidamente esclarecida por documentos idôneos (como empréstimos bancários). Na discrepância de dados, prevalecerá a presunção de sonegação fiscal, com a consequente atribuição da responsabilidade e penalidades. O Estado Capimunista Tupiniquim dá mais um passo decisivo no controle da vida dos cidadãos. Assim que for implantado o tal projeto do "CU" (sigla meio pornográfica do tal Cadastro Único que irá centralizar todos os números dos principais documentos - RG, CPF, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho, Motorista etc) -, os brasileiros vão sentir, na pele, o que significa "tomar no Estado"...

Confira a tal "e-financeira" na página da Super Receita Federal e fique ainda mais pt da vida com o desgoverno que é péssimo em administrar a coisa pública, mas excelente em tomar recursos da sociedade.

Será que a zelite e o zé povinho cada vez mais imbecilizados vão reagir a mais este estupro programado pelo Leão?
Herculano
24/07/2015 06:42
DE "MAROLINHAS" E "CRISEZINHAS", por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado e S. Paulo

O momento brasileiro não tem graça nenhuma e o vice-presidente Michel Temer, sempre tão sóbrio, foi no mínimo infeliz ao imitar o ex-presidente Lula, sempre tão boquirroto, e dizer que toda essa baita confusão não passa de uma "crisezinha". A ebulição política não é só uma "crisezinha", tanto quanto o tsunami econômico internacional de 2008 não foi só "marolinha".

A "marolinha" de Lula pegou os Estados Unidos, a Europa de jeito e o mundo inteiro de jeito, virou o que virou e até hoje é pretexto, inclusive, para a desordem econômica herdada do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Até o presidente do Supremo Tribunal Federal caiu nessa, ou prefere cair nessa.

Quanto à "crisezinha" de Temer: o rompimento declarado do deputado Eduardo Cunha com o governo acentua o clima de guerra entre a Câmara e o Planalto e aumenta a desconfiança mútua entre o PMDB de Temer e o PT de Dilma. Fosse só uma "crisezinha", o Planalto não estaria de prontidão, menos para atacar, mais para se defender.

Nesse tiroteio, com bala perdida para todos os lados, a Lava Jato segue seu rumo, não propriamente a jato, mas no tempo certo, e cria uma cena inédita na vida nacional: os atingidos não são pobres coitados de favelas e periferias, mas ricos e poderosos encastelados nas grandes empreiteiras. Se o mensalão meteu os corruptos na cadeia, o petrolão chega na outra ponta: a dos corruptores.

A Justiça acaba de condenar três mandachuvas da Camargo Corrêa e a Polícia Federal está indiciando o dono da Odebrecht, nada mais nada menos que a maior empreiteira do País. Vocês lembram de algo parecido? E não vai parar por aí, porque a fila é grande e a Lava Jato entrou na fase do "anda rápido que atrás vem gente". Depois dos empreiteiros, diretores da Petrobrás e doleiros, está chegando a vez dos políticos.

Eduardo Cunha pode espernear à vontade, mas ele não vai escapar tão fácil das investigações - e não está sozinho. Além dos colegas do PMDB, inclusive o presidente do Senado, Renan Calheiros, a Lava Jato atinge praticamente todo o PP, aliados governistas do PT e de vários partidos e até gente da oposição. Logo, vice Temer, é até de mau gosto falar em "crisezinha".

Se diplomatas irritam por falar muito e não dizer nada, políticos falam muito, dizem cobras e lagartos dos adversários e muitas vezes morrem pela boca. Os anais políticos são pródigos em expressões que ficam como carimbos indeléveis. O "duela a quien duela" de Collor, o "esqueçam o que escrevi" de Fernando Henrique (que ele nega), o "estupra, mas não mata", de Paulo Maluf, o "relaxa e goza" de Marta Suplicy, Lula chamando o filho Lulinha de "Ronaldinho" dos negócios e, claro, Dilma enaltecendo a "mulher sapiens" e a "mandioca". Ela, aliás, bate todos os recordes.

Mas com crise não se brinca, seja política, econômica, ética, ou, como agora, todas juntas. Lula falou de "marolinha" em 2008 por pura esperteza, mas Temer tentou fazer blague com a crise atual chamando-a de "crisezinha" por simples falta do que dizer. Como ele poderia escapar? Nem poderia romper com Cunha, muito menos poderia romper com governo. Então, improvisou uma gracinha, mas, no dia seguinte, já admitiu que, ?um dia?, pode ocorrer de o PMDB deixar mesmo o governo.

Enquanto Temer estava em Nova York menosprezando a "crisezinha? política, aqui a recessão se aprofunda, o desemprego já empurrou 345 mil famílias no limbo e na incerteza neste semestre e a popularidade de Dilma vai ficando abaixo do volume morto. Segundo a CNT-MDA de ontem, ela tem 7,7% de aprovação e 70,9% de rejeição. Pior: mais de 60% aprovam o impeachment.

E a pesquisa não é dramática só para o PT no presente, mas também para o PT no futuro: se a eleição presidencial fosse hoje, o antes endeusado Lula perderia no 2.º turno para Aécio Neves, José Serra ou Geraldo Alckmin. Vocês acham mesmo que o PMDB vai segurar a onda de uma "crisezinha" assim? É só questão de tempo.

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