24/11/2015
JUNTANDO OS CACOS I
O que o deputado federal Mauro Mariani, presidente do PMDB catarinense, veio fazer aqui e a imprensa local, de um modo geral omitiu, ou não conseguiu ler? Ele não veio apenas dar aval ou reforçar a candidatura de Kleber Edson Wan Dall, que ele próprio acha fraca, tanto que ela só decola se todos os partidos estiverem juntos como o PP, PSD e principalmente o PSDB. Esse mote foi a notícia de fachada, a fabricada. É a consequência, isso se o recado de Mariani for entendido e tudo der certo.
JUNTANDO OS CACOS II
O que Mariani veio fazer aqui foi hastear a bandeira branca ao diretório de Gaspar, hoje comandado por Carlos Roberto Pereira, que sucedeu o próprio Kleber. Um gesto de um líder e de um político experimentado, que enfrentou o dono do partido em Santa Catarina, e que a seu o modo, quase o destruiu: o ex- deputado, o ex-ministro, o ex-presidente nacional, o ex-governador e ex-senador, Luiz Henrique da Sillveira. O PMDB daqui foi surpreendido pela ascensão de Mariani ao diretório regional a quem sempre boicotou, e por um fato muito simples. Mariani tem no ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, que nasceu no PMDB, seu cabo eleitoral (foi o histórico Odir Barni quem apresentou Mariani a Adilson) e até então, ambos – Mariani e Adilson -, por conta disso, gratuitamente se tornaram "inimigos" do pessoal do PMDB daqui. O deputado federal do diretório de Gaspar é Rogério Peninha Mendonça, que até pensa numa aliança do PMDB com o “rival” PT. Uma aliança para tudo ser mais rápido, fácil, fechar o caixa e assim todos continuarem no poder.
JUNTANDO OS CACOS III
O que Mariani veio dizer? Eu preciso de vocês – nega, mas quer ser candidato a governador na pregação de candidtura própria - e vou ajudá-los para estarmos num mesmo barco de poder. Mas vocês, com esse candidato fraquinho e com esses ranços entre os próprios corriligionários e as possíveis alianças, precisam muito mais de mim e do diretório regional nas composições para trazer de goela abaixo os partidos que vocês não conseguem - pela arrogância e intrigas - sequer se estabelecer na conversa.
JUNTANDO OS CACOS IV
O presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, ouviu e fez aqueles salamalengues de sempre insinuando que ele está mal informado, que é fofoca, intriga de certa imprensa, principalmente a isenta e de credibilidade. Mas se ele entendeu a proposta e o recado, tiver ainda estômago, habilidade para convencer, conversar, sair do salto alto e liderar a favor de um projeto que de novo não tem nada, pois trata-se de repetição de 2012, só o tempo dirá. Pereira, depois de ver o PSDB que o tinha como seu e menor, criar um projeto com Andreia Symone Zimmermann Nagel, de ver o PP e o PSD botando preço e banca, de ver históricos se desfiliando, de não ter toda a imprensa sob o seu relho, ele vai precisar muito de Mariani se quiser se sair melhor do que está e se desenha. Acorda, Gaspar!
MAIS UM
Mais um suplente quer a vaga de Andreia Symone Zimmermann Nagel por ela ter deixado o DEM e se transferido para o PSDB: Vitório Marquetti, do PPS, partido que estava na coligação de Andreia quando ela se elegeu. Depois de enrolar, negar e até desmentir a coluna, agora é oficial e está na Justiça. O primeiro a requerer foi Laércio Pelé Krauss, do DEM. Coincidência ou não, Vitório era do PMDB e foi plantado no PPS, ex-partido de Adilson, pelo próprio Adilson. Pelé era ex-concunhado de Adilson e sempre fez o que Adilson orientou, tanto que o colocou no DEM. E Adilson – que articulava nos bastidores a união do PSD ao DEM para jogá-los fracos no colo do PMDB num serviço familiar - não se conforma até hoje que ele não tenha participado dessas negociações e tenha sido apenas comunicado na última hora. Jurou vingança. Então... Outra: dois reinvindicando a mesma vaga? Só irão alongar esta discussão na Justiça, enquanto a vereadora trabalha e aguarda uma decisão da Justiça. Amadores.
SEM TRANSPARÊNCIA I
A revisão obrigatória do Plano Diretor de Gaspar nasceu torta, entre poucos, saiu cara e a Iguatemi agradece porque não está no centro da discussão. Esta revisão, feita fora da realidade local, não seguiu os passos obrigatórios de transparência exigidos pelo Estatuto das Cidades. Escondeu-se de todos. Até as audiências foram armadas e quando feitas, armou-se entre poucos selecionados ou então, montadas com figurações. É tão (des)articulado, que agora estão fatiando para que ela não seja percebida, só quando for lei. A coisa é feita para parecer amadora, mas não é. É açodo para o errado virar o certo. E nesta pressa, até esqueceram de revogar a lei que criou o Plano Diretor em 2006, na gestão de Adilson Luiz Schmitt, hoje sem partido. Afinal, uma mesma lei só pode vigorar se houver a revogação da anterior. A procuradoria municipal deixou escapar este ensinamento elementar em Direito. Coisas da armação malfeita e cheia provas. Doidos para serem contestados na Justiça e prejudicarem ainda mais os gasparenses.
SEM TRANSPARÊNCIA II
“Com o fim do ano por um fio, as bobagens e as mutretas começam a aparecer de forma mais contundente. O que podemos esperar do grupo no poder e com o poder? Tudo menos ações legais e eficazes para a cidade e seus cidadãos. O Plano Diretor, exigência do Estatuto das Cidades, deveria ser a ferramenta fundamental de gestão, planejamento e principalmente garantir a sustentabilidade da cidade. Todos sabemos que ao contratar a preços elevados, apesar de concorrência, uma empresa dissociada da nossa realidade, os resultados seriam os dos interesses dos donos. Não nos parece falta de vergonha, mas sim de desprezo com as coisas e sua gente. Para o grupo dominante, a palavra participativo deixou de existir”
SEM TRANSPARÊNCIA III
O desabafo, além da medida habitual é do engenheiro, ex-secretário do Planejamento Maurilio Schmitt (irmão de Adilson) e que fez o primeiro Plano Diretor de Gaspar. Ele está ainda em vigor devido à morosidade e aos erros da tal “revisão” obrigatória. “A falta de oposição séria e competente faz do ‘faz de conta’ a forma de agir e descumprir as legislações. O fatiamento, palavra da moda, está tentando descumprir normas e etapas. As consequências serão atropelamento das regras que estão sob atualização e se concordada pelos cidadãos, deveria ser observado o caos a ser implantado. A montagem e principalmente a atualização, demandam etapas sequenciais sob risco de termos um samba do crioulo doido, ao invés de uma peça reguladora da administração da cidade”, acentua Maurílio.
SEM TRANSPARÊNCIA IV
“Às vésperas de iniciarmos um ano de embates eleitorais vemos, com tristeza e preocupação, o triste papel exercido pela nossa Casa de Leis, com vereadores fragilizados por falta de conhecimento técnico, falta de modéstia para buscar assessoramento para votar um conjunto de leis de forma descontinua e sem cumprir a etapas participativas. Aumentar o perímetro urbano e com consequente diminuição da área rural será o caminho a adotar. A atividade agrícola, como será tratada? A mobilidade de uma cidade muito bem situada, mas massacrada pela falta de visão urbanística. O que Gaspar está esperando para definir as prioridades de mobilidade? A duplicação a passos de tartaruga da famosa BR-470 não está nem aí para as marginais, passagens inferiores e superiores. A ponte a espera de verbas esquece das alças de acesso dos vizinhos moradores e da população local”, conclui Maurílio. Ou seja, Gaspar perdeu mais uma vez o debate coletivo, para um jogo de interesses menores, de poucos e que impõe, as vezes no grito, na ameaça, no constrangimento e no autoritarismo de que se diz participativo, popular e progressista. Acorda, Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS. NEPOTISMO CAI I
O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, fez de tudo para que a Lei do Nepotismo (que acaba com ele) não fosse sancionada e até publicada. Mas ela já está em vigor. Agora os vereadores vão atrás do cumprimento imediato do que determina a Lei. Se isto não acontecer, vão a Justiça e ao Ministério Público. A Lei é de origem da Câmara. O autor foi o vereador Almir Aníbal de Souza, PMDB. Quando projeto recebeu emendas de Paulo Roberto Drun, PSDB, e Alyne Debrassi e Silva, PSD, ex-líder de Bosi.
ILHOTA EM CHAMAS. NEPOTISMO CAI II
O Projeto de Lei foi aprovado por ampla maioria. Houve apenas com os votos contrários de Gilberto de Souza, PP, e Fabrício Pereira, PSDB, exatamente os que serão afetados pela Lei do Nepotismo em Ilhota, por terem parentes em cargos comissionados na administração de Bosi. Aprovada, foi para a sansão do prefeito. Nada de sanção e promulgação. Ao contrário: vetou na maior cara de pau. O veto foi apreciado pela Câmara e derrubado. Então ela foi sancionada pelo presidente da Câmara, Lavino Miguel Nunes, PMDB, sob o sugestivo número de 1800/2015.
ILHOTA EM CHAMAS. NEPOTISMO CAI III
E percebam como Bosi e o PSD de lá são resistentes ao óbvio, mesmo o prefeito sendo um advogado, ou seja, com conhecimento pleno do rito, processo e da Lei para o Direto Administrativo. Ele teria que publicá-la no Diário Oficial dos Municípios para valer como Lei. Passados 15 dias, Bosi mandava bananas para o Legislativo ilhotense. Então a Câmara como poder independente agiu e notificou o prefeito no dia 18 de novembro para efetivar a publicação em 48 horas. No dia 19 ela foi publicada no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicada.
TRAPICHE
É hoje, terça-feira. Depois de dois adiamentos pedidos pelo réu Pedro Celso Zuchi, PT, -prefeito de Gaspar – e poderá ainda pedir mais adiamentos se quiser e aí dependerá dos magistrados – será julgado no Tribunal de Justiça, em Florianópolis, a apelação da Ação Civil Pública interposta por suposta prática de Improbidade Administrativa de Zuchi.
Do que se trata? O Ministério Público do Estado de Santa Catarina, representado por sua Promotora de Justiça e que cuida da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon – que o PT quer vê-la longe daqui o mais rapidamente possível e para isso vem se queixando dela na corregedoria para desmoralizá-la, constrangê-la, desmotiva-la e intimidá-la – representou contra Zuchi.
E por quê? Por ele ter autorizado o Município de Gaspar – ou seja, ter usado indevidamente os pesados impostos dos gasparenses -, para custear defesa de seus próprios interesses, coisas pessoais. Como assim? Pagou com dinheiro público advogado para defende-lo na CPI da Câmara no famoso caso do caminhão pipa, que ocorreu no seu primeiro mandato de 2000 a 2004 – ele está no terceiro, sendo o segundo consecutivo. E neste segundo consecutivo, o então advogado José Carlos Schramm, virou procurador geral do município e hoje está comandando o jurídico do Samae, na troca que fez com Mara Lucy Fabrin Áscoli.
Então entenderam o espírito do Projeto de Lei 49/2015 que dava para os ex, atuais e futuros prefeitos, vices, secretários e vereadores, caros, eternamente, em todos os graus, advogados, perícias e pareceres com dinheiro do povo? Zuchi, neste caso é um ex-prefeito. Ainda bem que o PL foi retirado por pressão da comunidade e só porque desnudado pelo jornal Cruzeiro do Vale (e esta coluna). Então o PT e o prefeito ficaram fragilizados perante a comunidade e os meios políticos que manobravam. Consequentemente não conseguiram, em uma semana, a certeza dos sete votos para aprova-lo – como tentaram sob vários contatos até a sessão da última terça-feira.
E por que a defesa de Zuchi pediu neste caso dois adiamentos no Tribunal? Porque contava com a aprovação do PL 49 por aqui no regime de urgência e com o silêncio da imprensa, do MP, longe do conhecimento e discussão popular... Se aprovado e sancionado, Zuchi acostava a lei em sua defesa e acusação do Ministério Público neste processo viraria mico, teria que ser arquivado e para a comemoração dos políticos matreiros. Ou seja, tudo porque o PT, Zuchi e sua equipe constituíram a posterior, uma lei imoral legalizando a lambança que ele fez no passado e que na época não tinha amparo legal.
Maravilha a esperteza dessa gente, que trabalha no escurinho, com o dinheiro dos pesados impostos do povo e que falta à saúde pública, educação, assistência social, obras...
E é por isso que maldizem o Ministério Público, a Justiça quando ela não decide a seu favor e principalmente a imprensa livre, que vira e mexe, mesmo ameaça por processos, explica o que se trama nos bastidores contra a cidade, os cidadãos e as cidadãs. Esclarecidos, fica mais difícil aos políticos agirem à luz do sol, ainda mais às vésperas de eleições municipais que podem derrubar palanques e envenenar discursos.
Agora Zuchi e o PT vão ter que rebolar. O caso tem como relator o desembargador Paulo Henrique Moritz Martins da Silva. E o que o Tribunal está analisando a pedido de Zuchi? A sentença do dia oito de abril de 2014 do juiz João Baptista Vieira Sell quando ele aqui esteve na segunda Vara Comarca.
O magistrado reconheceu a improbidade administrativa praticada por Pedro Celso Zuchi neste caso e o condenou ao ressarcimento da quantia apropriada indevidamente (R$6.000,00 na época) e ao pagamento de R$ 18.000,00 à títulos de multa civil, corrigido a partir do ajuizamento da ação, e juros de mora a contar da citação. Acorda, Gaspar!
Mais um que sai de licença. No rodízio da coligação liderada pelo PMDB, a titular Marli Iracema Sontag saiu por 30 dias e entrou o suplente Ademir José de Moura, do PSC. O rodízio do PMDB já colocou na ativa este mês Sérgio Luiz Batista de Almeida, do PSDB. A licença médica de Ivete Mafra Hammes – e que faz falta – trouxe para a ribalta outro suplente da coligação, Charles Roberto Petry, ex-PV e hoje no DEM.
Finalizado. Foi eleita a nova mesa da Câmara de Ilhota para legislatura do ano que vem. Almir Anibal de Souza, PMDB, foi eleito presidente. Para a vice presidência foi escolhido Roberto Prebianca, PP. A primeira secretaria ficou com Paulo Roberto Drun, PSDB e segunda com Lavinio Miguel Nunes,PMDB.
Nova traição. Já em Gaspar a eleição da Câmara pode passar por uma nova traição. O primeiro acordo deu a presidência em 2013 mais uma vez ao longevo José Hilário Melato, PP, que se suborndiou ao minoritário PT.
O acordo foi mantido, para a segunda legislatitura: em 2014 assumiu Marcelo de Souza Brick, PSD, com José Hilário Melato mandando na Câmara e manobrando a favor do PT.
No terceiro ano, pelo acordo, seria da Andreia Symone Zimmermann Nagel, então no DEM. Como ela se negou a se ajoelhar para o PT como queria José Amarildo Rampelotti e rastejar na Câmara para José Hilário Melato como ele pediu. Resultado? Ela foi traída e rifada com ajuda de quatro votos do PMDB e que estava fora do acordo. Só o PSD honrou os votos do acordo (Brick e Giovânio).
Agora é a vez de Giovânio Borges, PSD, para o ano que vem. Apesar de alinhado com o PT, Giovânio corre um sério risco de ser rifado. No comando mais uma vez Melato, com os votos do PMDB e do PT. Será triste se isto acontecer. Como disse Andreia naquele famoso discurso da traição contra Melato e os vereadores do PT que a processam por ter afirmado: “não honram as calças que vestem”. Acorda, Gaspar!
Anunciou-se por meses que Brasília tinha liberado R$14,7 milhões para a ponte do Vale. Ontem para tomar as manchetes da imprensa, esta liberação minguou para R$5,2 milhões. O mesmo arauto – o prefeito Pedro Celso Zuchi e o seu tutor político, Décio Neri de Lima, ambos do PT - garante que em dias tudo as obras recomeçam. A conferir. A última vez que botaram prazo, foi para julho e não cumpriram, mas ocuparam a imprensa o tempo todo com desculpas esfarrapadas.
O presidente do PSD, ex-presidente da Câmara e vereador Marcelo de Souza Brick passou a ser um expert em lixo. Isto ainda vai feder.
E para encerrar e um sinal de que o PT não possui muitas esperanças de eleger o próximo prefeito. Ele está inchando e inviabilizando a máquina pública de Gaspar para o próximo governo. Dezenas de nomeações.
E o PMDB, que diz ser o forte candidato a substituir o PT de Pedro Celso Zuchi, pelo jeito também não está confiante nesta possibilidade. Na Câmara, os seus vereadores estão fazendo vistas grossas para esta sinuca de bico, que será agravada pelo proposital aparelhamento para parar quem vencer as eleições. Acorda, Gaspar!
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