21/06/2017
A COMUNICAÇÃO TORTA DO GOVERNO DE KLEBER I
Na coluna desta segunda-feira (agora ela não tem dia e hora para ser publicada, a não ser na sexta-feira quando está incorporada à edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale), explicitei o problema de comunicação e imagem do governo do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, de Gaspar. O cerne, desta vez, foi a morte no domingo à noite da professora Círia Cristina Amaro da Rocha e a não inicial liberação pela secretaria de Educação para professores e alunos dispostos a irem ao velório e enterro desta segunda-feira. Pois bem! Diante da repercussão negativa, a secretária, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, o prefeito ao invés de corrigirem um problema comportamental e comunicação, erraram mais uma vez. De algo que poderia ser classificado como um incidente, preferiram estabelecer como se fosse uma prática. Optou-se pelo caminho da censura e da intimidação. Pergunto pela enésima vez: quem mesmo cuida da comunicação do prefeito e da atual administração de Gaspar? Néscios, curiosos, irresponsáveis, adversários e inimigos, pois nenhum amigo do prefeito ou do poder faria o que se faz com tanta frequência.
A COMUNICAÇÃO TORTA DO GOVERNO DE KLEBER II
Quem foi ontem na escola Vitório Anacleto Cardoso, na Margem Esquerda, pedir satisfações dos professores e outros trabalhadores da educação de lá? A diretora pedagógica da secretaria de Educação, Cristiane Correa. Não que Cristiane não tenha valor, mas depois de toda a repercussão dos acontecimentos, quem deveria ir lá era a própria secretária de Educação, pivô do problema (aliás que nestes seis meses como secretária não pisou o pé por lá: quantas escolas municipais há em Gaspar?). Cristiane pouco sabia do fato como um todo. Inteirou-se lá. E teve que concordar com os fatos. Viu uma equipe unida, não contra o prefeito, a secretária ou a prefeitura, mas contra a falta de sensibilidade humana, bom senso e ação prática. Mesmo assim Cristiane não desistiu da missão dada pela Semed e o prefeito: queria saber quem na escola Vitório Anacleto Cardoso fez a postagem no facebook da escola e que acabou fundamentando, além dos fatos amplamente debatidos nas redes sociais, o comentário desta coluna, totalmente abafado na imprensa. Estava atrás de culpados para possíveis punições ou futuras perseguições. Nada mais. Meu Deus!
A COMUNICAÇÃO TORTA DO GOVERNO KLEBER III
Primeiro: a decisão de fechar a escola a tarde e ir ao velório e enterro da professora e mãe de um aluno da escola foi colegiada e unânime. Repito: unânime. Uma decisão do óbvio. Segundo: se a secretária de Educação tivesse ouvido a escola não haveria postagem, não haveria ruídos, não haveria união de professores, alunos e comunidades contra os burocratas de plantão da prefeitura, não haveria comentários nesta coluna. Terceiro: se Kleber tivesse intervindo pela sensibilidade e pelo bom senso, deixando de ouvir gente que está colocando-o exposto em coisas simples que estão na cara de todos, nada disso teria acontecido e se propagada contra Kleber, mais uma vez. Ou seja, não é a primeira; pelo jeito, não será a última, diante da atitude que autorizou ontem com os recados de Zilma, levados por Cristiane. Ah, mais foi um fato inesperado a morte da professora! Foi. Mas, mais inesperada, foi a atitude da secretaria de Educação (onde se demonstra e ensina exemplos a crianças), da prefeitura, com aval de Kleber, em deixar os amigos da falecida, isolados, e friamente trabalhando como se ela não representasse nada para o ambiente escolar e de trabalho. São nos momentos inesperados que se revelam os líderes e os estadistas. Sintomático. Quem mesmo cuida da comunicação de Kleber. Acorda, Gaspar!
SAMAE INUNDADO I
Na sessão da Câmara que aprovou o Plano de Saneamento Básico de Gaspar, a toque de caixa, para se ter acesso, como se justificou, à uma possível verba de R$36 milhões para a implantação do esgoto, duas intervenções de quem conhece o Samae, chamaram a atenção: a de Rui Carlos Deschamps, PT, e a de Cícero Giovane Amaro, PSD. Cícero por exemplo, pontuou que esse plano devia primeiro ser debatido não só com a comunidade (não aconteceu) e de conhecimento dos próprios funcionários do Samae. Ele tem razão. Numa empresa séria e engajada hoje em dia, os primeiros que devem saber, acreditar no seu planejamento para propaga-lo é quem vai executá-lo: os empregados. Vergonhoso saber que isso não é feito no Samae e ainda por quem se diz ser um executivo, o mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP. A outra preocupação demonstrada por Cícero foi com a falta de opções para o depósito do lixo recolhido em Gaspar. “Estamos na mão do monopólio da Recicle, em Brusque”, ressaltou ele, a “única que tem aterro sanitário na região e faz o preço que quer”, denunciou e reclamou o vereador.
SAMAE INUNDADO II
Concordo e discordo. Concordo que não há opções; que a concorrência é praticamente nula; que isso pode estar inflando os preços e pior de tudo, deixando os gasparenses num beco sem saída. Mas, a pergunta que não quer calar? A Recicle é a culpada? Então aí discordo frontalmente de Cícero e outros. Ouso apontar os culpados: os governos, inclusive o que está aí. Por que não tomaram uma ação para a solução quando surgiu à oportunidade de se associar ao consórcio de municípios que mantém um aterro sanitário em Indaial? Por que não se pensou uma alternativa estatal desde então? Onde estavam os governantes? Onde estavam e estão os gasparenses? Por que não se estimulou aterros sanitários privados na região? E respondo o porquê: primeiro, todos produzem lixo em abundância, mas não querem tê-lo depositado perto de si ou de suas propriedades num aterro sanitário por mais seguro e moderno que seja; segundo: para se conseguir uma licença ambiental é bucha, não apenas na burocracia que leva anos, mas nos sócios informais que são precisos se terem nesse processo que passa por inúmeros carimbos, reuniões nas repartições, audiências públicas e anuência do Ministério Público; terceiro: obtida a tão longínqua, desgastante e onerosa licença de operação, começa outro calvário para se manter vivo, com compensações, exigências extras não previstas no projeto e pedidos para aprovação, além das denúncias e até obrigação de receber resíduos gratuitamente. Acorda, Gaspar!
QUEM CALA CONSENTE I
Há três semanas, rolava uma morna sessão da Câmara. Mas, virava e mexia, a cada pronunciamento, um tema era recorrente. Desnudava-se por vereadores da oposição e da situação, a caótica situação da Saúde Pública de Gaspar. De um lado provava-se que ela estava na UTI, deixando milhares de pobres, doentes e frágeis com dores à míngua. E do outro lado, o médico e vereador Silvio Cleffi, PSC, batia na mesma tecla e defendia o seu sonho, a sua UTI no Hospital de Gaspar; convidava os vereadores para com ele visitarem à recém instalada UTI do Hospital de Timbó. Já escrevi aqui: antes da UTI reivindicada pelo dr. Silvio, necessária e não discordo, é preciso tirar a saúde pública de Gaspar da UTI. Qual a prioridade?
QUEM CALA CONSENTE II
E mais uma vez, quem está numa sinuca de bico é o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB. E não é por seus adversários, mas por gente do PMDB ou da base, como o próprio dr. Silvio, que quer o Hospital sob intervenção, funcionando no modelo-armadilha deixado pelo PT e que neste modelo, engole o dinheiro dos postinhos, policlínica e farmácias básicas. O PMDB ao mesmo tempo, está inconformado de que a secretária de Saúde, Dilene Jahn dos Santos, exatamente por ela ser uma técnica, de fora da cidade e não um dos seus, para dar tetas à vontade mesmo num ambiente de caos. Os vereadores de Kleber fizeram escada para as queixas dos vereadores da oposição, incluindo os do PT que colocou o município neste caos. “Não são só vocês que não são atendidos pela secretária”, disse um, como se atender, fazer sala, conversar, se enrolar e agir fora de um plano com pés e cabeça, fosse a solução. “Quem cala, consente”, fechou a sessão o líder do governo, Francisco Hostins Júnior, advogado, que já foi secretário da Saúde do PT enquanto isso era conveniente para o partido, ao responder aos queixosos. Vergonhoso. Como quem cala consente? Pressão ao prefeito em favor do grupo que quer tomar a área da Saúde para gastar mais e atender menos do que já se atende?
QUEM CALA CONSENTE III
Teve gente do governo de Kleber, que após a sessão, jurou que naquela semana Dilene seria defenestrada, como se os problemas da Saúde Pública fossem resolvidos num passe de mágica. Esperei, por isso, para completar o meu comentário. Não veio a demissão. O problema não é a Dilene, mas o PMDB, quem não teve coragem de criar um modelo de solução para a sustentabilidade mínima da saúde pública dos gasparenses, além das coisas pequenas e caseiras de sempre. Dilene, foi a que o PT colocou para fora do Hospital quando interviu lá. Agora, o PT está unido ao PMDB para fazer o serviço pela segunda vez, e comemorar. Dilene foi contratada como administradora do Hospital, sua especialidade, pelo empreendedor Sérgio Roberto Waldrich. Ele com um grupo de doadores e voluntários – entre eles, eu -, reconstruiu fisicamente do Hospital. O PT fez a côrte, tomou o Hospital e enganou Waldrich. Falta de aviso não foi. O PMDB está fazendo a mesma coisa com Waldrich. Teve Waldrich como um dos patrocinadores e padrinho da vitória de Kleber. Pediu para ele indicar gente técnica no governo. Ele indicou Dilene. Agora, PMDB, PP e PSC estão fritando-a, devagarinho e rotulando-a como fez o PT, de incompetente. Não tenho procuração dela para defende-la, mas é vergonhoso.
QUEM CALA CONSENTE IV
Volto e encerro. E sobre a UTI para o Hospital? O dr. Silvio Cleffi garantiu que o Hospital de Timbó gastou apenas R$3 milhões para fazê-lo e equipá-lo. Esta conta não fecha com outros orçamentos que tenho com gente que mexe com isso, mas... Fazer uma UTI é muito, mas muito mais fácil do que mantê-la. O próprio "novo" Hospital de Gaspar é a prova viva. Reconstruí-lo foi sacrificoso, mas muito mais fácil do que é mantê-lo funcionando nas necessidade e sonhos. O dr. Silvio também possui a solução para a manutenção da UTI de dez leitos, inicialmente: o estado paga R$400 de diária por leito ocupado, ou o governo Federal, R$800 por leito cadastrado, ocupado ou não, com paciente. Só isso, segundo o dr. Silvio pagaria a manutenção da UTI. Meus especialistas na área contestam em números e experiência. Primeiro é preciso cadastrar e isso leva muito tempo, por vários caminhos tortuosos. Até lá, Gaspar que não tem dinheiro, banca a UTI. Segundo: tudo cadastrado, provado e aprovado, a verba demora ou quando chega, vem picada, e uma UTI, devido contratação de especialistas, ela não pode parar. Ai, as dívidas acumulam e Gaspar banca, diante da chantagem de que não pode pará-la, com interferência inclusive do Ministério Público. Terceiro: as demandas judiciais por internamento, medicamentos e outras querelas extra médicas, tidas como direitos dos doentes, alteram significativamente os custos de manutenção de uma UTI. Que ela seja implantada, mas antes com um bom planejamento, uma boa gordura financeira para as emergências e só depois de tirar a Saúde Pública de Gaspar da própria UTI onde está metida. Acorda Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS
O proprietário e editor do jornal Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, resolveu vasculhar o arquivo de edições do jornal. E constatou que Ilhota está em chamas há muitos anos. Confira esta manchete de 1990 sobre os rolos do ex-prefeito, José Izidro Vieira. O Tribunal de Contas foi atrás dele depois das notas de nepotismo na coluna Chumbo, do Gilberto, e que foram representadas pelo então vereador de lá, Norival Cezar Floriani. Confira a reprodução.
Da ex-vice-prefeita e atual vereadora, Mariluci Deschamps Rosa, PT, ao pedir ao líder do governo de Kleber Edson Wan Dall, Francisco Hostins Júnior, ambos do PMDB, para que não entregue o terreno da Arena Multiuso ao ex-dono: “todas as questões judiciais sobre ela são sobre o valor daquela área”.
Sim. Esta é a questão. O PT desapropriou o que é dos outros e botou o preço dele, que não é o preço do terreno. E agora, está na hora da verdade e precisa pagá-lo. E Gaspar não tem esse dinheiro, a não ser que deixe de pagar os vencimentos dos servidores, deixe a saúde pior do que está, não faça obras.
Se este era um problema menor como faz crer a vereadora petista, por que o governo dela e Pedro Celso Zuchi não o resolveram?
Samae inundado. Desde sexta-feira a comunidade do Macuco ficou sem água do Samae. Os novos técnicos da "nova" administração do Samae estavam procurando vazamentos até em redes já desativadas. Ontem, a tarde, acharam o problema. A bomba, não bombeava do poço por falta de manutenção. A dica foi dos velhos técnicos escanteados. Enquanto isso, a população sofreu. Enquanto isso, o Samae, pedia para os moradores do Macucos economizar água, que não havia nos canos. Acorda, Gaspar!
É uma atrás da outra. A ponte do Vale levou mais de cinco meses nas mãos do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, para ficar pronta, depois de ser inaugurada no dia 23 de dezembro pelo governo petista de Pedro Celso Zuchi.
Depois de interditá-la no dia 11 de janeiro, faz dez dias que Kleber a reabriu. O que aconteceu ontem? A ponte do Vale ficou parcialmente fechada das 9h às 16h. Pior: sem nenhum aviso prévio à população. A imprensa local e regional, caladinha.
Quem vinha de Blumenau ou Itajaí pela BR-470 não pode acessar a ponte do Vale. Para que veio de Blumenau, sem a sinalização no trevo tradicional da Hercílio Fides Zimmermann, teve que ir adiante e se arriscar (no perigo e multa) numa meia volta. Quem vinha de Itajaí, teve, pelo menos, a opção da Fides Zimmermann mais adiante. Menos mal.
Quem veio do Centro de Gaspar para a BR-470 pela ponte do Vale, foi desviado pelo pessoal da Ditran para a Rua Pedro Simom, na Margem Esquerda e dali, tentar encontrar um beco com saída para a BR-470, arriscando-se para cruzar a pista, perigosa, de alto movimento, com faixa amarela contínua, se quisesse seguir na direção de Blumenau.
Como se vê, falhou mais uma vez a comunicação da prefeitura, da Ditran de Gaspar. E por que? Tudo para esconder uma possível má informação e a prova de que a obra reaberta não estava totalmente concluída. Preferiu não explorar a boa notícia: a melhoria do acesso e a maior segurança aos usuários.
Houve até buzinaços e o trânsito na região foi complicado durante todo o dia. Foi feito um recapeamento para facilitar o acesso ao estranho entroncamento da ponte do Vale com a BR 470. Mesmo assim, ele continua sendo perigoso e exige cuidados redobrados. Acorda, Gaspar!
Do polêmico e incoerente ministro do STF, Gilmar Mendes: "Agente publico não pode se igualar a bandido". Arremato, depende do agente público e o próprio Gilmar deu mostras disso nos últimos julgamentos.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).