Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

10/11/2015

A DIFERENÇA I
Manchete lateral do portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, renovado e acessado por aqui: Blumenau decreta intervenção no transporte coletivo. E o que esta manchete tem a ver com Gaspar? Tudo. Vamos por partes, então. A prefeitura de lá, acusada de ser "neoliberal" e conservadora, que tem como titular Napoleão Bernardes, PSDB, decretou intervenção na gestão da empresa Nossa Senhora da Glória e do Consórcio Siga, responsáveis pelo serviço de transporte coletivo na cidade, pelos próximos 90 dias.

A DIFERENÇA II
Aqui, um governo que se diz progressista, popular, feito pelos petistas liderados por Pedro Celso Zuchi, seu cunhado Antônio Carlos Dalsochio, José Amarildo Rampelotti e liderados no PT por Décio Neri de Lima e sua mulher Ana Paula, lá de Blumenau, está inerte até mesmo na falta de linhas para determinadas localidades da Viação do Vale e que foi manchete na semana passada por aqui. O povo que se dane. Este ano não é de eleição e não se precisa de vingança neste setor.

A DIFERENÇA III
A Viação do Vale está irregular desde que ela começou a fazer o serviço. E por quê? O caso se enrola há mais de 10 anos na Justiça. Ele prova que a empresa não cumpriu no edital de concorrência, e o prefeito Pedro Celso Zuchi fez vistas grosssas para esse fato grave. Ou seja, a Viação do Vale concorreu deslealmente. Se ela fosse uma empresa de alguém que não se alinhasse com o poder de plantão, o governo Zuchi não só teria decretado intervenção, como teria mandado cumprir o que ela não cumpriu no edital de concorrência e fechou o olho até agora, como teria a invadido por instrumentos legais. Foi assim que fez, por exemplo, com o hospital e terras que deixam gente ao relento por falta de documentação e projetos, lá no loteamento das casinhas de plástico. Acorda, Gaspar!


Da esquerda para a direita, o prefeito Bosi, o seu ex-secretário Fernando Neves, a sua atual secretária de Administração, Tatiana Reichert, o padrinho de Bosi, o deputado Kuhlmann, e o vereador daqui, Marcelo de Souza Brick, que queria imitar Bosi no discurso para ser candidato a prefeito.


ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO I
O que faz um político jovem, instruído, pois é advogado, que se vendeu como o novo e porta-voz da mudança, transformar-se numa dúvida permanente? Essa é a resumida história da iniciação política e administrativa até aqui do prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi. O PSD queria tê-lo num ícone para favorecer Gaspar, com Marcelo de Souza Brick, e vejam só, Blumenau, com o seu padrinho e orientador, o deputado Jean Jackson Kuhlmann. Os dois agora tentam se esconder de Daniel, como se nada tivessem com ele e sua desastrosa administração. Triste sina e teatro.

ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO II
Logo no início do seu governo, numa cidade pequena e aparentemente de fácil administração, Bosi deu sinais que contou lorotas aos eleitores. Queria governá-la sem transparência e competência. Para se livrar desta coluna e do jornal Cruzeiro do Vale, mandou cancelar as assinaturas e implantou o concorrente como a comunicação oficial do município. O que aconteceu? O Cruzeiro se tornou o mais lido e as assinaturas pagas do Cruzeiro por lá aumentaram. Hoje os acessos na internet vindos de lá são surpreendentes. Bosi e seu grupo ficaram falando sozinhos e sendo desnudados por quem possui credebilidade. Afinal, quem assessora Bosi para lhe permitir tantos erros operacionais, estratégicos e políticos?

ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO III
Transparência zero. A promotora que cuida da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon, acaba de autuá-lo para regularizar esta situação contra a cidadania e os pagadores de impostos. Mais: Bosi responde por impobridade administrativa em coisas cabeludas e que devia saber serem riscos exatamente pela formação técnica em Direito. Queixa-se contra o Ministério Público por perseguição. No Fórum, tentou plantar junto aos magistrados de que eu tinha acesso privilegiado, esquecendo que os processos são públicos e qualquer um pode ter acesso. Reclamou de que a Câmara o persegue. Entretanto, ela faz menos do que deve fazer na fiscalização como já advertiu o MP aos vereadores quando foram lá denuniciá-lo. A Câmara possui culpa solidária.

ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO IV
Bosi é um aprendiz num mundo cheio de mumunhas. Desprotegido, todavia arrogante. Acha-se imune por algum santo, ou então pelos votos e a vitória conseguidos nas urnas, mas que não serão repetidos. Com uma maioria frágil na Câmara, deixou a sua base às feras. Faltou-lhe ajuste e orientação. O PT não é partido que faça qualquer sombra em Ilhota. Nem vereador possui. Entretanto, Bosi preferiu trazer para a técnica Secretaria da Administração, que já tinha sido ocupada pelo presidente do PSD de Gaspar e seu chefe de campanha Fernando Neves, a neófita e inexperiente Tatiana Reichert. Só para agradar Ana Paula Lima, Décio e outros petistas que querem sustentar o ar de heroina de algo que já se esmaeceu: a tragédia dos Baús.

ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO V
Então, o prefeito Daniel Christian Bosi mandou bananas. E não foi para o vereadores do PMDB, PP, PSDB e o seu PSD. Viu em todos eles inimigos, traidores ou não confiáveis. As bananas, de verdade, foram institucionalmente para um poder: a Câmara. Vergonhoso. Coisa de aprendiz, de gente mal assessorada ou que rejeita a experiência de gente que vive este assunto num ambiente democrático e que exige habilidade negocial. Resultado: agora nem a sua base se anima a defendê-lo. Bosi deveria ter vindo a Gaspar e ver como quatro vereadores do PT se tornam maioria em casos cruciais para o prefeito Pedro Celso Zuchi, num universo de 13 vereadores, onde oito se declaram para a cidade e os eleitores desinformados das jogadas de bastidores, como sendo de oposição (?). E passam imunes.

ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO VI
A sessão da Câmara de hoje deve pegar fogo. E até eu terminar a coluna, o prefeito rejeitava qualquer pedido de socorrro para os bombeiros. Acha ele que o “socorro” virá dos céus para a sua “salvação”. Homem de fé. Pensa que o mar vai se abrir para ele passar incólume de mais esta. Carlos Henrique, suplente do PMDB, adversário, que já foi vereador, ou seja, conhece os meandros da Câmara, está com a faca nos dentes. E a peça Denúncia por Crime de Responsabilidade e Infração Político-Administrativa que ele assinou e pediu a cassação do prefeito Bosi, é didática. É tão didática que vou evitar de comentar e explicar o pedido. Vou de mar à preguiça. É um jogo de perguntas que ele fez ao presidente da Câmara, Lavínio Miguel  Nunes, PMDB. Lavínio respondeu-as e deu o caminho das pedras.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO VII
Questionamento: quem é a autoridade municipal responsável pela apresentação das contas anuais do Município de Ilhota para o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina e para a Câmara Municipal de Vereadores de Ilhota?; Resposta: em conformidade com o art. 72, inciso XI da LOM [Lei Orgânica Municipal] e art. 20 da Resolução TC [Tribunal de Contas] 16/1994, a autoridade responsável pela prestação de contas anuais do Município de Ilhota a Câmara Municipal de Vereadores e ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina é o PREFEITO MUNICIPAL.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO VIII
Questionamento: qual é o prazo que a autoridade responsável pelo Município de Ilhota possui para prestar contas do exercício do ano anterior ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina e a Câmara Municipal de Vereadores de Ilhota?; Resposta: o prazo estipulado pelo Tribunal de Contas do Estado se Santa Catarina para apresentação da prestação de contas anual é até o dia 28 de fevereiro do exercício seguinte conforme resta expresso do art. 20 da Resolução TC 16/1994, e para a Câmara Municipal de Vereadores é até 60 (sessenta) dias após o encerramento do exercício anterior, conforme previsão contida no art. 72, inciso XI da LOM.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO IX
Questionamento: se a prestação de contas anual referente aos exercícios financeiros relativos aos anos de 2013 e 2014, foram apresentados pelo responsável pelo Município de Ilhota até a data limite estipulada pelo Tribunal de Contas de Estado de Santa Catarina e a Câmara Municipal de Ilhota?; Resposta: em conformidade com a certidão de nº 158/2015 do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina datada em 19/08/2015, até aquela data (19/08/2015) o mesmo não tinha recebido a prestação de contas relativas ao exercício de 2014 do Município de Ilhota. Não se tendo informações quando ocorreu a prestação de contas relativas ao exercício de 2013 a aquela Corte de Contas. No que tange a apresentação de contas anuais do Município de Ilhota a Câmara de Municipal de Vereadores pode-se afirmar que a prestação de contas referente ao exercício de 2014 até o dia 28 de agosto de 2015 não fora recebido. Já em consulta aos arquivos da Câmara Municipal de vereadores de Ilhota não apontou o recebimento da prestação de contas do município de Ilhota relativas ao exercício financeiro do ano de 2013.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO X
Questionamento: se a prestação de contas anual referente aos exercícios financeiros relativos aos anos de 2013 e 2014, não foram apresentadas tempestivamente ao TCE/SC e a Câmara Municipal de Ilhota, qual foi o procedimento administrativo ou judicial a fim de responsabilizar a autoridade municipal competente para prestar contas por sua omissão?; Resposta: em face da não apresentação de prestação de contas relativas ao exercício financeiro do ano de 2014 pela autoridade responsável, foram apresentadas REPRESENTAÇÕES/DENUNCIAS contra o gestor Público Municipal junto ao TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA (31/08/2015), PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (31/08/2015), e na 2º PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE GASPAR/SC (28/08/2015, cujos fatos e providências requeridas podem ser visualizados nas referidas peças, estas que seguem em anexo.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO XI
Questionamento: quem é a autoridade no município de Ilhota que detém competência para encaminhar à Câmara Municipal de Vereadores de Ilhota, os projetos de leis referente à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) ?; Resposta: em conformidade com o art. 72, inciso XI da LOM a autoridade responsável pelo encaminhamento dos Projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária (LOA) a Câmara Municipal de Vereadores é o PREFEITO MUNICIPAL.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO XII
Questionamento: qual é a data imposta pela lei Orgânica Municipal para apresentação os projetos de leis referente a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) junto a Câmara Municipal de Vereadores de Ilhota?; Resposta: em conformidade com o art. 1º, inciso II e III do a ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS constantes na Lei Orgânica Municipal, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser encaminhado até oito meses e  meio antes do encerramento do exercício financeiro a Câmara Municipal de Vereadores,  e Projeto da Lei Orçamentária do Município (LOA) deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro a Câmara Municipal de Vereadores.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO XIII
Questionamento: se a autoridade competente para o encaminhamento os projetos de leis referente à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), as encaminhou a Câmara Municipal de Vereadores de Ilhotas a tempo e modo nos anos de 2013, 2014 e 2015?; Resposta: em consulta aos arquivos da casa constatou-se que o projeto Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) referentes aos anos de 2013, 2014, 2015 não foram encaminhados nos prazos constantes da Lei Orgânica Municipal a esta Casa de Leis, no que tange ao projeto Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2016, a Câmara de Municipal de Vereadores até o presente momento não apontou seu recebimento.

ILHOTA EM CHAMAS, BOSI PODE SER CASSADO XIV
Questionamento: se a autoridade competente para encaminhar os projetos de leis referente a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) não o fez a tempo e modo nos anos de 2013, 2014 e 2015, quais foram as medidas administrativas ou judiciais adotadas pelo poder legislativo municipal a fim de responsabilizar a autoridade omissa; Resposta: em consulta aos arquivos da Casa, constatou-se que a Câmara Municipal de Vereadores em 07/11/2014 apresentou representação/denúncia contra o chefe do Poder Executivo Municipal de Ilhota junto ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (REP 14/00612907) pelo não encaminhamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) referentes ao ano de 2015. Sendo que a não apresentação até o presente momento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2016 junto a Câmara Municipal de Vereadores, levou a apresentação em 14/10/2015 de representação/denúncia junto ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. Volto. A sorte está lançada. Como é coisa política, tudo é possível.

A IMAGEM

Na internet livre há montagens, como esta. Elas expressam mais do que textos e palavras. Ratos devoram o leite derramado num exercício de sobrevivência. Políticos como ratos devoram os nossos pesados impostos e os sonhos de um país livre de corrupção, incompetência e roubalheira. Outra questão de sobrevivência, mas com os nossos votos e desinformação.

TRAPICHE

Pois é. O deputado Décio Neri de Lima, PT, o que manda junto com a mulher Ana Paula, também deputada, no PT de Gaspar, veio aqui aparecer na imprensa. Ele e o prefeito Pedro Celso Zuchi garantiram que a verba de R$ 14,7 milhões para a ponte do Vale seria liberada até sexta-feira, dia 30 de outubro.

Há três anos, que a imprensa é usada para notícias falsas sobre este e outros assuntos onde se assinam papelinhos e se posam com eles para a imprensa com a participação de analfabetos, ignorantes, desinformados, necessitados e gente bem instruída que sabe o que está fazendo: enganando. Quando a cidade irá aprender a rejeitar gente assim?

Há três anos que a imprensa faz um papel pouco adequado ao bom jornalismo. Ela não faz perguntas (dizem alguns para não constrager e aí prefere passar o recibo; não compara; não consulta os seus arquivos; não puxa pela memória. Os políticos e agentes públicos zombam dela, diariamente, enquando praguejam esta coluna por possui opinião coerência, arquivo e memória. E para encerrar este caso, por enquanto: parece que as obras da ponte de Ilhota recomeçam na semana que vem. Acorda, Gaspar!

Tabelinha. A bancada do PT “pediu” há poucos dias por requerimento e registrei aqui. E o que apareceu na pauta para dar entrada na Câmara? O ofício 286/2015 do gabinete do prefeito Pedro Celso Zuchi. Ele remete para apreciação, análise e aprovação, em regime de urgência, o projeto de lei nº 57/2015.

E do que ele trata? Da reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos, funções ou empregos públicos integrantes dos quadros permanentes de pessoal do poder executivo e das entidades da administração indireta de Gaspar. Vão importar candidatos. E urgência? Hum! Deve ser para entisicar, já que o urgente de verdade, como a falta de atendimentos no postos de saúde, nem os vereadores do PT e nem a administração petistas, resolvem. Acorda, Gaspar!

Insistente. O prefeito e o PT não desistiram de remover ou transferir os servidores efetivos de seus cargos e funções originalmente de suas funções aprovadas por concurso. É para promover amigos, perseguir supostos adversários. Isto já deu pano para manga.

Urgência só para provocar. O ofício 289/2015 do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, remete o projeto de lei nº 55/2015. Ele altera a lei nº 3576, de 15 de maio de 2014 (pouco mais de um ano), que autoriza o município a promover a disponibilização de servidores efetivos para outros órgãos. Na proteção dos direitos, isto já foi visto pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar, o Sintraspug? Por que a urgência? Acorda, Gaspar!

Ela deu o ar da graça. A secretária de Desenvolvimento Social, Maristela Cizeski, mandou para a Câmara o ofício 202/2015. Ela quer um posicionamento sobre projeto de lei complementar nº 14/2014 de 16 de dezembro de 2014 que está lá parado. E urgente.

Este projeto estabelece a nova estrutura administrativa do poder executivo. Ela estabelece “gratificação de função de confiança e dá outras providências apresentado a esse órgão, pela Prefeitura”, explica.

E se justifica: “Tal solicitação remete-se a necessidade de ampliação do quadro civil no que compete aos trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social - SUAS, uma vez que a Política de Assistência Social do município demanda da implantação, urgente, de novos serviços, conforme deliberações da X Conferência Municipal de Assistência Social de Gaspar, realizada em julho deste ano e conforme determinação do Tribunal de Contas do Estado”.

Esta história não é bem assim! Maristela recentemente tentou se passar por vítima neste assunto numa apresentação para o Ministério Público e à Justiça que cuida dos casos da criança e adolescência daqui. O que ficou claro naquele “diálogo”? De que a secretária quer impor a sua vontade e não admite que tenha que explicar ou esclarecer os seus pedidos para os vereadores. Para ela, a Câmara é uma extensão da prefeitura ou da sua secretaria.

Agora, ela fez este ofício para cumprir parte do acordado. Contudo ir na Câmara conversar e convencer o que alega e quer? Nada. Deve estar instruída, se não for parte do ritual de arrogância do PT sobre a transparência e a dialética com os que não são os seus amestrados.

Os leitores e leitoras do portal mais antigo, mais acessado e de credibilidade da cidade já sabiam. O ofício 19/2015 da Associação de Micro, Pequenas e Médias Empresas e Empreendedores Individuais de Gaspar e Região subscrito pela Diretoria (Everaldo Batista de Oliveira, Nelson Mário Kustner, Rodrigo Fontes Schramm, Douglas Oliveira Waltrick e Rodrigo Arns), ratifica a notícia e dá o tom do constrangimento da entidade naquela sessão especial do Legislativo.

Diz o ofício: “(...) vem através deste tornar público sua manifestação de repúdio a ação do ex presidente da AMPE Gaspar e Ilhota Sr. Sílvio Rangel, por sua ação arbitrária de fazer o uso da palavra em nome da entidade (sem ser convidado, nem autorizado pela Diretoria), durante a homenagem aos seus 30 anos, na sessão da Câmara de Vereadores do dia 27/10/15, às 15:30 horas”.

O homem, filiado ao PDT, assumiu a Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio num ajeitamento político. Vestiu o poder para interferir em tudo e fazer aqueles discursos sem pé e nem cabeça, muito comum da sua lida para marcar terreiros. O PDT é a linha auxiliar do PT para os serviços mais pesados, inclusive o de processar gente da imprensa daqui, a vereadora... Acorda, Gaspar!

 

Edição 1724

Comentários

Herculano
12/11/2015 18:22
AMANHÃ

A coluna inédita para a edição desta sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade já está pronta. O jornal já está sendo industrializado para no parque gráfico, para circular nas primeiras horas de amanhã.

E o conteúdo? Como sempre quente para uns, morno para outros, repetido para alguns e intencional para os afetados.

O que não vou abordar? A romaria da administração petista de Gaspar hoje a uma audiência na vara criminal do Fórum de Gaspar para se explicar sobre falsidade ideológica. Isto está sob segredo de Justiça. Gente de sorte e bem assessorada.

O que não vou abordar? Sobre a Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Ilhota, que vai decidir se o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, deve ou não ser cassado.

O rolo todo eu dei nesta coluna, exclusivamente, não porque eu tive algum privilégio. Mais por preguiça e alienação intencional da mídia local (salvo o portal Cruzeiro do Vale, o qual abordou o assunto depois da minha coluna) e regional. Agora, o passo é esperar o desenrolo. Eu vou dar, já os outros... Acorda, Gaspar!
Herculano
12/11/2015 17:12
POR QUE PRECISAM OS POLÍTICOS DAS ESTATAIS? PARA EMPREGAR OS SEUS E ROUBÁ-LAS. E QUEM PAGA ESTA LADROAGEM A FAVOR DE POUCOS QUE ESTÃO NO PODER? N?"S COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS OS QUAIS ESTÃO FALTANDO À SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS COMO A PONTE DO VALE, DUPLICAÇÃO DA BR 470. MANCHETE DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO: NOVO LAUDO APONTA R$42 BILHÕES DE ROMBO NA PETROBRÁS.

Parte 1

Um novo laudo pericial da Polícia Federal aponta que os pagamentos indevidos feitos pela Petrobras, entre 2004 e 2014, para 27 empresas investigadas pela força-tarefa da Operação Lava Jato, podem atingir a cifra dos R$ 42 bilhões - até aqui o número máximo estimado era de R$ 20 bilhões.

O grupo teria sido beneficiado pelo suposto esquema de cartel comandado pelas maiores empreiteiras do país, que agia em conluio com políticos do PT, PMDB e PP e agentes públicos fatiando obras e pagando propina. "Considerando que em ambiente cartelizado a competitividade fica praticamente descartada, estima-se que os percentuais de lucros excessivos aplicados pelas empreiteiras cartelizadas possam ter variado entre o mínimo de 3%, correspondente aos valores repassados a partidos políticos e aos ex-funcionários da Petrobras, podendo chegar a até 20%", diz texto do laudo.

Os 20% seriam "um porcentual conservadoramente considerado como máximo para a majoração indevida dos lucros decorrentes dos preços excessivos, aplicados em ambiente desprovido de livre concorrência", registra o documento do setor técnico-científico da Polícia Federal, em Curitiba.

Ao todo, o laudo elenca em uma tabela a origem dos pagamentos feitos pela Petrobras para as 27 empresas apontadas como integrantes do cartel, num total de R$ 215,67 bilhões.

Em cima desse valor, aplicou-se o porcentual mínimo de desvios, considerando apenas a propina para agentes públicos e políticos, e a de 20%. No caso do valor mínimo considerado, a análise pericial aponta desvio de pelo menos R$ 6,42 bilhões - valor já lançado pela estatal em seu balanço.

Detalhes

Concluído em 26 de outubro, o documento foi anexado aos autos da Lava Jato na semana passada, no inquérito que investiga o papel da Odebrecht no esquema de corrupção na Petrobras. O valor de R$ 42 bilhões consta de uma tabela com a "estimativa dos pagamentos indevidos realizados" pela Petrobras. Nela há detalhamento de valores por empresas do cartel e as estimativas mínimas e máximas de pagamentos excessivos.
Herculano
12/11/2015 17:11
POR QUE PRECISAM OS POLÍTICOS DAS ESTATAIS? PARA EMPREGAR OS SEUS E ROUBÁ-LAS. E QUEM PAGA ESTA LADROAGEM A FAVOR DE POUCOS QUE ESTÃO NO PODER? N?"S COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS OS QUAIS ESTÃO FALTANDO À SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS COMO A PONTE DO VALE, DUPLICAÇÃO DA BR 470. MANCHETE DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO: NOVO LAUDO APONTA R$42 BILHÕES DE ROMBO NA PETROBRÁS.

Parte 2

Assinado pelos peritos criminais federais Audrey Jones de Souza, Raphael Borges Mendes e Jefferson Ribeiro Braga, a análise toma como base os valores lançados pela estatal nas demonstrações financeiras encerradas em dezembro de 2014.

Cartel

Apesar de a Lava Jato ainda não ter entrado na fase de acusações sobre cartel, a Polícia Federal acredita que as provas obtidas até aqui servem para apontar a prática. "Os dados analisados até o momento apontam a formação de cartel nos contratos firmados com as empresas listadas acima, por meio do qual teriam sido realizados pagamentos indevidos por parte da Petrobras", diz o laudo. "Tais pagamentos teriam sido viabilizados por meio da majoração excessiva das margens de lucros das contratantes, em percentuais bem acima daqueles constantes dos Demonstrativos de Formação de Preços (DFP) apresentados, uma vez que realizados em ambiente cartelizado."

Vestígios

O documento foi feito dentro do inquérito que investiga os executivos da Odebrecht. Sua finalidade foi analisar os vestígios e evidências materiais relacionados ao Grupo Odebrecht no período compreendido entre 2004 e 2014. Entre os delitos em apuração estão organização criminosa, formação de cartel, crime contra as licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional.

O laudo é o mesmo que apontou pagamentos milionários para o Instituto Lula, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e para o Instituto FHC, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela Odebrecht. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Herculano
12/11/2015 16:24
VAI DAR ZEBRA

Parte do primeiro prefeitura de Gaspar passou parte da tarde no Fórum. E não foram lá para despachar. Muito menos dar corretivos a juízes e promotores. Instruídos, todos falando fininho. Ah, o prefeito Pedro Celso Zuchi e sua vice, Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, estavam lá. E não era para dar apoio moral à galera. Acorda, Gaspar
Papa Bagre
12/11/2015 14:51
Ilhota Querida, porque tu não vem aqui e fala do furo de mais de 500 mil reais que existe do fundo de previdência do municipio de Ilhota, daquele que tu faz parte do conselho que foi chamado as pressas para uma reunião na quarta feira. Furo que somente foi descoberto agora pelo Tribunal de Contas quando ele recebeu a prestação de contas que Daniel não queria mandar.
Como vcs puderam gastas mais de 500 mil reias sem qualquer previsão no orçamento. Tanto o advogado e o contador que la estiveram foram bem claro, alguem vai acabar sendo responsabilizado.
Agora como sempre querem que a camara de vereadores de um jeito e resolva toda inhaca. Será que os 9 vereadores tambem vão deixar quebrar o ILHOTAPREV?
Herculano
12/11/2015 14:34
O BRASIL CONTRA O CAPITALISMO, por Carlo Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Parte 1

Você entra numa loja para comprar um par de meias. Já está sacando o cartão de crédito quando o vendedor sugere: se pagar à vista, em dinheiro ou cheque, tem 10% de desconto.

Como você se sente? Ofendido porque o vendedor está lhe impondo um desconto? Ou interessado, e até agradecido porque o comerciante oferece uma oportunidade de pagar menos pelo mesmo produto?
Qualquer pessoa de bom senso entende que se trata de uma oferta vantajosa para o consumidor. E de livre escolha. É o livre mercado funcionando tanto para o consumidor, que escolhe como pagar, conforme seu interesse, quanto para o comerciante.
Certo?

Errado. Para o Superior Tribunal de Justiça, esse comerciante é um criminoso. Qual o crime? Grave: prática abusiva, infração à Ordem Econômica "mediante imposição diferenciada de preços".

Não fica claro se o consumidor que aceita o desconto, quer dizer, que se submete ao desconto imposto, também é um criminoso.

Também não fica claro se o consumidor que pede o desconto já está cometendo um crime.

Imaginem a situação: comerciante e consumidor em cana porque combinaram um desconto.

Ou o comerciante chamando o Procon, o Ministério Público e a polícia, para denunciar: esse desclassificado quer pagar à vista e pediu um desconto.

Até a decisão de 6 de outubro último, tribunais ainda aceitavam a possibilidade de desconto. Mas, com o voto do ministro Humberto Martins, aprovado por unanimidade, o STJ passou a considerar abusiva essa prática. Há duas teses básicas: não se pode discriminar o consumidor que paga com cartão de crédito; e pagar com cartão é o mesmo que pagar à vista.
Herculano
12/11/2015 14:34
O BRASIL CONTRA O CAPITALISMO, por Carlo Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Parte 2

A decisão tem o propósito de defender o consumidor e o comércio justo.

Faz exatamente o contrário. Prejudica o consumidor e beneficia sabe quem? A indústria do cartão, ou seja, as instituições financeiras, emissoras e administradoras dos cartões.

Aliás, na decisão de 6 de outubro, o ministro Herman Benjamin observou que nova jurisprudência prejudica especialmente o mais pobre que quer pagar menos. Benjamin, entretanto, votou com o relator, contra o desconto, admitindo que assim determina a lei.

Dizem advogados que se trata de um caso típico em que a lógica jurídica se opõe à econômica. Mais do que isso: se opõe ao bom senso, tolhe a liberdade individual de negociar e obter o melhor resultado.

É incrível que seja preciso explicar, mas vamos lá. O cartão de crédito não sai de graça para ninguém.

O consumidor paga taxas, anuidades ou, a maior facada, morre com as mais absurdas taxas de juros do mundo se parcelar a fatura mensal.

Já por aí fica evidente que a situação real é exatamente o contrário do que decidiu o STJ: pagamento com cartão nunca é à vista. São custos e preços diferentes.

O comerciante também paga. Morre com taxas até pelo uso da maquineta. E as emissoras do cartão ainda se recusam a trabalhar com a mesma maquininha, impondo, aqui sim, um custo extra ao comerciante. Este paga também uma conta de juros, explícita ou implícita, por receber depois de 30, 40 dias.

As instituições financeiras ganham com venda do cartão, aluguel da maquineta, mais taxas e juros ?" os espetaculares juros de 300%.

Como é que os Procons e os institutos de defesa do consumidor podem achar que isso é bom para o consumidor?

A gente até nem estranha mais, mas é para reparar. Como é que o preço no cartão de crédito parcelado em dez vezes sem juros pode ser o mesmo que à vista?

É claro que tem juros e outros custos embutidos (aliás, aqui sim se trata de propaganda abusiva, porque enganosa). O comerciante não pode retirar esses custos no pagamento em dinheiro porque a lei não deixa, certo. Mais do que isso, porém, ele se vale da lei para ganhar mais nos juros e nas taxas, embora, em determinados momentos, seja muito melhor receber cash.

Resumindo, o comerciante ainda consegue se safar e até ganhar. A emissora de cartão ganha sempre. O consumidor? Está defendido pelo STJ, que se intitula o "Tribunal da Cidadania".

Na prática, a decisão força o consumidor a usar o cartão de crédito ?" o que é claramente injusto com os mais pobres. Também força o comerciante a usar o sistema de cartão. Ele não pode, por exemplo, fazer uma espécie de competição e negociar taxas menores com o emissor do cartão, jogando com a possibilidade de dar preferência a outro sistema de pagamento.

Isso deve ser inconstitucional. Se duas pessoas combinam um preço, a modalidade de pagamento e fazem o negócio, o Estado não pode impedir isso.

Na verdade, por trás disso tudo está a cultura anticapitalista, esse entendimento tão disseminado na sociedade brasileira, segundo o qual o capitalista é, por si, um criminoso sempre pronto a roubar alguém. A partir daí, cria-se uma legislação que tolhe a liberdade econômica e impõe regras que, eliminando a concorrência, reservam o mercado para determinadas empresas. Acabam fazendo o pior tipo de capitalismo.
Aliás, é exatamente o caso da proibição do Uber.

Reserva o mercado para alguns taxistas, aqueles que têm o alvará e o alugam ou negociam num mercado paralelo, ilegal e que só beneficia uma parte.
Mae precupda com as eleiçoes para Diretor do Marcos Konder
12/11/2015 14:33
Senhor Herculano, parece brincadeira mais não é. Ai em Ilhota a eleição para diretor do Marcos Konder esta me assustando com mãe. Meu filho me mostrou a gravação de voz de um professor ai de Gaspar que dá aula aqui, fazendo campanha e intiminado as crinças em sala de aula. Se o senhor quizer encaminho o audio gravado para o senhor, porque isto é caso de policia. Meu filho vai para a escola para estudar não para ser bombardeado com acusaçoes e insinuaçoes dentro da em sala de aula. Se isto não cessar vou até lá na promotora falar com ela, porque o conselho tutelar já sabe e na fez. Vou fazer valer o direito a educação para meu filho.
Herculano
12/11/2015 14:29
BENGALADA NO BOM SENSO, por José Serra, senador do PSDB, ex-ministro da Saúde e do Planejamento em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

Há seis meses apresentei no Senado um projeto de lei complementar sobre servidores públicos. Qualifiquei-o de projeto ganha-ganha, pois, se fosse aprovado, seriam beneficiados os servidores, o governo e o País no seu conjunto. Caso interessante para os estudiosos da teoria dos jogos.

Meu objetivo foi ampliar os efeitos da chamada "PEC da Bengala", iniciativa do senador Pedro Simon que foi aprovada pelo Senado em 2006 e finalmente ratificada pela Câmara dos Deputados em maio de 2015. Em essência, essa emenda aumentou de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória dos servidores públicos. Ela previu que a medida se aplicaria de imediato aos ministros do STF, dos tribunais superiores e do TCU. Para os demais servidores, sua aplicação se daria na forma de lei complementar, cuja aprovação exige maioria absoluta das duas Casas do Congresso.

A ideia de Simon foi correta. Por que obrigar um ministro do STF, altamente qualificado e experiente, a aposentar-se aos 70 anos? Se ele prefere continuar no tribunal, apesar da possibilidade de ganhar como aposentado o mesmo que no serviço ativo, que continue.

No mesmo dia da promulgação da emenda Simon, apresentei o projeto de lei complementar (PLS 274/2015-Complementar) acima referido prevendo o aumento da idade para aposentadoria compulsória para todos os servidores públicos, nos três níveis de governo (União, Estados e municípios) e nas três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário). O relator, senador Lindbergh Farias (PT), defendeu o projeto nas comissões e no plenário, mantendo o texto intacto. A aprovação foi tranquila e o PLS seguiu para a Câmara, onde foi ratificado por 9/10 dos votos. Os deputados acrescentaram dois dispositivos aceitáveis, o Senado recebeu o projeto de volta, acolheu os acréscimos e o remeteu, então, à sanção da presidente da República.

Na exposição de motivos do projeto e nos debates que se seguiram, mostrei que o PLS 274 favoreceria os servidores públicos de duas formas. Primeiro, permitindo àqueles que, ao chegar aos 70 anos, não tivessem ainda completado os anos de serviço necessários à aposentadoria integral, pudessem avançar nessa direção. Segundo, permitindo que os servidores escolhessem entre se aposentar aos 70 anos ou continuar no exercício de suas funções até os 75. O desejo de continuar é frequente entre professores, pesquisadores, juízes, procuradores e várias outras categorias de profissionais do serviço público.

É evidente que o projeto beneficiaria, também duplamente, a administração governamental, pois reteria por cinco anos adicionais muitos servidores experientes, altamente qualificados, e permitiria economizar nas despesas com novos funcionários: segundo estimativas nossas, a economia seria de R$ 800 milhões a R$ 1,4 bilhão por ano ao longo dos próximos 55 anos. Isso somente no caso da União.

Só faltava, portanto, converter essa boa ideia em lei e correr para o abraço. Mas a presidente Dilma estragou a comemoração: segurou por um mês a sanção e, em vez de promovê-la, recorreu, na última hora, ao veto.
Herculano
12/11/2015 14:28
BENGALADA NO BOM SENSO, por José Serra, senador do PSDB, ex-ministro da Saúde e do Planejamento em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

O veto presidencial alegou uma suposta apropriação pelo Legislativo de prerrogativas do Executivo, o único que poderia tomar iniciativa de leis sobre seu próprio quadro de funcionários. Um argumento beócio, pois 1) a partir da "PEC da Bengala" a aposentadoria aos 75 anos passou a fazer parte do sistema da Constituição; 2) o projeto de lei complementar, previsto pela PEC, em nada inovou, pois meramente estendeu aos demais servidores o que a Constituição já havia fixado; 3) o STF já havia reconhecido, em sessão administrativa de 7/10, que o PLS 274 não tinha vício formal, ou seja, de iniciativa; 4) finalmente, acredite se quiser: em 2014, a presidente Dilma sancionou sem vetos a Lei Complementar 144, iniciada no Congresso, que trata da aposentadoria do servidor policial.

É evidente que, dada a má qualidade do veto, ele deve ter tido outro motivo, não explicitado. Talvez fosse o argumento, também beócio, atribuído ao Ministério do Planejamento, de que o PLS 274 aumentaria as despesas do governo com a folha de salários. Temeram que durasse mais cinco anos o abono hoje oferecido a funcionários que já podem aposentar-se por tempo de serviço a fim de incentivar sua permanência.

Como consta do "pacote" fiscal apresentado em outubro, o governo pretende extinguir esse abono. Ora, ainda poderia fazê-lo mesmo que o PLS 274 tivesse sido sancionado, e não vetado. Ou, se fosse o caso, poderia ter solicitado a seus líderes no Congresso que fizessem emendas ao projeto durante sua tramitação. Nada mais comum: quando ocupei cargos no Executivo sempre acompanhei os projetos de interesse da minha área, procurando esclarecer e negociar soluções para eventuais divergências. Quase sempre deu certo.

Pode parecer surpreendente que a tramitação do PLS 274 tenha durado 142 dias e em nenhum momento o governo tenha criado qualquer óbice, sugerido qualquer ideia, por intermédio dos seus líderes no Congresso, como condição para a aprovação do projeto ou para que não exercesse o direito ao veto. Ao contrário, esses líderes, incluindo os petistas de carteirinha e de coração, apoiaram o PL274-Complementar em todas as suas etapas.

Convém esclarecer: só é "surpreendente" para quem não leva em conta uma das solenes e importantes antileis que norteiam o governo Dilma: "as facilidades devem ser transformadas em dificuldades; as soluções, em problemas; jamais perder a chance de dar um tiro no próprio pé". A propósito, minha previsão é de que o veto será derrubado pelo Congresso até dezembro ou, no pior dos casos, no início do próximo ano.

Por fim, vai aqui uma hipótese psicológica simples para explicar o veto: a tentativa da presidente Dilma de mostrar que seu governo ainda existe ou que faz algo mais do que esforços frenéticos para evitar o impeachment. Além, é claro, da valentia épica (!) de derrubar, mesmo temporariamente, um projeto vindo da oposição que só faria bem a todos.
Herculano
12/11/2015 14:24
DE VOLTA AO COMEÇO, por Merval Pereira para o jornal O Globo

parte 1

O PSDB parece que voltou a fazer política de maneira mais conseqüente. Passada a fase de buscar a qualquer custo apressar o impeachment, agora vai retomar o seu caminho natural.

O rompimento com Eduardo Cunha e a negociação para pontos importantes do ajuste fiscal fazem parte dessa nova postura de oposição consciente. Ser a favor do impeachment da presidente Dilma - e há motivos claros para isso - não significa que se deva trabalhar para inviabilizar seu governo naquilo que concerne a questões do Estado brasileiro.

Aprovar a DRU (Desvinculação de Receitas da União), instrumento fundamental para o governo ter margem de manobra dentro do Orçamento, e que foi criado pelo próprio PSDB para contornar a rigidez das verbas vinculadas, é perfeitamente aceitável. Aprovar a volta da CPMF, não.
O PSDB errou muito ao jogar todas as suas fichas no impeachment e, mais que isso, apostar que poderia encontrar atalhos para chegar a ele sem respeitar os prazos, pulando etapas.

Pressionado pelos movimentos de rua, os jovens deputados do PSDB ?" eles chamam "cabeças negras" contra "cabeças brancas" ?" foram muito afoitos achando que poderiam apressar o processo de impeachment da presidente Dilma, não entendendo que com isso estavam dando condições ao governo de denunciar um golpe.

Não há golpe por que o instrumento democrático está previsto na Constituição, mas a partir do momento em que se quer encontrar caminhos mais curtos para chegar ao impeachment e para isso se conta com o apoio de um político como o Eduardo Cunha, completamente desacreditado mesmo antes de aparecerem as provas das contas ilegais na Suíça, é claramente um equívoco político.
Herculano
12/11/2015 14:23
DE VOLTA AO COMEÇO, por Merval Pereira para o jornal O Globo

parte 2

Estava evidente desde o início que não valia a pena se aproximar tão efusivamente de Cunha, mesmo para alcançar um objetivo político maior, que é o afastamento da presidente Dilma.
Pouparam Eduardo Cunha imaginando que através dele poderiam chegar ao impeachment, e agora entenderam que ele apenas faz chantagem com o governo e com a oposição para tudo ficar como sempre esteve, enquanto ele tiver esse poder na mão, está garantido.

Até agora, quem se salvou foi só ele, e, em conseqüência, a presidente Dilma. Na sua atuação oposicionista, o PSDB fez um trabalho retórico correto. Não houve uma decisão do governo que merecesse crítica que não recebesse do presidente do partido, senador Aécio Neves, a devida contestação, em notas oficiais, entrevistas coletivas ou discursos no Senado.

A atuação parlamentar do PSDB melhorou muito de intensidade e qualidade neste ano, tanto no Senado quanto na Câmara. Mas errou na questão propositiva. A proposta de governo apresentada pelo PMDB, elaborada pelo Instituto Ulysses Guimarães, é uma peça muito bem feita que deveria ter sido produzida pelo PSDB, que teoricamente tem mais condições estruturais para apresentar à sociedade propostas alternativas, e está na oposição, ao contrário do PMDB, que é governo.
Mas foi o PMDB que saiu na frente, graças a um trabalho coordenado pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães ex-ministro Moreira Franco. A tarefa da oposição é essa, apresentar alternativas ao governo que critica, e não ficar apenas pensando no fim do governo.

No afã de encurtar o mandato de Dilma, o PSDB ajudou a aprovar medidas que são verdadeiras bombas no orçamento do país, medidas que os tucanos não podiam apoiar, como o fim do fator previdenciário. O paradoxo é evidente: enquanto o PSDB apoiou o fim do fator previdenciário, o PMDB em seu documento faz a proposta de idade mínima para aposentadoria.

Todo o conjunto de ações para minar o governo da presidente Dilma acabou minando também a credibilidade do PSDB. Agora, o maior partido da oposição que aparece em todas as pesquisas como o favorito para eleger o próximo presidente da República, tem que refazer seu caminho, começar tudo de novo.
Herculano
12/11/2015 14:18
REI MORTO, REI POSTO, por Cristiano Romero para o jornal Valor Econômico

A maré de azar do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou ao ápice ontem. Ela começou segunda-feira e já tinha piorado anteontem, quando chegou à corda bamba, por ter tido substituto indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preferencialmente Henrique Meirelles. Lula tem Meirelles em alta conta.

O ex-BC muito fez pelo projeto de poder do PT. Soube manejar inflação de mais e crédito de menos. Perfeito. Lula também teria indicado Levy para capitanear o Ministério da Fazenda da sucessora Dilma Rousseff reeleita em outubro de 2014, embora preferencialmente escolhesse Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco.

Coisas da vida, Lula errou a mão. Perdeu Trabuco e enganou-se com Dilma, que apostou demais em Levy e agora não quer perder um projeto de poder do Partido dos Trabalhadores de recuperar - se for para tirar da miséria os mais pobres - o Palácio do Planalto.

Os comentários crescentes da possível troca da guarda no mais relevante ministério de um país que dispõe de US$ 370 bilhões de reservas, mas não tem um tostão furado para reduzir o déficit de suas contas que assombra as agências de rating, tirou Levy de circulação.

Ontem de manhã, o ministro era palestrante no Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília. A informação prestada aos serviços noticiosos - dado o atraso na chegada de Levy - se referiu a mudança de agenda. O ministro iria se reunir na Casa Civil para tratar do Orçamento.

Mas o ministro apareceu. Com três horas de atraso, mas chegou ao Enai e por pouco não foi recepcionado por Henrique Meirelles, o homem mais falado do Brasil nas últimas 24 horas.

Sem firula, mas vítima de um constrangimento, o ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff foi informado pelos organizadores do evento que sua apresentação estava dispensada porque seria a abertura do encontro de empresários. Henrique Meirelles era o "keynote speaker" da tarde.

Elegante, Meirelles decidiu socorrer o ministro e ambiente. Por ora. "Não, não. O ministro é quem vai falar antes de mim. Não se pode quebrar o protocolo." Mais constrangimento. E o ambiente ainda mais tomado de contrariedade.

A turma da indústria demonstrou a Joaquim Levy, na frente de Henrique Meirelles, que não aprovou o atraso. O ministro chegou quando o almoço estava no fim. E não recusou ser atendido. "Se vocês deixarem, eu como agora", disse Levy quando lhe perguntaram se havia almoçado.

O ex-presidente do BC aterrissou no evento com porte de ministro e um sorriso implacável. Foi cumprimentado efusivamente, posou para fotos e selfies. Foi assediado pela imprensa.
Herculano
12/11/2015 14:16
ACINTOSAMENTE PARCIAL, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

É evidente que o poder público não pode se omitir diante de manifestantes que desejam criar o caos no País como forma de impor suas demandas políticas. Entre as funções primordiais do Estado está o dever de assegurar à população a paz social e, obviamente, o direito de ir e vir.

Como é lógico, o governo federal deve utilizar os meios de que dispõe para estabelecer a ordem pública diante das manifestações de caminhoneiros que vêm interditando diversas rodovias pelo Brasil afora. Num Estado de Direito, bloquear estradas não é um meio legítimo para reivindicações políticas.

Isso é uma coisa. Outra coisa bem diversa ?" e não legítima ?" é a absoluta diferença de tratamento que o governo de Dilma Rousseff dispensa às manifestações, dependendo da sua cor ideológica. Tolera de uma forma acintosa toda e qualquer movimentação de João Pedro Stédile e seu exército, como Lula diz ?" ainda que violenta, ainda que destrua a propriedade privada, ainda que atrapalhe a vida de milhares de pessoas. Tolera greves políticas, como a que vem ocorrendo na Petrobrás ?" e causa não pequeno prejuízo à estatal e ao País.

No entanto, não há qualquer tolerância para manifestações não alinhadas aos pendores ideológicos da presidente da República. Fica evidente que no Palácio do Planalto vige a máxima: "Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a lei". E se a lei não existe, basta criá-la.

Assim, a presidente Dilma Rousseff criou uma Medida Provisória (MP) específica para penalizar de forma mais dura os caminhoneiros que pedem o seu impeachment. O governo federal editou a MP 699, que altera o Código de Trânsito Brasileiro para criar um novo tipo de infração que pune especificamente os caminhoneiros que bloqueiam estradas.

Está longe da boa prudência de um governante alterar a legislação a partir de situações únicas. Mas aqui o caso é ainda mais grave, pois se trata de usar o poder institucional para impor uma determinada vontade política. Por que nunca ocorreu à presidente Dilma editar uma MP com esse mesmo teor para penalizar as manifestações de "movimentos sociais" de esquerda ?" que nada mais são do que movimentos político-partidários ?" que tantas vezes criaram o caos no País? Por que não se criou uma MP nesse estilo quando Stédile e suas agremiações bloquearam estradas ?" as mesmas estradas que os caminhoneiros estão bloqueando ?" e invadiram repartições públicas no primeiro semestre deste ano?

No início de março, algumas mulheres militantes de esquerda invadiram uma empresa em Goiás e destruíram estufas, mudas e material genético. O que fez a presidente Dilma? Promoveu um convescote com as "camponesas" no Palácio do Planalto.

Dias depois, o MST promoveu uma onda de manifestações pelo País, que incluiu fechamento de avenidas e rodovias, ocupação de repartições e obras públicas, invasão de fazendas, agências bancárias e empresas privadas. E o que fez a tão diligente presidente da República quando se trata de reprimir manifestações pró-impeachment? Viajou até o Rio Grande do Sul para confraternizar com João Pedro Stédile e militantes do MST e da Via Campesina, no assentamento Lanceiros Negros.

Não é justificável bloquear estradas para pedir o que for ?" seja a reforma agrária, seja o impeachment, seja a mudança na política econômica. Não é justificável promover greves políticas ?" a legitimidade das greves está diretamente vinculada a reivindicações trabalhistas. Todos devem respeitar a lei.

É exatamente isso o que a presidente Dilma Rousseff e sua turma precisam aprender ?" todos, e não apenas alguns, devem respeitar a lei. Quando o poder público faz distinções político-ideológicas na hora de decidir o que combater e o que tolerar, ele perde autoridade. Fere-se a essência igualitária do Estado. Não cabe a um presidente da República ?" eleito para ser representante de todos ?" ser tão acintosamente parcial.
Herculano
12/11/2015 13:42
VAI DAR ZEBRA

O pessoal da prefeitura de Gaspar subiu em peso agora a tarde pra o Fórum. Foi a uma audiência criminal e que corre em segredo de justiça. O tema? Falsidade Ideológica. Ou seja, desconfia-se de que alguém faltou com a verdade.

Normal
Sidnei Luis Reinert
12/11/2015 12:24
Pressão do governo do crime organizado faz Câmara aprovar projeto que legaliza a Lavanderia Brasil


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O desgoverno do crime organizado deu ontem mais um passo importante para dar tons de legalidade ao dinheiro desviado do setor público. A Câmara aprovou por 230 votos favoráveis (213 contra e 7 curiosas abstenções, o polêmico projeto que permite a repatriação ou regularização de recursos enviados por brasileiros ao exterior, sem declaração (obrigatória) à Receita Federal. A soma estimada atingiria R$ 50 bilhões.

O negócio é indecente, pois pretende trazer ao Brasil recursos que estejam aplicados lá fora, a maioria em nome de "laranjas" dos políticos. Tal dinheiro sujo, na prática, já volta ao País, para ser "esquentado", no formato cínico de "Investimentos Estrangeiros Diretos". O Banco Central do Brasil, a Receita Federal e o Coaf fazem vistas grossas para tais operações - que são escancaradas e ocorrem de tempos em tempos, sobretudo nas especulações com o dólar.

A Procuradoria-Geral da República chegou a produzir uma nota técnica pela reprovação do projeto. Mas os parlamentares, induzidos pelo governo, nem deram bola. Ontem, policiais federais chegaram a comparecer ao plenário para explicar aos que essa anistia de recursos provenientes de lavagem de dinheiro beneficiará os envolvidos em grandes crimes financeiros - como a Lava-Jato. Como crimes penais retroagem para beneficiar os réus. muitos advogados de defesa podem aproveitar a regra (inclusive faturando uns honorários a mais) para pedir a revisão de penas ou, automaticamente, inocentar os clientes.

A aprovação do projeto teve até uma jogada de cena da "oposição". O PSDB conseguiu aprovar um destaque proibindo quem tem cargos eletivos e seus familiares (cônjuge, parente até segundo grau ou por adoção) a se beneficiarem da repatriação. Tal emenda, praticamente apoiada por todos os partidos, em nome de uma alegada "falsa moralidade", foi aprovado por 351 votos a favor, 48 contra e cinco abstenções. A regra é inteiramente inútil. A maior parte do dinheiro ilícito, guardado fora do Brasil, está em nome de "laranjas" e não na titularidade das "excelências" e sua parentada corrupta.

O texto-base aprovado permite a legalização de dinheiro e bens e concede anistia aos seguintes crimes: sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, descaminho (sonegar imposto na entrada ou saída de produtos), sonegação de contribuição previdenciária, uso de identidade falsa para operação de câmbio, crime contra a ordem tributária, falsificação de documento público, falsificação de documento particular e falsidade ideológica.

O interessado na regularização só será excluído do programa se apresentar documentos falsos para provar a origem do dinheiro. O problema será fazer a aferição prática do que é recurso lícito daquela grana desviada por crimes de descaminho ou lavagem de dinheiro. Em resumo, o desgoverno Dilma Rousseff, no desespero para arrumar recursos para fechar as contas públicas arrombadas, vai entrar para a História como o legitimador da laranjada e da lavanderia.

Vitória na Guerra! O Crime Organizado, cada vez melhor de gestão e governança, agradece!
Denis Eduardo Estevão
12/11/2015 11:42
Estão utilizando o meu nome sem eu ter escrito algo, isso é plagio, Denis Oliveira não é Denis Eduardo Estevão, a muito tempo não escrevo nesta coluna, vamos analisar muito bem o que escrevem ai!
Miguel José Teixeira
12/11/2015 11:18
Senhores,

Eis o "modus operandi" dos PeTralhas:

"Diante de um dos maiores desastres ambientais do país e de uma tragédia humana irreparável, o governador mineiro, Fernando Pimentel, escolheu a sede da empresa ?" que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton ?" para dar entrevista coletiva sobre o caso. Fazendo as vezes de porta-voz da Samarco, disse que a empresa "está cuidando do que ela é responsável" e que "não podemos apontar culpados". O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Altamir Rôso, qualificou a Samarco como "vítima".

Leiam mais, no texto "Lama Eleitoral" publicado hoje no Correio Braziliense, de autoria do Jornalista Warner Bento Filho:

Chama a atenção, no desastre provocado pela mineradora Samarco, a benevolência que as autoridades têm dispensado à empresa diante de um dos maiores desastres ambientais do país e de uma tragédia humana irreparável, com uma série de mortes, dezenas de desaparecidos e centenas de desabrigados.

Os danos ambientais, ainda incalculáveis, se estendem por centenas de quilômetros, afetando a bacia do Rio Doce e levando ao litoral brasileiro substâncias ainda desconhecidas. Centenas de milhares de pessoas estão sem abastecimento de água. A lama soterrou vidas, moradias, nascentes de água e leitos de rios no povoado histórico de Bento Rodrigues. São prejuízos graves e irreversíveis.

Ainda assim, o governador mineiro, Fernando Pimentel, escolheu a sede da empresa ?" que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton ?" para dar entrevista coletiva sobre o caso. Fazendo as vezes de porta-voz da Samarco, disse que a empresa "está cuidando do que ela é responsável" e que "não podemos apontar culpados". O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Altamir Rôso, qualificou a Samarco como "vítima".

O que a legislação ambiental estabelece, no entanto, é que, independentemente de culpa, o causador do dano é obrigado a reparar e a recuperar os prejuízos. O governo do Espírito Santo anunciou que vai multar a empresa, enquanto o mineiro se limitou a embargar as atividades dela em Mariana. Fez um favor. Alguém imagina que a empresa tivesse condições de continuar operando?

Talvez as prestações de contas das eleições de 2014 ajudem a ver melhor as coisas. A Vale fez uma série de doações para a campanha de Fernando Pimentel. Por meio da subsidiária Vale Energia, aportou R$ 1,2 milhão. Pela Minerações Brasileiras Reunidas, outros R$ 895 mil, e, em nome da Vale Manganês, mais R$ 257,5 mil. Somando tudo, foram R$ 2,3 milhões para a campanha do petista. O setor de mineração ainda contribuiu por meio da Arcelormittal e da Companhia Ferroligas Minas Gerais, entre outros grandes doadores.

Enquanto doadores abrem as portas a Pimentel, para a população de Bento Rodrigues cunham-se novos e trágicos significados para os versos do mineiro Carlos Drummond de Andrade: "Com a chave na mão, quer abrir a porta, não existe porta; quer ir para Minas, Minas não há mais".


Mussun
12/11/2015 10:09

Marcelo é mesmo um alienado, que não sabe o que fala, faz e prega. Acertar com o PMDB para chegar ao poder e fazer selfie com velhinhas e criancinhas.Porque quem vai governar mesmo é o PMDB.
Renovação? Mudança? Pra cima de mim Denis Estevão? Eu teria vergonha de festejar uma aliança com essa máfia.
O discurso está totalmente incoerente com a prática.
Acorda Gaspar!!!!!!
Ilhota Querida
12/11/2015 08:59
Ao Almir Ilhota,
Respondi sim sobre os 4,5 milhões mas não foi publicado meu caro, porque era forte o negócio. Prestação de Contas mal elaborada? E você vem aqui me dizer de incompetência? Voce esta tropeçando nos próprios pés então!!! Sobre a condenação, a vereadora falou na camara com o papel em mãos da condenação meu caro!!! Sobre fazer ou não convênios, não sei sobre isso, o que sei é que as obras estão sendo feitas, me diz você, o que vale, começar a obra e não terminar, ou começar e terminar a obra? Bom, não precisa nem responder NE!!! Isso já responde qual administração é incompetente!!! Sobre a CPP, então agora você acredita que vai acabar em pizza? Como assim? Tu não disse que ia ser cassação? Rsrs Sobre a não prestação de contas, concordo contigo que é assunto gravíssimo, mas o caso não é esse, o caso é ATRASO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS, bem diferente meu caro, não adianta querer CONFUNDIR as informações!!! Isso aí, vamos aguardar o desfecho, ao invés de vir aqui contar lorotas!!!
Herculano
12/11/2015 07:47
CUNHA AJUDOU A EVITAR NOVA DERROTA DO PLANALTO, por Josias de Souza

Dilma Rousseff flertou com o vexame na Câmara na noite desta quarta-feira. Só não sofreu nova humilhação porque contou com a luxuosa ajuda do quase-ex-desafeto Eduardo Cunha.

O projeto do governo sobre a repatriação do dinheiro que os brasileiros esconderam da Receita Federal no exterior prevaleceu por uma diferença esquálida de 17 votos: 230 a 213 (veja aqui a íntegra da lista de votação). Essa vantagem magra só foi obtida porque vários deputados que votariam contra a proposta foram convencidos a se ausentar do plenário. Sem alarde, Cunha conquistou a maioria das ausências.

No instante em que a proposta foi a voto, havia nas dependências da Câmara 479 deputados. Mas apenas 451 compareceram ao plenário. Tomaram chá de sumiço 28 votantes. Sem alarde Cunha usou o que lhe resta de prestígio para cavar ausências até no pseudo-oposicionista Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força.

Além de auxiliar o governo na produção de fujões, Cunha ajudou a consquistar abstenções. Houve sete. Pelas contas da oposição, sem as fugas e as abstenções, Dilma teria dormido com mais uma derrota latejando no cérebro. O único problema de Dilma é que o apoio de Cunha custa os olhos da cara, está pela hora da morte.
Herculano
12/11/2015 07:44
LULA, ASPIRANTE A DITADOR, por Ricardo Noblat, de O Globo

Se Dilma trocará Joaquim Levy no Ministério da Fazenda por Henrique Meirelles? Não sei. A essa altura, imagino que nem mesmo ela saiba.

Só sei que Lula, padrinho da eventual mudança, insistirá na troca. Bem como insistirá em que Dilma troque José Eduardo Cardozo por qualquer outro nome no Ministério da Justiça.

Por quê?

Ora. No caso de Levy, Lula ainda tem a desculpa de que ele só fala em arrocho da economia. Que não representa uma esperança. E que está errado ao não estimular a volta do consumo.

Enfim: que toda a política econômica de Levy é um equívoco. E que a persistir assim, o PT perderá as eleições do próximo ano. E, seguramente, a eleição presidencial de 2018.

No caso de Cardozo, por mais que tente, Lula não tem como esconder seus interesses pessoais em jogo.

Cardozo tem que sair do governo porque ele não manda ou não quer mandar na Polícia Federal e no Ministério Público. E os dois ameaçam Lula com suas investigações, e também a família dele.

Lula ficou riquinho da silva. E seus talentosos filhos igualmente.

A substituição de Levy também deixaria Lula mais tranquilo se o sucessor dele passasse a mandar na Receita Federal.

Pois é: assim como a Polícia Federal e o Ministério Público, a Receita Federal está indo para cima dos ganhos de Lula e de sua família em negócios com empreiteiras.

Somente entre 2011 e 2014, Lula declarou ganhos de 27 milhões de reais como palestrante de empreiteiras beneficiadas pelos seus dois governos. Sabe como é: uma mão lava a outra.

A mão que Lula ofereceu está sendo lavada pelas empreiteiras envolvidas na roubalheira na Petrobras.

Acuada pela oposição, tratada com má vontade pelo PT, só restou a Dilma, com medo do impeachment, entregar-se a Lula. Ou melhor: entregar o governo.

A recente reforma ministerial não foi obra de Dilma, mas de Lula. Só que ela está inacabada.

Lula pouco se lixa para o que é melhor ou pior para o país. O que ele mais quer é escapar da Lava-Jato e ser candidato a presidente em 2018.

A presidente, não. A ditador.

Porque se ele chama Dilma de fraca por não interferir nas ações da Polícia Federal, do Ministério Público e da Receita Federal é porque ele, presidente, interferiria, sim.

A polícia, o ministério e a receita não são órgãos de governo sujeitos às vontades do presidente ocasional. São órgãos do Estado.

Mas isso nada vale para Lula. Deveriam se comportar como quer o presidente. E assim será se ele suceder Dilma.
Heculano
12/11/2015 07:32
O AJUSTE DO PASSADO, por Rogério Gentile, para o jornal Folha de S.Paulo

Por algum problema na memória ou, na hipótese menos cândida, por não se importar com a veracidade do que diz, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) tem feito alguns ajustes no seu próprio passado, harmonizando-o com seus atuais interesses.

Defensor da tese de que o impeachment de Dilma é uma "aventura golpista" da oposição, o ministro foi questionado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" sobre a sua participação no "Fora, FHC", em 1999.

Sem passar recibo, o ministro disse que, naquela ocasião, defendia o conceito de que "para mudar o Brasil era preciso, por meio do processo eleitoral, mudar o governo". A expressão "Fora, FHC", explicou, na sua versão atualizada dos acontecimentos, queria simbolizar apenas um "fora, política econômica".

Berzoini pode dizer o que quiser, mas não é verdade que naquela época defendia a mudança do governo pelo "processo eleitoral". No dia 18 de maio de 1999, o então deputado votou a favor da abertura de processo de impeachment contra FHC, que era acusado de tentar bloquear as investigações contra o ex-presidente do BC Francisco Lopes.

Mesmo depois de rejeitado o pedido, Berzoini continuou a defender o impeachment, alegando, inclusive, "razões históricas". "Quantas vezes o povo de várias nações foi chamado para mudar os rumos de seu país, para evitar uma catástrofe, para evitar que o aprofundamento de uma política levasse toda a população a uma situação cada vez mais crítica?", questionou, na tribuna da Câmara.

Citando o "desemprego, a miséria e a falta de diálogo com setores que querem produzir e gerar emprego", o hoje ministro defendeu a antecipação da eleição. "Pedir o fim do governo não representa um anseio golpista", afirmou. "Basta de FHC!"

Se precisar refrescar a memória, o ministro pode recorrer ao "Diário da Câmara dos Deputados" de 24 de agosto de 1999, no qual o seu discurso está reproduzido na íntegra.
Herculano
12/11/2015 07:27
CÂMARA VETA CUNHA E CIA. NO BOLSA REPATRIAÇÃO, por Josias de Souza

Revoltados com manobra do presidente, deputados exigem votação nominal da 'Emenda Cunha'

A Câmara ofereceu a Eduardo Cunha na noite desta quarta-feira uma amostra do que pode lhe acontecer quando o pedido de cassação do seu mandato chegar ao plenário. Por 351 votos a 48, mais 5 abstenções, os deputados aprovaram uma emenda que proíbe políticos, funcionários públicos e seus parentes de aderirem ao 'bolsa repatriação', programa que permite a legalização do dinheiro mantido por brasileiros no exterior escondido da Receita Federal. (aqui, a íntegra da lista de votação)

Chama-se Bruno Covas (PSDB-SP) o autor da novidade. Batizada informalmente de 'Emenda Cunha', foi apresentada em plenário e empurrada na última hora para dentro do projeto do governo sobre repatriação. O texto da emenda anota que o programa de legalização das fortunas entesouradas no estrangeiro não estará disponível para "detentores de cargos, empregos e funções públicas de direção e eletivas, nem ao respectivo cônjuge e aos parentes consanguíneos e afins, até o segundo grau ou por adoção.''

O artigo se encaixa como luva à situação do presidente da Câmara, que mantém na Suíça o equivalente a mais de R$ 9 milhões depositados em contas das quais é beneficiário, junto com a mulher e a filha. O dinheiro foi bloqueado por autoridades suíças. Mas Cunha guerreia para liberá-lo.

O placar elástico foi entendido como um recado para Cunha: a maioria dos seus pares não parece disposta a salvar-lhe a pele arriscando o próprio pescoço junto à opinião pública. Ficou claro que o comandante da Câmara terá dificuldades para sepultar o processo de cassação do seu mandato no Conselho de Ética.

Os adversários de Cunha já decidiram que recorrerão ao plenário da Câmara contra um eventual arquivamento. Basta que recolham as assinaturas de 51 dos 513 deputados para que o plenário seja obrigado a se manifestar. E a votação da noite passada deve ter provocado em Cunha uma síndrome do que está por vir. Avalia-se que, se for necessário promover um desarquivmaento do processo, haverá votos de sobra.

Cunha tentou manobrar contra o artigo que o privou da repatriação de dinheiro. Numa votação simbólica, em que a opinião da maioria é aferida visualmente pelo presidente da sessão, Cunha deu a emenda do tucano Bruno Covas por derrotada. Como os gestos do plenário indicavam o contrário, houve uma revolta ao pé da Mesa diretora.

Os oposicionistas vaiaram Cunha. Dedo em riste, esgoelaram-se gritando "não". O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), um dos mais exaltados, dirigiu uma indagação a Cunha: "Está querendo trazer de volta seu dinheiro na Suíça?" Apertado, Cunha declarou que não se deixaria constranger. "Para que não paire dúvidas sobre a pessoa do presidente, vamos votar novamente", disse.

Aberto o painel eletrônico, materializou-se a maioria acachapante. O placar de 351 a 48 fica ainda mais surpreendente se comparado ao resultado da votação do texto principal do projeto sobre repatriação. Depois de dois adiamentos, duas semanas de intensas negociaçõe$, a infataria do Planalto prevaleceu por 230 votos a 213 ?"uma diferença de magros 17 votos. Houve sete abstenções.
Herculano
12/11/2015 07:24
FUNDO PARTIDÁRIO ABRE COFRES PÚBLICOS AOS POLÍTICOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A classe política encontrou uma maneira segura de meter a mão do dinheiro público sem o risco de encarar operações policiais, CPIs ou juízes desassombrados. O Fundo Partidário, com dinheiro do Tesouro Nacional, já distribuiu somente este ano R$ 676 milhões aos partidos. O butim não terminou: até o fim do ano serão mais R$ 135,2 milhões ?" e terão embolsado R$ 811 milhões em um ano que não houve eleição.

Petrolão para quê?

Além das burras abertas do governo, o PT tem o Fundo Partidário à disposição Foi o que mais faturou, até outubro: R$ 90,7 milhões.

Tucanos endinheirados

A conta recheada do PSDB talvez explique uma certa pasmaceira no maior partido de oposição: foram R$ 74,2 milhões do fundo partidário.

Montados na grana

O PMDB não economiza alfinetadas no governo, até porque a grana do PT não lhe faz falta: faturou R$ 72,4 milhões do Fundo, só em 2015.

Virou grande negócio

Os partidos Rede de Marina Silva e um tal Novo, recém-criados, já participam do butim: cada um já levou R$ 196 mil do Fundo Partidário.

TCU cobra R$3,7 milhões de obra superfaturada

O Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou do ex-presidente da Cia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Di Bella Filho, e do ex-consultor do Centro de Excelência de Engenharia em Transportes (Centran), Odmir Andrade, a devolução de R$ 3,7 milhões. O Tribunal detectou superfaturamento em obra de dragagem do Porto de Santos, em contrato da Secretaria de Portos com o Consórcio Draga Brasil.

Mais condenações

Foram condenados ainda Jorge Luiz Zuma, José Carlos Lomba, José Cupertino de Oliveira Sampaio, Leopoldo Spinola Bittencourt.

Defesa

O Tribunal de Contas deu prazo de 15 dias para que os condenados apresentem defesa e/ou recolham o valor aos cofres da Codesp.

Consórcio suspeito

O Consórcio Brasil é formado por EIT Empresa Industrial Técnica, DTA Engenharia, Equipav Pavimentação e Comércio e Chec Dredging e Co.

Chamem o Papa

Pesquisa do PMDB quis saber qual é o mais apto para fazer o País sair do atoleiro. A resposta majoritária dos brasileiros foi uma surpresa: papa Francisco. Mas não consta que ele pretenda se filiar ao partido.

Muro faz mal à imagem

O PSDB decidiu romper com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, porque pesquisas mostraram que, apesar da roubalheira generalizada no governo petista, o maior partido de oposição não obteve qualquer ganho de imagem. Ao contrário: é colocado no mesmo nível dos outros.

AI-5 de Dilma

A medida provisória para intimidar caminhoneiros, chamada de "AI-5 de Dilma", pode resultar na convocação dos ministros da Justiça e Casa Civil para explicar por que só o MST pode bloquear rodovias à vontade.

Papo antigo

A conspiração de Lula para substituir Joaquim Levy por Henrique Meirelles na Fazenda foi revelada nesta coluna. E motivou um pedido de demissão do ministro, rechaçado por Dilma, há quatro semanas.

Não vai com a cara

O maior empecilho para Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda, como sonha Lula, é que a presidente Dilma o detesta. Ela já disse a Lula e a políticos aliados que sente "desprezo" pelo ex-banqueiro.

Cadê o amigo?

Em vez de ir à Justiça para obrigar seu partido, o PT, a pagar os R$ 6,8 milhões que lhe deve, o publicitário Valdemir Garreta poderia recorrer ao amigo Rui Falcão, o presidente do PT, que sempre o empurrou nas campanhas do partido, até mesmo pisando pescoços alheios.

Cochilou, dançou

Foi cochilo governista que resultou no convite a Lula para explicar o "discurso de ódio" da CUT. José Priante (PMDB-PA), presidente da Comissão de Segurança, que chegou atrasado à reunião, ficou furioso.

Indignação seletiva

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou de "seletiva" a revolta do PT sobre a greve dos caminhoneiros: "Ninguém do PT condenou as interrupções de tráfego promovidas pelo MST ou pelo MTST".

Pensando bem...

...se Eduardo Cunha ganhou milhões vendendo carne, como diz, não resta dúvida. A carne é Friboi.
Herculano
12/11/2015 07:15
PENDÊNCIA INESPERADA, por Jânio de Freitas, para o jornal Folha de S. Paulo

Eduardo Cunha e alguns outros citados na Lava Jato vão ter seus destinos de réus determinados também por decisões judiciais alheias aos atos de que são acusa­dos. É que está em curso uma be­la divergência, ainda silenciada, em torno do que vários juristas e professores de direito conside­ram um erro formal no âmbito da Lava Jato. Capaz mesmo de invalidar provas decisivas, por exemplo, no caso de Eduardo Cunha. Da Lava Jato sai uma ex­plicação, discreta e, por ora, sem o resultado pretendido.

O problema está na maneira de obter dados e providências dos promotores suíços, referentes a possíveis contas e movimentos fi­nanceiros de interesse da Lava Ja­to. O acordo de colaboração en­tre Brasil e Suíça contra crimes financeiros obriga que todo in­tercâmbio tenha um único ponto de partida ou chegada aqui, e ou­tro lá. No Brasil, tal ponto é o setor específico do Ministério da Justiça. A obrigação evita que in­vestigações suíças se vejam asso­berbadas por pedidos que não passaram por uma avaliação do seu fundamento e origem.

O primeiro sinal de contas e movimentações suspeitas, com probabilidade de servirem a ne­gócios ilícitos sob investigação no Brasil, foi dado pelos suíços. A partir do sinal, a Lava Jato tentou a obtenção direta das informa­ções complementares e dos docu­mentos comprovadores, mas os suíços não saíram dos termos do acordo. Como uma providência admirável, foi divulgada aqui a ida de três integrantes da Lava Ja­to à Suíça, para buscar a docu­mentação. Sobre os resultados da viagem, a prodigalidade de vaza­mentos da Lava Jato não se con­firmou.

A iniciativa da missão passava à margem do setor específico do Ministério da Justiça e das exi­gências do acordo com a Suíça. A ação direta do Ministério Públi­co, inclusive autorizada pelo pro­curador-geral Rodrigo Janot, é vista por vários juristas e profes­sores ouvidos por algumas das defesas como procedimento irre­gular capaz de levar à invalidação de parte das acusações a diferen­tes réus. Da Lava Jato, vem a res­posta de que seus emissários ape­nas foram selecionar, na relação suíça de suspeitos, os nomes a se­rem encaminhados ao Ministério da Justiça para o pedido à Suíça.

Mas é ao menos duvidoso que, para tal fim, a viagem fosse ne­cessária. Mais do que não se ne­gar à colaboração pelos canais corretos, os suíços têm mesmo a iniciativa das informações. Foi assim, além da Lava Jato, na cor­rupção do metrô e dos trens pau­listas, até que um procurador en­furnou a documentação e os suí­ços se aborreceram. A base do trabalho deles é a investigação, não a delação premiada, e os suí­ços disseram sentir-se desconsi­derados pelo descaso do Ministério Público brasileiro.

Se nem mesmo um precisaria viajar, três procuradores apenas para repassar uma lista de nomes parece um pouco exagerado. E, à parte a divergência que os magis­trados vão decidir, é esquisito que até o procurador-geral Ro­drigo Janot conduzisse a opera­ção excluindo o Ministério da Justiça e os termos de um acordo internacional.

OS CHEFÕES

A pretensão de impor aos de­putados do PT a obediência à di­reção partidária, nos votos petis­tas contra ou a favor de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, é autoritária e imoral. O líder Sibá Machado, que não se distinguiu por uma posição nítida quanto ao presidente da Câmara, redi­me-se com sua recusa a substituir a consciência pessoal pela obediência.

O comando do PT fala em re­fundação do partido. Convém que o ponto de partida seja a ex­plicação de que os petistas refun­dados não precisam ser pessoas de consciência, porque não pode­rão usá-la.
Herculano
12/11/2015 07:12
A CARTILHA DO PT, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha e S. Paulo

O PT divulgou uma cartilha com ataques ao juiz Sergio Moro, aos procuradores da Lava Jato e à imprensa. O texto mostra que o partido não aprendeu com o mensalão. Em vez de apresentar uma defesa convincente, insiste em negar fatos e se dizer vítima de perseguição.

O texto afirma que "o PT nasceu contra a vontade dos poderosos e, por isso, sempre foi perseguido e caluniado". O discurso poderia funcionar nos anos 80, quando os petistas vendiam estrelinhas e camisetas para financiar suas campanhas.

Para engoli-lo em 2015, seria preciso ignorar a aliança do partido com bancos alimentados por juros altos, frigoríficos alavancados por empréstimos camaradas e empreiteiras abastecidas pelo petrolão.

A cartilha afirma que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso "abriu as portas da política para o poder econômico". É uma distorção em dose dupla. As portas já estavam abertas há décadas, e continuaram escancaradas nos governos do PT.

Em outra passagem, os petistas culpam FHC pela ruína da Petrobras, mas adotam a tática do "esqueçam o que escrevi". Há seis meses, o PT prometeu expulsar os filiados condenados na Justiça por corrupção. Agora, sai em defesa do "companheiro" João Vaccari, condenado a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Entre críticas à Lava Jato e ao juiz Moro, a direção do PT diz "lamentar" que "todo o esforço para investigar e punir os desvios ocorridos na Petrobras" corra o risco de ser "comprometido" por abusos de autoridade e falhas processuais. O lamento é tão sincero quanto a torcida de um palmeirense pelo título do Corinthians.

A cartilha também diz que "no fim da linha está o objetivo de cassar o registro do partido, como ocorreu em 1947 com o antigo PCB". A comparação ofende a memória dos comunistas da época, como Jorge Amado e Carlos Marighella. Eles foram perseguidos e cassados por suas ideias, não por receber pixulecos.
Sidnei Luis Reinert
12/11/2015 06:14
AMIGUINHO PTRALHA DAQUI E DO FORO DE SÃO PAULO...AH NÃO ACREDITAM, SAIU NA VEJA...HIP?"CRITAS!

Maduro é denunciado em Tribunal Internacional por crimes contra a humanidadeGoverno de Caracas 'lançou uma política de Estado para atacar a população tida como dissidente, fazendo uso de meios criminosos para manter-se no poder a qualquer preço'.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional (AI), já denunciaram violações na Venezuela em diversas ocasiões.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/maduro-e-denunciado-em-tribunal-internacional-por-crimes-contra-a-humanidade
Almir ILHOTA
12/11/2015 05:45
Caro ILHOTA querida.
Você já foi desafiado nesta coluna a nos apresentar onde esta a condenação do ex prefeito em devolver os 4,5 milhões, só que infelizmente você deu de costas pois não existe condenação, no que pesquisei foi a prestação de contas mal elaborada, e que esta novamente sob analise da integração nacional e da cgconv, certamente seu prefeito nem de longe passara por isso pois até a presente data nenhum convenio foi realizado com o governo federal, e nem será pois nunca vimos tamanha incompetência, quanto a cpp, agora que o Gilberto e o Fabricio foram eleitos presidente e relator, justamente os dois que votaram pela não abertura da cpp, acredito sim que acabará em pizza, só queremos ver o que os mesmo apresentarão como relatório e quais as medidas do ministério publico, pois a não prestação das contas é assunto gravíssimo, é o mesmo que o presidente do pais rasgar a constituição, vamos aguardar o desfecho desta novela de muitos capítulos.
Herculano
11/11/2015 21:27
UMA LUZ PARA A DEMAGOGIA DOS POLÍTICOS QUE BRINCAM COM A SAÚDE E A ESPERANÇA.TRIBUNAL DE JUSTIÇA DETERMINA SUSPENSÃO DE FORNECIMENTO DE "CÁPSULAS CONTRA CÂNCER" DA USP

Conteúdo do Uol. O ?"rgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo determinou a suspensão do fornecimento da substância fosfoetalonamina, nesta quarta-feira (11). Assim, foram cassadas todas as liminares de primeira instância que obrigavam a Universidade de São Paulo (USP) a fornecer as polêmicas pílulas que supostamente teriam algum efeito contra o câncer. Também foi proibido que juízes do Estado tomem decisões futuras sobre o assunto.

A decisão foi tomada após recurso interposto pelo Estado de São Paulo, que compreendeu que a substância tem efeitos desconhecidos em seres humanos, não é considerada um medicamento e não possui o registro necessário perante a autoridade sanitária competente, podendo causar graves consequências aos pacientes.

O desembargador Sérgio Rui afirmou que a liberação da substância sintetizada em laboratório não é prudente. "É irresponsável a liberação de substância sintetizada em laboratório, que não é medicamento aprovado e que vem sendo utilizada sem um mínimo de rigor científico e sem critério por pacientes de câncer que relatam melhora genérica em seus quadros clínicos, porque não foram realizadas pesquisas exaurientes que permitam estabelecer uma correlação segura e indubitável entre seu uso e a hipotética evolução relatada."

Mais de mil liminares já tinham obtido a droga, que estava sendo distribuída pela USP São Carlos. A USP recorreu, afirmando que não tinha condições de produzir o remédio em larga escala e que, além disso, não há pesquisas que atestem a eficácia da droga.

Entenda

Após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou a suspensão da distribuição das cápsulas do IQSC para quem conseguisse liminar na Justiça, o que obrigou a USP a voltar a produzir e distribuir a fosfoetanolamina sintética. Com isso, o IQSC ficou sobrecarregado.

Oncologistas, a USP, o ICQS e os próprios pesquisadores alertam que a substância nunca foi testada em humanos, o que a inviabiliza como remédio. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável por registrar e permitir o comércio de qualquer medicamento no país, diz que a distribuição da droga é ilegal por nunca ter passado por testes clínicos.
Herculano
11/11/2015 20:19
UMA RESPOSTA POSSÍVEL ENTRE TANTAS OUTRAS

Denis Oliveira, fiel escudeiro do partido e do vereador Marcelo de Souza Brick, interpela-me incisivamente: " Pq essa perseguição contra o PSD e o Marcelo Brick? O q vc tem contra nós?".

1. Nada
2. Num ambiente plural, a luz é a melhor transparência para debate.
3. O problema é que Marcelo possui discurso e atitude para ser o que ele quer ou diz ser
4. É contra ou a favor do governo do PT em Gaspar, a favor ou contra do governo PT, PMDB, PP e PSD, PDT, PCdoB de Dilma, Lula, Renan, Eduardo Cunha...?
5. Ou ele acha que postando aquelas fotos sem eira nem beira e dando bom dia e boa noite no facebook ele vai resolver os problemas da comunidade?
6. Quer ver o tamanho da alienação. Ontem ele aprovou um requerimento na Câmara pedindo a secretaria Estadual de Saúde esforços junto a Anisa a aprovação de uma droga para o tratamento experimental do Câncer.
7. Demagogia. A droga da moda, e talvez do voto, nem experimentada está; a secretaria de saúde estadual não tem competência e força para tal; ela não ´um centro de cientistas nem faz estudos especializados para tal para ajudar a Anvisa.
8. Existe uma realidade muito mais forte e perto do vereador Marcelo de Souza Brick e seu PSD. É a falta de remédios nos postos e farmácias do município, que atinge os fracos, os doentes e ai sim ele pode interferir, exigir e cobrar do prefeito. Por que não faz.
9. Como posso ser contra o Marcelo se ele mal orientado ou teimoso, é contra ele mesmo? Em Gaspar todos conhecem esta dissimulação que Trabalha contra ele próprio. Parece coisa de autista em alto grau. Acorda, Gaspar!



Pq vc não faz como o Clovis Reis, q em sua coluna d hj anunciou q estamos próximos de fechar com o PMDB!
Herculano
11/11/2015 19:54
PSDB DESCOBRE QUE CUNHA É MESMO UM CUNHA, por Josias de Souza

Todo mundo comete erros, é humano. Mas escolher o Eduardo Cunha como seu erro, depositar sua estratégia política nas mãos de Eduardo Cunha, permanecer obstinadamente ao lado de Eduardo Cunha durante meses, só mesmo uma oposição liderada pelo PSDB.

Em nota oficial divulgada nesta quatra-feira (11), o PSDB sinalizou ter descoberto que Eduardo Cunha é mesmo um grandissíssimo Eduardo Cunha. Pede o afastamento do personagem da presidência da Câmara. "Agora de forma ainda mais veemente" do que na nota divulgada no mês passado, que não valeu.

O PSDB parece ter notado, com irreparável atraso, que o mal de negociar politicamente com um vendedor de carne enlatada para a África é o pessoal que passa não distinguir quem é quem. O tucanato precisará de muito mais do que uma nota oficial para apagar a tatuagem de Eduardo Cunha que gravou na testa.
Herculano
11/11/2015 19:41
O ANALFABETO FUNCIONAL

Um "leitor" que se diz chamar Schyerlert Marcon (não é fácil ver de onde buscou esses nome), revela-se um analfabeto funcional: lê, mas não entende o que lê, vive num mundo fictício, é boca alugada de gente que o manipula.

O que ele escreveu neste espaço para os leitores e leitoras da coluna mais acessada do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais acessado e o de maior credibilidade?

"O senhor é brincadeira, criticou o Celso Zuchi por intervir no Hospital Gaspar e o teu prefeito Napo pode?"

1. Napo, que nunca o chamei assim é Napoleão Bernardes, PSDB, nos raríssimos encontros que tivemos, muito mais no tempo em que era criança e eu amigo de seu falecido pai Acácio, não é meu prefeito, mas de uma cidade: Blumenau.

2. A realidade é que o prefeito de lá não interviu no hospital de lá, simplesmente porque o Hospital Santo Antônio é uma Fundação Municipal. Diferente daqui. O Hospital do PT de Gaspar, por enquanto não é municipal, por isso, a prefeitura e o PT precisaram tomá-lo, aparelhando-o, empregando os seus, disfarçando isso de intervenção.

3. O que Napoleão interviu foi no sistema de Transporte Coletivo de lá, segundo alegou, para por ordem na casa, que em desordem, era o mote para o PT de lá comandar greves contra a população. E comparei com o Transporte Coletivo daqui e que pode ser lido abaixo, onde o prefeito Pedro Celso Zuchi não pode fazer o mesmo a favor da população operária e estudantil porque tem rabo preso num longo processo que se arrasta na Justiça e no Tribunal de Contas.

Ou seja, são coisas diferentes, misturadas propositadamente pelo tal Marcon para outros analfabetos, ignorantes, desinformados serem iludidos por gente que vive profissionalmente disso.. E ele

Por fim, o leitor conclui e me indaga: "Porque nao te calhas ao invés de falar bobagens partidárias?"

Primeiro porque não se trata de bobagens partidárias como quer fazer crer, mas necessidades comunitárias; segundo, este tipo de intimidação é exatamente para me calar e esse pessoas pau mandadas como você possam continuar iludir a população. Acorda, Gaspar!
Luiz Orlando Poli
11/11/2015 19:39
É grave a crise socioeconômica que estamos mergulhados com tendência se agravar. Um governo que colocou números para debaixo dos tapetes objetivando somente a manutenção do poder a qualquer preço. Apegando-se ao seu projeto de poder e não de país. Um governo que pensou somente em distribuir e não repor ( crescimento econômica sustentável) tem que agora até cortar o seu bolsa voto (bolsa família que na era FHC era bolsa escola o seu criador). Um governo que se sustenta em cima de um congresso de achacadores levou ao desastre. Não é preciso ser nenhum cientista politica para concluir que esse sistema de governo presidencialista /
congressual FALIU e que nos impõe a uma nova ordem eleitoral através de uma PROFUNDA E MORALIZADORA REFORMA POLITICA ou lutamos por essa reforma ou isso vai se repetir o mais rápido possível. Essa crise nos aponta caminhos se perdermos o bonde da historia o preço será alto.
Schyerlert Marcon
11/11/2015 17:55
Sr Herculano

O senhor é brincadeira, criticou o Celso Zuchi por intervir no Hospital Gaspar e o teu prefeito Napo pode?

E quanto a concessão tá na justiça ela decidir.

Porque nao te calhas ao invés de falar bobagens partidarias?
Herculano
11/11/2015 14:34
VOZES D'AFRICA, por Carlos Brickmann

O ex-ministro da Educação reclama, o atual ministro da Educação reclama, mas os responsáveis pela preponderância da História da África e do Brasil no Currículo Básico Nacional, quase eliminando a História da Grécia, de Roma, da Europa e dos países americanos, têm toda a razão. Como podemos ver hoje com muita clareza, a História da África tem tudo a ver com o Brasil - não pela contribuição africana à cultura brasileira, não pela mão de obra africana que foi escravizada e ajudou a construir a nossa nação, não pela saudável mistura étnica; mas pelos costumes dos ditadores milionários que enriquecem na África e, saibamos, exercem desmedida influência sobre o que ocorre hoje no Brasil.

É na África que há petróleo em abundância, boa parte dele subordinada aos ditadores; é na África que há diamantes. São africanos os governos quase eternos cuja dívida com o Brasil foi perdoada. É na África que surgem figuras como a filha do presidente de Angola, que certamente devido à sua competência empresarial, se transformou numa pessoa muito rica - uma espécie, digamos, de Serena Williams do mundo dos negócios. É da África que veio aquele filho de ditador que patrocinou uma escola de samba para desfilar em sua homenagem.

África e Brasil, tudo a ver. Dizem as lendas que países africanos servem de escala e refúgio para fortunas mal ganhas no Brasil, e de lá seguem para a Europa - Portugal, talvez. Há quem diga que estudando bem a África descobriremos o que ocorre no Brasil. Como na época da colonização, África, Brasil e Portugal.

CALMA NO BRASIL

A greve dos caminhões é preocupante para o Governo: embora não tenha paralisado o país, incomoda e muito, e pode eventualmente ganhar corpo, embora seja comandada por uma entidade que só existe virtualmente, o Comando Nacional do Transporte. Mas não é o caso, mesmo para os mais radicais adversários do Governo, de festejá-la. Os grevistas pedem a renúncia de Dilma Rousseff, e nisso concordam com boa parte dos adversários do petismo; mas o restante que pedem exige mais, e não menos, intervenção do Governo na economia. Aumento do valor do frete, redução dos preços do diesel e menos impostos são medidas que dependem do Governo.

Os liberais que combatem Dilma, que é que acham?

AÇÃO MILITAR 1955

Hoje faz 60 anos que o Exército, comandado pelos generais Odylio Denys, Falconière da Cunha e Teixeira Lott, depôs o presidente da Câmara, Carlos Luz, que ocupava a Presidência da República enquanto o presidente Café Filho estava hospitalizado. Os generais que depuseram Luz alegaram que o presidente em exercício tramava contra a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek (o que, a propósito, era verdade). E por isso alegaram que não deram um golpe, mas um contragolpe preventivo. O general Lott chamou a deposição de "retorno aos quadros institucionais vigentes" - frase notável, quase dilmesca, já que se os quadros estavam vigentes não era preciso voltar a eles. Juscelino tomou posse, pacificou o país, anistiou os adversários e foi um dos grandes presidentes do Brasil.
Herculano
11/11/2015 14:34
O PALESTRANTE INVISÍVEL, por Carlos Brickmann

Pois é: em plena Era da Informação, em que uma pessoa faz questão de postar a imagem do pãozinho que comeu de manhã, não há registro no YouTube nem no Facebook de nenhuma das nove palestras que o ex-presidente Lula proferiu a pedido da Odebrecht, e pelas quais recebeu R$ 3,9 milhões de reais. Lula é um homem feliz: palestrou para as únicas pessoas do mundo que não registraram sua proximidade com um ícone internacional, não fizeram selfies, nada divulgaram.

AS CONTAS VISÍVEIS

Lula disse que recebeu, nos quatro anos após deixar a Presidência, R$ 27 milhões de entidades e empresas, para fazer palestras nos mais diversos países. Justo: Lula é uma atração internacional e sua palavra é sempre bem recebida. Mas façamos as contas: com o dólar a R$ 2,20, média do período, recebeu o equivalente a US$ 12,2 milhões, ou pouco mais de US$ 3 milhões por ano, ou US$ 8.400 por dia, ou US$ 350 por hora - 24 horas por dia, dormindo ou acordado. A conta é do ótimo portal jurídico Espaço Vital, www.espacovital.com.br. A propósito, as apreciadas e concorridas palestras também não foram encontradas.

Se um dos filhos é o Ronaldinho dos Negócios, o pai é o Pelé das Palestras.

PAGUE A MAQUIAGEM

Nada de cortar despesas, nem de aumentar a eficiência, nem mesmo de aplicar as medidas de economia já anunciadas (os três mil funcionários contratados sem concurso e oficialmente demitidos continuam no lugar de sempre, recebendo como sempre). Quando o Governo vai mal, a solução é outra: torrar o nosso dinheiro em propaganda. Desta vez, serão R$ 56 milhões para dizer que é preciso superar as dificuldades e unir o país em torno dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio).

O slogan é "Somos todos Brasil" - equivalente olímpico ao "É Tóis" da presidente Dilma, pouco antes dos 7x1. Segundo a propaganda, "somos um time de 200 milhões". O Brasil não para de crescer: na época da ditadura, o general-presidente Emílio Médici cantava com a torcida o "90 Milhões em Ação", tema da Seleção na Copa do México. Os R$ 56 milhões devem ser gastos em 15 dias.
Herculano
11/11/2015 12:58
PICADINHO, TORRESMO E RABANADA, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Sábado é dia de feijoada. Segunda-feira, de picadinho. Cada início de mês é temporada de fritura de Joaquim Levy. Teve torresmo de ministro da Fazenda no início de setembro, no início de outubro e, agora, em novembro. Levy vai comer rabanadas de festas de final de ano ainda ministro?

Levy não quer sair pelo menos antes de dar um rumo às contas do governo em 2016. Há gente no Planalto que frita o ministro, com apoio de lulistas em outros altos cargos, mas parte relevante do palácio diz que a queda do ministro é "conversa".

Sabe-se lá. Vários donos do dinheiro grosso, porta-vozes do "mercado" e mesmo os preços financeiros parecem já não ligar muito para o destino de Levy, a não ser que a queda represente uma "virada desenvolvimentista". Certos empresários industriais detestam Levy, mas isso é velho.

Enquanto o povo esfolado dá sinal de estupor, o povo do dinheiro passou a demonstrar indiferença provisória pela ruína das contas do governo e pelo fato de Levy estar emparedado em um beco sem saída. Em setembro, não foi assim. Havia tanto preocupação (de perder dinheiro) com a queda de Levy como pressões de gente graúda para segurar o ministro.

Agora, menos gente liga se Levy cai pelas tabelas, se o deficit sobe pelas paredes ou se o relator do Orçamento de 2016 sugere que a meta fiscal federal seja de 0,07% do PIB. O tamanho do fracasso da política econômica estaria por ora na medida, previsto e "precificado" desde a queda de setembro. Isto é, taxas de juros, de câmbio e outros preços financeiros estariam adequados à degradação já vista ou previsível.

Esta temporada de fritura de Levy nem tem muito de diferente. Trata-se ainda da mesma conversa de Lula tutelar ainda mais Dilma Rousseff e, mais absurda, de colocar na Fazenda alguém que cuidasse de fazer o país crescer logo, por meio de um relaxamento de crédito, para citar uma das tolices mais frequentes. Para tocar tal programa, seria necessário um nome amigo do "mercado". Não faz sentido, não é possível atender às duas condições, se fosse esse o caso. Tal nome, ainda por cima, seria o de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central nos anos Lula, que não queimaria seu filme com essas bobagens.

Meirelles poderia muito bem assumir o papel de Antonio Palocci como coadjuvante de Lula. O então ministro da Fazenda tocava o "ajuste" enquanto Lula divertia o povo dizendo que o "milagre do crescimento" estava para chegar. Mas Palocci e cia. não faziam mágicas.

Se a fofoca é verdade, Lula quereria Meirelles para o quê? Para reduzir Dilma Rousseff a um papel de vez figurativo. Para quê? Para "relançar" o governo e ter um ministro politicamente mais habilidoso. Para quê? Para fazer um grande ajuste dito "liberal"?

No Congresso, ontem, o governo corria o risco de perder em todas as votações que ainda podem render uns dinheiros para o governo. Por exemplo, a repatriação de dinheiro sujo ou uma regulamentação do setor elétrico que tiraria um empecilho ao leilão das hidrelétricas. Mesmo a desvinculação de receitas (menos gastos obrigatórios por lei, a DRU) ainda capengava, pois parte da oposição amolecia, outra endurecia. Não é por causa de Levy que tudo isso está encrencado.
Herculano
11/11/2015 12:55
GOVERNO DEIXA PETROBRÁS À BEIRA DO ABISMO, editorial de O Globo

O tempo passa, o governo não mexe no seu irrealista 'modelo' de partilha e a Petrobras, sem crédito e sem caixa, continua próxima ao precipício

O tempo passa e a Petrobras não se move. Submersa em gestão temerária e corrupção durante o período Lula, a administração da maior empresa estatal do país virou tema de um folhetim policial no governo Dilma Rousseff.

Sua produção estagnou na faixa dos 2,8 milhões de barris diários; a receita entrou em declínio também por efeito da queda à metade dos preços do petróleo, em comparação com os valores de 2014; o endividamento em moeda estrangeira ascende a US$ 100 bilhões; e a companhia já não consegue renovar créditos, porque porque foi banida do mercado.

Dilma, reeleita, sinalizou uma faxina na empresa e mudanças na política setorial. No Congresso, alguns partidos aliados do governo e da oposição uniram-se na reavaliação do "modelo" de partilha da produção, adotado para o pré-sal numa conjuntura em que a Petrobras era outra companhia ?" tinha caixa, crédito, gastava menos dinheiro com exércitos de advogados e menos tempo e energia com problemas em tribunais do Brasil e do exterior.

O tempo passou, porém quase nada foi feito. Por fé ideológica, o governo resolveu manter o seu irrealista "modelo" de partilha, com monopólio da Petrobras na operação e imposição do controle de 30% de todos os consórcios.

A cúpula da empresa, por sua vez, manteve-se refém de um outro "modelo", o político: cumpre ordens de Brasília enquanto, tacitamente, compõe interesses corporativos com os da nomenclatura sindical, usufrutuária de benesses por se alinhar ao partido do governo, o PT.

Da lassidão surgiu a atual greve de petroleiros, organizada em torno de uma "pauta política", com efeito vinculante sobre "um novo acordo coletivo", conforme a federação dos petroleiros.

Nele, essa burocracia beneficiária da gestão política que conduziu a Petrobras ao abismo pretende decidir o rumo da empresa controlada pelo Estado, à margem da vontade da coletividade, acionistas e representados no Legislativo.

Sob o silêncio obsequioso do governo e da direção da empresa, exigem que a Petrobras "assuma o interesse em permanecer como operadora única do pré-sal", conforme a atual lei da partilha. E mais: compromisso de não realizar "qualquer abertura de capital" da BR Distribuidora, incorporação "integral e imediata" das subsidiárias Transpetro e Araucária Nitrogenados, "manutenção e/ou ampliação" das atividades de exploração e produção no país e preservação da política de conteúdo local.

Fosse privada, a Petrobras já estaria em concordata, devido ao cardápio de malfeitos lulopetistas. Sem realismo sobre o seu papel (o ideal seria o retorno ao exitoso formato de concessões), não se realizam leilões para o pré-sal, porque a estatal não consegue participar. Assim, não entra dinheiro no caixa, não há crédito e o endividamento se multiplica. A Petrobras está à beira do precipício.
Herculano
11/11/2015 12:53
PARA PT, OBJETIVO DE MORO É "ACABAR COM A SIGLA", por Cristiane Agostine

Em meio a denúncias de corrupção, o PT divulgará hoje um documento para municiar a militância com fortes críticas ao juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, e ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. No recado aos petistas, o comando partidário afirma que o alvo de Moro, da Lava-Jato e de Mendes é acabar com o partido.

"O juiz Sergio Moro e sua ´equipe´ de delegados da PF e procuradores do MPF do Paraná fazem de tudo (até mesmo anistiar criminosos confessos) para atingir o PT. Eles não querem detectar os crimes e acabar com a corrupção. O objetivo é prejudicar a imagem do PT e de seu governo", diz o partido.

Na cartilha "Em defesa do PT, da verdade e da democracia", com 32 páginas, a legenda diz que há uma campanha de "cerco e aniquilamento" de setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e da mídia para cassar o registro da sigla. De acordo com o PT, opositores ao governo "mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica".

"Desde a campanha de 2014, nossos adversários escolheram as investigações da ´Operação Lava-Jato´ para insistir em criminalizar o PT. Repetindo o método do mensalão, tentam atribuir ao PT - e exclusivamente ao PT - os crimes de bandidos confessos, vinculados a diversos partidos, inclusive da oposição, que agiam impunemente há décadas e hoje negociam depoimentos em troca de benefícios, sem apresentar provas", diz. Com críticas à delação premiada, afirma que Moro beneficiou "criminosos" que desviaram de recursos da Petrobras, ao mesmo tempo em que criminaliza a sigla.

A legenda também ataca Gilmar Mendes e diz que "são notórias" as ligações do ministro com os tucanos, "assim como é escancarado seu comportamento faccioso contra o PT, tanto no STF quanto no Tribunal Superior Eleitoral". O partido diz ainda que o ministro age "como um coronel da Velha República".
Herculano
11/11/2015 12:51
LUTA POLÍTICA, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Desde que ficou claro que o tempo da bonança havia passado, e que a popularidade de Dilma se mantém em um dígito das pesquisas de opinião, os governistas de modo geral e os petistas em particular deixaram a arrogância de lado, mas não vestiram as sandálias da humildade.

Eles, que gozavam abertamente os 10% que consideravam o governo ruim ou péssimo quando a esmagadora maioria da população o considerava bom ou ótimo, passaram a exigir dos adversários uma posição que jamais tiveram.

Dilma, que na noite em que foi reeleita sequer mencionou o nome do adversário do 2? turno a quem derrotara por só 3% dos votos, após ter sido procurada por um Aécio que àquela altura reconhecia a derrota e demonstrava disposição para o diálogo, passou a exigir comportamento conciliatório da oposição, afirmando em diversas ocasiões que o país não estava dividido.

Mas jamais estendeu a mão para um verdadeiro diálogo, mesmo estando em clara desvantagem na avaliação popular logo depois que as urnas se fecharam, e que os eleitores descobriram que haviam sido iludidos pelo mundo encantado que o marqueteiro João Santana vendeu sem poder entregar.

A insatisfação com o governo só fez aumentar, e logo seus ministros e principais assessores viram-se constrangidos em locais públicos pelas manifestações de repúdio ao governo e à corrupção.

Não deveria ser assim, mas o clima de disputa permanente foi instalado no país pelo próprio PT, que, cego pela hubris, acabou sendo punido pelos deuses da política que não gostam dos arrogantes. Foi Lula quem instituiu o "nós contra eles" e foi a palavra de ordem do PT até mesmo fora do poder que determinou que os adversários tinham que apanhar "nas urnas e nas ruas" como anunciou um dia José Dirceu, no tempo em que não estava na cadeia e ainda ditava as ordens no PT.

Em que mundo vivem os 10% que criticam o governo Dilma, perguntavam os áulicos do governo petista, insinuando que era impossível não gostar do PT, ou que apenas os com outros interesses, nada confessáveis, estavam na oposição.

Tornou-se uma ação política comum fazer um "esculacho" contra os adversários do PT, legitimada pelas demonstrações em frente às residências de antigos torturadores.

Quando o clima mudou, logo o PT vestiu-se de vítima de uma direita agressiva, e passou a denunciar perseguição ao partido e a Lula e sua família, como se Justiça, PF e MP tivessem feito acordo para persegui-los.

O mais recente petista de alto escalão a sofrer "esculacho" foi o ministro do Desenvolvimento, Patrus Ananias, que outro dia foi agredido verbalmente por frequentadores de um restaurante em BH onde almoçava com família e amigos.

Ele mesmo trouxe o caso a público, dizendo que reagiu às acusações de corrupção e ameaçou processar o acusador, como fez o ex-ministro Guido Mantega, que ganhou uma retratação de dois empresários que o acusaram de corrupto em ocasiões distintas em SP.

Não deveria ocorrer, repito, numa democracia em que todos os direitos fossem respeitados. Mas repito que o clima de duelo foi instituído pelo próprio PT. Patrus, homem afável, deu declarações importantes: "Este não será o país do ódio, onde quem grita mais alto tem razão. Este vai continuar sendo o país da democracia, de quem sabe ouvir, compreender e debater" Deveria ser assim, mas depende, sobretudo, do PT, que há muito instituiu a "luta política" como comportamento cotidiano. Não me esqueço da conversa que tive com o então presidente da Câmara, João Paulo Cunha, hoje cumprindo pena em prisão domiciliar, quando o PT levou ao Congresso, no primeiro momento do governo Lula, uma reforma da Previdência que em tudo era compatível com a que o governo FH tentara aprovar, com a oposição sistemática do PT.

"Qual a razão dessa mudança?" perguntei. E ele, candidamente: "Luta política" Hoje, o PSDB faz a mesma coisa ao aprovar o fim do fator previdenciário, e assim, de "luta política" em "luta política" o país vai à breca e as pessoas se digladiam nas ruas.

Esse ambiente estressado é um dos maiores obstáculos à superação da crise em que nos debatemos. Mas a cada dia fica mais distante, pelos fatos que vão sendo revelados, a possibilidade de uma conciliação.
Herculano
11/11/2015 12:49
ESTELIONATO À VISTA, editorial do Estado de S. Paulo

Tudo leva a crer que Lula está prestes a assumir o controle total do governo, agora forçando Dilma Rousseff a demitir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e substituindo-o por alguém de confiança do ex-presidente e disposto a adotar uma "nova política econômica" destinada a "acelerar a retomada do crescimento econômico". Segundo se informa, Lula e os ministros do núcleo político do Planalto ?" políticos alinhados com o ex-presidente, que os colocou onde estão exatamente para isso ?" intensificaram na última semana a pressão sobre a presidente da República para que substitua urgentemente Levy, de preferência pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

Considerando que a crise econômica e a debacle moral e o consequente impasse político paralisaram o governo e provocaram o rebaixamento da popularidade de Dilma a índices sem precedentes, faz sentido que Lula tenha pressa em preencher o vazio deixado por sua pupila no comando da ação governamental, tarefa que já executou com êxito no que se refere à área política, ao "nomear" Jaques Wagner e Ricardo Berzoini para o comando da Casa Civil e da Secretaria de Governo.

Falta agora o chefão do PT colocar alguém de sua confiança à frente do Ministério da Fazenda, para executar a "nova política" que, na verdade, nada tem de nova, pois se trata apenas da reedição da gastança na forma da liberação de crédito para a aquisição de bens de consumo. É óbvio que não se pode pensar em crescimento econômico sustentável sem investimentos em infraestrutura, nos chamados bens sociais como educação, saúde, saneamento, segurança, transportes, etc. Mais uma vez, porém, não é hora de pensar em projetos que só dão retorno a longo prazo.

Resta saber se Henrique Meirelles estará disposto a assumir os enormes riscos da "política econômica" com a qual Lula sonha como último recurso para salvar sua pretensão de chegar de novo à Presidência da República em 2018. E se, para fazê-lo, tolerará o convívio com a presidente que o detesta.

A economia brasileira foi jogada num buraco cada vez mais profundo pelo delírio populista do PT, associado ao dogmatismo ideológico e à incompetência de Dilma. Beneficiado por uma conjuntura favorável, que encheu os cofres públicos com impostos, o governo se permitiu gastar sem fazer contas, subsidiar programas com inaudita generosidade, fornecer crédito abundante e fácil para consumo e fazer uma impensada desoneração fiscal.

Quando começou a "sair mais dinheiro do que entrava" ?" como admitiu dias atrás o próprio Lula ?", a crise econômica se apresentou aos brasileiros como o resultado inescapável da insustentabilidade do delírio consumista no qual o lulopetismo tentou ?" e, pelo jeito, vai insistir nisso ?" ancorar seu projeto de poder.

Dilma e o próprio Lula estavam convencidos, na transição do primeiro para o segundo mandato da presidente, de que a situação econômica era grave e exigia, prioritária e urgentemente, que as arrombadas contas do governo fossem colocadas em ordem. Era a necessidade do ajuste fiscal que entrava em cena. E Lula indicou para o ministério da Fazenda um executivo de perfil liberal, ninguém menos que o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco. Trabuco não foi liberado para o cargo pelo conselho do banco e Dilma ficou com Joaquim Levy.

Mas a discussão das medidas necessárias ao ajuste fiscal, especialmente aquelas que contrariam os interesses dos assalariados, assustou as correntes esquerdistas do Parlamento, as bases sindicais do PT e as organizações filopetistas. O ajuste fiscal passou a ser apontado como uma ameaça às conquistas sociais. E não demorou para que Lula, sempre atento aos reflexos eleitorais dos acontecimentos, passasse a sabotar o demonizado ajuste e fazer eco às reivindicações de uma "nova política econômica" ?" como se o governo tivesse alguma.

Mais do que depressa, Lula quer reviver o consumismo inconsequente que o transformou num grande líder popular. Com que dinheiro se produzirá esse milagre? Bem, o interesse eleitoral de Lula é mais importante do que detalhes como esse. Afinal, como creem os petistas, o governo tudo pode, basta querer.
Herculano
11/11/2015 11:23
DIVIDIR O INDIVISÍVEL por Miriam Leitão para o jornal O Globo

STF esvazia a Lava-Jato ao ignorar conexão entre crimes. A melhor forma de o Supremo Tribunal Federal ameaçar a Lava-Jato é ir tirando pedaços do processo de Curitiba e enviando para outras cidades. Desta forma a investigação e o processo judicial perdem consistência. O caso da Eletronuclear torna claro o risco de o STF quebrar a lógica do que tem sido até agora o mais importante e efetivo ataque à corrupção no país.

A prova de um crime ajuda a provar o outro. Isto é, inclusive, um dos princípios estabelecidos no Código de Processo Penal para manter a unidade do processo. O STF tem ignorado isso. Primeiro na decisão de mandar a parte da corrupção da Consist, que envolvia os políticos paranaenses, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffman, entre outros, para São Paulo. Agora, a decisão do ministro Teori Zavascki de mandar o processo da Eletronuclear, que envolve o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva e o ex-ministro Edson Lobão, para o Rio.

O que o caso da Eletronuclear tem a ver com o da Petrobras? Os mesmos corruptos e corruptores, os mesmos operadores, o mesmo modus operandi, os mesmos métodos de tirar recursos em contratos com estatais para enviar para pessoas, políticos e partidos da base governamental beneficiários do mesmo esquema. E esse é outro motivo estabelecido na lei para manter juntas as partes do processo. A conexão por similaridade. É um único caso em que várias pessoas praticam crimes similares que têm igual formato, objetivo e agentes. As infrações se sobrepõem. O processo tem unidade. Na Petrobras os beneficiários foram o PT, PP e PMDB; na Eletronuclear o PT e o PMDB.

O Ministério das Minas e Energia é o órgão que coordena as duas estatais. Como separar? É difícil entender o que quer o ministro Teori com o fatiamento: tornar o processo mais leve, dividir responsabilidades até dentro do Supremo criando ações penais separadas, alguma razão jurídica que lhe pareça mais relevante que as muitas provas das conexões entre as partes. Mas é fácil perceber que os advogados de todos os acusados ou condenados vibram a cada fatiamento e que a opinião pública informada tem a impressão que o caso se enfraquece a cada parte que é tirada da Força Tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, ou da alçada do Juiz Sérgio Moro.

A ideia na Petrobras, Consist e Eletronuclear foi a de gerenciar o apoio ao governo, arrecadando recursos financeiros para o processo eleitoral ou para proveito próprio através do esquema de superfaturar e fraudar contratos de empresas com seus fornecedores. Qualquer pessoa que analisar objetivamente o caso verificará que há uma conexão porque são as mesmas pessoas que se repetem nos esquemas montados em empresas diferentes mas que formam a mesma organização criminosa. E há clara conexão probatória. Enfraquecerá o Supremo a nossa melhor chance na difícil luta contra a corrupção se continuar dividindo o indivisível.

No caso da Consist não havia cartel, mas era uma série de crimes cometidos em Curitiba. Há contudo repetição de pessoas e também de políticos da base envolvidos. No caso da Eletronuclear há outras similitudes. Dividir será enfraquecer. Espera-se que os ministros do Supremo pensem na floresta em vez de cada árvore. Os especialistas em questões ambientais costumam dizer que há um momento em que a retirada de árvores de um fragmento florestal o torna insustentável e ele começa a morrer. Quantas árvores mais se pode tirar da Lava-Jato sem que o processo fique um conjunto sem lógica interna, sem a dinâmica necessária, e comece e perder consistência? Aonde quer chegar o fatiamento se as partes forem espalhadas por outras áreas do país?

A forma de o Brasil perder a maior chance que já tivemos na luta difícil e árdua contra o crime da corrupção é ir desidratando a Operação Lava-Jato prendendo-se a firulas jurídicas que ignoram a claríssima conexão entre os crimes e o conjunto probatório. Agora o ex-ministro Antonio Palocci quer anular os depoimento de Alberto Youssef e de Fernando Baiano. O ataque à Lava-Jato é assim, por partes. E nestas fatias partidas o país se enfraquecerá em momento decisivo. Por isso, o que o STF tem que olhar é o todo. É neste todo, unido, que está a nossa melhor chance.
Denis Oliveira
11/11/2015 09:49
HERCULANO,

Pq essa perseguição contra o PSD e o Marcelo Brick? O q vc tem contra nós?

Pq vc não faz como o Clovis Reis, q em sua coluna d hj anunciou q estamos próximos de fechar com o PMDB!
Ilhota Querida
11/11/2015 08:21
Ao Almir Ilhota,
Já estas falando em cassação? Isso é uma grave acusação! Vamos ver se essa CPI não vai acabar como sempre em pizza, servindo só para muvucar o ambiente político do município próximo do ano de eleição. Vamos aguardar antes de comemorar, se o prefeito causou dano ao erário, sou totalmente a favor que pague! Mas em toda a matéria do referido jornal não se falou em dano ao erário, desvio de recursos ou superfaturamento, mas somente sobre atrasos de entrega da prestação de contas, que FORAM entregues, mas com atraso. Eu já acredito que não vai dar em nada, cassação? O ex prefeito foi condenado a devolver 4,5 milhões aos cofres públicos, o que equivale a quase 25% do orçamento total do município, ou seja, algo que considero GRAVÍSSIMO PARA A SOCIEDADE e não deu em nada ainda!!!
Herculano
11/11/2015 07:43
GANGUE. LOBISTA TINHA CONTATOS FREQUENTES COM RENAN, DIZ EX-DIRETOR DA PETROBRÁS

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mário César Carvalho, Flávio Ferreira, Graciliano Rocha e Reynaldo Turollo Jr. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em interrogatório nesta terça (10) na Justiça Federal que o lobista Fernando Soares, o Baiano, contou-lhe que tinha "reuniões frequentes" com o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Fernando Soares me falou que tinha uma relação muito forte com o PMDB. Tinha reuniões frequentes com o senador Renan Calheiros", afirmou ao juiz Sergio Moro.

Baiano, segundo Costa, relatou-lhe que discutiu com integrantes do PMDB como alocar recursos de propina.

Na denúncia contra a Andrade Gutierrez, aceita pela Justiça, o Ministério Público Federal acusa a empreiteira de ter pago R$ 243 milhões em suborno ?"o que a empresa nega.

Costa, que fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em agosto do ano passado, contou na audiência que recebeu US$ 3 milhões das empreiteiras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Estre Ambiental em contas que tinha nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal no Caribe. O montante foi depositado por Baiano, que, segundo Costa, cuidava do repasse de propina da Andrade Gutierrez por ter relações com a cúpula da empreiteira.

Costa afirmou que Baiano prometera pagar US$ 4 milhões, mas US$ 1 milhão nunca chegou às contas abertas em nome de seus dois genros em Cayman, insinuando que o lobista ficou com parte do montante do suborno combinado com a Andrade Gutierrez. "Ficou US$ 1 milhão para trás, que deve estar em alguma conta do Fernando no exterior".

De acordo com Costa, Baiano passou a ser usado no repasse de suborno depois que o deputado José Janene (PP-PR) começou a ter problemas de relacionamento com a diretoria da Andrade Gutierrez. O lobista assumiu essa função em 2007, 2008, contou Costa.

Janene, que morreu em 2010, foi o parlamentar que indicou Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras em 2004, cargo que ele ocupou até 2012, quando foi afastado por ordem da presidente Dilma Rousseff.

Costa reafirmou que as empresas investigadas na Operação Lava Jato atuavam como cartel nas concorrências da Petrobras.

Ele relatou que as diretorias de Serviços e a Internacional, ocupadas por Renato Duque e Nestor Cerveró, também recebiam suborno. Costa disse que a diretoria de Serviços recebia propina pela diretoria de Produção e Exploração. Segundo o ex-diretor, essa diretoria tinha o maior orçamento da estatal, muito superior ao do setor de Abastecimento que comandava.

Após citar que contou em sua delação sobre suas suspeitas em torno dessa diretoria, ele afirmou: "Até hoje pouco vi sobre essa investigação. Tem um campo vasto para a PF e o Ministério Público avançarem".

A diretoria de Produção e Exploração foi ocupada por Guilherme Estrella, um executivo com estreitas ligações com o PT. Estrella já foi mencionado nas investigações da Operação Lava Jato, mas nunca associado ao recebimento de suborno.

A audiência teve momentos de tensão quando advogados de executivos da Andrade Gutierrez tentaram emparedar Costa com declarações anteriores do delator.

Em tom duro, um defensor apontou que as agendas de Costa na Petrobras registram 33 encontros com executivos da empreiteira, mas em nenhum constava o nome de Elton Negrão, a quem o ex-diretor atribui a discussão de propina.

"Há um equívoco enorme da sua parte porque reunião fora da Petrobras, em hotéis de São Paulo [para acertar suborno], não constam em agenda", retrucou Costa, também com rispidez.

O defensor insistiu, e Moro cortou: "Isso é um argumento ou pergunta? Se for argumento, pode ficar nas suas alegações no processo".
Herculano
11/11/2015 07:43
GANGUE. LOBISTA TINHA CONTATOS FREQUENTES COM RENAN, DIZ EX-DIRETOR DA PETROBRÁS

Parte 2

O doleiro Alberto Youssef, que também depôs nesta terça (10), relatou que esteve três vezes no escritório da Andrade Gutierrez em São Paulo para receber recursos de suborno que repassou para a campanha eleitoral do PP em 2010. O montante recolhido foi de R$ 1,5 milhão, segundo o doleiro.

Youssef contou ao juiz que foi à empreiteira por orientação de Fernando Baiano.

No mesmo processo, o Ministério Público Federal apresentou documentos entregues pelo lobista Mário Góes, um dos delatores da Lava Jato, que segundo a Procuradoria comprovam repasses de propina da Andrade Gutierrez no exterior para Góes e o ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, no valor total de cerca de US$ 27 milhões.

OUTRO LADO

A assessoria do senador Renan Calheiros afirmou que ele não conhece Fernando Baiano e nega qualquer envolvimento com repasses de suborno.

Por meio de nota, a Andrade Gutierrez informou que não não se pronunciará sobre processos em andamento "para garantir que não haja qualquer prejuízo à defesa de seus colaboradores e ex-colaboradores".

A Queiroz Galvão afirma que "todos os pagamentos efetuados pela empresa estão rigorosamente de acordo com a legislação vigente".

A Folha não conseguiu contato com as demais empresas citadas, nem com o advogado de Baiano.
Herculano
11/11/2015 07:34
LULA E PT TRANSFEREM PARA LEVY CULPAS DE DILMA, por Josias de Souza

A maior empulhação que Lula e o PT podem cometer contra a plateia no momento é atribuir a Joaquim Levy a responsabilidade pelo mau estado da economia. Ninguém vira presidente com um dígito de aprovação antes de completar um ano de governo por acaso. Quem produziu a ruína econômica não foi o ministro da Fazenda. Foi Dilma Rousseff. Meteu-se na enrascada no seu primeiro mandato, ao fundar uma nova matriz econômica, voluntarista e intervencionista. Encalacrou-se de vez em 2014, quando pedalou o Orçamento para se manter no poder.

Reeleita, deu um cavalo de pau e mudou o rumo de sua prosa. Sem aviso prévio, foi do paraíso dos videoclipes do João Santana para o inferno da vida real. Perdeu a credibilidade. Que é igual à virgindade. Não dá segunda safra. Foi contra esse pano de fundo que Levy trocou a diretoria do Bradesco pela Esplanada dos Ministérios. Disseram-lhe que teria carta branca e votos no Congresso. Não teve nenhuma das duas coisas.

Levy enxergou o focinho do desastre ao fragrar-se com um olho na erosão das contas e outro nos colegas Nelson Barbosa e Aloizio Mercadante. Em pelo menos uma ocasião, disse a Dilma que poderia ir embora, presenteando-a com sua ausência. Ouviu apelos para que ficasse. Súbito, Lula, passou a pregar sua saída. E Dilma parou de fingir que não ouve.

O petismo imagina que, sem Levy, todos os problemas do governo acabarão. Engano. Ainda que Henrique Meirelles ?"ou um assemelhado dele?" tope assumir a Fazenda, o problema continuará despachando no gabinete principal do Palácio do Planalto.

Em resumo, a situação atual da economia, é a seguinte: uma parte do mercado está nervosa porque Dilma diz que Levy fica, mas sabe que é mentira e que o Lula emplacará um substituto a qualquer momento. A outra parte está nervosa porque Dilma diz que Levy fica e sabe que ele fica mesmo, porque Lula ainda não convenceu o Meirelles a assumir. E Dilma está nervosa porque não sabe se diz que Lula voltou a presidir sem a sua autorização ou se autoriza Lula a presidir e não diz. E vice-versa.
Herculano
11/11/2015 07:32
O DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE FALTA PARA A SAÚDE, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS SOBRA PARA A FARRA DOS POLÍTICOS. O NANICO E RECÉM CRIADO PROS GASTA R$2,4 MILHÕES EM DINHEIRO PÚBLICO PARA COMPRAR UM HELIC?"PTERO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Ranier Bragon da sucursal de Brasília. Em tempo de crise econômica, com programas sociais como o Bolsa Família sob ameaça de cortes, o Pros (Partido Republicano da Ordem Social) usou R$ 2,4 milhões de dinheiro público para adquirir um helicóptero.

A aeronave ?"um Robinson R66 Turbine, prefixo PP-CHF?" foi comprada à vista recentemente com recursos do Fundo Partidário e se juntará ao bimotor adquirido em 2014 por R$ 400 mil (também com dinheiro do fundo) para uso de dirigentes da sigla, a 15ª em tamanho no Congresso.

A compra é incomum entre os partidos brasileiros: os três principais (PMDB, PT e PSDB) não têm aeronaves.

"Isso é um absurdo. Como pode usar dinheiro público para comprar helicóptero só para vir de Planaltina de Goiás para Brasília", queixou-se o líder da bancada do Pros na Câmara, Domingos Neto (CE), que é rompido com a direção da legenda.

O trajeto a que ele se refere é feito frequentemente pelo presidente nacional da sigla, o ex-vereador de Planaltina de Goiás (60 km de Brasília) Eurípedes Júnior, 40, que criou o Pros em 2013.

O Fundo Partidário é a principal fonte de recursos dos partidos. Apesar do rombo nas contas públicas, o Congresso quer triplicar o valor do fundo em 2016 ?"de R$ 311 milhões para R$ 911 milhões.

A ideia é defendida pelo relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR) ?"o mesmo que propôs corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família.

Até outubro deste ano, o Pros recebeu R$ 15,7 milhões do fundo, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.

O Pros tem 12 deputados federais, boa parte em conflito com a direção da sigla, e um governador, José Melo (AM).

Em 2013, atraiu os irmãos Cid e Ciro Gomes, no Ceará ?"que hoje estão no PDT.

As regras do fundo partidário não autorizam nem proíbem expressamente a compra de aeronaves.

Ministros do TSE ouvidos pela Folha afirmaram considerar o uso abusivo, a priori, mas que a compra pode vir a ser aprovada caso comprovado uso exclusivo para atividades partidárias.

OUTRO LADO

Em resposta enviada a questionamentos da Folha, o Pros afirmou que sua Executiva decidiu adquirir o helicóptero para fortalecer a presença do partido no país.

A sigla diz ainda que não considera ter realizado um gasto, mas obtido um patrimônio. "Gasto é um valor que vai e não volta, a aeronave é um patrimônio", afirmou a legenda, em resposta à pergunta sobre se considerava conveniente tal aquisição no momento de crise pelo qual passa a economia do país.

O partido afirmou estar em processo de fortalecimento de sua presença pelo Brasil.

"Hoje já chegamos a aproximadamente 3.500 municípios, um trabalho bem produtivo comparado à presença partidária de outras agremiações com muito mais tempo de existência", afirma o Pros.

Segundo a sigla, o objetivo é chegar a mais de 5.000 cidades. "Como grande parte desses municípios não possui aeroporto, o helicóptero otimizará a locomoção."

Em sua resposta, o partido nega ainda que, de acordo com deputados contrários à direção nacional da legenda, a aquisição tenha o objetivo de facilitar as viagens de Eurípedes Jr., presidente nacional da sigla, entre Planaltina de Goiás e Brasília.

E diz que o partido economizou. "O preço médio de mercado desta aeronave aqui [no Brasil] está em torno de R$ 3,3 milhões. Nos EUA, um zero quilômetro gira em torno de US$ 1,3 milhões. Convertendo em reais, grosso modo, ficaria R$ 5,2 milhões."
Herculano
11/11/2015 07:26
LEI PARA "REPATRIAR" DINHEIRO ATENDE A BANDIDAGEM, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

É mesmo estarrecedor o projeto que prevê a "repatriação" de dinheiro transferido ilegalmente ao exterior. Na prática, permite anistiar dinheiro sujo de corrupção, contrabando, sonegação, assalto, tráfico, resgate de sequestrados etc. O projeto veda a punição de sonegação, inclusive de contribuição ao INSS, falsificação de documento (público ou particular), evasão de divisas e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.

Projeto carimbado

Na oposição, prospera a suspeita de que o projeto de "repatriação" de dinheiro foi criado para beneficiar pessoas ligadas ao governo.

Conversa mole

A "expectativa de receita" é falsa: quem mantém dinheiro lá fora para protegê-lo ou se proteger, não tem motivos para repatriar coisa alguma.

Prazo aberto

Poderá se beneficiar da nova lei qualquer pessoa física ou jurídica, até 210 dias após a regulamentação da lei pela Receita Federal.

Empurrado goela abaixo

Servidores da Câmara e da Receita estão estarrecidos com o projeto de repatriação de dinheiro sujo, mas são obrigados a engolir a seco.

PM-DF ficou sem helicópteros por falta de seguro

O governo do DF deixou a Polícia Militar impedida de usar seus quatro helicópteros durante cinco meses, até sábado passado (7), por falta de seguro. Saiu mais caro: após tanto tempo paradas, as aeronaves serão submetidas a manutenção dispendiosa. E continuam sem voar. Mas o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), não: ele tem sido criticado por gastar R$ 1,2 milhão no aluguel de helicópteros para seu próprio uso.

Muito úteis

Além de ajudar a monitorar o trânsito e apoiar o policiamento ostensivo, os helicópteros da PM são usados também em socorros de urgência.

Equipamentos novos

Três dos cinco helicópteros da PM-DF, essenciais à corporação, são novos: foram adquiridos no governo de Agnelo Queiroz (PT).

Batalhão

No total, cerca de cinquenta homens compõem Bavop, batalhão de aviação da PM-DF. Foram cinco meses sem terem muito o que fazer.

Apoio ao impeachment

A Frente Parlamentar Agropecuária, de 284 deputados, anunciou apoio ao processo de impeachment de Dilma. "O processo não pode ser usado para interesses individuais", diz Jerônimo Goergen (PP-RS).

Caixa reforçado

A campanha eleitoral de Fausto Pinato (SP), relator do caso Eduardo Cunha na Câmara, recebeu por meio do partido, o PRB, doações da Queiroz Galvão, empreiteira do cartel acusado de roubar a Petrobras.

O adeus a Sandra

O jornalismo brasileiro fica menor, com o falecimento da jornalista Sandra Moreyra, ontem. Era tão dedicada e competente quanto generosa e profissional. E ainda por cima torcia pelo Botafogo.

Calouro

A pedido de uma prima, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) cantou a música "Funiculí Funiculá" na Rádio Jornal, de Pernambuco. Sua excelência arrancou risadas do público.

Contrabando em alta

O consumo de cigarros contrabandeados entre paulistas cresceu, diz pesquisa do Ibope. Entre 2010 e 2014, as vendas de marcas nacionais caíram 24%, período em que o consumo das paraguaias subiu 44%.

Pizzaiolo palaciano

O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) foi escalado pelo Planalto para articular o fim da CPI do BNDES. Ele vive se reunindo com aliados para evitar convocações que desagradem o governo.

Virada no conselho

O Solidariedade entrou em campo no Conselho de Ética para salvar Eduardo Cunha. O deputado Paulinho da Força (SP) garante que agora seu amigo Cunha já conta com 11 dos 21 votos no Conselho.

Fechando a boca

Leonardo Quintão (PMDB-MG) faz a dieta do hormônio da gravidez: perdeu 12 quilos. "O Legislativo engorda", diz. Rogério Peninha (SC), José Priante (PA) e João Marcelo (MA) decidiram imitá-lo.

Pensando bem...
...sobe tudo no Brasil, do desemprego à inflação, do preço da energia às tarifas do transporte; só não cresce a credibilidade de Dilma.
Herculano
11/11/2015 07:01
A BAGUNÇA É UM PERIGO PARA TODOS, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Uma greve de caminhoneiros pedindo a saída da presidente da República não é uma greve, nem é de caminhoneiros, mas apenas de alguns donos ou motoristas de caminhões que resolvem obstruir estradas. Se fosse greve de caminhoneiros, os veículos ficariam nas garagens. É apenas bagunça. Na hora que a Receita Federal põe no ar um sistema bichado e ameaça multar suas vítimas caso não cumprissem um prazo maluco, não houve problemas na montagem do sistema. O que houve foi onipotência, pois o programa foi ao ar bichado porque o Serpro, que trabalhava na sua montagem, teve uma greve por tempo indeterminado que durou 29 dias. (Com pagamento dos dias parados, negociando-se a reposição das horas perdidas.) Bagunça.

Recessão, desemprego e inflação ameaçam a vida dos brasileiros, mas são fenômenos que não têm identidade física. A doutora Dilma, por exemplo, diz que não é responsável por nenhuma dessas ruínas. A bagunça, diferentemente das outras pragas, tem sempre nome e sobrenome. Falando em nome do Comando do Nacional do Transporte, o cidadão Ivar Schmidt diz que só negocia "com o próximo governante".

Administradores ineptos, bem como provocadores, são riscos da vida. Pela lógica, uns deveriam ser demitidos e os outros, responsabilizados criminalmente. Se isso não acontece é porque a bagunça vai além da inépcia e das provocações.

O Congresso não precisa aderir à desordem. Vive uma triste fase, com os presidentes do Senado e da Câmara respondendo a inquéritos na Justiça, mas nem isso justifica que os plenários das duas casas entrem num estágio superior ao do "quanto pior, melhor". Nessa linha pode-se apenas torcer para que as coisas piorem. No estágio seguinte, trata-se de piorar o que já está muito ruim.

O senador Renan Calheiros anunciou que na próxima terça-feira votará pelo menos oito vetos da doutora Dilma. Três deles poderão custar R$ 63,2 bilhões ao erário até 2019. Um dos projetos vetados aumenta os servidores do Judiciário e custará R$ 36,2 bilhões. Outro concedeu aos professores o direito de descontar do imposto de renda as suas despesas na compra de livros. Poderá custar R$ 16 bilhões. O terceiro atrela os benefícios da previdência aos índices de aumento do salário mínimo.

Cada uma dessas reivindicações tem seus defensores, mas a realidade é que os servidores do Judiciário estão empregados, os professores compram livros sem desconto no imposto de renda há décadas e os benefícios da previdência nunca estiveram atrelados ao salário mínimo. Deveriam estar, mas, com a ruína econômica nas ruas, o cofre da Viúva não aguenta tantas pancadas.

Derrubar qualquer desses vetos nada tem a ver com a construção de uma sociedade melhor. Relacionam-se apenas com a radicalização da bagunça, na expectativa de que ela derrube o governo. Afinal, só o fim do mundo pode salvar os réus da Lava Jato e garantir o mandato de Eduardo Cunha.

A oposição tucana comporta-se com uma astúcia infantil. Apoia a Lava Jato com adjetivos, e só. Faz a mesma coisa com Eduardo Cunha. Veste a toga dos senadores romanos quando fala e a máscara dos black blocs quando se move no Congresso. São todos muito bem educados e sabem fazer contas. Infelizmente, flertam em silêncio com a bagunça.
Herculano
11/11/2015 06:51
AVIÃO DO BRADESCO COM 4 PESSOAS A BORDO CAI ENTRE MG E GO; NÃO HÁ SOBREVIVENTES.

Conteúdo do Uol. Um avião de pequeno porte com quatro pessoas a bordo caiu na noite desta terça-feira (10) na divisa entre Minas Gerais e Goiás. De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), eram dois tripulantes e dois passageiros, e não há sobreviventes.

Segundo apuração do UOL, os dois passageiros são executivos do banco - Lúcio Flávio de Oliveira dirige a Bradesco Vida e Previdência, e Marco Antônio Rossi é presidente da Bradesco Seguros. A companhia, no entanto, ainda não se pronunciou oficialmente. Os nomes dos tripulantes não foram confirmados.

O avião Cessna Citation 7, de prefixo PT-WQH, decolou às 18h39 de Brasília com destino a São Paulo, e desapareceu dos radares às 19h04, horário em que caiu em Guarda-Mor (MG).

O registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aponta que a aeronave pertence ao banco Bradesco e tinha a situação regular, com as licenças em dia, e tem capacidade para oito pessoas.

A cidade de Guarda-Mor faz limite com Catalão, município de Goiás. O Corpo de Bombeiros de Catalão afirmou que a aeronave caiu em uma propriedade rural, e que a ocorrência está sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros mineiro.

Nota da FAB:

A Força Aérea Brasileira informa que a aeronave modelo Citation VII, de matrícula PT-WQH decolou às 18h39 do aeroporto de Brasília com destino a São Paulo e desapareceu dos radares do controle de tráfego às 19h04.

A aeronave caiu em uma região próxima do município de Catalão, estado de Goiás, com quatro ocupantes a bordo. Não há informações de sobreviventes.
Almir ILHOTA
11/11/2015 06:32
ILHOTENSES.

Neste primeiro momento da instalação da CPI, na câmara de vereadores pudemos observar, que pelo menos sete dos nove vereadores estão a favor do povo de ILHOTA, diferentemente dos vereadores FABRICIO PEREIRA(PSDB), e GILBERTO DE SOUSA(PP), mas acredito que com a pressão popular que certamente acontecerá no dia da votação pela cassação, eles reverão seus votos e votarão junto com a maioria, ou seja pelo melhor para nossa cidade.
Sidnei Luis Reinert
11/11/2015 06:13
Ditadura verde ?" Com quilo da carne custando R$ 1.800, venezuelanos aderem ao vegetarianismo

Diante da escassez, venezuelanos estão aderindo ao vegetarianismo.Os altos preços de alimentos como carne, frango e laticínios estão mudando os hábitos alimentares no país

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/diante-da-escassez-venezuelanos-estao-aderindo-ao-vegetarianismo
Sidnei Luis Reinert
11/11/2015 06:10
DITADURA BOLIVARIANA

Dona Dilma irá editar e ENDURECER Medida Provisória, para mostrar todo seu lado "Democrático Bolivariano", contra os caminhoneiros.
Uma presidente que só governa por MP, não merece ser presidente de um País como o Brasil!!

PRINCIPAIS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO MINISTRO PETRALHA:
1. Aumento da multa para quem bloquear estradas ?" de R$ 1.915 para R$ 5.746 (o dobro em caso de reincidência).
2. Distinção entre quem bloqueia rodovias e quem organiza os atos. No caso dos organizadores, a multa cobrada passará a ser de R$ 19.154. Para reincidente, o valor também será cobrado em dobro.
3. Grevista reincidente perde, por dez anos, acesso a incentivo de crédito para adquirir novo veiculo.
4. Polícia Rodoviária Federal fica autorizada a contratar guincho particular para remover veículos que bloqueiam estradas. O custo do guincho será cobrado do caminhoneiro.
5. Força Nacional fica autorizada a atuar no desbloqueio de estradas, em auxílio à Polícia Rodoviária Federal.
"Estamos criando uma nova situação [ao publicar a medida], com a introdução de um novo artigo no Código Nacional de Trânsito: 'Usar veiculo para deliberadamente interromper, restringir ou perturbar a circulação na via, se classifica como infração gravíssima, e será aplicada multa de R$ 5.746", adiantou o ministro. Em caso de reincidência, o valor será dobrado.
Segundo Cardozo, a medida será publicada na edição desta quarta (11) do "Diário Oficial da União". "Entendemos como inaceitável, no estado democrático, que pessoas utilizem veículos para bloquear estradas"
Herculano
10/11/2015 21:48
MORO ESVAZIA CADEIA DA PF EM CURITIBA, HUMM!, por Josias de Souza

Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato, autorizou a Polícia Federal a transferir três presos do escândalo da Petrobras da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para o presídio de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. Vão trocar de cela o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista do PMDB João Augusto Henriques e o sócio da Engevix José Antunes Sobrinho.

Não é a primeira vez que Moro manda esvaziar as cadeias curitibanas da PF. Nas vezes anteriores, ele procedeu assim sempre que precisou expedir novos mandados de prisão. Quer dizer: logo, logo a hospedaria da PF pode estar lotada novamente.
Herculano
10/11/2015 21:32
FEMINISTAS IGUALITÁRIAS, por Rodrigo Constantino para o jornal O Globo

parte 1

Nossa primeira demanda é acabar com a diferença na idade de aposentadoria. Onde já se viu a mulher poder se aposentar antes?

Sou o presidente da ONG Feministas Unidas pelas Mulheres Estranhas e Igualitárias (Fumei), e ia aderir à campanha #AgoraÉQueSãoElas, cedendo este espaço para a jornalista Joice Hasselmann, que acaba de sair da VEJA. Mas desisti, pois Joice é muito independente e pouco igualitária para representar minha ONG, que não aprecia esse tipo de postura. Ela também é bonita e feminina demais para falar em nome das mulheres estranhas que idolatram Simone de Beauvoir, aquela submissa ao amante Sartre. Sei que o leitor pode achar estranho que um homem presida uma entidade feminista, mas não há nada de anormal nisso. Ora, todos esses homens que cederam o espaço nos jornais por um dia às mulheres, preservando os demais dias do ano para si, agem de forma similar, como se a mulher fosse tão fraca a ponto de necessitar de um empurrãozinho masculino, uma concessão abnegada. Vai entender!

A Fumei defende bandeiras mais radicais, pois percebeu que muitas mulheres que se dizem feministas chegam a um limite o qual não estão dispostas a avançar. A Fumei, ao contrário, busca igualdade plena entre homens e mulheres. Por isso que nossa primeira demanda é acabar com a diferença na idade de aposentadoria. Onde já se viu a mulher poder se aposentar antes? Ainda mais quando sabemos que sua expectativa de vida é maior. Qual a lógica desse privilégio?

Além da idade igual de aposentadoria, a Fumei defende o alistamento obrigatório das mulheres nas Forças Armadas. Algumas feministas lutaram no passado pelo direito de a mulher ingressar no Exército, mas achamos isso muito pouco. Queremos o dever, tal como ocorre com os homens.

Outra coisa que tem chamado a nossa atenção é a enorme desproporção entre homens e mulheres na população carcerária do país. Simplesmente quase 95% do total de presos são homens. Onde está a igualdade? Como podemos combater as desigualdades no mercado de trabalho se não atacarmos também a desigualdade na quantidade de presidiários?

A Fumei condena veementemente os protestos de outras feministas em igrejas, esfregando os seios nus na cara dos padres. Isso já é coisa do passado, não tem mais graça. Em nome da igualdade, queremos ver as feministas balançando os peitos na cara dos aiatolás do Oriente Médio, na cara dos líderes do Estado Islâmico. A mulher na Arábia Saudita não pode nem dirigir ou usar biquíni, e as feministas vão focar na "opressão" ocidental?
Herculano
10/11/2015 21:32
FEMINISTAS IGUALITÁRIAS, por Rodrigo Constantino para o jornal O Globo

parte 2

Algo que irrita profundamente nós da Fumei é mulher que deixa o homem trocar o pneu furado do carro ou matar baratas. Coisa de mulherzinha que alimenta a desigualdade. O certo é a mulher meter a mão na massa e trocar o pneu sozinha, mesmo debaixo de chuva, e deixar de frescura e pisar na maldita barata, mesmo que descalça. A igualdade é fundamental, companheiras!

Alguns chatos, como aquele presidente do Instituto Liberal, falam que o feminismo igualitário é coletivista, que não enxerga indivíduos, que não reconhece que homem e mulher são complementares, e não inimigos mortais. Mas não caímos nessa ladainha. Sabemos que a família é como uma luta marxista, só que em vez de classes, se dá entre gêneros. O macho oprime a fêmea, e isso precisa acabar.

Economistas mostram que diferenças em salários médios derivam das escolhas feitas, do perfil de trabalho, da maior quantidade de mulher em profissões mais flexíveis com o tempo, e pelo fato de serem elas que engravidam, algo que ainda não temos muito como mudar. Não importa essa lógica toda. Somos pós-modernos, estamos acima da razão, não precisamos de coerência. O relevante é só pintar a mulher como vítima e o homem como opressor, tudo em nome da igualdade.

Por isso, não suportamos essas mulheres fortes, independentes, tais como Margaret Thatcher, Carly Fiorina ou Ayn Rand. Preferimos aquelas que só chegaram aonde chegaram graças a um homem, como Dilma, criatura de Lula. A nossa presidenta sempre usou a cartada sexual, inclusive no título do cargo, lembrando que era mulher e que toda crítica que recebe é fruto do machismo. Thatcher nunca se vitimizou assim, nem Ayn Rand. Não ajudam em nossa causa.

Mas, apesar de toda a consideração para com Dilma, a Fumei precisa defender seu impeachment. Afinal, estamos aqui lutando pela igualdade plena das mulheres estranhas, e convenhamos, Dilma é excelente ícone do grupo. Se Fernando Collor, com "aquilo roxo", foi alvo de um processo de impeachment, não seria justo blindar Dilma agora. Queremos igualdade, e só haverá igualdade se Dilma também cair, como aconteceu com Collor. Seja nobre, Dilma. Renuncie em nome da igualdade!
Herculano
10/11/2015 21:07
ILHOTA EM CHAMAS. INICIADO O PROCEDIMENTO DE CASSAÇÃO DO PREFEITO DANIEL CHRISTIAN BOSI, PSD

Esta coluna foi a única a tratar o assunto. Incrível. Agora a noite, a Câmara de Ilhota, decidiu por sete votos a dois criar a Comissão Processante que vai enquadrar e decidir se o prefeito Bosi deve ser cassado do seu mandato, como o suplente de vereador, Carlos Henrique, PMDB, autor do requerimento.

Votaram a favor Roberto Prebianca,PP, Alyne Debrassi Silva, PSD, Almir Aníbal de Souza, PMDB e presidente, Paulo Roberto Drun, PSDB, Luiz Fischer e Francisco Domingos, todos do PMDB. Votaram contra Gilberto Souza, PP e Fabrício Pereira,PSDB.

O prefeito não pode reclamar. Seus defensores e que eram contra a comissão processante estão nela
Gilberto e Fabrício. Integram-na ainda Roberto Prebianca, Almir Almir de Souza e Francisco Domingos
Almir ILHOTA
10/11/2015 18:14
HERCULANO.

Mais uma vez obrigado por nos manter informados com o que anda acontecendo em nossa prefeitura, sem este conceituado, e isento meio de comunicação estes absurdos seriam colocados debaixo do tapete, e aliás inexperiente e neófita foi muito apropriado. PARABENS.
Sidnei Luis Reinert
10/11/2015 12:42
Herculano,
Se a imprensa daqui ajuda a divulgar notícias falsas plantadas pelos governantes, que credibilidade tem as empresas que veiculam seus produtos nestes mesmos meios de comunicação?
Sidnei Luis Reinert
10/11/2015 12:14
Lava Jato quer provar que gente próxima a Lula levou R$ 18 milhões em propinas de empreiteiras


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A petelândia ficou apertadinha ontem com o vazamento da informação de que a Força Tarefa da Lava Jato estaria atrás de documentos que comprovem uma movimentação de R$ 18 milhões embolsados em obras empreitadas com o governo federal. Os beneficiários seriam pessoas muito próximas do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou, até, familiares dele - o que muito se especula, mas nunca se prova. A tese é de que Lula continua poderosamente blindado. Mas os amigos e parentes dele, não.

Enquanto nada acontece, Lula amplia seu desgaste de imagem internacional. Agora, o governo italiano estaria interessado em ouvi-lo, via carta rogatória, como testemunha, sobre as ligações perigosas entre o poderoso ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e o empresário Valter Lavitola, operador de vários negócios do ex-dirigente italiano e que cumpre pena de prisão em Nápoles. Na Itália, acredita-se que Lula tenha ligações com Lavitola. No Brasil, o Instituto Lula já foi obrigado soltar uma nota para garantir que Lula nem sabe de quem se trata...

Não dá para repetir mesma "tese" em Portugal. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal da "Terrinha" investiga indícios de que o ex-primeiro-ministro português José Sócrates - que chegou a ser preso ano passado, sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, tenha utilizado sua influência junto ao ex-presidente e amigo Lula para beneficiar uma empresa em negócios com o Ministério da Saúde brasileiro. De 2013 até novembro de 2014, quando foi preso no âmbito da Operação Marquês, o ex-primeiro-ministro atuou como consultor para a América Latina da Octapharma, uma empresa suíça que é uma das maiores produtoras de hemoderivados do mundo.

No Brasil, o maior enrosco de Lula é com a Odebrecht - e vice-versa. O jornalista George Vidor informou em recente artigo em O Globo que "Todo o esforço da alta cúpula da Odebrecht no momento é para tentar convencer o Judiciário, o Ministério Público e, se possível, também a mídia de que o grupo não teria sido o canal (ou um dos) para um suposto enriquecimento da família do ex-presidente Lula. Pelas contas da empreiteira, os valores que foram pagos ao ex-presidente, quando ele deixou o governo, seriam compatíveis com os recebidos por personalidades com mesmo grau de influência pela prestação de serviços similares. O grupo espera, assim, estancar o desgaste de imagem que tem reflexos no crédito junto aos mercados financeiros. E um grupo desse porte, com tal variedade de negócios, depende necessariamente de créditos".

O problema de tal "tese" defensiva é que o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, teve sete encontros reservados com o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. Os encontros foram mapeados pela Polícia Federal na agenda do celular de Marcelo, preso desde junho em Curitiba. Em uma viagem do então presidente Lula à Guiné, na África, em 2010, Marcelo orienta Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht solto na última sexta-feira depois de quatro meses de prisão, a "não deixar o pecuarista solto" ao lado de Lula, numa referência a Bumlai.

Por enquanto, tudo é noticiário especulativo, mas nada se transforma em "notícia crime" contra Lula. Enquanto ficar assim, ele permanece tenso, porém fazendo o de sempre: política e bons negócios, de olho na chance (remota) de retornar ao poder em 2018. Neste intervalo, o Brasil derrete na maior crise estrutural nunca antes vista na História.
Papa Bragre
10/11/2015 10:51
Herculano o povo de Ilhota não perde o humor, mesmo com os abusrdos que são praticados por Daniel Bosi e Junior.
Na rede social agora pela manhã, dizeram que o Egito sofreu e quase foi destruido por 10 pragas. Já Ilhota e região sofre com cinco pragas, fazendo menção a sua postagem. Será que as pragas seriam Bosi, Fernando Neves, Tatiana Reichert, o deputado Kuhlmann e Marcelo de Souza Brick.
Herculano
10/11/2015 10:46
OS CAMINHOS DA CRISE, por Merval Pereira, para o jornal O Globo.

Parte 1

A melhor solução para Lula é o impeachment de Dilma, segundo o ex-ministro de FHC, Lula e Dilma Nelson Jobim, que se transformou na figura mais importante a atuar nos bastidores dos três poderes de que já participou: foi o relator da Constituinte, foi ministro de Estado, e presidiu o Supremo Tribunal Federal.

A melhor solução para Dilma é Eduardo Cunha permanecer na presidência da Câmara, na avaliação de importantes assessores do Palácio do Planalto. Enquanto Cunha tiver o poder de aceitar o processo de impeachment, terá força para continuar a chantagear governo e oposição, sem sair do lugar.

Até que o tirem de lá, tarefa que depende basicamente dos deputados, mas que tudo indica não será cumprida devido ao receio, diria mesmo pânico, de que Cunha revele os muitos segredos que sabe de vários deputados e senadores.

Este é o resumo da situação a que chegamos, em que de chantagem em chantagem os poderes da República vão ficando paralisados, cada um tentando sobreviver aos ataques previsíveis apenas para sobreviver, sem maiores projetos para o futuro.

Para a presidente Dilma, o mais importante é não cair, seguir adiante até que seu mandato termine e ela possa ir para casa com o troféu de pior presidente da República da história, mas sem o constrangimento de ter sido derrubada.

Já Eduardo Cunha luta para não ser preso. Assim como acha que o Palácio do Planalto tem capacidade de manipular a Polícia Federal e o Ministério Público para persegui-lo, acha também que o Procurador-Geral da República não terá coragem de processá-lo enquanto presidir a Câmara, pois o Planalto o protegerá. Ledo e ivo engano, como diria o Cony.

Tudo indica que Cunha vai ter que explicar para os ministros do STF essa história da carne moída num processo que, de acordo com as provas que já foram anunciadas, possivelmente o levará para a cadeia.
Herculano
10/11/2015 10:45
OS CAMINHOS DA CRISE, por Merval Pereira, para o jornal O Globo.

Parte 2

Desse ponto de vista, é mais fácil derrubar Cunha do que Dilma, pois no Brasil criou-se a fantasia de que só roubo em benefício próprio justifica um impeachment. Com essa tese jurídica, permite-se que diversas leis sejam violadas pelo presidente da República do momento, dando a ele o poder de estar acima das leis se não for um reles ladrão.

Roubar pela causa, ou utilizar o dinheiro público para criar as condições para a eleição de seu candidato, como fez Lula em 2010, fazendo o país crescer a 7,5% no ano, mas escangalhando as contas públicas, isso pode. Ou facilitar a reeleição com abuso do poder econômico, hábito da política brasileira que a Lei de Responsabilidade Fiscal pretendeu evitar, isso também pode, sem que se veja nesses atos o que eles realmente são, crimes contra o patrimônio público puníveis com impeachment.

Enquanto a política brasileira segue nessa pasmaceira, pioram as previsões para a economia também em 2016 e a crise tripla ?" política, econômica e moral ?" não parece ter uma saída plausível, pois os acordos políticos já não obedecem a parâmetros civilizados.

Os players desse jogo truncado ganham com a paralisia das ações, e não há regras morais que as limitem. Vale tudo para alcançar o objetivo imediato, que é o de sobreviver no cargo.

Esse, como se vê, não pode ser o caminho virtuoso de um país em busca de seu destino. Não temos hoje na vida pública figuras que inspirem confiança, e por isso não é surpreendente que pesquisas de diversas procedência informem a rejeição maciça aos políticos e aos partidos.

Forma-se nessa marcha a condição para uma disputa presidencial em 2018 mais fragmentada do que a de 1989, a primeira eleição direta para presidente da República depois dos anos ditatoriais e a transição para a democracia iniciada com a eleição indireta de Tancredo Neves.

A não ser que saiam das operações Lava-Jato, Zelotes e similares definições de culpa que mudem o panorama atual e encurtem o caminho.
Herculano
10/11/2015 10:39
OPOSIÇÃO JÁ ARTICULA VOTO CONJUNTO CONTRA CUNHA, por Josias de Souza

PSDB, DEM e PPS negociam uma posição conjunta no julgamento de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara. Nessa primeira fase, em que se discute se o caso deve prosseguir ou ser arquivado, as legendas de oposição planejam votar contra Cunha ?"a favor da continuidade do processo. Entre as legendas tidas como oposicionistas, apenas o Solidariedade se dispõe a permanecer ao lado de Cunha depois que ele compôs uma fábula para tentar demonstrar que não mentiu ao dizer que não escondia dinheiro em conta bancária no exterior.

Num universo de 21 votos, a oposição controla quatro poltronas no Conselho de Ética. Dois são do PSDB: Betinho Gomes (PE) e Nelson Marchezan Júnior (RS). Um é do DEM ?"Paulo Azi (BA)?" e outro é do PPS ?"Sandro Alex (PR). Parece pouca gente. Mas, como o conselho está dividido, serão votos decisivos. Podem assegurar a continuidade do processo.

A oposição toma distância de Cunha num instante em que o personagem se aproxima do Planalto e de Lula, em busca de proteção. Em privado, Cunha reclama que os rivais de Dilma Rousseff passaram a tratá-lo aos pontapés. Menciona comentário feito pelo senador tucano Aécio Neves há quatro dias: "?As provas são contundentes contra Cunha", dissera o presidente do PSDB, num encontro tardio com o óbvio.

As queixas de Cunha foram recebidas como um sinal de que ele busca pretextos para trair o acordo tácito que mantinha com a oposição para facilitar a abertura de processo para o afastamento de Dilma. Nesta segunda-feira (9), Cunha reiterou que deve se posicionar até o final do mês em relação ao pedido de impeachment apoiado pela oposição. A peça é subscrita pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, além da advogada Janaína Paschoal.

Líder do DEM, o deputado Mendonça Filho (PE) havia cobrado de Cunha uma decisão até 15 de novembro. Mas o presidente da Câmara refugou a data. Dá a entender que deve divulgar sua posição apenas depois do dia 20. Antes disso, o PSDB deve reunir sua Executiva Nacional para formalizar o distanciamento em relação a Cunha. O encontro está agendado para a próxima terça-feira (17).

Há um mês, os tucanos haviam se associado aos parceiros de oposição numa nota que defendia o afastamento de Cunha da presidência da Casa. Porém, o texto não resultou em nenhuma providência prática.
Ricardo Adriano
10/11/2015 08:02
Meses após a demolição do antigo Car anexo a unidade de saúde central, o que presenciamos é um verdadeiro estacionamento naquele local. Na época em entrevista no dia 31/08 o prefeito mencionou que a idéia era fazer uma praça no local, podendo até criar um concurso para a comunidade participar da elaboração do projeto. Já se passaram 70 dias e até o momento nada avançou pelo visto, gostaria que a imprensa séria e os vereadores de oposição buscasse junto ao executivo municipal informações se houve avanço e quais as datas previstas para iniciar tal obra. Atualmente temos dois terrenos em área nobre do município (antigo camelódromo e car) sendo usados em beneficio de poucos como estacionamentos, esperamos não ser surpreendidos com mais desses casos.
Herculano
10/11/2015 08:02
PT REAGIRÁ À DECISÃO DO MP DE COBRAR DE PARTIDOS DINHEIRO DA LAVA JATO

Conteúdo da coluna Painel do jornal Folha e S. Paulo. Recuperação judicial A informação de que o Ministério Público pretende cobrar de partidos o dinheiro desviado na Lava Jato e responsabilizá-los pelo esquema de corrupção tem potencial para varrer do mapa político gigantes como o PT e o PMDB. Ciente do perigo, o petista Rui Falcão, presidente nacional da sigla, buscará os dirigentes dos demais partidos para alinhavar uma reação conjunta. Mesmo que não percam o registro, o mero ressarcimento inviabilizaria a sobrevivência dessas legendas.

Massa falida
A ordem é combater a tese dentro e fora da Justiça. Se nada disso adiantar, a solução poderia culminar, no limite, na criação de um novo partido, deixando a dívida para trás.
Herculano
10/11/2015 07:45
EXAUSTÃO COM ESCULHAMBAÇÃO, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Faz um mês, havia discussões frenéticas sobre o tamanho da pindaíba do governo, sobre o deficit. Agora, até as previsões dos economistas "do mercado" estão às moscas. Meio que ninguém liga, faz estimativa nova ou acredita em número oficial. As projeções econômicas ora são, na média, uma numeralha incoerente (mais sobre isso mais abaixo).

Em setembro, havia discussões exaltadas sobre o impeachment, nas semanas que se seguiram a mais uma grande manifestação de rua. No final daquele mês, porém, Lula assumiria a regência provisória do governo e, também por isso, "a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu". O VemPraRua etc. foram para casa, com perdão da mistura de verso de Drummond com uma nota sobre a militância janota. Sem a perspectiva de derrubada de Dilma, a oposição não tem programa.

O espectro de Eduardo "Presuntada Suíça" Cunha e demais zumbis investigados do Congresso governa o restolho da política do presente. A política do futuro, por assim dizer, por um lado é a "Ponte para o Futuro", o pré-programa ultraliberal com o qual o PMDB acabou de transformar o PSDB em coadjuvante patético. Por outro lado, é a ponte para o abismo, pois não há governo.

Tudo isso lembra a sujeira que resta de um fim de festa ruim.

Considere-se a conversa econômica. Parece que o deficit primário será de 2,1% do PIB neste ano. Pelo menos é o que se soube ao fim da barafunda estatística da semana passada.

No entanto, a previsão mediana mais recente dos economistas do mercado, de sexta-feira, era de déficit de 0,9% do PIB. A mais pessimista da centena de projeções coletadas semanalmente pelo Banco Central é de deficit de 2% do PIB.

Sim, tudo menor que o deficit já admitido pelo governo. Isto é, ninguém nem mais se deu ao trabalho de atualizar o que em tese é uma projeção importante. Para piorar, Congresso e governo deixam ainda mais no escuro o que será do déficit de 2016 (e seus impactos na economia).

No caso da inflação, a estimativa para 2016 vem subindo e chegou ao teto da meta oficial. Não obstante, prevê-se que a taxa básica de juros, a Selic, vai cair no ano que vem.

Isso seria então previsão de um regime de "dominância fiscal", debate no qual economistas se engalfinham? Sabe-se lá, pois mal se entendem sobre o uso do conceito de "dominância fiscal". Por uma versão dele, o BC não elevaria a taxa de juros apenas para não piorar ainda mais a conta de juros da dívida e, pois, o deficit fiscal do governo. Por outra versão, elevar os juros provocaria mais inflação (a política monetária funcionaria de modo invertido). Há mais variantes.

Seja qual for a versão, não se entendem se já estamos em "dominância fiscal". Se estamos, há polêmica sobre o que fazer a respeito.

Quanto ao BC, insinuou energicamente (sic) que vai elevar a Selic caso exista risco de que inflação de 2016 fure o seu já muito esburacado teto (6,5%) e sobrevenha risco de não se acertar a meta de 4,5% em 2017. Mas isso já é o que o "mercado" está prevendo agora. Pode haver reversão? Sim, se a inflação for puxada para baixo, levada pela atividade econômica para o buraco profundo do inferno onde ela cai, como corpo morto cai. Mas sabe-se lá.

Estamos à deriva.
Herculano
10/11/2015 07:36
TEMIDOS DOIS DÍGITOS, editorial do jornal Folha de Paulo

Apesar dos juros nas alturas e de o país amargar a recessão mais profunda e duradoura das últimas três décadas, ainda não há sinal claro de moderação da inflação.

Ao contrário, os riscos parecem ter crescido nos últimos meses, dificultando o trabalho do Banco Central e jogando por terra a tênue esperança de que o aperto monetário pudesse ser aliviado em breve.

Com alta de 0,82% em outubro, o índice oficial de inflação subiu 9,93% nos últimos 12 meses. Trata-se da maior taxa acumulada desde novembro de 2003 (11,02%). A correção de 17,5% nos preços administrados, como energia e combustíveis, continua a ser o principal fator por trás dessa escalada, mas não é o único ?"infelizmente.

Os preços de serviços, que tendem a refletir a dinâmica inflacionária como um todo, aumentam 8,5% ao ano, mesmo num quadro de demanda fraca. A desvalorização do real, por sua vez, resulta em correção de valores de bens duráveis e itens como higiene e limpeza, impactados pelo encarecimento de insumos importados.

Para piorar, soma-se a esses itens uma circunstância nada auspiciosa: desde julho, quando ficou evidente que o rombo nas contas do governo Dilma Rousseff (PT) era maior do que se supunha, tornou-se palpável um cenário de descontrole inflacionário persistente.

Não se descarta que o ora incontido desequilíbrio orçamentário resulte em fuga de ativos brasileiros, em particular da dívida pública, com desvalorização adicional da moeda e repasses mais rápidos para os preços internos.

As projeções para 2016, de fato, têm mostrado taxas cada vez mais elevadas, já apontando para 6,5% ?"o teto do regime de metas.

Eis um dos frutos podres semeados pela administração petista. Ao agir com leniência diante do avanço dos preços em geral, o governo Dilma contribuiu para cristalizar as expectativas nas alturas. A descrença quanto ao controle da inflação reforça a cultura da indexação, e choques que deveriam ser pontuais reverberam por mais tempo.

Na semana passada, por causa disso, o Banco Central se viu forçado a reafirmar que estará pronto para aumentar a dose de juros (a taxa Selic) caso as perspectivas para a inflação insistam em piorar.

Por enquanto, o novo arrocho não passa de hipótese; a autoridade monetária acredita que o governo resolverá o imbróglio do Orçamento e calcula que a recessão, afinal, reduzirá o ímpeto dos repasses.

A paciência do BC encontra boas justificativas apenas na conjuntura: taxas de juros mais elevadas pouco farão para restaurar a credibilidade da política econômica.

O essencial, para retomar as rédeas da inflação, é promover um ajuste estrutural nas contas públicas ?"raciocínio que cabe repetir até ser devidamente assimilado pelo governo e pelo Congresso.
Herculano
10/11/2015 07:24
"THE ECONOMIST" ELOGIA FHC E DEFENDE PAPEL DE PENSADOR DA OPOSIÇÃO NO BRASIL, por Daniel Buarque

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu uma chuva de elogios pela sua carreira política em uma reportagem publicada na edição mais recente da coluna da revista "The Economist'' sobre a América Latina.

Segundo a revista, ele é o líder extraoficial da oposição ao governo fraco e sem popularidade de Dilma, e vê sua reputação ganhar cada vez mais força em um momento de crise polícia no país. "Seu papel como pensador é mais importante de que nunca'', diz.

A revista faz um apanhado da carreira política de FHC e o convida a analisar os problemas atuais pelos quais o país está passando. "Enquanto investigações em uma vasta teia de corrupção na Petrobras se aproxima de Lula, Cardoso desfruta do respeito de um estadista ancião'', diz.

"E enquanto o Brasil se afunda no que ameaça ser sua pior recessão desde 1930, o histórico econômico do seu governo parece muito melhor'', complementa.

Segundo a "Economist'', FHC decidiu publicar o livro de memórias (que antes seriam divulgadas apenas após sua morte), para deixar claro o contraste entre a "limpeza'' política do seu governo e a atual onda de escândalos.

Este blog Brasilianismo já tratou das abordagens da "Economist'' em relação ao Brasil em outras ocasiões. A publicação é uma das mais influentes do mundo, e costuma servir de referência para discussões a respeito da economia internacional.

A cobertura da revista a respeito do Brasil tem a tendência histórica de alternar momentos de expectativa com críticas vorazes sempre que o modelo da política econômica do governo do país se aproxima ou se afasta dos seus ideais "pró-mercado", segundo a pesquisa de doutorado da socióloga Camila Maria Risso Sales.

No caso do presente elogio a FHC, fica evidente o alinhamento ideológico da revista com o do governo do tucano logo no início do texto publicado na edição mais recente da "Economist'': "Como ministro da Fazenda do Brasil e depois como presidente entre 1995 e 2003, Fernando Henrique Cardoso controlou a inflação e modernizou a economia do país ao privatizar empresas estatais e abrir o país a investimentos e comércio estrangeiros'', diz o primeiro parágrafo do texto ?" um elogio forjado no alinhamento ideológico com um país mais aberto ao mercado global.

A revista ressalta que FHC não defende o debate sobre impeachment de Dilma, mas que acredita que ela deveria renunciar ao cargo como um "ato de grandeza''.

"Como presidente, Cardoso convenceu o Congresso a aprovar nada menos de que 35 emendas constitucionais, a maioria diminuindo o estado estabelecido em meados do século XX. Seu objetivo, como já escreveu muitas vezes, era permitir que o Brasil crescesse em uma era de Globalização, através da inovação, da tecnologia e da competitividade. Lula em princípio seguiu seus passos. Mas depois de 2007 o Brasil mudou o rumo a uma utopia regressiva do protecionismo de estado. E perdeu uma oportunidade que pode não voltar tão cedo'', diz.
Herculano
10/11/2015 07:17
OUTRA DIFERENÇA

Manchete do portal mais acessado de Gaspar: Famílias do Jardim Primavera receberão chaves de residencial nesta terça-feira

Manchete que os moradores do loteamento das Casinhas de Plástico, lá à beira da BR 470 numa escolha pessoal do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, aguardam há cinco anos: Famílias do loteamento finalmente depois de seis anos de espera e luta recebem rede de esgoto, calçamento, calçadas, nomes nas ruas, números nas casas, correio e a ligação das ruas Carlos Schramm com a Luiz de Franzoi. Acorda, Gaspar!
Herculano
10/11/2015 07:06
CPI APOSTA EM DELAÇÃO PREMIADA NA LAVA JATO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Sem qualquer operação da Polícia Federal para subsidiá-la, a CPI que investiga os fundos de pensão aposta na delação premiada do empresário Gerson Almada, dono da Engevix Engenharia, e do ex-presidente da Sete Brasil João Carlos Ferraz, no âmbito da Lava Jato. A CPI suspeita de repasse à Engevix de R$ 350 milhões do Funcef, fundo dos funcionários da Caixa presidido pelo petista Carlos Caser.

Provas robustas

Para o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), há indícios de tráfico de influência e irrigação de campanhas petistas.

Lobista amigo

Almada contou à Polícia Federal que acertou o pagamento de US$ 120 milhões para o lobista Milton Pascowitch em obras de estaleiros.

Rastro de pólvora

Em audiência da CPI, Milton Pascowitch admitiu que esteve e até almoçou com Carlos Caser, o presidente da Funcef.

Poderoso chefão

Efraim suspeita ainda de negócios na área de energia. "O ex-presidente Lula defendia negócios suspeitos na área", afirma.

Partidos disputam espaços escassos na Câmara

A multiplicação de partidos políticos criou um problema: não há espaço para todas as 29 siglas com representação na Câmara dos Deputados. Com direito a acomodação, além de água, luz e telefone pagos. O recém-criado Rede teve de ir para o Anexo IV da Câmara, bem distante dos demais, por não haver espaço no prédio principal. Por isso, sobrou para o Comitê de Imprensa, que perderá metade de toda a sua área.

Vidros blindados

O Comitê de Imprensa cederá espaço ao gabinete do presidente da Câmara, que terá vidro blindado para proteger Eduardo Cunha.

Torneira aberta

Se os partidos usassem um pouco do milionário fundo partidário para pagar aluguel por suas salas, a Câmara faria uma bruta economia.

Latifúndio

A distribuição de salas para os partidos, na Câmara, observa o critério da proporcionalidade. PT, PMDB e PSDB ocupam corredores inteiros.

Aluna relapsa

A Dilma pode passar de ano, mas raspando. Aluna relapsa, terá recuperações e segundas épocas. Foi reprovada em economia, ciências políticas, relações públicas, ética, moral e cívica, higiene e saúde e oratória. A continuar assim, em 2016 será expulsa do colégio.

Uísque, negócios à parte

Ex-presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP) defende o relator do processo contra Eduardo Cunha, Fausto Pinato (PRB-SP): "Tomar uísque é uma coisa, ter relação política é outra", analisa.

Agente duplo

O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) avalia que Eduardo Cunha inviabiliza o impeachment de Dilma: "Primeiro, ele joga com oposição e governo. Segundo, ele tira a legitimidade do processo".

Tempo ruim

A relação entre PTB e PMDB já foi melhor. O clima azedou porque o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento), enrola, enrola, e não entrega aos peemedebistas o prometido comando do Inmetro.

Pressão alta

É a segunda vez que o sócio da ASM, Antônio Luis de Mello, não aparece para depor na CPI dos Fundos de Pensão. Na primeira vez, alegou "crise hipertensiva". Agora, acidente a caminho do aeroporto.

Morte trágica

O embaixador Sebastião Rego Barros caiu ontem do 11º andar do prédio onde morava, ao lado do hotel Copacabana Palace, no Rio. Sentiu uma tontura ao pegar um livro na estante e se desequilibrou.

Luto no Itamaraty

O Itamaraty perdeu, em 2015, três diplomatas estimados e admirados por toda Casa de Rio Branco: os embaixadores Bernardo Pericás, Clodoaldo Hugueney e, agora, Sebastião "Bambino" Rego Barros.

Que jeito?

O ruralista Valdir Collato (PMDB-SC) mostra falta de sensibilidade e de conhecimento da língua portuguesa: "Do geito (sic) que a coisa anda, teremos que soltar os animais nas ruas e colocar pessoas em jaulas".

Pensando bem...

...pulando de funcionário de zoológico a dono de patrimônio milionário, o filho de Lula bem que merece o cargo de ministro da Fazenda.
Herculano
09/11/2015 20:30
SÃO CADA VEZ MAIS RAROS OS SINAIS DE VIDA INTELIGENTE NO PLANETA DOS VIGARISTAS, por Augusto Nunes, de Veja

Nenhum planeta está tão longe do Brasil real quanto a Praça dos Três Poderes, e a distância cósmica aumenta quando se alinha com a sua Lua destrambelhada conhecida como Instituto Lula. A julgar pelo que andam tramando os seres que agem nessas paragens remotas, é impossível enxergar de lá o que ocorre aqui.

Se conseguissem ver com nitidez, por exemplo, os estragos causados pela Operação Lava Jato, as devastadores consequências da crise econômica parida pelo lulopetismo ou as dimensões perturbadoras da indignação do país de verdade, não estariam tentando garantir o emprego de Dilma Rousseff com a conspiração que parece ter juntado o que há de pior no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.

Substituições de juízes, manobras malandras urdidas para protelar decisões urgentes, acordos de impunidade recíproca, operações de socorro concebidas para afastar do camburão chefões em perigo e seus filhotes ?"? nada disso vai funcionar. O projeto criminoso de poder, na definição perfeita do ministro tarde demais, entrou em estado de decomposição. É tarde demais.

Oito em cada 10 brasileiros exigem o fim da era da canalhice. A ideia de servir uma pizza que a imensa maioria dos brasileiros não vai engolir avisa que o estoque de espertezas está reduzido a um punhado de placebos e velhacarias bisonhas. Também confirma que são cada vez mais raros os sinais de vida inteligente no planeta dos vigaristas
Herculano
09/11/2015 20:26
GILMAR MENDES PERGUNTA O ?"BVIO: SE CUNHA TEM DE SAIR, DILMA "TEM CONDIÇÕES DE CONTINUAR A GOVERNAR?" Por Reinaldo Azevedo, de Veja

Pare 1

Ministro sugere em entrevista que um esquema da magnitude do petrolão não teria como existir sem a colaboração do Executivo

O ministro Gilmar Mendes, do STF e vice-presidente do TSE, concede uma entrevista à Folha em que, como sempre, diz coisas procedentes, o que certamente irrita seus adversários intelectuais.

Uma de suas falas chamou particularmente a minha atenção porque se refere a um aspecto no qual tenho insistido desde o início da Operação Lava Jato: um esquema de tal magnitude teria se dado sem a colaboração do Poder Executivo? Se a gente pegar a lista de implicados, acabará acreditando que sim ?" o que é certamente uma piada.

Dia desses escrevi que, caso se entregasse esse roteiro para Hollywood, ele seria devolvido por inconsistência. Mendes recorre a uma imagem mais engraçada e mais tomada de cor local:

"Não se estrutura um sistema dessa dimensão sem a participação de atores políticos importantes. Tanto é que eu brinquei: esse enredo não entra na Sapucaí, é preciso que ele seja completado. Todos nós que temos experiência na vida pública não imaginamos que um deputado vá à Petrobras e consiga levantar recursos. É preciso outro tipo de arranjo".


Eis aí: faz sentido imaginar que o petrolão é só uma conspiração contra o bem público envolvendo empreiteiros malvados, diretores ladrões da Petrobras e parlamentares de segundo time? Tenham paciência.
Herculano
09/11/2015 20:25
GILMAR MENDES PERGUNTA O ?"BVIO: SE CUNHA TEM DE SAIR, DILMA "TEM CONDIÇÕES DE CONTINUAR A GOVERNAR?" Por Reinaldo Azevedo, de Veja

Pare 2

Mendes também põe um ponto final na patuscada de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não teria legitimidade para aceitar uma denúncia contra a presidente Dilma porque ele, afinal, é um investigado. Diz o ministro:
"Mas, por esse argumento, quem ainda poderia tomar alguma decisão? O que se diz é que não há nenhuma prova contra a presidente, mas nós sabemos que isso não se desenvolveu por geração espontânea, e ela estava em funções-chave desde o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Presidência. Tem ela também condições de continuar a governar?".

Notem: a pergunta de Mendes é feita com base na indagação que lhe foi dirigida. Não está pregando a deposição de Dilma, mas deixando claro que é preciso argumentar com coerência, não é mesmo? De resto, parece desnecessário ter de lembrar que, enquanto seguir presidente da Câmara, ele tem as atribuições e prerrogativas que pertencem ao cargo.

O petista Dalmo Dallari, que é advogado, chamado por muitos de "jurista", apresentou um parecer aloprado em que defende a tese exótica de que o TSE, que abriu processo que pode resultar na cassação de Dilma, não teria competência para fazê-lo.

Responde Mendes: "Eu acho que nem o Dalmo nem o PT acreditam nesse parecer. Isso não tem o menor cabimento. Nunca se questionou a competência da Justiça Eleitoral. É como dizer que o presidente não esteja submetido às regras básicas de uma campanha limpa".

(?)

Abaixo, trechos da entrevista.

Folha - Dilma tem condições de chegar ao fim do mandato?
Mendes - Temos muitas discussões abertas, como o impeachment, processos na Justiça Eleitoral, mas estamos numa situação muito difícil. É preciso encontrar o encaminhamento institucional e não podemos esquecer que, ao lado da grave crise política temos a crise econômica, que exige medidas de quem tem legitimidade, credibilidade e autoridade. Esses são elementos que estão em falta no mercado político.

Folha - Renúncia seria o caminho?
Mendes - Não vou emitir juízo de valor, mas estou convencido de que é muito difícil chegarmos a 2018 com esse quadro de definhamento econômico.

Folha - As investigações de corrupção chegando perto do ex-presidente Lula agravam o cenário?
Mendes - Não se estrutura um sistema dessa dimensão sem a participação de atores políticos importantes. Tanto é que eu brinquei: esse enredo não entra na Sapucaí, é preciso que ele seja completado. Todos nós que temos experiência na vida pública não imaginamos que um deputado vá à Petrobras e consiga levantar recursos. É preciso outro tipo de arranjo.
Herculano
09/11/2015 20:25
GILMAR MENDES PERGUNTA O ?"BVIO: SE CUNHA TEM DE SAIR, DILMA "TEM CONDIÇÕES DE CONTINUAR A GOVERNAR?" Por Reinaldo Azevedo, de Veja

Pare 3

Folha - Dois delatores disseram acreditar que Lula e Dilma sabiam do esquema?
Mendes - Não vou fazer juízo, mas não acredito que isso nasceu por ação espontânea de parlamentares que foram à Petrobras, Eletrobras, Eletronuclear e decidiram fazer lá um tipo de pedido.

Folha - O presidente da Câmara é investigado por manter contas no exterior. Diante dessa situação, Eduardo Cunha deveria se afastar do cargo?
Mendes - A gente tende a falar mal dos nossos políticos, mas, ao longo dos anos, logramos desenvolver uma classe política muito hábil, que propiciou desdobramentos históricos interessantes, como a transição do regime militar para o modelo de 1988. Espero que o segmento político se inspire nesses exemplos para encaminhar soluções adequadas.

Folha - Se o Supremo aceitar a denúncia, Cunha deveria se afastar automaticamente?
Mendes - Não gostaria de emitir juízo de valor.

Folha -Alguns deputados questionam a legitimidade de Cunha para avaliar um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Mendes - É uma questão interna do Congresso. Mas, por esse argumento, quem ainda poderia tomar alguma decisão? O que se diz é que não há nenhuma prova contra a presidente, mas nós sabemos que isso não se desenvolveu por geração espontânea, e ela estava em funções-chave desde o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Presidência. Tem ela também condições de continuar a governar?

Folha - O PT apresentou um parecer do jurista Dalmo Dallari em que ele diz que o TSE não tem competência para cassar mandato de presidente. O senhor concorda?
Mendes - Eu acho que nem o Dalmo nem o PT acreditam nesse parecer. Isso não tem o menor cabimento. Nunca se questionou a competência da Justiça Eleitoral. É como dizer que o presidente não esteja submetido às regras básicas de uma campanha limpa
Herculano
09/11/2015 20:15
LIDER TUCANO: "LULA PODE SE CANDIDATAR EM 2016", por Josias de Souza

Num instante em que Lula volta a brandir a hipótese de se candidatar à Presidência em 2018, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), provoca: "Lula não precisa esperar por 2018 para se candidatar de novo. Ele pode concorrer já em 2016, se a Justiça Eleitoral cassar o mandato de Dilma Rousseff, como imaginamos que deve ocorrer." O senador antevê uma "prova dos nove" entre PSDB e PT, na qual Lula disputaria a cadeira de presidente com Aécio Neves.

Traduzindo um sentimento do grupo político de Aécio, o líder tucano afirma que o afastamento de Dilma pelo Tribunal Superior Eleitoral "seria a melhor forma de superar o impasse político que paralisa o Brasil." Em ação que corre no TSE, o PSDB acusa Dilma de ter prevalecido na sucessão de 2014 utilizando a máquina do Estado e financiando-se com recursos da corrupção na Petrobras. O tucanato pede o afastamento de Dilma e também do vice-presidente Michel Temer.

Se esse desfecho se confirmasse, uma nova eleição teria de ser convocada em 90 dias. "Até o calendário colabora para essa solução", diz Cunha Lima. "Teremos eleições municipais no ano que vem. E a eleição presidencial poderia ser feita simultaneamente, sem custos para o Tesouro. Chegaríamos à resolução do impasse consultando a soberania popular. E Lula não precisaria esperando tanto tempo para concorrer novamente."

A "solução" preconizada pelo pedaço do tucanato próximo de Aécio esbarra num inconveniente: a dupla cassação de Dilma e Temer faria de Eduardo Cunha presidente da República por 90 dias, até a realização de novas eleições. "Para que as eleições ocorram, será necessário, primeiro, afastar o presidente da Câmara", declara Cunha Lima. "O Eduardo Cunha não pode presidir o país nem por nove segundos."
Herculano
09/11/2015 20:11
ILHOTA EM CHAMAS. BOSI PODE SER CASSADO XV

A sessão da Câmara que vai analisar o pedido de cassação do prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, começa as seis horas da tarde desta terça-feira.

Tem vereador que já confessou a correligionários estar com uma dor de barriga danada desde sábado quando soube que o assunto e a verdadeiro e vai exigir uma decisão dele e dos demais. Trocaria este assunto por qualquer outro.

O maior medo, da maioria dos vereadores, é se houver presença e pressão da comunidade nas sessões. Outro medo é se a imprensa regional se interessar pelo tema e seus meandros. Não será fácil.
Herculano
09/11/2015 20:05
ACORDA, GASPAR!

O presidente do PT de Gaspar, José Amarildo Rampelotti que também é vereador e líder da bancada petista, ficou furioso, ao saber que a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, a que cuida da Moralidade Pública, foi numa sexta-feira a tarde pessoalmente aos gabinetes dos vereadores na Câmara pedir a rejeição do Projeto de Lei 49/2015, aquele que da eternamente no passado, presente e futuro, caros advogados para os prefeitos, vices, secretários e vereadores.

Diante do que considerou uma petulância e interferência de um poder no outro (???), Rampelotti recomendou ao seu aliado e presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, estudar um corretivo daqueles exemplares contra Promotora.

Aqui em Gaspar na senda do PT, imprensa, juízes, promotores são tratados como inimigos quando não se alinham ao poder para atolar os adversários em condenações, para não possuírem ação, questionamento ou simples opiniões discordantes do poder de plantão. Veja o que aconteceu com a juíza Ana Paula Amaro da Silveira, levado ao pelourinho nacional porque julgou por provas nos autos e convicção.

Mas, o corretivo que o PT quer contra a promotora Chimlly, pode vir mais cedo do que se supõe e o PT está mais uma vez numa roubada. Chimelly está obstinada por resistir as pressões e intimidações. Se utilizando apenas as leis e as prerrogativas da função em defesa da sociedade contra os políticos espertos e "furiosos", ela está a cada dia apertando o cerco.

Quem parece que vai levar um corretivo já, já, e daqueles é o prefeito Pedro Celso Zuchi e seus secretariado. Será um cemitério só. Acorda, Gaspar!
Herculano
09/11/2015 19:48
COMO UM GOVERNO POPULAR, PROGRESSISTA E DE ESQUERDA USOU O DINHEIRO DO POVO PARA ESTATIZAR A ARTE E OS ARTISTAS PARA ASSIM TÊ-LOS AO SEU ALCANCE PERMANENTE. A ATRIZ FERNANDA MONTENEGRO REVELA UM POUCO DESTAS ARTIMANHAS.

Parte 1

Texto de Michelle Licory. Fomos almoçar com Fernanda Montenegro no Rio. Era um grupo de mulheres e a atriz monopolizava naturalmente as atenções, com sua elegância e firmeza de opiniões. Ela começava a falar e ninguém queria interromper para dialogar. Sempre em um tom de voz baixo e com um ar de respeito pairando? Entre os vários assuntos da tarde, muitas críticas ao governo, algumas bem fortes, ditas sem autocensura, já que era um papo informal, não uma entrevista. Abaixo, os trechos que a gente tomou nota e que achou que mereciam ser publicados. "Estatizaram o teatro", "estamos vivendo uma convulsão social" e "todo mundo está saindo dos armários na internet" são algumas das frases ditas por Fernanda. Vem ler!

"Teatro nunca foi tão barato"
"No meu próximo espetáculo, o cenário vai ser só uma cadeira, um tablado grande e uma coifa com iluminação especial. Hoje em dia uma peça só pode contar com um iluminador e, na melhor das hipóteses, um sonoplasta. Não dá mais para gastar com cenário. Não há dinheiro. E não tem mais intervalo, ou as pessoas não voltam, a não ser que seja muito engraçado. A única exceção é musical, que é um fenômeno aqui no Brasil. Somos o terceiro país no gênero: só perdemos para Inglaterra e Estados Unidos. Eu vivi a era de ouro do teatro brasileiro? Uma pena. Já foi um espaço político. As revoluções eram feitas ou em praça pública ou nos teatros. A moçada até é ligada em algo mais experimental, mas não existe mais ficar em cartaz por dois, três anos. As temporadas são curtas. A vida está complicada e teatro nunca foi tão barato. Às vezes sai mais barato que o pipoqueiro e o guardador de carro. E não há mais como mudar isso, por conta das leis de incentivo?"
Herculano
09/11/2015 19:47
COMO UM GOVERNO POPULAR, PROGRESSISTA E DE ESQUERDA USOU O DINHEIRO DO POVO PARA ESTATIZAR A ARTE E OS ARTISTAS PARA ASSIM TÊ-LOS AO SEU ALCANCE PERMANENTE. A ATRIZ FERNANDA MONTENEGRO REVELA UM POUCO DESTAS ARTIMANHAS.

Parte 2

"Aquele dinheiro é do povo"
"Uma grande empresa pode desviar parte do valor de seu imposto para um fundo de arte, então é melhor o dinheiro ir para o fundo do governo e não diretamente para um patrocínio de uma peça. E aí uma comissão do governo diz se você tem direito a receber esse incentivo. E você gasta uma baba de dinheiro nessa burocracia e precisa se submeter ao que o governo determina, e eles determinam que você só pode cobrar até tanto? Isso porque aquele dinheiro do imposto é do povo. Também está se discutindo que não podemos mais agradecer a uma empresa pelo patrocínio se na verdade é dinheiro de imposto. Se o governo como um todo tivesse o mesmo rigor que o Ministério da Cultura tem para comprovar despesa, seríamos como a Suécia ou a Noruega.

"Manda cobrar baratinho"
"Estatizaram o teatro, compreende? Nos Estados Unidos, é capitalismo, espetáculo tem acionista. Não tem governo que protege e manda cobrar baratinho. Hoje, no Brasil, mesmo que você lote a casa sempre, o espetáculo não se paga. O aluguel de um teatro custa de R$ 6 mil a R$ 20 mil por noite. A verdade é que a parte cultural não mora nas leis. É sempre um esforço individual. [...] A tecnologia está tão avançada que essa coisa humanitária e existencial, essa discussão toda está sendo jogado pras tabelas. É ida a Marte e a Jupiter daqui a pouco. E todo mundo está saindo dos armários na internet. Você está vendo isso? Quem comanda? Vai ser difícil para a geração dos meus netos. Eu tenho cento e tantas crônicas na internet que eu não escrevi, atacando pessoas. E o que fizeram com a Taís Araújo [alvo de ofensas racistas em redes sociais]! Uma menina linda? E mesmo que não fosse! O mundo de Gutenberg, que é como eu chamo, está acabando e estamos vivendo uma convulsão social".

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