Verbo ler
O verbo ler não suporta o imperativo, o que significa que mandar ou sugerir ao outro fazer é insuficiente quando se trata de leitura. Isso já foi dito por Daniel Pennac, em 1993 quando escreveu a obra: Como Um Romance que fala do objeto livro e menciona a dificuldade que os jovens têm para ler. Assim, o pai pode dizer: - Meu filho, leia! Vá para o quarto e leia! Ou o professor pode dizer: - Alunos, leiam todo esse texto para a próxima aula! Leiam em casa! Leiam, que é importante para suas vidas! Leiam, que é bom! ?Nenhum conceito de bom pode determinar um juízo de gosto? (KANT, 1993, p. 67). O juízo de gosto pode ser influenciado, não por atitudes impositivas, mas por quem partilha a própria vontade de ler. A imposição da leitura não leva ao gosto, mas somente o sentimento de prazer vivido durante práticas de leitura pode favorecer o deslocamento de uma identidade a outra. A aprendizagem não é natural, é aprendida. Assim também, o gosto pela leitura requer um processo de mediação. Você já pensou nisso?
Profa Msc Eli Regina Nagel dos Santos | Gaspar
Prisões
Parabéns para a equipe da Polícia Militar que prendeu o trio que tentava aplicar o golpe do bilhete premiado. Cadeia é o que merece esse bando de bandidos que acha que a região de Blumenau é boa para praticar crimes.
Erickson Guindani | Blumenau
Água
Mesmo com a abundância de água doce que temos do rio Itajai-Açú Gaspar ainda enfrenta problemas com falta de ?água?. Esperamos que os responsáveis melhorem a infraestrutura das estações de tratamento de água, bombeamentos e tubulações da ruas com urgência. Porque sempre temos o aumento na tarifa de água/lixo para o povo.
Thiago Crestani | Gaspar
Ciclofaixa
Parabéns ao DITRAN pela ciclovia, o caminho é este, onde for possível implantar ciclovia nesta cidade tem de ser feito. O uso da bicicleta é uma realidade em nossa cidade, o qual tem de ser cada vez mais estimulado. Pedestre na calçada, bicicleta na ciclovia, automotores na estrada, ótimo que todos tenham seus espaços delimitados. Medidas como esta ganham todos. Parabéns.
Luiz Eduardo Schramm | Gaspar
Poluição sonora
Quero cumprimentar o senhor Ronaldir Knoblauch pelo comentário publicado na coluna ?O leitor opina? na edição 1222 de 20 de agosto último.
O assunto é oportuno e gostaria de engajar na luta contra este tipo de desrespeito a que somos acometidos diariamente pelos vândalos do barulho. Os cidadãos que trabalham, pagam impostos, geram empregos e promovem o desenvolvimento social, são submetidos a essa verdadeira tortura, sem o mínimo de consideração. Os arruaceiros inescrupulosos, talvez se acham no direito de ir e vir como faculta a constituição, porém o dito popular afirma que os direitos de uns terminam quando começam os direitos dos outros. Há de se convir que ninguém é obrigado a escutar sons que não lhe agradam. Surpreso fiquei, sabendo também que existe uma lei para coibir este tipo de transgressão e nada se faz para que esta lei seja cumprida, nem ao menos se sabe a quem cabe a responsabilidade.
A impunidade continua acontecendo debaixo de nossos olhos e a imbecilidade de ociosos inconsequentes continua proliferando e invadindo nossa privacidade. Aposto que, estes gastam milhares de reais para instalar sons em seus veículos, não investem um centavo para ajudar a manter o hospital, as escolas e outras entidades de utilidade pública ou comunitária.
Ronaldir, estou contigo e espero a colaboração da imprensa, conseguir mais adeptos para o combate a mais este tipo de lixo.
João Batista Bohn| professor de música | Gaspar
Notas das escolas
Eu estava para falar dos exames que o governo faz com estudantes do ensino fundamental e de segundo grau para avaliar as escolas ? na verdade avaliar a quantas anda a educação no Brasil ? e agora que saiu o resultado do Enem, não posso deixar de abordar o assunto.
A minha intenção, quando saiu o resultado do exame dos alunos de primeiro grau, era comentar sobre as escolas municipais que assistem crianças dos primeiros anos do ensino fundamental, algumas muito bem avaliadas. E comprovo isso, pois minhas filhas estudaram em escolas municipais no início da vida escolar e a dedicação das professoras e a qualidade do ensino rivalizavam com as das escolas particulares.
Então saiu o resultado do Enem e as notas denunciaram, de novo, o baixo nível das escolas públicas, principalmente as estaduais. E este é o resultado natural, quando nossos governantes não investem na educação, assim como também não investem na saúde, nem na segurança. Então aparecem pedagogos, ?educadores?, diretores disto e daquilo, dando desculpas esfarrapadas para as baixas notas das escolas públicas: ?as escolas particulares tem melhores notas porque focam no vestibular.? Ora, as escolas têm que focar no ensino de boa qualidade, na educação. ?Os alunos das escolas públicas são pobres, por isso não aprendem como os alunos das escolas particulares, que são de famílias com melhor poder aquisitivo.? Também não é desculpa, pois a escola deve priorizar o aprendizado do aluno, não a sua classe social.
A verdade é que os estados e municípios, os nossos governantes precisam pagar melhor nossos professores, para que eles não precisem dar aulas em duas ou três escolas e, decorrência disso, não desempenham bem a sua profissão em nenhuma delas. Professor é uma profissão essencial, que deve ser bem remunerada, porque prepara os adultos que vão estar à frente dos destinos de nosso país amanhã. Por isso devem ser qualificados e capacitados, e devem ser bem pagos para exercitarem seu papel de educadores com a maior eficiência.
Tenho visto o resultado do trabalho de professoras de escolas municipais e estaduais, sei a educação de qualidade que pode ser exercitada, embora essas professoras não ganhem o que merecem.
A sociedade não aceita mais desculpas bobas para o mau desempenho dos estudantes. O MEC mudou o sistema de alfabetização, por exemplo, na década passada, saindo de um sistema que sempre funcionou para um que até hoje é duvidoso. Há criança no terceiro, no quarto ano que ainda não sabe ler e escrever. Ao invés de capacitar os professores, provocam o atraso dos alunos iniciantes no aprendizado da leitura e da escrita. O Brasil precisa cuidar melhor da educação, cada vez mais relegada à própria sorte, cada vez mais à deriva. Nossa educação está cada vez pior e não é culpa dos professores. Tínhamos esperança que a atenção para a educação melhoraria com o senhor Lula, mas parece que ela não era uma de suas prioridades.
Precisamos exigir de nossos políticos mais ações e mais investimentos na educação, que estudem com mais carinho nosso sistema de ensino e a forma de pagar nossos professores.
Luiz Carlos Amorim
edição 1223
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