Dia da Mulher - Jornal Cruzeiro do Vale

Dia da Mulher

No dia 8 de março de 1857, trabalhadoras de Nova Iorque fizeram greve por igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com forte violência operada pelo estado. Em 8 de março de 1908 mais uma vez as trabalhadoras fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e mais uma vez, repressão.

Como podemos ver com esses exemplos, a história da conquista de direitos femininos não foi resultado da boa vontade dos homens, mas sim de um enfrentamento a custo de muitas vidas para que hoje direitos básicos como o trabalho, o voto e a livre administração financeira fossem exercidos pelas mulheres nos dias de hoje. No ano de 2018 tive a oportunidade de exercer o mandato de vereador, o mais jovem de Santa Catarina, e essa pauta não poderia ficar de fora.

Como em nossa câmara, felizmente, temos vereadoras busquei propor ações com elas. Destacaria duas, a Lei 3.901/2018 que assegura ao aleitamento materno em público, caso seja a decisão da mãe com seu filho e uma indicação para a instalação de um fraldário no banheiro masculino da Câmara tendo em vista que a tarefa de cuidar dos filhos já não é mais apenas da mãe, mas sim de todos os que cuidam da criança.

Foram pequenos gestos em direção a uma sociedade mais justa nas relações de gênero. Na contramão, vemos em tramitação no congresso a reforma da previdência, que, na propaganda, se propõe a combater privilégios mas que na prática significa um duro golpe aos mais pobres, em especial as mulheres.

Alguns modelos de aposentadoria como o chamado BPC não serão mais vinculados ao salário mínimo e passarão a ter um piso de apenas R$ 400,00, quem sobrevive com essa renda? A viúva não poderá acumular pensão após a morte do marido, enquanto isso Juízes e Promotores casados e com casa própria acumulam dois auxílios moradia, além do aumento do tempo de contribuição de 30 para 40 anos.

A reforma até é necessária, mas tem que, de fato, combater privilégios. Seguiremos lutando para, um dia, alcançarmos o mundo sonhado pelas Marias, Mahins, Marielles e Malês!

 

Edição 1891

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